segunda-feira, 13 de julho de 2015

Mário Simões e seu Quarteto Apresentando Carlos do Carmo – Loucura

Antes da década de 60 a cena musical portuguesa era dominada pelo fado doentio e o nacional-cançonetismo mofoso; a década de 60 vê surgir o twist, o Ié-Ié e a música pop; a de 70 é a da consagração da música popular portuguesa; a década de 80 é inundada pelo chamado “rock português”; os anos 90 são da geração do hip-hop; o novo milénio é, até agora, de domínio absoluto do novo fado e o regresso da música pop.

O ano de 2012 vê mesmo surgir o único e inclassificável “DESFADO” de Ana Moura (“DESFADO” é fado?). “DESFADO” é um prazer enorme, é um ponto alto da música popular portuguesa. Não sendo grande admirador do fado, mas mantendo alguma curiosidade aqui ou acolá, que é como quem diz, no fado (de Coimbra) de José Afonso e Adriano Correia de Oliveira, uma ou outra incursão de José Mário Branco pelo dito, pelas novas abordagens que Carlos do Carmo sempre expressou (em particular no álbum “Um Homem na Cidade” de 1977), ou ainda o agradável surgimento de um Camané, Ana Moura e o seu “DESFADO” é de rendição incondicional. Mas não é com este “DESFADO” que vamos ficar, senão era mais um Regresso ao Futuro que ao Passado, fica a sua recomendação.

A curiosidade levou-me a pesquisar Carlos do Carmo que já fez mais de 50 anos de carreira e conduziu-me ao que julgo ser a sua primeira gravação. A gravação é um EP de Mário Simões e seu quarteto de 1963 e entre um calipso, um samba bossa nova e um twist, aparece um fado denominado “Loucura”.


 Então, aqui vai, “Mário Simões e seu quarteto apresentando Carlos do Carmo” e o fado “Loucura”.



Mário Simões e seu Quarteto Apresentando Carlos do Carmo – Loucura

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