terça-feira, 31 de dezembro de 2019

John Denver - Rocky Mountain High

Canções que se ouviam no ano de 1972

John Denver (1943-1997) foi um cantor Folk norte-americano que teve nos primeiros anos da década de 70 o seu melhor período não só em termos produtivos como de sucesso comercial.

Possuidor de um timbre de voz muito agradável e facilmente reconhecido interpretou canções, suas e não só, que tiveram a devida divulgação na nossa rádio naqueles tempos. De lembrar "The Game Is Over" , "Whose Garden Was These" (Tom Paxton), "The Night They Drove Old Dixie Down" (Robbie Robertson), "Take Me Home, Country Roads", "Fire and Rain" (James Taylor) ou ainda este "Rocky Mountain High".


Capa da edição portuguesa - https://www.discogs.com/



"Rocky Mountain High" fazia parte do álbum com o mesmo nome e tornou-se uma referência para o Estado de Colorado na defesa da natureza ameaçada pelo excesso de turismo. Uma das mais belas canções de John Denver. As suas cinzas foram espalhadas nas Rocky Mountains. Recordemos.




John Denver - Rocky Mountain High

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Creedence Clearwater Revival - Someday Never Comes

Canções que se ouviam no ano de 1972


Uns mais outros menos, mas ninguém da minha geração ficou indiferente aos Creedence Clearwater Revival ou simplesmente CCR.
Praticantes de um Rock, com influências dos Blues e da música Country, genuíno e estimulante fizeram-se ouvir com uma regularidade impressionante dos anos de 1968 a 1972 período que contou com a edição de todos os sete álbuns de originais do grupo.


Capa da edição portuguesa - https://www.discogs.com/


Em 1972 foi o último álbum, "Mardi Grass", e os CCR terminavam. A saída no ano anterior de Tom Fogerty terá precipitado o fim do grupo que se manteve como trio para a realização do disco final que foi uma verdadeira decepção (diga-se que o aclamado "Pendulum" (1970) também já não me tinha enchido as medidas).

Mesmo assim "Someday Never Comes" continha ainda alguma da chama que tinha animado a fulgurante carreira dos Creedence Clearwater Revival.




Creedence Clearwater Revival - Someday Never Comes

domingo, 29 de dezembro de 2019

Carl Orff - Fortuna Imperatrix Mundi

Carl Orff  (1895-1982) foi um compositor alemão. "Carmina Burana" é a sua obra mais conhecida, foi composta nos anos de 1935, 1936 a partir de uma selecção de textos medievais cuja temática é tão actual então como agora, os prazeres do regresso da primavera, o vinho, o sexo, o amor, a luxúria, o jogo, a riqueza e a fortuna são temas abordados nesses textos que Carl Orff magistralmente musicou.

Regularmente gravado e editado pelas mais diversas orquestras e coros, possuo duas edições em vinil, a mais recente é a de 1980, então gravada por Riccardo Muti que dirigia a Philharmonia Orchestra London.
Disponível no Youtube pequeno vídeo onde Riccardo Muti recorda que o próprio Carl Orff assistiu em Berlin à sua "performance" e que o terá levado a introduzir pequenas alterações nesta sua obra.


Edição portuguesa de 1980 com a ref: 11C 071-03578

A segunda é uma edição alemã, de 1977, da Deutche Grammophon, originalmente editada em 1961, interpretada pala Orquestra Sinfónica da Rádio sediada em Leipzig, Runfunk-Sinfonie-Orchester Leipzig, dirigida por Herbert Kegel.


Edição alemã da Grammophon com a ref: 2535 275


Ontem 28 de Dezembro, tive o prazer de assistir a um belo espectáculo multimédia pela companhia catalã La Fura dels Baus na sua versão cénica da obra de Carl Orff.





"Para Carlus Padrissa, membro fundador e diretor da companhia, Carmina Burana, de Carl Orff, é provavelmente a mais importante obra musical do século XX. "Os Fura dels Baus criaram um espetáculo com fortes quadros cénicos, capazes de transmitir toda a emoção poética dos textos que, apesar de terem mais de 800 anos, falam de desejo, e nos remetem à essência da espécie humana"."
lê-se em https://www.cmjornal.pt/.







Do final recorda-se "Fortuna Imperatrix Mundi"



Carl Orff - Fortuna Imperatrix Mundi

Gary Glitter - Rock and Roll

Canções que se ouviam no ano de 1972

Nos anos 60 chamava-se Paul Raven, no início da década de 70 adopta outro nome, Gary Glitter, e aproveitando a onda do Glam-Rock nela cavalgou. A sua excentricidade visual pelos vistos não o era só e pela informação que se encontra na net, terá sido várias vezes acusado de abuso sexual de crianças pelo qual estará a cumprir ainda hoje pena de prisão. Figura nada recomendada. Mas factos são factos e 1972 foi o início do sucesso que manteve durante a década.


Capa da edição portuguesa - https://www.discogs.com/


Para isso contribui o primeiro LP "Glitter" onde constava "Rock and Roll" dividida em "part 1 e "part 2", em Single cada uma a ocupar um dos lados do disco. Canção simples, forte com todos os ingredientes para cativar uma audiência jovem cheia de energia que veio a ser utilizada em recintos desportivos no sentido de galvanizar os apoiantes das equipas em jogo.




Gary Glitter - Rock and Roll

sábado, 28 de dezembro de 2019

The Rolling Stones - Tumbling Dice

Canções que se ouviam no ano de 1972

The Beatles tinham terminado e a solo os seus elementos continuaram respectivas carreiras mas nada significativo deixaram no ano de 1972, já os seus rivais dos anos 60, The Rolling Stones, continuavam com grande produção e os álbuns sucediam-se com êxitos consecutivos.
1972, foi a vez do duplo-álbum "Exile On Main St." que por cá criou alguma polémica, nomeadamente com a apreciação muito negativa que o jornal "a memória do elefante" então fez.


