Livros, Revistas, Jornais

A Revolução antes da Revolução - Luís de Freitas Branco


 "A Revolução antes da Revolução" é o título do livro, que acabei de comprar, escrito por Luís de Freitas Branco. trineto do compositor com o mesmo nome e que nos dá a conhecer musicalmente, mês a mês, o ano de 1971. Lê-se na cinta da capa do livro:

"Antes da revolução política, uma revolução cultural antecipou o fim da ditadura. O regime estava por um fio e o sopro inspirado da música popular portuguesa foi a banda sonora para transformações decisivas. 1971 foi o ano do golpe musical, com protagonismo de José Mário Branco, Sérgio Godinho, Adriano Correia de Oliveira e Carlos Paredes, mas também de Duo Ouro Negro, Tonicha, Amália Rodrigues ou Marco Paulo; o ano do primeiro Cascais Jazz e do emblemático Festival de Vilar de Mouros; o ano que deu à música portuguesa e ao movimento dos capitães a canção-senha «Grândola, Vila Morena»."



Não estarei totalmente de acordo com os identificados protagonistas do "golpe musical" de 1971, mas só após a leitura do livro é que poderei confirmar se mantenho este desacordo.

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Richard Thompson Beeswing - Fairport, Folk Rock and Finding My Voice 1967-75 

Richard Thompson é uma das figuras mais bem guardadas do Folk-Rock que nunca teve a divulgação, a popularidade e reconhecimento por um público mais vasto como por exemplo têm Bob Dylan e Van Morrison.

Actualmente é dos poucos sobreviventes da década de 60 no activo, talvez a par dos outros dois referidos, a merecer uma regular e categorizada presença com novas canções que continua a escrever e gravar. É já depois de amanhã que é posto à venda, exclusivamente em forma digital sem suporte físico, um conjunto de seis novas canções sob o título "Serpent's Tears", já depois de no início do ano ter publicado em igual formato "Live From London" resultante de três concertos "livestream" realizados no ano passado.

Entretanto foi publicado, e chegou-me há poucos dias a casa, o livro "Beeswing" com o subtítulo "Fairport, Folk Rock and Finding My Voice 1967-75" que me vai ocupar e deliciar, espero, a leitura durante os próximos dias.

"An intimate memoir of musical discovery, personal history and social revelation, Beeswing vividly captures the life of one of Britain's most significant artists during a heady period of creativive intensity, is a world on the cusp of change.", lê-se na primeira orelha do livro.




Na contra capa do livro uma transcrição da revista Rolling Stone que afirma: "Richard Thompson is the greatest guitarrist in British folk rock ... [and] one of Britain's sing-songwriters."


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I've Always Kept a Unicorn -The Biography of Sandy Denny


Publicado em 2015 "I've Always Kept a Unicorn - The Biography of Sandy Denny" é um livro que, como o nome indica, nos conta a história da vida da malograda Sandy Denny, autora e intérprete única que para além dos poucos álbuns a solo nos deixou teve passagens por grupos como The StrawbsFairport Convention e Fotheringay. A sua passagem pela música popular foi de tal modo importante  que  sucedem-se, passados tantos anos pois Sandy Denny faleceu em 1978, a publicação, não só na sua discografia, sempre com novas descobertas, como a publicação de obras escritas sobre a sua vida.






Este livro de Mick Houghton teve edição da editora Faber & Faber e contou com reconhecidos elogios da imprensa especializada, na contra-capa do livro pode-se ler:
"I've Always Kept a Unicorn tells the story of Sandy Denny, one of the greatest Bristish singer-songwriters. Emerging from the passionate, hard-driving folk scene of the sixties, Sandy laid down the marker for folk-rock on timeless albums with Fairport Convention and Fotheringay, before embarking on a mercurial solo career. At the core of her later life and work was her often turbulent relationship with musician Trevor Lucas, as she tried to reconcile motherhood and marriage with a rock 'n' roll lifestyle. Her tragic and untimely death came in 1978 at yhe age of thirty-one. Based on original and candid interviews with more than fifty of her friends, fellow musicians and contemporaries, and with access to previously unseen documents and Sandy's own notebooks, I've Always Kept a Unicorn illuminates the life of a unique and complex artist."

Contém ainda uma introdução de Richard Thompson onde ele afirma "As decades pass, and fashions in music come and go, I realise more and more that Sandy Denny was not only the most importante singer of my generation, buy that no one has come along to touch her since."


Depois da leitura  do livro aconselha-se a audição do duplo CD saído no ano seguinte ao do livro e com o mesmo nome que como diz no interior é "the best album Sandy Denny never made", uma colecção de canções em modo acústico e a solo.


I've always lived in a mansion
On the other side of the moon. 

I've always kept a unicorn 
And I never sing out of tune.
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mundo da canção nº 10 de Setembro de 1970


Setembro de 1970 é publicado o nº 10 da revista "mundo da canção" que trazia na capa a Joni Mitchell, estranhamente no interior nenhuma referência a ela, nem a publicação de alguma letra, nem algum texto sobre a sua ainda curta mas já relevante carreira.





De resto este nº continuava na senda dos anteriores, muitas letras publicadas quer de autores portugueses, quer da musica Pop internacional e também alguns artigos que refiro, Blood, Sweat & Tears, o Duo Orpheu e os festivais da canção, Pedro BarrosoGeorge Moustaki, ficha sobre os Creedence Clearwater Revival e uma entrevista a Fernando Martins são alguns desses textos.

De Fernando Martins não consegui obter qualquer uma das quatro canções por ele gravadas num EP único, pelo que fica aqui a dita entrevista.




Recorte ainda ainda do artigo, bastante crítico, de Tito Lívio sobre o primeiro EP de Pedro Barroso cuja canção "Trova-dor" já anteriormente dei conta.



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Sobreviventes - O Rock em Portugal na Era do Vinil

De autoria de Pedro de Freitas Branco, "Sobreviventes - O Rock em Portugal na Era do Vinil" é um livro editado pela editora Marcador, em Outubro de 2016. Trata-se de uma viagem pela histórico do Rock feito em Portugal desde o início década de 60, de Daniel Bacelar, Os Conchas e Zeca do Rock, até aos anos 90 com o surgimento de Pedro Abrunhosa, Resistência, Santos e Pecadores entre outros.





Para todos os curiosos da música popular portuguesa das últimas décadas do século passado, com enfoque na vertente mais Pop-Rock, é um livro que se lê num ápice na procura de novos relatos de acontecimentos ocorridos em décadas tão férteis da nossa músic.
Na contra-capa do livro pode-se ler:
"SOBREVIVENTES narra a história da cultura pop/rock em Portugal desde o pioneirismo de 1960, e consequente progresso ao longo das duas décadas seguintes, até à explosão de 80 e maturidade artística de início dos anos 1990. A narrativa parte do lendário episódio da «batata no olho» do cantor Artur Garcia, e atinge o ponto culminante na chegada da era digital à indústria fonográfica.

SOBREVIVENTES, cujo título se inspira no primeiro álbum de Sérgio Godinho, é uma narrativa clara, cronológica, crítica, personalizada e fascinante. A não perder!"

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Sandy Denny - I've Always Kept a Unicorn


Prenda de Natal de mim para mim esta biografia de Sandy Denny que promete fornecer-me momentos de prazer tão intensos como a audição da sua discografia. Se recordar é viver então vou viver muito nos próximos tempos acompanhado sempre pela Sandy Denny.





No prefácio Richard Thompson escreve:
"Who has her dynamic range, from unbelievable power to a whisper, all with the utmost expression? Who has her musical intelligence, her ability to sing thr right thing at the right time? Who has her command of the dramatic, and her ability to tell a story by inhabiting the sing? Then there is the unique and distinctive songwring, which few, if any, can match, and the beautiful accompaniment on guitar and piano, and her great charisma as a performer - it leaves the rest of the field forever struggling to catch up."


26 de Dezembro de 2019

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Canta, Amigo, Canta – João Carlos Callixto



“ 1960-1974. Quinze anos em que a música portuguesa se transformou, de forma lenta mas segura, para desaguar no 25 de Abril de 1974. Entre a “Balada de Outono”, de José Afonso, em 1960, e “E Depois do Adeus”, de Paulo de Carvalho, em 1974, muitos foram os nomes que surgiram, uns de carreiras fugazes e outros a construírem aí os primeiros passos de uma obra maior confirmada depois de Abril. Todos eles, nascidos num Portugal mergulhado no Estado Novo, foram autores de uma “nova canção”, que já assim era designada na época e que de facto se mantém hoje em dia como nova quando posta em comparação com os modelos de canção ligeira então vigentes.”
Do intróito do Livro Canta, Amigo, Canta – Nova Canção Portuguesa (1960-1974) de João Carlos Callixto, acabado de ser editado. Muito bem apresentado, é sucinto e de fácil consulta. Recomenda-se.



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Leonard Cohen – Filhos da Neve


“Os poemas cujas versões são aqui apresentadas, foram extraídas dos seguintes livros: Let us compare mythologies, The spice-box of earth, Flowers for Hitler, Parasites of Heaven, New Poems, The energy of slaves. A selecção obedeceu apenas a um único – e sagrado – critério: o do prazer.
Tentamos na medida do possível preservar a melodia intrínseca de cada poema, a temperatura ora de chumbo derretido ora de neve. Só nos resta esperar que apesar da mudança de leito – e de águas – este rio que é a poesia de Leonard Cohen, consiga apanhar o leitor desprevenido – como apanhou os tradutores – num dos seus inúmeros redemoinhos.”

Na Nota Marginal de Jorge de Sousa Braga e Carlos Tê ao livro “Leonard Cohen – Filhos da Neve” edição bilingue da Assírio e Alvim de 1985.




















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Biografia do IÉ-IÉ - Luís Pinheiro de Almeida


“Ié – Ié
                Termo francês criado pelo programa de rádio Salut les Copains, derivado dos «yeah! Yeah!» das canções, o ié-ié chega a Portugal de forma descontextualizada e é explorado por uma imprensa mal informada, Se, no país de origem, se reportava sobretudo a jovens cantoras, ícones de sensualidade e alguma inocência – Françoise Hardy, Silvie Vartan, Sheila -, com os devidos rapazes a acompanhar – Antoine, Jacques Dutronc, Johnny Halliday -, em Portugal, em anos de beatlemania, erroneamente recorreu-se à designação para englobar e descrever os novos conjuntos que surgiram entre 1964 e 1967.”
Começo da introdução de Afonso Cortez ao livro “Biografia do IÉ-IÉ” de Luís Pinheiro de Almeida, edição da DOCUMENTA, de 2014.
 




















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Filarmónica Fraude – E Tudo Acabou em 69

Diário de Lisboa de 12 de Agosto de 1968, sob o título “A «Filarmónica Fraude» nas noites brancas de Alvor”, escrevia Fernando Assis Pacheco:

“A cinco quilómetros de Portimão, na Praia de Alvor, ouve-se boa música pop tocada por um conjunto português, a «Filarmónica Fraude», que cinco estudantes da cidade de Tomar organizaram para matar o tempo.”

