Um dos conjuntos com maior destaque, a ganhar popularidade notória em 1964, e oriundo do Porto foi o conjunto Os Tártaros.
Com uma sonoridade muito “Shadowsiana” gravaram 4 EP com adaptações de temas populares, por vezes pouco felizes, mas também alguns originais, mais agradáveis. Na sua discografia aparecem tangos, valsas, “shakes”, “twist”, “surf”, enfim, as variantes mais populares da época.
Aristides Duarte no livro "Memórias do Rock Português" sobre Os Tártaros refere:
"Numa época em que o Rock português se reduzia a uma meia dúzia de grupos que existiam no Porto e em Lisboa, quando as condições técnicas deixavam muito a desejar e o Rock (ou "yé yé") não era muito bem visto por uma certa camada de público mais idoso, os Tártaros deram cartas e foram dos poucos que conseguiram alguma notoriedade."
Depois de já os termos recordado em adaptações, “Oh! Rosa arredonda a saia” e “Valsa da Meia-Noite”, é agora a vez de um original. Entre estes, logo no primeiro EP (com vendas a atingir as 2000 cópias, de acordo com o blog "Música Eléctrica a Preto e Branco") de 1964, aparece um dos temas mais interessantes de nome “Tartária”, que se tornou uma espécie de hino do conjunto.
António Duarte no livro "A Arte Eléctrica de Ser Português - 25 Anos de Rock'n'Portugal" considera “Tartária” como “o “twist” mais “speedado” do rock português”.
“Tartária” é uma boa oportunidade para pôr todo o corpo a mexer e reviver velhos tempos. Recordar é viver.
Do melhor feito por cá, na primeira metade da década de 60, segue a bem agitada “Tartária”.
Os Tártaros - Tartária
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