Capa da edição portuguesa - https://www.discogs.com/


A primeira canção a conhecer-se deste álbum e que teve edição em Single foi "Tumbling Dice" que rapidamente se tornou um clássico do grupo. The Rolling Stones a caminho de se tornarem a maior banda de Rock'n'Roll do planeta, eis "Tumbling Dice".




The Rolling Stones - Tumbling Dice

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Deep Purple - Smoke on the Water

Canções que se ouviam no ano de 1972


Em 1972 os Deep Purple eram já uma instituição do Hard-Rock, género musical com as suas raízes nos anos 60 em grupos como The Beatles, The Rolling Stones, The Doors, The Who, Cream, Led Zeppelin, King Crimson e os próprios Deep Purple nascidos em 1968.

Os Deep Purple estavam entre aqueles que praticavam um Rock mais pesado, mas também bem comercial a atrair uma juventude ávida de grupos Rock que praticassem um som mais agressivo.
"Child In Time" (1970), "Strange Kind of Woman (1971) eram então os seus êxitos mais recentes, mas o seu maior sucesso estava para vir com o álbum "Machine Head" em 1972. Para tal terá contribuído a faixa nele incluída, que hoje se recorda, "Smoke On the Water".


Edição promo portuguesa - https://www.discogs.com/


"Smoke On the Water" transformou-se no tema mais representativa do grupo e um símbolo de todo o Hard-Rock. Releve-se o poderoso riff que tornou esta canção imediatamente reconhecida, destaque para a versão ao vivo publicada no ano seguinte no duplo álbum ao vivo "Made In Japan".
Ora ouça-se e toca a "abanar o capacete", não tenho dúvidas.




Deep Purple - Smoke on the Water

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Sandy Denny - I'Ve Always Kept a Unicorn

Prenda de Natal de mim para mim esta biografia de Sandy Denny que promete fornecer-me momentos de prazer tão intensos como a audição da sua discografia. Se recordar é viver então vou viver muito nos próximos tempos acompanhado sempre pela Sandy Denny.







Good morning, good afternoon, 
And what have you got to say? 
Well I'm waiting, but I can't stay long, 
It's such a lovely day. 

There's a time to be talking 
And a time when it's no use. 
Right now I think the things you say 
Are liable to confuse. 

I've just gone solo. 
Do you play solo? 
Ain't life a solo? 
What a wonderful way to live, 

She's traveling all over the world. 
Why, the fame and all the golden 
Opportunities unfurled. 
No time for the gent with the Mulliner Bentley 

And heaven knows what else. 
Why, he wouldn't even stand a chance 
With all his oil-wells. 
She just went solo. 

Do you play solo? 
Ain't life a solo? 
I've always lived in a mansion 
On the other side of the moon. 

I've always kept a unicorn 
And I never sing out of tune. 
I could tell you that the grass is really greener 
On the other side of the hill, 

But I can't communicate with you 
And I guess I never will. 
We've all gone solo. 
We all play solo. 

Ain't life a solo?


A antecipar um desses momentos, proponho "Solo".




Sandy Denny - Solo

Lindisfarne - Meet Me on the Corner

Canções que se ouviam no ano de 1972


Os Lindisfarne são uma simpática banda de Folk-Rock inglesa remontando os seus primórdios ao ano de 1968. Impuseram-se no período de 1970 a 1973, onde publicaram alguns discos de sincero interesse sendo aquele que me traz cá hoje o que foi publicado em 1971 e que tinha a designação de "Fog on the Tyne".

Já anteriormente recordo-me agora de ouvir o tema "Lady Eleanor" do primeiro LP, a fazer lembrar os America, ou vice-versa, até que ao segundo trabalho assaltaram as tabelas britânicas alcançando o primeiro lugar na lista de álbuns, era o conhecido "Fog on the Tyne". Dele ressaltaram 2 temas, a canção que dava o nome ao álbum e a que escolhi para hoje "Meet Me on the Corner".


Capa da edição portuguesa - https://www.discogs.com/


No ano de 1972 foi por cá publicada em Single a canção "Meet Me on the Corner", mais uma na área do Folk-Rock a colher os frutos deste género surgido, no Reino Unido, no final da década anterior.




Lindisfarne - Meet Me on the Corner

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

Rod Stewart - You Wear It Well

Canções que se ouviam no ano de 1972

De 1971 a 1976, 5 álbuns publicados, todos nº 1 no Reino Unido, foi um dos períodos mais criativos de Rod Stewart. "Every Picture Tells a Story" foi o primeiro desta série e provavelmente o seu melhor seguindo-se, em 1972, "Never a Dull Moment" que lhe seguiu as pisadas em termos de êxito.
Sucesso crescente, do qual me fui afastando progressivamente pois parecia que enveredava por caminhos menos interessantes daqueles percorridos até 1971 (com The Jeff Beck Group, Faces e primeiros a solo)


Capa da edição portuguesa - https://www.discogs.com/


"You Wear It Well" ainda mantêm a sonoridade que vinha do álbum anterior (a lembrar "Maggie May"), sendo para mim o seu último disco a cativar-me, antes da incursão pelo mundo do Pop e do Pop-Rock que mais tarde viria a verificar-se e do qual me distanciei.