A gravação de 2 EP e 1 LP em 1969 foram suficientes para a Filarmónica Fraude deixar um lugar único na história da nossa música popular.
Em 2013, com edição da Guerra e Paz, e autoria da própria Filarmónica Fraude (conversas e escrita de Rui Miguel Abreu), é publicado o livro “E Tudo Acabou em 69” com todas as histórias contadas pelos próprios elementos do grupo.

Lê-se de uma assentada e no fim fica a sensação de saber a pouco… mas, como que a compensar, incluído vem um CD com 4 canções novas da “Filarmónica Fraude”. A não perder!




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POPMUSIC-ROCK – Philippe Daufouy/Jean-Pierre Sarton


Livro de 1972, editado pela Champ Libre, Paris, descreve as origens e evolução musical do Rock’n’Roll e da Pop Music, terminando com uma discografia selectiva até 1971. Particularmente interessante é a 2ª, de 1981, edição portuguesa da Regra do Jogo com um longo e fundamental posfácio de Miguel Esteves Cardoso com o título “O Ovo e o Novo (uma) Discografia duma Década de Rock: 1970-1980” escrito em Novembro/Dezembro de 1980.





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José Afonso - José Viale Moutinho



José Afonso, Organização e Apresentação de José Viale Moutinho, Colecção Vozes Livres, 2ª edição revista e ampliada de 1975, da Paisagem Editora, Porto.
Para além de uma Antologia de Textos de Canções, possui textos de Manuel Simões, A. F., António Cabral, Daniel Ricardo e Cáceres Monteiro. Inclui ainda notícias e textos de jornais sobre a participação de José Afonso no VII Festival Internacional da Canção Popular do Rio de Janeiro (1972).





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Os Grandes Criadores de Jazz - Gérard Arnauld/Jacques Chesnel


Tradução da edição original francesa “Les Grands Créateurs de Jazz”, Bordas S.A., Paris, 1989. Edição portuguesa da Editora Pergaminho de 1991.
Na contra-capa do livro:
“Mais de 300 criadores de Jazz, de Armstrong a Thielemans, que pela riqueza dos seus temas e a variedade dos seus estilos, elaboraram em menos de um século uma música de incontestável vitalidade.
Do blues ao free-jazz, todas as grandes correntes: New Orleans, be-bop, jazz cool, West Coast... e também as contribuições e fusões: África, Caraíbas, Brasil, Europa... o que faz desta música uma expressão cultural universal.
Uma descoberta progressiva da história do jazz, instrumento por instrumento, privilegiando os grandes solistas, as suas inovações específicas, a sua história e o seu legado discográfico.”

Organizado por instrumento, voz, piano, guitarra, clarinete, trompete, saxofone, violino, etc. é um livro de rápida consulta sobre mais de 300 fundamentais músicos de Jazz e Blues.





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Blitz Nº 2 de 13 de Novembro de 1984


Faz agora 30 anos que saiu o nº 2 do jornal Blitz (agora revista). Na capa David Bowie com chamadas para os Bauhaus e Sérgio Godinho.
Vejamos as notícias musicais de há 30 anos:

- Nas 2ª e 3ª página anunciava-se o regresso dos Dexis Midnight Runners, o novo álbum de Jean Luc Ponty, o primeiro álbum a solo de Mick Jagger, o novo LP de Bryan Adams e o regresso de Rui Veloso ao Rock Rendez-Vous.
- Na página 4 anuncia-se os concertos dos Heróis do Mar em Paris. A página 5 é totalmente preenchida com Robert Wyatt sob o título “Wyatt Finalmente”: “Animadas as hostes com a edição de «82-84» de Robert Wyatt, cedo a raiva se elevou em furiosas expressões perante o «assassínio» perpetrado por uma prensagem inacreditável, que quase ensombra a beleza de um trabalho rico e ainda inédito em Portugal.” (disto sou testemunha)




- A página 6 um trabalho de António Sérgio sobre os Bauhaus e na página 7 o novo disco de Sérgio Godinho, “Salão de Festas”.
- “No Futuro A Simplicidade” é o artigo que ocupa as páginas centrais dedicadas a David Bowie a propósito do álbum “Tonight”.
- As páginas 10 e 11 dedicadas respectivamente a Julian Lennon e a Siouxsie Sioux e o seu concerto em Lisboa.
- Página 12, “Busca no Sótão” tirava o pó a Cat Stevens e fazia a sua retrospectiva. Na página 12 Jaime Fernandes projecta a Rádio Renascença para 1985.
- Nos discos editados em Portugal referidos na página 14 passava despercebido o álbum dos Associates, “Fourth Drawer Down”. Na página 15 ficamos a saber que1º lugar do Top de Singles em Portugal era ocupado por “I Just Called To Say I Love You” de Stevie Wonder e nos álbuns o primeiro lugar ia para Tina Turner com “Private Dancer”. Nos EUA o álbum mais vendido era “Purple Rain” de Prince e na Grã Bretanha, fiel a Paul McCartney, o álbum “Give My Regards To Broad Street”.
- A última página anunciava que Sting ia ser Frankenstein. Era o filme “A Prometida”, no original “The Bride”
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mundo da canção nº 9

A revista de divulgação musical "mundo da canção" teve início de publicação em Dezembro de1969,  terminando em Julho de 1985 com o nº 67 e da sua importância já muito se escreveu.
No meu caso foi o primeiro contacto escrito que tive com a música que lá ia conseguindo ouvir em programas de rádio como a "Página Um", o "Em Órbita", o "Espaço 3P" ou a "23ª Hora". Neste caso recupero o nº 9 da revista publicada em Agosto de 1970.




A capa era dedicada aos "The Beatles", no interior destacavam-se os artigos sobre os Jethro Tull, The Kinks, Joan Manuel Serrat, Teresa Paula Brito e letras, muitas letras de canções como era usual.
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O Jazz - Morley Jones

Há um certo desacordo acerca de o jazz ser ou não um género de música folclórica. Mas o jazz é, sem dúvida, algo de tipicamente norte-americano – é espontâneo, acessível e animado de um certo espírito de aventura. Além disso, o jazz é tradicional: tradicional no sentido de ter usos estabelecidos, roupagens estilísticas definidas e uma gíria, tanto verbal como musical, que são transmitidos nas culturas e entre as culturas por meios não verbais.
Lê-se na introdução do livro “O Jazz” de Morley Jones , edição das Publicações D. Quixote, 1ª edição, Janeiro de 1984.
Livro de leitura  e  consulta fáceis retrata “A vida e a obra de mais de cinquenta nomes do jazz – de King Oliver e Louis Amstrong, passando por Parker, Coltrane e Miles Davis até aos «novíssimos» como John McLaughlin e Keith Jarrett.”, conforme texto da contra-capa. Dispõe ainda de uma discografia seleccionada de mais de trezentos títulos sempre útil para os amantes deste género de música.







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 Blitz Nº 7 de 18 de Dezembro de 1984

No nº7, de Dezembro de 1984, há precisamente 30 anos, o jornal Blitz fazia capa com Lou Reed., com chamadas para This Mortal Coil e Dream Syndicate.




- Nas pequenas notícias das páginas 2 e 3, uma referência a Michael Jackson acusado de plágio em "Please Love Me Now", ficava-se ainda a saber que os que gostam de música «antiga», Beatles, Doors, Yes, Pink Floyd, Rolling Stones eram os «amigos de Alex» e anunciava-se o primeiro single a solo de Ian McCulloch, líder dos Echo and the Bunnymen.
- Na  página 4 o RRV (Rock Rendez-Vous) fazia notícia pela passagem do 10º aniversário e a página 5 era toda ocupada com um artigo do António Sérgio sobre os This Mortal Coil sob o título "Ilusão e Enigma".
- Na página 5 num anúncio do "mundo da canção" (mc/discoteca) ficamos a saber que o preço de um álbum em 1984 variava entre 560$00 e 64$00 (2,8 e 3,2 €)
- Dream Syndicate - O Sonho Americano, ocupa toda a página 6. Era o melhor Rock que então se praticava com esta banda de Los Angeles.
- As páginas centrais, 8 e 9 vão para Lou Reed, o concerto de Barcelona e o novo disco "New Sensations".
- As páginas 10 e 11, perdem-se com cartas dos leitores e a 12 com electrónica e computadores.
- A página 13 é fundamental, recorda-nos "Os melhores de 1967 segundo Em Órbita".
- Na página 14 o destaque vai para os discos editados na semana em Portugal e a Escolha Blitz vai, entre outros, para Paul McCartney com "Give My Regards To Broadstreet", "Unforgettable Fire" dos U2 e "Cádoi" de Júlio Pereira.
- A página 15 era ocupada com as habituais listas de vendas. Em Portugal, nos Singles o 1º lugar era ocupado por "I Just Called To Say I Love You" de Stevie Wonder, o mesmo ocupava o 1º lugar nos álbuns com "The Woman In Red".
- Última página dedicada a Simone, não a nossa, mas a brasileira a propósito do último disco "Desejos".


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DISCO MÚSICA & MODA, nº 5 de 1 de Abril de 1971

A 1 de Abril de 1971, Robert Wyatt merecia (a par de Ian Anderson) destaque na capa do nº 5 do jornal "DISCO MÚSICA & MODA". A chamada para a página 4 remetia para um artigo de quase 2 páginas com o título "Lamento grande parte do que fiz - confessa Robert Wyatt".





"O ano de 1970 foi fecundo para Robert Wyatt. O ano em que ascendeu a um lugar de baterista de excepção na música britânica dos nossos dias; o ano também em que experimentou agir fora do espírito dos Soft Machine, colaborando, durante algum tempo com Kevin Ayers e assumindo, depois, mais intensamente, o seu papel dentro do projecto «Keith Tippett Centipede»,onde sobressaiu de forma impressionante nos três números iniciais. E assim, neste ano de afirmação, acentuou, ainda mais a sua identidade tornando-se a primeira figura do Simbiosis, esse grupo extraordinariamente livre e impulsivo, e atingiu o seu auge, ao produzir o seu próprio álbum: «The end of a hear», um trocadilho cheio de propriedade, no seu caso." Início do longo artigo com entrevista a Robert Wyatt, no ano que veria o fim da sua colaboração nos Soft Machine.





Robert Wyatt uma referência obrigatória na música popular dos anos 60, até hoje.

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Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX
 
Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX. (A-C), é o primeiro de quatro volumes da importante e necessária Enciclopédia publicada pelo Círculo de Leitores de 2010. Com direcção de Salwa Castelo-Branco, "A Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX abrange os principais «domínios musicais» como a música erudita, a canção popular, a música tradicional, o folclore, o pop-rock, o jazz, o fado, a canção de Lisboa e a música das comunidades migrantes. Analisa os géneros e estilos musicais e coreográficos, bem com as práticas expressivas mais significativas..." na introdução deste volume.




Não percebo porque é que não encontrei entradas, por exemplo, para Os Álamos, Filarmónica Fraude, Conjunto Sousa Pinto, Thilo's Combo, Tártaros, Os Vodkas. De qualquer forma obra imprescindível.

