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quarta-feira, 1 de junho de 2016

Mário Simões e seu Conjunto - Peixinho do mar


“Peixinhos do Mar” é uma canção tradicional brasileira que me está na memória desde sempre.

É, ao que consegui apurar, de domínio público e a sua versão mais popular terá sido a recuperada pelo brasileiro Tavinho Moura. A primeira versão identificada que conhecia era do grande Milton Nascimento, decorria o ano de 1980, e fazia parte do álbum “Sentinela”; com arranjos, adaptação e participação do próprio Tavinho Moura, “Peixinhos do Mar” - cantiga de marujada – era então perfeitamente interpretada por Milton Nascimento.

No video seguinte uma interpretação mais recente de “Peixinhos do Mar” também por Milton Nascimento.





Há já algum tempo descobri uma outra versão, esta, portuguesa e bem mais antiga. Seria a interpretação que preenchia a minha memória até 1980? É essa que agora recupero. Mário Simões e o seu Conjunto, Mário Simões e seu Quarteto ou ainda Quarteto de Mário Simões são as designações que tiveram as várias formações lideradas por Mário Simões, figura, já aqui recordada, marcante da nossa música ligeira dos anos 50 e 60 e a merecer, no futuro, novos destaques nestas nossas viagens ao passado.

Para já fiquemos com, agora, “Peixinho do Mar”. Gravação “His Master’s Voice” feita em Inglaterra com data incerta, provavelmente 1954, em 78 rpm, por Mário Simões e o seu Conjunto (canto por Jaime Nascimento guitarrista do conjunto, também a valer futuras recuperações), em estilo Baião (Canção obtida no site musicasdosanos60.blogspot.pt).



Mário Simões e seu Conjunto - Peixinho do Mar

domingo, 27 de dezembro de 2015

Quarteto de Mário Simões - Doce Amor

Eram famosos os bailes do Café Progresso, em Ovar e no Furadouro. Em Ovar, na época do Carnaval e nas matinées dançantes de Domingo; no Furadouro, também no Carnaval e nas noites quentes de Verão.

Ao reler o primeiro livro do meu pai, “Ovar - A Paisagem e o Indivíduo” de 2001, num artigo dedicado ao Furadouro refere, no seu jeito peculiar de empolgar o que de bom a terra tinha, a propósito do espaço onde existiu o Café Progresso:

“Nos tempos da existência do café, noites inolvidáveis lá se passaram com a realização de bailes animadíssimos, praticamente todas as noites, ao som dos conjuntos vareiros do Zé Muge e do Redes, mas para onde eram convidados também os conjuntos mais famosos de então do país como, por exemplo, o Shegundo Galarza e o Mário Simões, em bailes brilhantíssimos que constituíram grandes acontecimentos de elegância e de convívio que terminavam altas horas da madrugada, bailes esses que ficaram célebres na vida social do Furadouro, tal como os que eram também levados a cabo no hotel.”


Oportunidade de voltarmos a Mário Simões que terá abrilhantado alguns bailes no Café Progresso, na praia do Furadouro. Mário Simões ou melhor Mário Simões e o seu Conjunto (ou ainda Quarteto de Mário Simões ou Mário Simões e o seu Quarteto) efectuou gravações nas décadas de 50 (algumas ainda a 78 rotações) e 60 tendo ficado como uma referência da música ligeira, em particular da música de dança e bem humorada daquele período.



A escolha recai sobre “Doce Amor” um tema inserido no EP “A Borracha do Rocha” de 1960 e que nos faz recuar a tempos bem longínquos.



Quarteto de Mário Simões - Doce Amor

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Mário Simões e seu Quarteto Apresentando Carlos do Carmo – Loucura

Antes da década de 60 a cena musical portuguesa era dominada pelo fado doentio e o nacional-cançonetismo mofoso; a década de 60 vê surgir o twist, o Ié-Ié e a música pop; a de 70 é a da consagração da música popular portuguesa; a década de 80 é inundada pelo chamado “rock português”; os anos 90 são da geração do hip-hop; o novo milénio é, até agora, de domínio absoluto do novo fado e o regresso da música pop.

O ano de 2012 vê mesmo surgir o único e inclassificável “DESFADO” de Ana Moura (“DESFADO” é fado?). “DESFADO” é um prazer enorme, é um ponto alto da música popular portuguesa. Não sendo grande admirador do fado, mas mantendo alguma curiosidade aqui ou acolá, que é como quem diz, no fado (de Coimbra) de José Afonso e Adriano Correia de Oliveira, uma ou outra incursão de José Mário Branco pelo dito, pelas novas abordagens que Carlos do Carmo sempre expressou (em particular no álbum “Um Homem na Cidade” de 1977), ou ainda o agradável surgimento de um Camané, Ana Moura e o seu “DESFADO” é de rendição incondicional. Mas não é com este “DESFADO” que vamos ficar, senão era mais um Regresso ao Futuro que ao Passado, fica a sua recomendação.

A curiosidade levou-me a pesquisar Carlos do Carmo que já fez mais de 50 anos de carreira e conduziu-me ao que julgo ser a sua primeira gravação. A gravação é um EP de Mário Simões e seu quarteto de 1963 e entre um calipso, um samba bossa nova e um twist, aparece um fado denominado “Loucura”.


 Então, aqui vai, “Mário Simões e seu quarteto apresentando Carlos do Carmo” e o fado “Loucura”.



Mário Simões e seu Quarteto Apresentando Carlos do Carmo – Loucura