Rod Stewart - You Wear It Well

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Slade - Mama Weer All Crazee Now

Canções que se ouviam no ano de 1972

Foi no período de 1971 a 1974 que o grupo Slade, ao aderir ao Glam-Rock, se tornaram conhecidos. A exuberância do seu vocalista e a sua potente voz deram força a um Rock mais pesado mas popular e de fácil adesão pelos fãs adolescentes. A prová-lo estão canções como "Get Down and Get with It" e "Cuz I Luv You", ambas de 1971, esta última a ser a principal revelação do grupo.


Capa da edição portuguesa - https://www.discogs.com/


Em 1972 continuaram a  carreira de ascensão com uma série de canções de sucesso retiradas do álbum "Slayed?", entre elas encontrava-se "Mama Weer All Crazee Now" que punha todo o mundo a cantar e a pular. Quem o puder que o faça como se tivesse 15 anos!




Slade - Mama Weer All Crazee Now

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

The Pipes and the Drums and the Military Band of the Royal Scots Dragoon Guards - Amazing Grace

Canções que se ouviam no ano de 1972


Num ano cheio de Pop, de Rock das mais diversas matizes Rock Progressivo, Soft-Rock, Glam-Rock, Folk-Rock, todos bem representados em 1972, algo de inesperado, fora de todos estes contextos, surpreendeu, em particular no Reino Unido, as tabelas de vendas e impôs-se como a mais vendida do ano, foi "Amazing Grace" e a interpretá-la estava The Pipes and the Drums and the Military Band of the Royal Scots Dragoon Guards. Nem mais, 9 semanas no Top 10, 5 das quais em primeiro lugar.
Como o nome indica trata-se das "Pipes and Drums" do regimento de cavalaria escocesa do exército britânico e é desta improvável formação que muitos países se renderam à sua versão de "Amazing Grace".


Capa da edição portuguesa - https://www.discogs.com/


"Amazing Grace" é segundo a Wikipédia um hino cristão do século XVIII e tornada popular no revivalismo Folk dos anos 60. Já tive ocasião para a recordar na voz de Judy Collins (1970) mas também na de Mahalia Jackson (1947) mas muitas, muitas mais do mundo da música popular se fizeram ouvir dos anos 60 até hoje. Destaco a de Rod Stewart em 1971.
Hoje ficamos com a irresistível versão que assaltou as rádios e os Top no ano de 1972, ora ouçam.




The Pipes and the Drums and the Military Band of the Royal Scots Dragoon Guards - Amazing Grace

domingo, 22 de dezembro de 2019

T. Rex - Telegram Sam

Canções que se ouviam no ano de 1972

Depois do sucesso, no ano de 1971, da canção "Hot Love" e do álbum "Electric Warrior" donde saíram, ainda, hits como "Get It On" e "Jeepster", os T. Rex foram para os famosos estúdios franceses Chateau d'Hérouville para proceder à gravação do álbum sucessor. Trabalho que teria o nome "The Slider" e que iria ser continuado nos Strawberry Studios em Londres, as segundas vozes gravadas nos Elektra Studios na Califórnia e a mistura final em Copenhaga, sinal dos tempos em que a tecnologia e as comunicações começavam a permitir esta dispersão geográfica.

Mais um álbum a entrar na galeria do chamado Glam Rock de que Marc Bolan, líder dos T. Rex foi pioneiro. Género musical, sobretudo britânico, difícil de definir, assente em poderosos riff de guitarra, mas com uma dispersão suficientemente grande para nele se poder incluir de Rod Stewart aos Roxy Music, era sobretudo uma moda onde as vestimentas arrojadas e as atitudes andróginas dos seus protagonistas eram uma evidência.


https://alchetron.com/


Deste álbum saíram duas canções que andaram pelos Top, primeiro "Telegram Sam" e depois "Metal Guru", é a primeira que hoje se recorda.




T. Rex - Telegram Sam

sábado, 21 de dezembro de 2019

Johnny Nash - I Can See Clearly Now

Canções que se ouviam no ano de 1972


Não foi um nome que na altura me ficasse gravado. Já a canção ficou como sendo uma daquelas que parece que sempre existiu e que a conheço desde que nasci. "I Can See Clearly Now" é um original de Johnny Nash por ele editada em Single em 1972 e então incluída no álbum com o mesmo nome. Foi o seu maior sucesso embora já tivesse, à data, uma longa carreira cujas primeiras gravações datam de 1956, ou seja têm a minha idade.

Johnny Nash é um cantor americano da área do Reggae e do Pop, sendo a canção agora em apreço uma das primeiras canções Reggae (outra foi "I Shot the Sheriff" na versão de Eric Clapton) a atingir níveis significativos de vendas e popularidade.


Capa da edição portuguesa - https://www.discogs.com/


"I Can See Clearly Now", uma canção de esperança a dar coragem em momentos menos bons da vida. Uma canção de 1972 e de sempre!


"Look all around, there's nothin but blue skies
Look straight ahead, nothin but blue skies

I can see clearly now, the rain is gone,
I can see all obstacles in my way..."




Johnny Nash - I Can See Clearly Now

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Dr. Hook & the Medicine Show - Sylvia's Mother

Canções que se ouviam no ano de 1972

Uma canção que não mais se esquece. Pode-se não se lembrar muito bem quem a cantava e o ano esse era algures no início dos anos 70, de certeza. A canção era "Sylvia's Mother" e a interpretação ia para um grupo designado Dr. Hook & the Medicine Show.

Dr. Hook & the Medicine Show (somente Dr. Hook a partir de 1975)  mais um grupo a alinhar no Soft-Rock americano dos anos 70 que tantos seguidores teve. Canções simples, a tocar o coração e facilmente reproduzíveis, entravam rapidamente no gosto popular e eram êxitos circunstanciais.
Era o caso de "Sylvia's Mother", mas também de "When You're in Love with a Beautiful Woman" (1979) ou "Sexy Eyes" (1980).


