Eram famosos os bailes do Café Progresso, em Ovar e no Furadouro. Em Ovar, na época do Carnaval e nas matinées dançantes de Domingo; no Furadouro, também no Carnaval e nas noites quentes de Verão.
Ao reler o primeiro livro do meu pai, “Ovar - A Paisagem e o Indivíduo” de 2001, num artigo dedicado ao Furadouro refere, no seu jeito peculiar de empolgar o que de bom a terra tinha, a propósito do espaço onde existiu o Café Progresso:
“Nos tempos da existência do café, noites inolvidáveis lá se passaram com a realização de bailes animadíssimos, praticamente todas as noites, ao som dos conjuntos vareiros do Zé Muge e do Redes, mas para onde eram convidados também os conjuntos mais famosos de então do país como, por exemplo, o Shegundo Galarza e o Mário Simões, em bailes brilhantíssimos que constituíram grandes acontecimentos de elegância e de convívio que terminavam altas horas da madrugada, bailes esses que ficaram célebres na vida social do Furadouro, tal como os que eram também levados a cabo no hotel.”
Oportunidade de voltarmos a Mário Simões que terá abrilhantado alguns bailes no Café Progresso, na praia do Furadouro. Mário Simões ou melhor Mário Simões e o seu Conjunto (ou ainda Quarteto de Mário Simões ou Mário Simões e o seu Quarteto) efectuou gravações nas décadas de 50 (algumas ainda a 78 rotações) e 60 tendo ficado como uma referência da música ligeira, em particular da música de dança e bem humorada daquele período.
A escolha recai sobre “Doce Amor” um tema inserido no EP “A Borracha do Rocha” de 1960 e que nos faz recuar a tempos bem longínquos.
Quarteto de Mário Simões - Doce Amor
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