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Canto de Intervenção 1960-1974


"É um facto que as «canções de protesto» não concorriam para os top de vendas com os sucessos do nacional e internacional-cançonetismo nem os seus intérpretes disputavam o título de «Rei da Rádio». Limitadas aos círculos mais restritos e esclarecidos de uma sociedade em geral sem opinião - intelectuais, estudantes, activistas políticos e sindicais - as «cancões de protesto» existiam e cumpriam um papel numa sociedade reprimida: beliscavam o poder. E isso acontecia não apenas por razões explícitas de conteúdo mas também, e acima de tudo, porque cimentavam uma cumplicidade anti-regime e representavam um apelo a valores que o salazarismo pretendera extirpar da sociedade portuguesa: a inteligência, a razão, a solidariedade." no prefácio de João Paulo Guerra ao livro "Canto de Intervenção 1960-1974".






 "Canto de Intervenção 1960-1974", 2ª edição revista e aumentada, é um trabalho de Eduardo M. Raposo, editado pelo jornal "Público" em 2005, a merecer leitura atenta.

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bob dylan por Jesús Ordovas





"bob dylan" é um livro de Jesús Ordovas editado pela Livraria Paisagem Editora e é o segundo livro da colecção Vozes Livres. Editado em 1973, o livro traça o percurso de Bob Dylan de 1960 a 1971 altura em que foi editada a canção "George Jackson" onde é denunciada a morte de George Jackson, escritor radical, negro abatido a tiro pelos guardas de prisão de San Quentin a 21 de Agosto de 1971.
Contêm ainda uma discografia de Bob Dylan e uma antologia de textos.
Curiosidade, o livro custou 45$00 ou seja cerca de 0,23€.
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IAN CURTIS * JOY DIVISION




"IAN CURTIS * JOY DIVISION" é uma edição bilingue, publicada em livro pela Assírio & Alvim em 1983, da poesia de Ian Curtis líder e mentor dos Joy Division. Refere-se em nota dos tradutores:

"Este trabalho foi executado a partir de uma edição pirata inglesa da lírica completa dos registos magnéticos da banda Joy Division, por essa mesma edição atribuída ao vocalista Ian Curtis. Na impossibilidade de confronto do texto escrito com a voz gravada de Ian Curtis - e não por se tratar de momentos menos significativos ou menos inspirados -, não se arriscou versão em português para os seguintes poemas: At A Later Day; Gutz; Inside The Line; Warsaw; No Love Lost; Leaders Of Men; Failures; All Of This For You; e Komakino... - ficam pois ao dispor de «cães» e «abutres», diria Curtis!
Tanto o corte das linhas como a escassa e insuficiente pontuação fixadas cingem-se àquilo que a voz de Ian Curtis sugere, e não de acordo com o texto inglês escrito. Por sua vez, a responsabilidade de algumas imprecisões nessa mesma edição pirata, caberá lateralmente à Factory Records, que se recusa divulgar as líricas corretas. Pela intensidade de tudo quanto de si Ian Curtis inscreveu, nos seja a nós outros perdoada esta tentação de culto."

O livro, 4º volume da coleção Rei Lagarto, teve em 1983 duas edições, a primeira de Fevereiro com 3000 exemplares e uma segunda, em Abril, de 2000 exemplares. Depois de já ter adquirido um exemplar da primeira edição, fui premiado, num concurso da Rádio Delírio (rádio pirata, na altura) com outro exemplar, agora da 2ª edição, "Com os cumprimentos da Rádio Delírio".


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The Beatles por Alain Dister




"The Beatles" é o 3º volume da coleção Rock On da editora francesa Albin Michel. Foi editado em Portugal pela Centelha em Fevereiro de 1982 com uma tiragem de 5000 exemplares. 195 páginas são o suficiente para se ter o essencial da história dos The Beatles.

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"The Rolling Stones" por Philippe Bas-Rabérin


"The Rolling Stones" de Philippe Bas-Rabérin é o 2º livro da coleção Rock On editado pela Centelha, no original das edições Albin Michel, em 1981 com um tiragem de 5000 exemplares.






«Tudo aquilo que os pais não querem que os filhos venham a ser». Foi assim quo os Rolling Stones foram saudados por uma grande parte da opinião pública quando, entre 1963 e 1964, a sua carreira começou a tomar forma. Na generalidade, não correspondiam ainda a nada de conhecido no espírito do  establishment, nem mesmo das classes médias inglesas de onde são originários. A bem dizer, os cinco companheiros sugeriam tendências mentais que não se ousaram facilmente atribuir ao conjunto da sua geração. Porque senão, para onde se iria e seria possível escapar a isso? O que alimentava a maior parte dos comentários, como sempre acontece quando as massas se apoderam dum «fenómeno», eram os sinais exteriores, os indícios de uma mudança cuja profundidade, por ser suspeita, não deixava de ser escondida sob o que era mais imediatamente apreensível. Cabelos compridos, vestuário descuidado ou considerado exagerado, atitudes indiferentes e comentários à civilidade exigida a cada um, era sobre isto que, antes de mais, assentava a reputação de um grupo, em comparação com o qual os Beatles, aparecidos um pouco antes, constituíam um motivo de alerta muito menor." Assim começa o livro que aborda a história dos The Rolling Stones do seu início até 1981 altura da edição de "Tattoo You".
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DISCO MÚSICA & MODA, nº 12 de 15 de Julho de 1971


Na capa do nº 12 de 15 de Julho de 1971 do jornal anunciava-se a vinda de Elton John a Portugal ao Festival de Vilar de Mouros, noticiava-se a morte de Louis Amstrong e fazia-se uma chamada,  para a página 13, para o músico Alexis Korner.




Na página 13 desenvolvia-se o artigo com o percurso de Alexis Korner, dos «Blues Incorporated»
ao C.C.S.. À pergunta "Já ouviram falar dos «Blues Incorporated»?" respondia-se:


"Acho que não. Pois é. E então se calhar também não sabem o que têm em comum Mick Jagger, Eric Clayton, Eric Burton, Charlie Watts, Dick Heckstall-Smith, Brian Jones, Paul Jones, entre outros, no princípio das suas carreiras de músicos? Pois a resposta é simples: os «Blues Incorporated» de Alexis Korner."
Mais à frente ficamos a saber que Ginger Baker e Jack Bruce também por lá passaram.


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Blitz Nº 15 de 12 de Fevereiro de 1985

Há precisamente 30 anos saía o nº 15 do jornal Blitz, o destaque da capa ia para Tom Waits.




- As páginas 2 e 3 são preenchidas com pequenas notícias onde se destaca "Smiths: Digressão e Disco", o disco era o excelente «Meat Is Murder».
- Na página 4 com título "Os Ouvintes de Peel" ficamos a saber quais os 50 melhores temas de 1984, dos ouvintes habituais de John Peel na Rádio One, e em 1º lugar estava, claro, «How Soon Is Now» dos Smiths.
- "...habitante do barco dos loucos, canta num fundo de jazz de cabaret, a noite, os rios alcoólicos e as aventuras «on the road»..." no artigo da página 5 dedicado a Tom Waits. «Swordfishtrombone» era o álbum mais recente. Excelente.
- Página 6 dedicada ao que consideravam "A Quarta Onda Pop de Nova Iorque" para falarem dos desconhecidos dB's, Individuals e Bongos.
- Leonard Cohen tinha na altura 50 anos, em 1984 tinha editado «Various Positions» e anunciava-se a vinda de Leonard Cohen pela primeira vez a Portugal. "Leonard Cohen o Músico e o Poeta" ocupam toda a página 7.
- As páginas centrais vão exclusivamente para Miles Davis, "Toco de uma Maneira Estranha". O motivo do artigo é o regresso de Miles Davis às gravações. «Decoy» era o nome e o pretexto para afirmar "quanto mais velho melhor!".
- Página 10 dedicada ao Concurso de Música Moderna do Rock Rendez-Vous e ao grupo Culto da Ira da cidade do Porto.
- Página 11 perde-se com os artigos "agitpop" e "Ruídos". Adiante.
- Página 12 é para os leitores com "Pregões e Declarações". Adiante.
- Página 13, "Busca no Sótão" recorda e resume a vida dos Hollies e termina com a curiosidade do primeiro episódio da telenovela «Chuva na Areia» ter a música «Stop, Stop, Stop» dos Hollies.
- Na página 14 ficamos a saber que foram editados, entre outros, em Portugal os discos «Stop Making Sense» dos Talking Head e «Swordfishtrombone» de Tom Waits.
- Na página 15 as tabelas de vendas de discos. Em Portugal os Wham destronam Rão Kyao, nos EUA Madonna e o seu «Like a Virgin» destrona Bruce Springsteen e o álbum «Born In USA», na Grã-Bretanha os Foreigner destronam Alison Moyet e na tabela dos discos independentes Jesus and Mary Chain chegam ao primeiro lugar.
Na contra-capa anúncio único da Polygram ao disco «A Lenda dos Heróis do Mar 1981/1984".

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Blitz nº 17 de 26 de Fevereiro de 1985


Saía há 30 anos o nº 17 do jornal Blitz, uma fotografia de David Byrne domina toda a capa.



- Na página 2 a confirmação e cancelamento de concertos, anuncia-se Elba Ramalho e Miles Davis, Maria Bethânia já não vem, Tina Turner só em Londres e os Kinks e Stranglers em Madrid.
- Na página 3 fica-se a saber que decorrem negociações para a vinda dos The Cure a Portugal e que "desvaneceram-se as possibilidades" de um concerto dos Smiths, anunciava-se o novo LP dos Smiths, "Meet Is Murder".
- Página 4 sem interesse e com publicidade..
- Página 5 dedicada ao 2º Concurso de Música Moderna do Rock Rendez-Vous. 91 bandas a concurso, lá estavam os Pop Dell'Arte e Ena Pá 2000.
- Página 6 com Scorpions "Mais Que Um grupo de Baladas".
- Página 7 um artigo sobre os Everything But The Girl, "A Arte da Simples Canção".
- As páginas centrais Talking Heads e David Byrne. Uma entrevista, um resumo da história dos Talking Heads e o último álbum "Stop Making Sense", disco ao vivo do filme com o mesmo nome. "O melhor filme de um concerto Rock" de acordo com o New Musical Express.
- Página 10 "Cohen a Beleza", fotografias e o rescaldo da passagem de Leonard Cohen por Cascais.
- Página 11 com "Pregões e Declarações" dos leitores.
- Páginas 12 e 13 sem interesse musical.
- Página 14 ficamos a saber que naquela semana tinham sido editados o disco "Velô" de Caetano Veloso e "One Summer Night" de Paco de Lúcia, eram os mais interessantes.
- Página 15, temos o Top de vários países, nos álbuns os Wham! ocupam o primeiro lugar em Portugal, o melhor só aparecia em 15ª lugar era a "Leitaria Garrett" do Vitorino. Nos EUA Madonna e "Like a Virgin" ocupavam o primeiro lugar, já em Inglaterra o  lugar era ocupado por Bruce Springsteen com "Born in the USA".
- A última página  ficava com uma entrevista a Anamar.
Ou seja parece um nº do Blitz menos conseguido.

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Blitz nº 18 de 5 de Março de 1985

Mais um nº do jornal Blitz a fazer 30 anos. É o nº 18 de 5 de Março de 1985.
Na capa uma fotografia de Brian Eno.