Capa da edição portuguesa - https://www.discogs.com/



"Sylvia's Mother", a história de um amor perdido, é uma canção que se entranha no ouvido e de lá não sai, vai directa ao coração e faz chorar, mesmo passados estes anos todos.




Dr. Hook & the Medicine Show - Sylvia's Mother

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

The New Seekers - I'd Like to Teach the World to Sing (In Perfect Harmony)

Canções que se ouviam no ano de 1972


A publicação destas canções que preenchem o meu imaginário de adolescente levam-me, por vezes, a procurar informação sobre a canção ou o grupo que a interpretaram. Foi o caso de hoje para o longo título "I'd Like to Teach the World to Sing (In Perfect Harmony)" pelo grupo britânico The New Seekers.
Primeiro o nome The New Seekers remete-nos logo para a existência prévia de um grupo que tivesse o nome The Seekers. E assim foi, The Seekers é ainda hoje um grupo australiano de Folk e música Pop com origem no início da década de 60. Deles lembrava-me da canção "Georgy Girl", música do filme com o mesmo nome (em Portugal julgo que "A Ingénua"). Em 1968 separaram-se tendo Keith Potger constituído um novo grupo denominado precisamente The New Seekers. Deles já recordei "Never Ending Song of Love" (1971).



Capa da edição portuguesa - https://www.discogs.com/



Quanto à canção "I'd Like to Teach the World to Sing (In Perfect Harmony)" fiquei agora a saber que inicialmente tratou-se de uma canção de suporte a um anúncio da Coca-Cola e posteriormente alterada para a versão final (sem referências à Coca-Cola) e que teve, os mais velhos lembram-se bem, enorme êxito no ano de 1972.




The New Seekers - I'd Like to Teach the World to Sing (In Perfect Harmony)

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Al Green - Let's Stay Together

Canções que se ouviam no ano de 1972


"Let's Stay Together" é uma das grandes canções do ano de 1972. Foi com ela que conheci o seu intérprete, Al Green.
Al Green foi mais um cantor negro a abraçar os géneros então mais populares da música negra, o Soul e o Rhythm'n'Blues, apresentava uma voz muito peculiar, entre o tenor e o falsete, que tornava simultâneamente estranha e agradável a sua audição.
A sua canção de maior sucesso foi precisamente "Let's Stay Together", pertencente ao álbum com o mesmo nome, e que mais tarde (1983) teve outra grande interpretação na voz de Tina Turner.


Capa da edição portuguesa (Angola de acordo com Discogs)
https://www.discogs.com/


Primeiramente editada em final de 1971, foi na realidade no ano seguinte que teve a sua maior divulgação. Uma bela recordação de uma lindíssima balada que dá para um excelente pé de dança. Aproveitem.




Al Green - Let's Stay Together

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Steely Dan - Do It Again

Canções que se ouviam no ano de 1972

1972 foi, ainda, um ano com boas novidades. Algumas propostas novas deram-se a conhecer naquele ano, Eagles foi uma delas, outra foi o grupo Steely Dan, mais uns a optarem por uma sonoridade entre o Soft-Rock e o Folk-Rock tão bem aceites naquele tempo, que hoje recordo pela primeira vez.

Steely Dan, constituídos em 1972 em torno do duo Donald Fagen e Walter Becker, tiveram na década de 70 o seu melhor período. Todos os álbuns foram relativamente bem aceites pela crítica e constituíram um sucesso de vendas.


Capa da edição portuguesa - https://www.discogs.com/


Logo ao primeiro álbum "Can't Buy a Thrill", onde eram bem evidentes as harmonias vocais, houve duas canções que sobressaíram e que passavam na rádio, eram "Do It Again" e "Reeling In The Years".
"Do It Again" será a que melhor sobreviveu no tempo e é o objecto de recuperação para hoje.

Há quantos anos não ouve este clássico do Rock? Eu, há mais de 40 anos, de certeza. Ora vamos lá Jack, "Do It Again".




Steely Dan - Do It Again

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Hurricane Smith - Oh, Babe, What Would You Say

Canções que se ouviam no ano de 1972

Conforme referi em Regresso ao Passado anterior, sob o tema "Canções que se ouviam no ano de 1971" e a propósito de naquele ano se ouvir "Don't Let It Die", Hurricane Smith foi um produtor musical que no início da década de 70 se aventurou na interpretação de alguns temas. Êxito circunstancial resumido em duas ou três canções mas que deixaram marca pois, ao recordar aqueles anos, elas vêm por vezes à memória. Nem sempre de forma positiva, alguém na net dizia a propósito de "Oh, Babe, What Would You Say": "... it was one of those songs that embedded itself in your ear like an annoying mosquito, and you just couldn’t get the stupid thing out of your head."
Muito bem, não é nada do outro mundo, nada daquelas que apetece levar para uma ilha deserta mas também não é nenhum "mosquito" a zumbir no ouvido. Digamos que se ouve bem num momento de lazer, sem grandes preocupações e que no fim pode até funcionar como um relaxante.





"When producer engineer Norman Smith took the identity of singer-songwriter Hurricane Smith, the impact generated (if not a massive quake) an unexpected shock on the British pop charts.
That record was "Don't Let It Die". Everybody said, just a flake - that Norman would return to producing where he belonged. Two hit singles later - "Oh, Babe, What would You Say?" and Gilbert O'Sullivan's "Who Was It?" - the Hurricane Smith phenomenon goes on and on.", reprodução de parte do texto da contra capa do LP que continha "Oh, Babe, What Would You Say".




Hurricane Smith - Oh, Babe, What Would You Say

domingo, 15 de dezembro de 2019

Stevie Wonder - Superstition

Canções que se ouviam no ano de 1972


Em 1972 Stevie Wonder tinha somente 23 anos mas não era, de longe, um ilustre desconhecido. Há mais de 10 anos que era bem conhecido não só pelos admiradores do Soul e do Jazz, como, nos anos mais recentes por uma população mais vasta da música Pop e do Rhythm'n'Blues.

Com uma discografia assinalável e algumas canções já bem populares como "Once In My Life" (1968), "Yester-Me, Yester-You, Yesterday" (1969), "Signed, Sealed, Delivered I'm Yours" (1970) e We Can Work It Out" (1971) é no ano de 1972 se vai verificar o salto e respectiva aceitação por um público mais vasto a nível internacional.


Capa da edição portuguesa - https://www.discogs.com/


É daquele ano o álbum "Talking Book", donde sairia no ano seguinte o super êxito "You Are the Sunshine of My Life" e, ainda em 1972, a canção que escolhi para hoje, "Superstition".
"Superstition", abordando sonoridades mais próximas do Funk e do Rock, é uma das grandes canções do ano que sobreviveu bem com o passar dos anos.




Stevie Wonder - Superstition

sábado, 14 de dezembro de 2019

Jethro Tull - Living In The Past

Canções que se ouviam no ano de 1972


Se é verdade que as tabelas de vendas e a divulgação musical nos programas de rádio estiveram sempre ligados, predominando muitas das vezes as canções de gosto fácil ou pelo menos aquelas que melhor ficam no ouvido do comprador, também é verdade que nos anos que tenho vindo a recordar com mais frequência, finais dos anos 60 início da década de 70, com alguma facilidade encontrávamos nas tabelas de vendas os melhores da música popular de então. Era o caso de hoje, os escolhidos Jethro Tull e o tema "Living In The Past".


 
Edição italiana, em CD com a referência 0946 3 21575 2 2



"Living In The Past" foi primeiramente editada em Single em 1969, antes mesmo da edição do 2º LP o excelente "Stand Up", teve o sucesso devido em Inglaterra, mas não foi incluída em nenhum álbum de originais até, em 1972, o ser na colectânea com o mesmo nome.
Neste ano os Jethro Tull gozavam de enorme prestígio, tinham atingido o cume do Rock Progressivo com os álbuns "Aqualung" (1971) e "Thick As a Brick" (1972) pelo que "Living In The Past" foi bem recebido, particularmente nos Estados Unidos onde quer o álbum (duplo) quer o Single, que hoje recordo, tiveram relevância nas tabelas de vendas.
Recordo-me bem da edição deste álbum, tendo na altura a dúvida de se tratar ou não de um álbum de originais, pois algumas canções não conhecia (na realidade tratava-se de canções publicadas em Single e que não apareceram em nenhum LP), ainda por cima tinha alguns temas ao vivo, pelo que só o adquiri muitos anos mais tarde já em formato CD.
Recordo novamente "Living In The Past"



Jethro Tull - Living In The Past

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

The Doobie Brothers - Listen To The Music

Canções que se ouviam no ano de 1972


Mais um grupo que ainda não tinha tido oportunidade de recordar nestes meus Regresso ao Passado, The Doobie Brothers.
Mais um pós geração de 60. Ou seja 2ª vaga, menos criativa, em meu entender, o que não significa necessariamente que não tivesse interesse, mas que de alguma forma parecia saber a pouco face a tudo o que já tinha ouvido até então.
O primeiro contacto que tomei com The Doobie Brothers foi com o 2º LP do grupo "Toulouse Street" onde constavam as canções que melhor conheci: "Listen To The Music" e "Jesus Is Just Alright", esta última já bem conhecida na versão dos The Byrds.


Capa da edição portuguesa - https://www.discogs.com/


Mais uma agradável passagem pelo Soft-Rock americano, "Listen To The Music" dos, hoje, veteranos The Doobie Brothers.




The Doobie Brothers - Listen To The Music

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Seals and Crofts - Summer Breeze

Canções que se ouviam no ano de 1972


Mais uma prova da relevância que o Folk-Rock e suas variações nos Estados Unidos em 1972 está no Regresso ao Passado de hoje com o duo Seals and Crofts. Mais uns a juntarem-se ao manancial de bons músicos que já vinham da década anterior.
Oriundos do Texas efectuaram as primeiras gravações como duo no final dos anos 60, mas foi somente ao 4º LP "Summer Brezze" de 1972 que se deram a conhecer a um público mais alargado.


Capa da edição portuguesa - https://www.discogs.com/


Eu próprio só os conheci com esta gravação e em particular com a canção título que foi bem divulgada na nossa rádio. Ficou como um clássico que se ouve sempre com o devido deleite fazendo recuar a memória aos belos Verões da minha adolescência. Fiquemos com o agradável Soft-Rock de "Summer Breeze".




Seals and Crofts - Summer Breeze

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Carly Simon - Antecipation

Canções que se ouviam no ano de 1972


Com os álbuns "Anticipation" (1971) e "No Secrets" (1972) Carly Simon construiu as bases sólidas para uma carreira que iniciada ainda na década anterior se prolongaria até aos nossos dias. Bem alicerçada na suas capacidades interpretativa e de escrita tão peculiares, Carly Simon tornou-se uma referência na área do Soft-Rock. São daqueles anos canções tão significativas como "Anticipation", "You're So Vain", "The Right Thing to Do" e "We Have No Secrets", são daquelas canções que parecem que os anos não passaram e que se ouvem hoje com todo o prazer como se tivessem acabado de sair.