- Nas páginas 2 e 3 ocupadas com notícias pequenas lembramos que Vitorino deu os primeiros concertos no Coliseu de Lisboa a 16 e 17 de Março; Tina Turner vence os Grammy de, melhor cantora Pop e melhor cantora Rock; em algumas discotecas de Lisboa podia-se adquirir "Dance On Fire", um vídeo-documentário sobre The Doors.
- Nas páginas 4 e 5, quase exclusivamente preenchidas com anúncios, ficamos a saber que o próximo álbum de Sting tem a participação de Brandford Marsalis.
- Na página 6 Go-Go é um novo estilo musical derivado do Hip-Hop, "uma nova alegria de celebração soul", pelos vistos circunscreveu-se a Washington DC.
- Na página 7 artigo sobre Brian Eno "Do «Art-Rock» à Música Ambiental". Percurso de Brian Eno desde o início dos anos 70 com identificação Da discografia a solo e com os Roxy Music, participações, colaborações e produções.
- Páginas centrais exclusivas para Brian Eno, num interessante artigo de Ricardo Saló, "O Silêncio é de Oiro".
- Página 10, "Busca no Sótão" é ocupada com James Taylor, "Das Tentativas de Suicídio ao Rock In Rio".
- Página 11, dedicada aos habituais "Pregões e Declarações": "A verdade jamais triunfa mas os seus adversários acabam por morrer" é uma das frases.
- Passo à frente as páginas 12 e 13 para saber na página 14 que "Por Este Rio Acima" do Fausto tinha sido posto à venda. O interesse maior vai para o artigo sobre os excelentes Working Week e o Maxi-Single "Venceremos" de 1984.
- Finalmente na página 15 as tabelas dos mais vendidos, em Portugal, assim com nos EUA, o LP mais vendido é "Make It Big" dos Wham!, já em Inglaterra a música é outra The Smiths entram directos para o 1º lugar com "Meat Is Murder".
- Página 16 com fotografia de Luís Filipe Barros e o anúncio do programa "Ondas Luisianas" na Rádio Comercial.


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Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX

Mais um volume, o 2º, da obra de referência, Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX, vai da letra C à L.



(a discografia de Shegundo Galarza parece estar muito incompleta, nomeadamente as gravações para a Editora Estoril, julgo que 4 LP nos anos 50, falhas que vou encontrando que não tiram o valor à obra)

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Neil Young - A história definitiva da sua carreira musical

"Neil Young - A história definitiva da sua carreira musical" é um livro de Johnny Rogan editado pela Assírio e Alvim em 1983 com uma tiragem de 4000 exemplares. É o nº 7 da colecção Rei Lagarto.



279 páginas contam-nos a história de Neil Young desde o nascimento no Canadá em 1945 até 1981. Diz Johnny Rogan na introdução:
"Durante as minhas viagens tive a felicidade de poder ouvir para cima de 140 horas de música de Young ao vivo não comercializada, incluindo o nº espantoso de 1400 canções tocadas em palco ao longo dos últimos 15 anos."

O último capítulo do livro dá por título "Estará Young Preparado para os Anos 80?"
Não só esteve para os anos 80 como para os 90, os 00 e os 10 do novo século. o que mostra quão prematuro foi no título do livro constar "A história definitiva", aliás a última frase do livro "Sempre insatisfeito, Young não mostra sinais de pretender abdicar da sua individualidade teimosa e obsessiva que o tornou numa das poucas estrelas do Rock verdadeiramente intrigantes." (no epílogo a propósito do então último álbum de Neil Young "Re-ac-tor") deixava tudo em aberto.
Quem se atreverá a uma história definitiva de Neil Young?
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Blitz nº 22 de 2 de Abril de 1985

Continuamos com nºs do jornal Blitz a fazerem 30 anos. Estamos no nº 22 de 2 de Abril de 1985.
A capa é preenchida com uma fotografia dos Stranglers, com chamadas para os Waterboys, Malcom McLaren e a memória do programa de rádio "Em Órbita" que fazia 20 anos (ou seja agora comemora 50!).




- Pequenas notícias na página 2: é editado o livro "Anarqueologia do Jazz 1 - Jazz Band 1900/1960" de Jorge Lima Barreto; é anunciada a vinda a Portugal de Marianne Faithful onde se referia os discos mais recentes da cantora entre os quais o excelente "Broken English" (não England).
- Na página 3 fala-se do Concurso de Músic Moderna no Rock Rendez Vous, era o 2º, Michael Jackson tem direito a figura de cera no Museu Madame Tussaud, e a nossa Maria João vai em digressão pela Alemanha.
- Na página 4 o destaque vai para um anúncio de José Mário Branco, este solicita (à semelhança do que tinha sido feito com "Ser Solidário") o financiamento, através da compra antecipada, do próximo álbum de nome "A Noite".
- A página 5 é toda ocupada por um artigo sobre os Waterboys assinado pelo António Sérgio, Mike Scotch a ser acusado de avareza no relativo pouco sucesso dos Waterboys.
- Página 6, os The Moody Blues ainda mexem, já fora de tempo, resume-se a carreira e anuncia-se uma colectânea.
- A página 7 é dedicada a Malcolm McLaren - O Alegre Vigarista, ficamos a saber que ainda é "vagamente descendente de portugueses" o criador dos Sex Pistols, Adam and the Ants, Boy George e Bow Wow Wow.
- Páginas centrais ocupadas com The Stranglers, resumo da história dos The Stranglers quando já iam no 9º disco de originais.
- Página 10, os Venon (!) o outro «Heavy-Metal» são notícia.
- Página 11  com os habituais Pregões e Declarações: declarações de amor, trocas e vendas, mensagens suaves e pensamentos ociosos.
- Páginas 12 e 13 são justamente dedicadas aos 20 anos de "Em Órbita", 7305 emissões. Quando "Em Órbita" começou a 1 de Abril de 1965 o nº 1 na Grã-Bretanha era "The Last Time" dos Rolling Stones.
- Na Página 14 ficamos a saber os discos editados a semana passada em Portugal. Destaco "Rising for the Moon" dos Fairport Convention e "Rise Up Like The Sun" da Albion Band.
- Na página 15 as tabelas de vendas em Portugal, EUA e Grã-Bretanha. Nada de especial a assinalar, nos LP por cá vendia-se os Scorpions  com "Gold Ballads", nos EUA e Grã-Bretanha o mais vendido era Phil Collins com "No Jacket Required".
- Na última página mantinha-se o anúncio ao programa Ondas Luisianas de Luís Filipe Barros na Rádio Comercial.
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JIM MORRISON para lá dos DOORS

"JIM MORRISON para lá dos DOORS" é o título do livro editado em 1981 pela Centelha com uma tiragem de 3000 exemplares. O livro escrito por Hervé Muller  dá-nos a conhecer, e bem, em 170 páginas, o mundo de Jim Morrison e do grupo The Doors que encantou a minha juventude.



Terá sido das primeiras obras a historiar a vida de Jim Morrison e julgo a 1ª a ser editada em Portugal. De acordo com o Epílogo de 1978 "Depois da edição deste livro, nos princípios de 74 ..." ou seja Jim Morrison tinha morrido há menos de 3 anos.
"JIM MORRISON para lá dos DOORS", uma abordagem simples e lúcida sobre The Doors:
"Os Doors eram portanto um cantor, compositor, cineasta, actor, um pouco exibicionista e alcoólico, Jim Morrison, e três músicos, Ray Manzarek, Robbie Krieger e John Densmore."
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Pink Floyd por Jean-Marie Leduc

"Pink Floyd" escrito por Jean-Marie Leduc é um livro editado em Portugal pela Centelha e é o nº 4 da colecção Rock On. A edição de Junho de 1982 teve uma tiragem de 5000 exemplares e conta a história do grupo de Rock psicadélico que mais se destacou no movimento hippie/underground de Londres de 1966, os Pink Floyd.
O livro relata a vida dos primeiros 10 anos do famoso grupo, o que se constata logo pela data do prefácio, Março de 1977. No entanto, nos anexos aparece um texto sobre "The Wall" tendo, parcialmente, como fonte o nº 165 da revista "Rock et Folk" de 1980. Também a discografia vai até Dezembro de 1981.




Com o essencial da história dos então inovadores Pink Floyd satisfazemos a curiosidade relativamente à origem do nome Pink Floyd, literalmente Fluído Cor-de-Rosa:
" A origem do nome do grupo deve-se a Syd Barrett. Há quem diga que o nome lhe surgiu numa visão durante uma «viagem» mas na realidade Syd foi buscar o nome do grupo a um álbum que tinha de dois bluesmen da Georgia - Pink Anderson e Floyd Council - tirando simplesmente o primeiro nome de cada um. Daí não haver aparentemente tradução para Floyd. No entanto, e as coincidências são demasiadas, quando o ácido foi introduzido na Inglaterra, por volta de 1966, em gíria chamava-se Floyd a uma ampola de ácido que curiosamente eram mais ou menos cor de rosa (pink)."

Do mesmo livro a primeira foto oficial dos Pink Floyd, da esquerda para a direita, Syd Barrett, Nick Mason, Roger Waters e Rick Wright (1943-2008).


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DISCO MÚSICA & MODA, nº 9 de 10 de Julho de 1971


Em texto de 1ª página, o jornal DISCO MÚSCA & MODA nº 9 de 1 de Junho de 1971, sob o título "«Em Órbita» Acabou" noticiava o fim do melhor programa de rádio que existia na época.



Noticia que seria desenvolvida no nº seguinte do jornal sob o título (chamada de 1ª página) "Epitáfio por um «Em Órbita» defunto e um rádio gravemente doente"  assinado por Hélio Sousa Dias.

Podia-se ler:
"... «Em Órbita» começou também a caracterizar-se pelo seu estilo sóbrio, pela sua intransigência para com a qualidade de tudo o que apresentava, pelas suas rubricas diárias, pelos seus comentários. Apresentava-se só música anglo-americana, houve só uma concessão à música portuguesa, aa célebre «Lenda de el-rei D. Sebastião», mas dentro dela procurava distinguir-se o trigo do joio, justificando essa distinção. Robert «Dylan» Zimmerman foi uma das divulgações, e dos orgulhos, do programa. Paul Simon e Art Garfunkel, idem, idem, aspas, aspas. Ainda Tim Buckley. Ainda Donovan. Ainda muitos outros."
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Blitz, nº 27 de 7 de Maio de 1985

Faz agora 30 anos o nº 27 do jornal Blitz. E o que é que nos trazia este número?
Na capa tínhamos The Smiths, talvez o melhor grupo Pop (Indie-Pop) dos anos 80.