Capa da edição portuguesa - https://www.discogs.com/


"Antecipation", a canção fazia parte do álbum com o mesmo nome é portanto uma canção de 1971, no entanto, foi em 1972 que mais se ouviu, em particular por cá pois o seu lançamento em Single é deste ano. Transcrevo o texto na contra-capa do disco:
"«Nasci no seio duma família com acentuadas tendências musicais», afirma Carly Simon. «A minha mãe cantava «Lullaby e Goodnight» até ao romper do dia, enquanto que o meu pai tocava ao piano «Chopin e Beethoven». Minha mãe abandonou «Lullaby» na altura em que começou a ensinar-nos a todos (3 raparigas e 1 rapaz) Gershwin; meu pai dedicava-se aos clássicos: iniciou-nos com Wagner. Decididamente, um conflito de interesses».
Mas, o conflito avolumou-se quando Carly entrou para a escola. Pete Seeger foi o seu primeiro professor de música. «Canções folclóricas infantis acerca de galos cantando «cocoricó», era o que levavamos para casa aos nossos pais que, então, se dedicavam mais profundamente a «Cole Porter» e a «Stravinsky». Carly pensa que a sua carreira foi moldada de acordo com a diversidade de estilos musicais que experimentou quando criança.
«A minha irmã mais velha tornou-se cantora de ópera. Grande satisfação para o meu pai! Eu e a minha outra irmã dedicamo-nos ao «folk». Gravámos juntas vários álbuns».
«Porém, minha irmã casou e eu fiquei sozinha com as minhas canções e com o enorme desejo de gravar para a ELEKTRA. Surgiu, então, o meu primeiro álbum para esta marca, intitulado «Carly Simon»; e, como é de supor, os seus sons e estilos são dos mais diversos - «folk», «pop», «clássicos», «rocknroll».
Carly planeia um segundo álbum [talvez cá o 2º álbum só tenha sido editado depois deste Single] para a Elektra e dedica, portanto, grande parte do seu tempo a escrever novas e melhores canções.
Mas, por agora, escutemos atentos a sua voz neste disco!"


Carly Simon, em meu entender uma cantora subestimada a merecer melhor reconhecimento.




Carly Simon - Antecipation

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Wings - Give Ireland Back to the Irish

Canções que se ouviam no ano de 1972


A missão Apolo 17 descobre, na lua, rochas cor de laranja; Nos Estados Unidos rebenta o escândalo Watergate, Nixon visita a China; Nas olimpíadas de Munique 11 atletas de Israel são mortos por guerilheiros árabes, morrem os atletas e os raptores são igualmente mortos, agora por comandos alemães; Conflito tribal no Burundi faz milhares de mortos; Em Paris morre Maurice Chevalier; A Irlanda do Norte vem para as primeiras páginas dos jornais pelos piores motivos, eram os acontecimentos do “Bloody Sunday” ocorridos a 30 de Janeiro de 1972.


Capa da edição portuguesa - https://www.discogs.com/


A música toma partido. Em protesto, Paul McCartney grava “Give Ireland Back to the Irish” que é banida das rádios no Reino Unido e é, claro, nº 1 na República da Irlanda. Por cá, “Give Ireland Back to the Irish” passava na nossa rádio e o Single era editado, na contra-capa lia-se:
"Quando os Beatles se separaram, perdeu-se um grupo que marcou uma viragem espantosa na música pop em todos os tempos. Poesse motivo os 4 elementos do extinto grupo acarretavam com enormes responsabilidades, quando individualmente viessem, como aliás aconteceu, a fazer música.
Todos gravaram com maior ou menor êxito, dando, no entanto, a sensação de que a solo nunca se projectariam como quando em conjunto.
Depois das primeiras gravações individuais PAUL McCARTNEY resolve formar o seu grupo.
Chama-se WINGS e tem como elementos, a sua mulher LINDA McCARTNEY, o bateria DENNY SEIWELL e ainda porventura a melhor aquisição - DENNY LAINE que pertenceu à fundação dos famosíssimos Moody Blues.
Este é o primeiro single do grupo WINGS e para os mais saudosistas podemos já dizer que nele se vislumbram reminiscências do som dos Beatles"


 Eram os Wings de Paul McCartney, "para os mais saudosistas" aqui vai "Give Ireland Back to the Irish".




Wings - Give Ireland Back to the Irish

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Derek and the Dominos - Layla

Canções que se ouviam no ano de 1972

Depois de participar nas excelentes bandas de Blues-Rock The Yardbirds e Bluesbreakers (1963-1966), depois de integrar o super-trio Cream e o super-grupo Blind Faith (1966-1969), Eric Clapton, já então idolatrado pela juventude londrina (“Clapton is God”), mas lidando mal com o incontestável protagonismo que lhe era atribuído, integra um novo grupo de nome Derek and the Dominos.


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Derek and the Dominos, de curta duração, gravam no final de 1970 um único álbum de relativo pouco êxito, era “Layla and Other Assorted Love Songs”.
Hoje, é considerado um dos melhores álbuns de Eric Clapton. É deste LP a composição “Layla” que em 1993 teria grande destaque na versão acústica (nesta altura tão em moda os “unplugged” da MTV: Neil Young, Nirvana para citar os mais conhecidos) do álbum “Unplugged” de Eric Clapton.

Com um espantoso riff de guitarra e uma sofrida vocalização assim exprimia Eric Clapton o amor, não correspondido, por Pattie Boyd então casada com o seu amigo George Harrison.
A versão original, que segue para audição, somente em 1972 é que atingiria os tops e fica como uma das canções mais representativas daquele ano.




Derek and the Dominos - Layla

domingo, 8 de dezembro de 2019

Arlo Guthrie - City of New Orleans

Canções que se ouviam no ano de 1972

Foram precisos mais de 5 anos e chegar a este tema que revela algumas das canções que se ouviam (eu ouvia) em 1972 para chegar a Arlo Guthrie. Injustiça! Já dele devia ter dado conta há muito tempo, mas, como se costume dizer, mais vale tarde do que nunca e eis a oportunidade de o lembrar.


Antes de mais nada referir que Arlo Guthrie é filho de Woody Guthrie (1912-1967) o maior responsável pela música Folk moderna e venerado pela geração de 60 que viu nela a sua fonte de inspiração, ouça-se Bob Dylan no seu início.
Arlo Guthrie carregava na sua música a herança do pai, sendo a sua primeira gravação efectuada no ano de 1967 precisamente quando o pai faleceu. Nela constava a famosa canção "Alice's Restaurant" e hoje preservada no National Recording Registry. Participou no Festival de Woodstock em 1969 e realizou vários álbuns até chegarmos a 1972, a participação política na luta contra a guerra do Vietnam e contra o presidente Nixon estiveram, entretanto, sempre presentes.


http://therockasteria.blogspot.com/


É no álbum "Hobo's Lullaby" que surge "City of New Orleans" uma das suas interpretações mais facilmente reconhecidas. Na realidade o original é de um tal Steve Goodman que a tinha gravado no ano anterior. Resgato agora "City of New Orleans" que estava algures num canto recôndido da memória. Há muitos, muitos anos mesmo que não a ouvia.




Arlo Guthrie - City of New Orleans

sábado, 7 de dezembro de 2019

Neil Young - Heart of Gold

Canções que se ouviam no ano de 1972

1972 foi o ano de consagração de Neil Young. Se bem que não fosse um ilustre desconhecido, tinha-se destacado, a par de Stephen Stills, nos Buffalo Springfield entre 1966 e 1968, tinha ganho notoriedade quando se juntou aos Crosby, Stills and Nash, acrescentando o seu nome ao grupo (Crosby, Stills, Nash and Young no período 1969-1970) com todo os sucesso que foi "Déjà Vu". Também a solo ou com os seus Crazy Horse já tinha publicado três álbuns bem vistos pela crítica e pelo público mais atento.
Mas é finalmente em 1972 com a publicação de "Harvest", esse disco tão querido dos fãs de Neil Young, que ele atinge camadas mais alargadas de público e uma projecção internacional maior.
Já o disse e reafirmo "Harvest", o 4º álbum a solo editado em 1972, era um disco eclético onde se podem encontrar diferentes matizes sonoras que estariam na génese das diferentes abordagens, do Folk ao Rock, que Neil Young iria ter ao longo da sua carreira.


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"Heart of Gold" era a canção chave e que ficou como uma das canções incontornáveis e mais conhecidas da sua longa e prolífera carreira. Felizmente bem divulgada no nosso país, assim como outras canções do mesmo álbum, concretamente no programa "Página Um", foi a única canção a alcançar o primeiro lugar no seu país de origem, Canadá, e no país em que se fixou, os Estados Unidos.
"Heart of Gold" uma das mais bonitas recordações de 1972.




Neil Young - Heart of Gold

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Neil Diamond - Song Sung Blue

Canções que se ouviam no ano de 1972

Outro artista que preenchia as ondas sonoras da nossa rádio nos primeiros anos da década de 70 era Neil Diamond. Há associações que faço vá lá saber-se porquê, mas, o mais provável é por, durante os mesmos anos, terem partilhado o espaço radiofónico dos programas que eu costumava ouvir. Assim quando recordo Neil Diamand, do outro lado do Atlântico, logo me vem à memória Gilbert O'Sullivan, do lado de cá, ainda ontem objecto do meu Regresso ao Passado.
Tinha alguma preferência por Gilbert O'Sullivan, menos conhecido talvez mais atraente, mas Neil Diamond apesar de me parecer mais comercial tinha uma voz inconfundível, mais poderosa a que não se ficava indiferente.


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"Solitary Man", "Soolaimón", "Sweet Caroline","Cracklin' Rosie", "I Am...I Said", "Song Sung Blue", são exemplo de canções que num curto espaço de tempo nos cativaram pela simplicidade e pela voz, sim a voz era o principal.

1972 foi o ano para "Song Sung Blue", um dos últimos grandes sucessos de Neil Diamond, inspirada, no 2º Movimento do Concerto para Piano #21 de Mozart.



Neil Diamond - Song Sung Blue

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Gilbert O'Sullivan - Alone Again (Naturally)

Canções que se ouviam no ano de 1972


Há músicos que tiveram um êxito fugaz e dos quais se fica com pena que não tivesse sido maior e mais longa a presença nas horas do nosso entretenimento, Gilbert O'Sullivan é um deles.

É verdade que neste caso Gilbert O'Sullivan, actualmente com 72 anos, ainda por aí anda com actuações e novas gravações mas não mais atingiu o nível de divulgação e respectivo reconhecimento do curto período de 1970 a 1973. Treze Singles e três LP marcam este fértil período donde saíram canções tão bonitas como "Nothing Rhymed" (neste blogue disponível a propósito do mesmo tema mas relativo a 1971), "Alone Again (Naturally)" ou "Clair".


Capa da edição portuguesa - http://www.45cat.com/


Em 1972 ouvia-se muito "Alone Again (Naturally)" que eu particularmente apreciava. A melodia era tão cativante e a voz áspera e nasalada dava-lhe uma interpretação irresistível. Recordemo-la.