- Nas pequenas notícias das páginas 2 e 3 é anunciada a vinda a Lisboa de Caetano Veloso e de Joe Cocker a Cascais; é ainda noticiada a saída do primeiro álbum, pós "Por Este Rio Acima" de Fausto, era "O Despertar dos Alquimistas".
- Página 4 toda ocupada com Tom Verlaine sob o título "A Eterna Procura da Diferença"
- Página 5 dedicada aos The Smiths, o conjunto "...que abriu uma porta de saída para um impasse em que a música britânica parecia estar a cair".
- Na página 6 António Sérgio assina um artigo sobre The Cult sob o título "A Última das Rock-bands?"
- Página 7 totalmente ocupada com anúncio ao sintetizador Cosmosynthesizer com tecnologia Casio com 2 modelos aos preços de 109000$00 e 148000$00 (respectivamente cerca de 520 e 750 €).
- Páginas centrais dedicadas ao 2º Concurso Música Moderna do RRV, "A Final, Finalmente" tendo a vitória sido para os THC.
- Página 10 para a rúbrica "Busca no Sotão" onde a propósito de um mini-LP de uns tais Honeydrippers (Jimmy Page, Robert Plant e Jeff Beck), Luís Pinheiro de Almeida recorda o percurso e discografia daqueles três músicos.
- Página 11 e os estafados "Pregões e Declarações" dos leitores.
- Página 12 aberta ao ZX SPECTRUM (lembram-se) e um programa simulador, o "Rally Driver".
- Página 13 pequenos textos sobre o Clip "Big In Japan" de uns Alphaville então muito populares e uma viagem pela discoteca Bananas em Alcântara-Mar então muito In.
- Página 14 com os discos editados na semana anterior em Portugal e o panorama é confrangedor, nos Singles o destaque ia para "We Are The World", nos LP era reeditado "Deep Purple With The Royal Philarmonic e Manfred Mann editava o disco ao vivo "Budapest".
- Página 15 as habituais classificações dos discos mais vendidos. O panorama não era famoso, em Portugal em Singles e LP o primeiro lugar ia para os abomináveis Scorpions. Nos EUA logicamente o primeiro lugar ia para "We Are The World", assim com em Inlgaterra. Mas na lista Independente de Inglaterra podíamos ver Cocteau Twins, The Smiths, James, New Order, Jesus and Mary Chain, aqui a música era outra.
- Página 16 vai para Ricardo Camacho "Instrumento: Estúdio". Ricardo Camacho produtor à data tinha produzido os discos "Independança" dos GNR, "Alhur" da Né Ladeiras e "A Um Deus Desconhecido" dos Sétima Legião, grupo que viria a integrar.

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Vida Mundial Nº 1560 de 2 de Maio de 1969

É à revista Vida Mundial de 2 de Maio de 1969, que trazia na capa o Papa João XXIII, que vamos buscar este pequeno artigo inserido na rúbrica "O Tempo do Leitor".


Com diversas pequenas secções "O Tempo do Leitor" destacava na secção "Discos" 2 LP: "Bookends" de Simon and Garfunkel, "Prémio Grammy para o melhor disco de 1968" e "Poesia Portuguesa de Hoje e de Sempre" de Luís Cília, podia-se ler:
"Luís Cília canta poemas de José Saramago, Orlanso Costa, José Gomes Ferreira, João Apolinário, Almeida Garrett, Filinto Elísio e Camões. A Luís Cília chamaram a voz da verdade. Assim é! Luís Cília é também o autor da música «O Salto». Nada tem que ver com os «calvários» e as «madalenas»."


Não se podia dizer muito, mas lá se ia conseguindo dizer alguma coisa, o disco era classificado com 4 estrelas, o máximo atribuído ou seja "Muito Bom".
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Led Zeppelin por Howard Myllet


Editado pela Centelha, "Led Zeppelin", escrito por Howard Myllet, é nº 6 da colecção Rock On e foi publicado em Maio de 1983 com uma tiragem de 2000 exemplares.
Dos primordiais Yardbirds até, em apêndice, ao derradeiro "Coda" publicado entre nós em 1983, três anos após o fim dos Led Zeppelin, a história de um dos mais fascinantes grupos de Rock.




No prefácio do livro dizia-se:

"Em 1974, o repórter americano Robert Hillburn descrevia os Led Zeppelin como a «quintessencial banda rock, aquela que resumia os elementos fundamentais do rock da última década. Se alguém quisesse fazer um filme acerca de um grupo rock, os Led Zeppelin poderiam muito bem cumprir esse papel. Robert Plant, é o típico vocalista macho, sexy e agressivo; Jimmy Page é o guitarrista talentoso capaz de capturar as fantasias das audiências com a sua experimentação electrónica; John Bonham é baterista para fornecer uma noite de um consciente e martelado drumming e terminar a sua actuação com um solo de 20 minutos; o baixista John Paul Jones fornece uma firme tensão inerente à sonoridade do grupo."

Curiosidade: o livro custou 250$00 ou seja 1,25€.
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Blitz nº 36 de 9 de Julho de 1985

Faz 30 anos este nº do jornal Blitz.
Num nº pouco interessante o destaque da capa ia para Sting.



 - As páginas 2 e 3 com pequenas notícias, anunciava-se a vinda de Laurie Anderson a Portugal e em Breves ficava-se a saber que "Springsteen conquistou o público londrino que encheu Wembley durante três dias, para as primeiras actuações do cantor em Londres desde há quatro anos."
- Página 4 artigo com o título "Pop Dell'Arte no RRV: Renascimento e paixão da arte POP".
- Página 5 com artigo único sobre Sting a propósito do álbum a solo "The Dream Of The Blue Turtle"
- Nick Drake - Uma obra esquecida é um pequeno artigo da página 6  a ter em conta para os apreciadores da música de Nick Drake "... uma voz e génio, injustamente remetidos ao esquecimento..."
- Página 7 completa com o artigo "The Smiths: Herança oculta". A "pós-modernidade" dos The
Smiths"
- "As Noites Longas" ocupam as páginas centrais deste nº do Blitz. "As Noites Longas" "...um novo espaço de ocupação nocturna" da meia-noite às sete da manhã.
- A página 10 é ocupada por Luís Pinheiro de Almeida em dois artigos, o Busca no Sótão com "Os Concertos de Beneficência - Bangla Desh foi pioneiro" e a Feira da Ladra com a passagem de 14 anos sobre a morte de Jim Morrison.
- Pregões e Declarações para a página 11.
- Página 12 dá-se a conhecer um tal de Robin George e o seu Rock melódico.
- Página 13, o Blitz rendido à tecnologia do ZX SPECTRUM.
- Página 14, nada de relevante nos discos editados entre nós, sobra os GNR e "Os Homens Não Se Querem Bonitos".
- Página 15, os discos mais vendidos: Em Portugal nos Singles era "We Are The World" e nos LP "Brothers In Arms" dos Dire Straits; nos EUA o panorama não era animador, Phil Collins dominava nos Singles e LP; em Inglaterra os Marillion destronam Bryan Ferry com "Misplaced Childhood" e na lista Independente The Cult mantêm o primeiro lugar com "She Sells Sanctuary".
- Página 16 entrevista com Tom Robinson, "É sempre bom experimentar novas sonoridades".
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"Memórias do Rock Português" por Aristides Duarte

"Memórias do Rock Português" é um livro de Aristides Duarte cuja 3ª edição, revista e actualizada, data de Fevereiro de 2007. Em edição de autor, Aristide Duarte faz uma interessante resenha do chamado Rock Português dos primórdios à actualidade, seguida da biografia de alguns significativos grupos e artistas, continua com informação variada, memorabilia, discografia básica, melhores discos de música portuguesa nos anos de 1999 a 2003, etc..



A leitura do livro foi-me suscitando algumas dúvidas e tive a oportunidade de em 2010, via mail, o questionar, mantendo uma interessante troca de impressões. Fausto  e o conjunto Rebeldes de Moçambique, a popularidade dos Jotta Herre, a música de intervenção no final do PREC, a qualidade da música dos portugueses Croix Sainte, etc., etc. foram objecto de troca de opiniões. É mesmo assim, ainda bem que há quem pela escrita mantenha viva a história de parte importante da música portuguesa: o Rock Português (ou feito em Portugal?).
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Blitz Nº 38 de 23 de Julho de 1985

Mais um nº do jornal Blitz que saiu há 30 anos.
Na capa uma fotografia de Paul Weller dos The Style Council então no auge na popularidade. Depois do êxito com The Jam era a vez, antes de início da carreira a solo, dos The Style Council. Nunca teve o reconhecimento internacional que teve em Inglaterra.



- Páginas 2 e 3 com pequenas pouco interessantes notícias, sobra a fofoquice sobre o Live-Aid ocorrido a 13 de Julho de 1985. Os The Who que quiseram meia-hora para ensaiar, Paul McCartney que se queixou do som, Julian Lennon que cancelou a actuação, etc., etc..
- Página 4 quase toda com um anúncio da Rádio Comercial, pequenas notícias sobre a Rádio Live Almada e Rádio Portugal. Ainda o bar Jamaica em Rondas Nocturnas.
- Página 5 é-nos apresentado os «Lone Justice - Uma nova estrela no céu da Califórnia». O elogio do primeiro álbum "Lone Justice" saído em 1985 e a revelação de Maria McKee.
- Página 6 com 3 artigos sobre o Live-Aid, um dos quais sobre a transmissão da RTP, "A vergonhosa RTP...", "Os comentáios idiotas foram às centenas, as intervenções, durante a actuação de quase todos os grupos, despropositadas, e os pensamentos cretinos, em voz alta, sem conta possível".
- Página 7 dedicada aos The Style Council a propósito da edição em Portugal do excelente "Our Favorite Shop".
- Páginas centrais, muitas fotografias, pouco texto, são os Genesis - A imagem de um Concerto.
- Página 10, Busca no Sótão recupera a propósito do Live-Aid os Crosby, Stills, Nash & Young, dez anos depois.
- Página 11, mais Pregões e Declarações.
- Página 12, João Pinheiro de Almeida assina Blitzpectrum, os jogos na Playstation da época, o Spectrum.
- Página 13, recupera-se, muito bem, Yves Montand - Um senhor do palco.
- Página 14, a análise de um disco dos desconhecidos Woodentops e a escolha do Blitz com aos discos editados naquela semana. Como o jornal reconhece "Nos álbuns a semana é relativamente falha de interesse".  Fica o Maxi-Single de David Bowie "Loving The Alien".
- Página 15 e os Top da semana. Em Portugal "We Are the World" mantem-se em primeiro lugar nos Singles e nos LP "Brothers In Arms" dos já menos interessantes Dire Straits a entrar directamente para o primeiro lugar. Nos EUA são os Tears For Fears a manter o primeiro lugar nos LP enquanto na Grã-Bretanha Bruce Sprinsgteen mantinha igualmente o primeiro lugar com "Born In USA" (isto não devia ser ao contrário?).
- Página 16, conversa com João Peste, Causas e efeitos de ser Pop Dell'Arte: "A minha atitude dentro do grupo é um tanto semelhante à dos futuristas do princípio do século. É como se lutasse contra uma certa apatia estável, mas lutando sem saber em nome de quê."
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Superstars - Andy Warhol e os Velvet Underground

Nº 22 da colecção Rei Lagarto "Superstars - Andy Warhol e os Velvet Underground" é uma edição da Assírio & Alvim de 1992, com tradução, actualização e anexos de João Lisboa.



É constituído por três partes, "Heróis" uma entrevista de Christian Fevret aos elementos do grupo, "Dicionário" tudo de A a Z sobre The Velvet Underground e Anexos organizados por João Lisboa.

"Perante a fuga à agonia urbana reivindicada pelo movimento hippie, os Velvet Underground davam mais importância às grandes cidades, optando por enfrentá-las a partir do interior e esgrimindo as mesmas armas: o ruído anárquico do grupo frente ao ruído atroador das urbes. Eles eram Nova Iorque, eram o reflexo das suas ruas e das suas gentes, chegando a encarnar o mais duro e puro som da metrópole de forma obsessiva e autodestrutiva." na entrada Urbanos da letra U.
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Blitz Nº 40 de 6 de Agosto de 1985

A capa do nº 40 saído há 40 anos do jornal Blitz era preenchida por uma fotografia de Nils Lofgren com chamada para entrevista exclusiva. Interessante um músico com relativamente desconhecido pela sua carreira a solo, muito mais como músico pertencente a formações como os Crazy Horses (mais conhecidos como banda de suporte a Neil Young) ou a E Street Band (banda de suporte a Bruce Springsteen).




- Páginas 2 e 3 com pequenas notícias: Geninha Melo e Castro prepara disco (era o 3º LP), Rão Kyao prepara novo disco (devia ser "Oásis"), Paulo de Carvalho está nos Top com o LP "Desculpem Qualquer Coisinha", Lloyd Cole e Tom Verlaine são anunciados para festival a realizar na Figueira da Foz.
- Página 4 dá notícia de passagem do músico de Jazz Sun Ra pela Gulbenkian e um Passatempo Lofgren destacam-se.
- Página 5, "A criatividade não implica obrigatoriamente a subversão. É possível inovar sem revolucionar, também a reforma corresponde a uma alternativa de ultrapassagem do pré-estabelecido. A comprová-lo estão os projectos musicais recém-nascidos nos Estados Unidos, entre os quais se destaca o nome dos Violente Femmes." assim começa o artigo de Luís Maio "Violent Femmes - A fé nasce da ironia".
- Página 6, o retrato vai para Midus (alguém se lembra dela?). Aos 11 anos teve a primeira guitarra, aos 14 a primeira viola eléctrica, aos 19 era voz, baixo e manager dos Roquivários.
- Página 7 toda ocupada com os germânicos Scorpions, ufa!
- Páginas centrais vão para Nils Lofgren, "De aprendiz de acordeão a mago da guitarra", muito bem.
- Página 10, Busca no Sótão não resiste e dá "Um abraço a Bob Geldof", "...líder dos Boomtown Rats, a primeira banda de New Wave a meter um disco nos Topes."
- Página 11, Pregões e Declarações, já não há paciência.
- Página 12, fica-se pela rúbrica Blitzpectrum e o jogo 911 TS onde o jogador pode conduzir um Porsche 911.
- Página 13 é preenchida com as músicas que se ouviam nos verões dos anos 60. Por exemplo, em 1965, há 50 anos ouvia-se Mr. Tambourine Man, The Byrds; Unchained Melody, Righteous Brothers; Satisfaction, The Rolling Stones; Like a Rolling Stone, Bob Dylan; Colours, Donovan, etc..
- Página 14, ficamos a saber os discos editados na semana, destaque para "Estranha Forma de Vida" da Amália Rodrigues e "Dream Of The Blue Turtle" de Sting. Já agora "Segredos de António Sala e "O Verdadeiro Serafim Saudade" de Herman José, ui!
- Página 15, listas dos discos mais vendidos sem grandes novidades, em Portugal "Brothers In Arms" dos Dire Straits mantinha-se em 1º lugar, nos EUA o 1º lugar era mantido pelos Tears For Fears com "Songs From The Big Chair" e na Grã-Bretanha Bruce Sprinsteen também mantinha o 1º lugar com "born In The USA"
- Página 16 é dedicada a uma loja no Bairro Alto, Paranóia, pois "As lojas mais tentadoras são, assim, as que não parecem lojas".
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Blitz Nº 45 de 10 de Setembro de 1985

Há 30 anos saía o nº 45 do então jornal Blitz.
Na capa fotografia de Bruce Springsteen, onde se anuncia entrevista exclusiva e chamada para os grupos Teardrop Explodes e The Fall.



- Nas páginas 2 e 3 sempre com pequenas notícias: Nina Hagen no Brasil para 12 concertos, Bruce Sprinsgteen vai ao Brasil ...de férias e David Bowie e Mick Jagger lançam "Dancing in the Dark".
- Na página 4 "Em jeito de balanço - Jazz em Agosto 85", numa altura em que o destaque em termos de Jazz era o "Cascais-Jazz", outros espectáculos começaram a realizar-se, nomeadamente este "Jazz em Agosto" promovido pela Fundação Calouste Gulbenkian. Por lá passaram a Sun Ra Arkestra, o António Pinho Vargas, os espanhóis Onyx com o português José Eduardo, Terje Rypdal e o sempe bem vindo Dave Holland.
-Na página 5 "The Fall - A Ira do Rock", a divulgação dos excelentes "The Fall" a propósito da edição do trabalho "Couldn't Get Ahead". Saudades dos The Fall, digo eu.
- Página 6 ocupada com artigo sobre The Teardropes Explodes. A história do grupo que ficou conhecido particularmente pelo primeiro LP "Kilimanjaro". Era o início da carreira a solo de Julian Cope.
- Página 7 com entrevista a Rui Neves divulgador de Jazz a propósito do "Jazz em Agosto".
- Páginas centrais, entrevista exclusiva a Bruce Springsteen e a sua consagração nacional e internacional com o LP "Born in the USA", mas o melhor já tinha passado nomeadamente com "the River" em 1980.
- Página 10 ainda com "Springsteen vive hoje os seus «Glory Days»...". Resumo da carreira de Bruce Springsteen, "Foram precisos mais de 10 anos, desde o seu primeiro álbum, «Greetings From Asbury Park, New Jersey», para Springsteen ser hoje considerado um herói do rock-and-roll, do mais puro norte-americano. Um Elvis dos anos 80". É verdade.
- Página 11 passa-se à frente pois já ninguém liga aos pregões e declarações.
- Página 12 com "Passatempo «The Cure» 20 LP's para os leitores" e "Rondas Nocturnas"
- Página 13 para os aficionados do Heavy-Metal com os W.A.S.P.
- Página 14 vai para a edição a solo de Stewart Copeland, baterista dos The Police e na pobreza dos discos editados na "semana passada" destacava-se a reedição de "Greetings From Asbury Park, NJ" de Bruce Springsteen.
- Página 15 com os Top de vendas. Nos LP em Portugal e USA mantêm-se em primeiro lugar "Brothers In Arms" dos Dire Straits, na Grã-Bretanha uma colectânea "Now That´s What...5" e na música indie The Cult ocupam o primeiro lugar.
- Página 16 com "Annette Peacock - A linguagem da Inovação". Termina em bem este nº do jornal Blitz ao divulgar Annette Peackock que no final dos anos 70 tinha gravado dois excelentes discos, "X-Dreams" e "Perfect Release".
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O Mundo da Música Pop

""Das Buch Der Neuen Pop Musik" é o título original do livro "O Mundo da Música Pop" do jornalista alemão Rolf-Ulrich Kaiser, cuja edição original julgo ser de 1969. Editado pela Livraria Paisagem, suponho que no ano de 1973, a edição portuguesa tem tradução e um interessante prefácio de Joaquim Fernandes.



Um resumo da história da música Rock dividida em 3 partes:
- Antes
- A Nova Música Pop
- Depois

Na contra capa um pequeno texto de Tuli Kupferberg (1923-2010), poeta da contra cultura americana e fundador do grupo Rock The Fugs:
"Creio que a revolução vencerá, se conseguirmos sobreviver nos anos mais próximos. Acredito que nessa altura gozaremos de um florescimento artístico, social e humano tão profundo e formoso, que toda a anterior história da humanidade me aparecerá como um passado estúpido e insensato, o que talvez haja sido, de facto."

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Jazz: Das Raízes ao Rock

"Jazz: Das Raízes ao Rock" (no original What Jazz Is All About) é um livro de Lillian Erlich, edição revista de 1975, editado pela Editora Cultrix, São Paulo. É como o nome indica a história do Jazz desde o seu início até meados dos anos 70 do século passado.



Diz na contra capa do livro:
" Este livro conta, em linguagem simples e viva, a história do jazz como forma musical e a história de seus grandes compositores, instrumentistas e cantores. Ambas as histórias são apresentadas nas suas principais etapas: primeiro, as raízes, os ritmos de tambor trazidos de África, os cantos de trabalho nas plantações do Sul dos Estados Unidos e os spirituals; depois, os fazedores de ritmos, ragtimers, e os cantores de Blues melancólicos e pungentes; logo adiante, o apogeu de Nova Orleães e a explosão da chamada "Era do Jazz", nos anos vinte; mais tarde, a voga do "swing" dançado ao som de bandas famosas como as de Benny Goodman, Woody Herman e outros; a seguir, os movimentos de renovação - o bop, o jazz cool, o funky e o free - culminando no "jazz-rock, que trouxe novas misturas e novos rumos para essa singular forma musical norte-americana." 

Um prazer para qualquer curioso da música do século XX, o ideal é acompanhar a leitura com a audição dos compositores que vão sendo referidos.


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Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX

Terceiro volume da importante obra "Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX", vai da letra L à P, e é fundamental em consultas referentes à música realizada no nosso país no século passado.



Obra em boa  hora lançada pelo Círculo de Leitores em 2010, é uma fonte permanente de novas descobertas, esclarecimentos e enquadramento histórico das mais diversas correntes musicais que ocorreram em Portugal no século XX.

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Blitz Nº 55 de 19 de Novembro de 1985

O Nº 55 do então jornal semanal de divulgação musical saiu há 30 anos.
Vejamos o conteúdo deste número.