Gilbert O'Sullivan - Alone Again (Naturally)

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Elton John - Rocket Man

Canções que se ouviam no ano de 1972

Tenho sido bastante crítico de Elton John no que diz respeito à sua produção discográfica de 1972 em diante, com algumas excepções. Talvez exagere e não possa desconsiderar tão facilmente o que ele gravou de 1972 até hoje, mas a razão principal estará na qualidade fora do vulgar dos 3 álbuns de estúdio ("Elton John", "Tumbleweed Connection" e "Madman Across The Water") editados em 1970/71, do álbum ao vivo "17-11-70" publicado em 1971 e da excelente banda sonora do filme "Friends" também surgida naquele ano.
Direi que fiquei esmagado pelo que dele ouvi em tão curto espaço de tempo e que não estava preparado para o que de seguida vinha.

E se aqueles trabalhos foram bem recebidos pela crítica especializada, também é verdade que a vasta popularidade de Elton John só começou a verificar-se após 1972. Contradição, ou não, foi quando me pareceu encontrar Elton John menos inspirado, diria mais vulgar.


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Estavam ainda frescos os sons de "Madman Across The Water" quando em 1972 surge o Single "Rocket Man" e posteriormente o álbum "Honky Château". Não apreciei, nem um nem o outro, coincidência, ou não, a colaboração com arranjador Paul Buckmaster tinha terminado. O facto é que com este álbum e seguintes que atingem o 1º lugar das tabelas de vendas quer em Inglaterra quer nos Estados Unidos.

"Rocket Man" é ainda hoje uma das canções de Elton John mais facilmente reconhecidas dando mesmo o nome ao filme deste ano sobre aqueles anos da sua carreira. Acabei de ver o filme e os receios confirmaram-se, filme fraco a explorar a homossexualidade de Elton John até ao tutano e musicalmente menos atraente do que por exemplo "Bohemian Rhapsody" sobre Freddy Mercury.




Elton John - Rocket Man

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Alice Cooper - School's Out

Canções que se ouviam no ano de 1972

Foi no primeiro lustro da década de 70 que Alice Cooper conheceu o seu maior êxito e se transformou até hoje numa referência para os fãs do Hard-Rock e Heavy Metal.
As suas actuações em palco ficaram célebres pela teatralidade onde privilegiava o horrendo e o mórbido, associado a um estilo musical, que então se impunha, bem pesado.

A propósito de "Canções que se ouviam no ano de 1971" recordei "I'm Eighteen", hoje aquela que foi a sua canção de maior êxito e que muito se ouviu no ano de 1972, "School's Out".



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"School's Out" era também o nome do álbum onde estava incluída aquele tema, era já o 5º  da carreira de Vincent Furnier, cuja banda adoptou o nome de Alice Cooper até 1974 mantendo ele a mesma designação posteriormente.

Lembro-me bem de ter prestado atenção ao título da canção "School's Out", um tema pouco usual para a época ainda por cima nos termos em que a punha, uns anos adiantado aos Pink Floyd:

"...
No more pencils no more books
No more teacher's dirty looks yeah
Well we got no class
And we got no principals
And we got no innocence
We can't even think of a word that rhymes
School's out for summer
School's out forever
..."





Alice Cooper - School's Out

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Chicago - Saturday In The Park

Canções que se ouviam no ano de 1972


No período curto de 1969 a 1971 o grupo Chicago teve em meu entender o seu melhor período, quer em produtividade, quer na qualidade dos respectivos álbuns que então editaram: três duplos-álbuns e um quadruplo-álbum ao vivo marcaram aquela fase. Depois disso praticamente curtei com o grupo e deixei de acompanhar de perto a sua longa discografia a qual se prolonga até aos nossos dias.

Estou a recordar canções que se ouviam no ano de 1972 e uma delas vem precisamente dos Chicago do álbum " Chicago V" o primeiro em formato simples, e trata-se de "Saturday In The Park". O grupo mantinha a sua formação inicial ou seja um septeto de qualidade indiscutível, mas a chama que tinha alimentado os trabalhos anteriores parecia desvanecer-se e uma abordagem menos inovadora parecia instalar-se.



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Quanto a "Saturday In The Park" era até à data a canção mais popular que os Chicago tinham feito e que com certeza ajudou a que "Chicago V" chegasse a nº 1 nos Estados Unidos o que não tinha acontecido com nenhum dos álbuns anteriores. Verdade se diga eu não gostava de "Saturday In The Park", para mim era sinal de algum comercialismo que o grupo começava a padecer, o resto do álbum passou-me despercebido.




Chicago - Saturday In The Park

domingo, 1 de dezembro de 2019

Eagles - Take It Easy

Canções que se ouviam no ano de 1972


Relativamente ao ano de 1972 os Estados Unidos viram revelar-se várias novas bandas de que destaco duas, os America (formados em Londres e já aqui recordados) e os Eagles a proposta para hoje.
O sucesso dos America foi naquele ano enorme, maior que o dos Eagles, no entanto estes apesar de uma discografia bem menor tornaram-se com o passar dos anos numa banda de referência e um caso sério de popularidade, largamente superior ao dos America, do Rock americano dos anos 70. Os dois tinham como referência o Folk-Rock onde as harmonias vocais eram factores relevantes.


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Do primeiro álbum "Eagles" a faixa que mais se ouvia e que os tem acompanhado até hoje é "Take It Easy" e naturalmente foi assim que tive o primeiro contacto com com o grupo que poucos anos mais tarde (1976) atingiria o seu ponto mais alto com o sucesso planetário de "Hotel California".




Eagles - Take It Easy