- A capa era ocupada na integra ocupada por fotografia pela banda Pop britânica Prefab Sprout de reconhecida popularidade nos anos 80.
- No OK! da página 2 destacava-se: "Lionel Richie reaparece" e "Bryan Adams sucesso no Canadá".
- Página 3 diversificada entre Breves, onde se anuncia o novo álbum dos ZZ Top, Passatempo com Dire Straits e U2, os Del Amitri são anunciados para o RRV (Rock Rendez Vous).
- A página 4 ocupada com o regulamento para o 3º concurso de música moderna no RRV para 1986.
- Página 5, para além dos anúncios a ocupar quase toda a página, a notícia da deslocação dos Mler Ife Dada a Barcelona para participação na 1ª Bienal de Produções Culturais Juvenis da Europa Mediterrânica.
- Página 6 com o Punk nacional: "Musicalmente , o punk pode não ter muito para oferecer. Mas ele não é, talvez nunca tenha sido, uma corrente estritamente musical. Como ficou provado pela actuação dos Ku de Judas e Grito Final no RRV, mais do que música, o punk é hoje uma forma de militância juvenil colectiva."
- Na página 7 sob o título "A Noite Nacional" Miguel Esteves Cardoso disserta sobre música popular cá e lá fora. Destaca os dois álbuns do Grupo Etnográfico de Cantares do Manhouce, dizendo: "Esta é a música insubstituível, que não podemos trocar pelas músicas dos países estrangeiros".
- Na página 8 destaque para a história no Busca no Sótão dos britânicos Dave Clark Five  e respectiva discografia na Feira da Ladra.
- Carly Simon «Se não fosse cantora talvez fosse escritora ou cozinheira...» ocupa toda a página 9.
- O êxito do 2º álbum "Steve McQueen" justifica as páginas centrais sobre os Prefab Srout - o encanto  das cantigas.
- Páginas 12 e 13 com Pregões e Declarações que já ninguém lê.
- Uma discoteca lisboeta O Central Park justifica o Rondas Nocturnas da página 14.
- Música ao Vivo, Exposições, Televisão, Rádio, Cinema, Locais e Recomendações aso Viajantes constituem o Roteiro da página 15. Na Música ao vivo tínhamos os UHF em Lisboa, Sérgio Godinho nas Caldas da Rainha e os Telectu no Porto.
- Página 16 dedicada ao ZX Spectrum e ao programa The Artist, "...uma criação Softek: com este programa qualquer utilizador do ZX pode fazer elaborados desenhos com o computador, pintando, fazendo sombras, redes, criando gráficos e figuras, à vontade."
- A página 17 tem os discos editados na semana onde destaco "Cores e Aromas" do António Pinho Vargas e "Greatest Songs" de Woody Guthrie e ainda a escolha do Blitz "Hounds of Love" da Kate Bush.
- Os Top ocupam agora 2 páginas, a 18 e 19 , com nada de interessante. Em Portugal é nº 1 "Brothers in Arms" dos Dire Straits, nos EUA, "Soundtrack" de Miami Vice e na Grã Bretanha "The Love Songs" de George Benson (na lista dos Independentes "Love" dos Cult), outras classificações ocupam espaço, os cem amis da Rádio Renascença,  a Lista Rebelde do Som da Frente e a lista de No Calor Da Noite.
- Página 20 que é a contar capa totalmente com O «coração» dos Heart, grupo que nunca apreciei particularmente.

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Blitz Nº 61 de 31 de Dezembro de 1985

Há 30 anos saiu o nº 61 do jornal de divulgação musical Blitz, foi a 31 de Dezembro e por isso com muitas retrospectivas do ano de 1985 que terminava.



- A capa destacava o que seria um texto no seu interior "1985: O Ano da América" e ainda o grupo californiano Lone Justice.
- Na página dois o destaque maior ia para o jornal "Melody Maker" e a campanha contra a heroína.
- Na página três o artigo da capa "1985: O Ano da América" de autoria de Manuel Falcão. Paradoxalmente sustenta-se que sendo a história da América  expansionista, "...1985 foi o ano em que isso aconteceu de forma mais marcada nos últimos 20 anos em matéria musical" e afirma-se "Do lado da América, salvo raras excepções, não se avança - estagna-se na procura absurda do cada vez mais belo mas cada vez mais igual" para de seguida se defender que "Não é o mesmo o panorama da música britânica, a única que no ano que passou manteve algum brio de criatividade e que, com maior frequência, conseguiu conjugar a descoberta e a qualidade com a popularidade.". E refere-se Kate Bush, Scritti Politti, Jesus And The Mary Chain, Prefab Sprout, Felt e Latin Quartier.
Ainda na página dois o ano de 1985 em retrospectiva: os Onze Discos Portugueses, Seis Grupos Portugueses ao Vivo, Espectáculos do Ano, 22 Singles e Ma-xi-Singles Estrangeiros Editados em Portugal, 22 LP's Estrangeiros Editados em Portugal, Seis Temas Editados e Ignominiosamente desprezados pela Rádio, Duas Bandas Sonoras e uma Lista de Faltas de discos ainda não editados em Portugal.
- Página quatro com Os 25 mais 1985 do "Melody Maker" sendo o nº 1 "The Power of Love" da Jennifer Rush. Notícia ainda para o concerto dos Mler Ife Dada no Porto.
- Na página cinco sob o título Do Céu Caiu Uma Estrela para destacar o papel das mulheres no ano de 1985, Kate Bush, Mathilde Santing, Virginia Astley, Emmylou Harris, etc. e por fim "Lone Justice e a magnífica Maria McKee.
Página seis com a rúbrica Feira da Ladra somos lembrados que há 20 anos "Day Tripper/We Can Work It Out" dos The Beatles ocupava o 1º lugar na Grã-Bretanha e a rúbrica Busca no Sótão fala-nos das reedições dos "velhinhos" no ano de 1985 de Leonard Cohen a Elvis Presley.
- Página sete ocupada o grupo "electric-folk-music" Green on Red, A América «After The Gold Rush».
- Página oito e nove com artigo único O Ano de Todas as Cópias, "Revivendo cada disco que ouviram na infância como a pureza da música popular, os músicos jovens e outros mais idosos tornaram-se magníficos adaptadores, os melhores, investindo criatividade na recriação son«bre o tema, e os piores contribuíram para a mediocridade generalizada que faz da música popular caixote de lixo da cultura de massa.", assim começa o artigo.
- Páginas centrais para os Lone Justice, «Quando Surgimos Constituímos um Fenómeno Totalmente Novo».
- Em frente que a página doze só tem Pregões e Declarações.
- Página treze dá Uma Olhadela Sobre o Heavy em Portugal em 1985 e a conclusão é que "quase nada aconteceu". Ainda Discos Precisos em que o destaque era o duplo de platina de Amália Rodrigues, "O Melhor de Amália, Volume Primeiro.
- Página catorze fica-se pelas Rondas Nocturnas onde são referidos entre outros bares e discotecas, o Plateau, o Frágil, a Ocarina, o Café Concerto, o Rock House, o Jamaica.
- Página quinze com o Cardápio, Especial Reveillon, as escolhas para passar o ano.
- Nas páginas dezasseis e dezassete 1985: Um Ano de Balanço, com as escolhas do ano:
Álbum do ano para prensagens nacionais - Tom Waits com "Rain Dog"
Álbum estrangeiro sem prensagem nacional - Frank Zappa com "Thing-Fish"
A revelação do ano - Lone Justice
Melhor disco português - Fausto com "O Despertar do Alquimista"
- Páginas dezoito e dezanove os Top de Portugal, EUA e Grã-Bretanha e a decepção é total com, respectivamente, "Top Jackpot 85", Banda sonora de Miami Vice e "Now The Christmas Album, salva-se a lista de Independentes na Grã-Bretanha com a colectânea "1979-1983" dos Bauhaus.
- Finalmente página vinte com O Prazer da Música Country sobre a edição em Portugal de duas colectâneas designadas "Country Life".

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David Bowie - O Palhaço de Deus

Nº 13 da coleção Rei Lagarto da editora Assírio e Alvim, "David Bowie - O Palhaço de Deus" é uma edição bilingue de uma selecção de letras de David Bowie. O livro editado em Abril de 1986 custo na altura 650 Esc. ou seja cerca de 3,25€.



Tradução de Fernando Luís que afirma:
"Os poemas aqui publicados, revelam-nos o que este estranho vagabundo do espaço amou, odiou, inventou e são testamento de quem se torna humano e esse humano fez cantar em pleno inferno."
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David Bowie,  Três Décadas de Metamorfoses

"David Bowie,  Três Décadas de Metamorfoses" é um livro editado pela Centelha em Dezembro de 1983 e era o nº 8 da colecção Rock On.




Escrito pelo colectivo Rock On (Álvaro Costa, Fernando Costa, Francisco Pacheco), o livro dividido em 4 capítulos, da juventude até 1983, inclui ainda uma discografia oficial e pirata, discos em que colaborou bem como uma filmografia e teatro.

"Bowie está na moda. A moda é efémera. A síntese seria Bowie é efémero. Mas Bowie não surgiu há quinze dias. Nem vai desaparecer dentro de quinze dias. A síntese não funciona com David Robert Jones." lia-se no prefácio do livro. Um livro a reler à primeira oportunidade.
Custou 350$00 ou seja 1,75€ aproximadamente.

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Blitz Nº 64 de 21 de Janeiro de 1986


Sob o título «Sade em Portugal» e uma fotografia a ocupar toda a 1ª página assim se faz a capa do nº 64 do jornal Blitz que agora faz 30 anos.



- Na página 2, entre outras notícias, é anunciado o novo álbum de nome "Dirty Works" dos The Rolling Stones. Início de nova digressão dos Talking Heads promocional do filme "True Stories".
- Página 3, é anunciada a vinda de Sade a Portugal para concerto único a 20 de Abril no Pavilhão de Cascais. São noticiadas as próximas edições discográficas entre as quais, sublinhava eu, "Medicine Show" dos Dream Syndicate, "Encontros e Despedidas" de Milton Nascimento, nas reedições "Mudlark" de Leo Kotke e "Pearl" de Janis Joplin.
- Páginas 4 e 5 ocupadas com a iniciativa «Video-Clips Anos 80» a ocorrer durante 3 dias na Gulbenkian. A selecção e organização dos vídeos era de Miguel Esteves Cardoso. No terceiro dia «Long Form: A Primeira Geração» lá estão "Triller" de Michael Jackson, realização de John Landis, e "Jazzin' for Blue Jeans" de David Bowie com realização de Julien Temple.
- Página 6 dedicada a Jimmy Somerville, dos Bronski Beat aos Communards.
- Página 7 toda para os portugueses Ban, com o título «Perícia sem imaginação», a propósito da passagem do grupo portuense pelo Rock Rendez-Vous. Em fotografia João Loureiro, actualmente presidente do Boavista, após uma tentativa falhada de regressar à música.
- Página 8 vai para Tom Paxton, «O eterno trovador da América», uma boa lembrança, em 1986 já pouco falado.
- Página 9, «Busca no Sótão» dedicada a The Rolling Stones, «A maior banda de rock and rol do mundo». Brevíssima história do grupo com a discografia de 1964 a 1985.
- Páginas centrais com «Sade - Uma vida de diamantes». A propósito da sua vinda a Portugal dizia-se: "Com 26 anos e dois álbuns gravados ela é uma das maiores surpresas da década e no seu trabalho abarca estilos que vão dos blues ao rock, passando por muitos sons tirados directamente do jazz.". Que é feito dela?
- Adiante com a página 12 dedicada a «Pregões e Declarações».
- Página 13 com o «Blitz Metálico» com os Slayer então com 2 LP editados, "Show No Mercy" e "Hell Awaits".
- Sem interesse a página 14 «Trapos» uma colecção de moda «Rapazes de Lisboa»   de Paulo Pedro Gonçalves dos Heróis do Mar.
- Página 15, «Cardápio» dá-nos a conhecer a programação de Música ao Vivo, Rádio, Cinema, Televisão, Exposições e Acontecimentos. Na rádio para quem se lembrar ouvia-se o «Som da Frente» de António Sérgio e »A Luz de Edison» de Jorge Gil.
- Página 16, no «Blitzpectrum» anuncia-se o jogo «Never Ending Story». "Limahl: no princípio era uma canção - agora «Never Ending Story» também em jogo para computador."
- Página 17, «Escolha do Blitz» destaca as edições de "Medicine Show" dos Dream Syndicate com 4 estrelas e "Steve McQueen" dos Prefab Sprout com 5 estrelas.
- As listas de Top das páginas 18 e 19 não evidenciam nada de especial, a não ser em Portugal dois álbuns de Amália Rodrigues entre os 10 primeiros ou ainda Robert Wyatt em 6º lugar com o LP "Old Rottenhat" na lista de Independentes na Grã-Bretanha.
- Última página  para o Hot Clube de Portugal, «A escola não fornece talento»: "ensinamos teoria, introduzimos história, pomos as pessoas a tocar com orientação, mas não depende de nós que elas venham a ser boas, porque no Jazz é preciso, mais que tocar bem, tocar personalizadamente."

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Blitz Nº 65 de 28 de Janeiro de 1986

Mais um nº do jornal Blitz a fazer 30 anos.
A 26 de Janeiro de 1986 a capa do jornal Blitz trazia uma fotografia dos irmãos Jim e William Reid, eram os Jesus and Mary Chain, a revelação de 1985.



- Na página 2 confirma-se a nova data da vinda de Sade a Portugal ara o dia 9 de Abril. Sting e os Dires Straits em concerto, na Austrália, no dia 11 de Abril, noite de maior visibilidade do cometa Halley.
- Página 3, destaque à música francesa: Juliette Greco é anunciada para a Aula Magna para o dia 31 e Jacques Hilegin para Outubro.
- Página 4 com o fim do III Ciclo de Rock no Porto, por onde passaram Xutos e Pontapés, Bramassaji, Martinis, Mler Ife Dada e Sétima Legião.
- Página 5 dedicada aos The Jesus and Mary Chain, sob o título «Os cavaleiros do novo apocalipse». A recuperação do melhor Rock no disco "Psychcandy", comparado a "White Light, White Head" dos Velvet Underground, "Never Mind the Bollocks" dos Sex Pistols e "Unknown Pleasures" dos Joy Division.
- Páginas 6  ocupada com «Vídeo Clips, anos 80». É anunciada repetição do ciclo ocorrido na Gulbenkian: "Quatro dias de Ciclo «Video Clips, Anos 80» no Centro de Arte Moderna da Gulbenkian, deram a ver, perante a incompreensão do público, a maior importância dos realizadores de telediscos sobre as canções e as músicas que unem às imagens, proporcionando a existência de uma estética audiovisual, e assinalando, na indústria discográfica e no comércio artístico, a presença de um novo e definitivo elemento."
- Página 7, mais vídeo, agora é «O concerto na perspectiva do vídeo».
" Mas, se o concerto, mesmo com o vídeo integrado, não tem mais valor promocional, ou se pelo menos deixou de ser obrigatório, qual é o papel que lhe podem atribuir os músicos e as companhias discográficas que os financiam?" interroga Luís Maio.
- Página 8 com os Diva.
- Página 9 com o artigo «As imagens (ao lado) das músicas» fala-nos da moda e da sua ligação com a música. "1985 foi o ano de moda, de modas e de modismos e foi também o anos em que a moda mais vulgarizou a Pop.», lê-se.
- Páginas centrais com «Cascais - a aura do verão», oportunidade de falar entre outras coisas dos Delfins. "sentia a tentação daquelas festas de Verão até ao amanhecer" (de uma música dos Delfins).
- Página 12, já não posso com estes «Pregões e Declarações».
- Página 13, artigo «Força do Futuro, mas» a propósito do fim do AIJ. O que é o AIJ? É o Ano Internacional da Juventude.
- Página 14, Busca no Sótão continua com «A maior banda de Rock and Roll do Mundo - Rolling Stones». Há 50 anos (1966) "Paint It Black" foi nº 1 na Grã-Bretanha.
- Página 15 totalmente ocupada com o Cardápio
- Página 16, destaque para «Histórias Britânicas - 1» que começa com a história do Rock nos anos 60 na Grã-Bretanha: Jimmy Hendrix, Eric Clapton, The Who, Small Faces, John Mayall, etc., etc..
- Página 17 com  «Este Mundo e o Outro», a edição de dois discos de Nico, "Blue Angel" compilação e o último disco de originais "Camera Obscura".
- Páginas 18 e 19 com os Top e nada se salva. Em Portugal em nº 1 dos Singles "Nikita" do Elton John, nos LP "Top Jackpot 85", nos EUA, nos Singles o 1º lugar vai para "Say You, Say Me" de Lionel Richie e nos LP para a banda sonora de Miami Vice, na Grã-Bretanha vá lá, nos Singles "West End Girl" dos Pet Shop Boys e nos LP "Brothers In Arms" dos Dire Straits.
- Última página, não vai para música mas para o Cometa Halley. No dia 11 de Abril estará a 63 milhões de quilómetros da Terra e só será visível novamente daí a 75 anos, ou seja, lá para o ano 2061.
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Blitz Nº 67 de 11 de Fevereiro de 1986

O nº 67 do jornal Blitz trazia na capa uma fotografia de Jim Kerr líder da então muito popular banda Simple Minds.



- Na página 2 algumas notícias soltas: Anuncia-se o 2º LP póstumo de Marvin Gaye, o início da carreira de Caetano Veloso como cineasta e Ney Matogrosso está em fase de gravação de um novo disco.
- Na página 3, entre outras notícias, em «Breve» reivindica a edição em Portugal de "Romantically Your" de Marvin Gaye, "Old Rottenhat" de Robert Wyatt e "The King of America" de Elvis Costello. Rui Veloso faz campanha pela candidatura de Mário Soares a presidente.
- Na página 4 artigo sobre a cantora Jennifer Rush: «O meu instrumento de trabalho é a minha voz».
- "A primeira vez é a surpresa e a novidade. A segunda é a instabilidade e a hesitação. Porém, quando se chega à terceira é mesmo a valer.", a página 5 totalmente ocupada com o «III Concurso de Música Moderna»
- Página 6, o teledisco "Dunas" dos GNR é pretexto para conhecer Edgar Pêra, "Um cineasta português no écran da videomúsica".
- Página 7 totalmente ocupada com os Simple Minds: "Se não fosse o Live Aid as coisas não seriam como são agora para os Simple Minds - a transmissão mundial pela Televisão do espectáculo foi um precioso auxiliar para imprimir uma nova velocidade ao grupo na sua divulgação popular, levando-o a mais gente com um álbum que parecia feito de encomenda para essa situação, «Once Upon A Time», de que aqui já se falou no mês passado."
- Página 8 para o grupo marroquino e alemão que participou na Bienal de Barcelona.
- Os New Order em "a busca da facilidade ocupam a página 9. Já tinham 3 LP editados: "Movement", "Power, Corruption & Lies" e "Low Life". Era a continuação dos Joy Division.
- As páginas centrais sob o título "Prolegómenos a uma nova literatura juvenil - Uma apologia dos fanzines".
- Página 12, «Busca no Sótão» e «Feira da Ladra» resumem a carreira e a discografia dos Genesis.
"Beatle e filho de Beatle em disco", Paul McCartney edita "Spies Like Us" e Julian Lennon "Beacause".
- Página 13 vai para «Pregões e Declarações»
- Página 14 com «Rondas Nocturnas», o destaque vai para a discoteca lisboeta Jardim-Cinema «Loucuras».
- Página 15, o «Cardápio» destaca o Carnaval, mas nada de especial.
- "O Jazz internacional tem, desde há três anos, um novo ídolo - chama-se Winton Marsalis e é um dos mais famosos trompetistas da actualidade, talvez mesmo o mais famoso e de maior cotação.",  assim começa o artigo da página 16 «No Calor do Jazz» dedicado a Winton Marsalis.
- Página 17 referência a dois excelentes discos"Mudlark" de Leo Kottke e "Music for the Knee Plays" de David Byrne.
- Páginas 18 e 19 com os top e nos primeiros lugares nada digno de nota, excepto na Lista Rebelde do programa de rádio Som da Frente com a canção "Just Like Honey" dos Jesus and Mary Chain em primeiro lugar.
- Finalmente a página 20 dedicado a Coimbra, bares e outros lugares de interesse a visitar, "O encanto da despedida".
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Blitz Nº 72 de 18 de Março de 1986

A capa do Nº 72 do jornal de divulgação musical "Blitz" de 18 de Março de 1986 trás o Elvis Costello de "King of America", o 10º álbum de originais editado naquele ano.




- O Ok! da página 2 previa a sua edição em Portugal em Março ou Abril. Entre outras notícias constava a edição do 2º álbum de Julian Lennon, filho do ex-Beatle John Lennon, denominado "The Secret Value of Day Dream".
Na página 3 anuncia-se o novo LP de Frank Zappa "Frank Zappa Meets the Mothers Of Prevention". Ficamos a saber que David Bowie vai realizar nova digressão mundial no ano seguinte, tinha entretanto saído "Absolute Beginners" canção-tema da banda sonora do filme "Labyrinth".
- Página 4 dá-se conta da polémica sobre taxar as cassettes virgens e sob o título "O Princípio do Fim" revela- se a má prestação das bandas que actuaram no Rock Rendez-Vous no âmbito do III Concurso de Música Moderna.
- Página 5 vai para Feargal Skarkey o ex-Undertones convertido à música Pop da moda.
- Página 6 para noticiar a vinda a Portugal, para actuar no Rock Rendez-Vous, da banda de Hard-Rock francesa Dogs
- Página 7 com entrevista a Jim Kerr dos Simple Minds. Ficamos a saber da vida dele e que roubou Chrissie Hynde, a vocalista dos Pretenders a Ray Davies dos The Kinks.
- Página 8, Feira da Ladra e Busca no Sotão dedicados à história e ao regresso dos Monkees.
- Página 9 dedicada a Elvis Costello. Quanto a "King of America" ainda ouvido somente em cassette "é o mais entusiasmante álbum desde há muito tempo e deixa a milhas de distância qualquer concorrência."
- Páginas centrais com fotografias do videoclip "Dunas" do LP "Os Homens Não Se Querem Bonitos" dos GNR.
- Página 12 para o Heavy Metal. Os W.A.S.P. formados em 1982 e que ainda aí andam iam no 2º LP "The Last Command". O vocalista Blackie Lawless dizia "Este grupo vai ser famoso ou eu mesmo morrerei na tentativa.", é o único que se mantém na banda da formação original.
- Página 13 tem Pregões e Declarações.
- Página 14 vai para a exposição "Vestir 1955-1985" a decorrer no Museu Nacional do Trajo e a entrada era grátis aos fins-de-semana.
- Página 15 é para o Cardápio. Dia 21 no Pavilhão do Belenenses, os Xutos e Pontapés, Croix-Sainte, Ban e GNR.
- Página 16, o Rondas Nocturnas vai ao Pavilhão Chinês e à Gafieira. Neste a cerveja custa 200 escudos (1€), a caipira, o vodka e o Gin 250.
- Página 17, nos discos editados na semana anterior quase nada se safa. Valha The Clash com "Cut the Crap", o último álbum que editaram, e nos Singles "In a Lifetime", Moya Brennan em dueto com Bono.
- Páginas 18 e 19 com os Top de Portugal, EUA e GB, nada de muito interessante a  salientar, Elton John, Whitney Houston, Dire Straits dominam as listas de álbuns.
- Página 20, toda a página com anúncio ao Lisboa Rock 86 o já referido concerto no Pavilhão dos Belenenses.
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Blitz Nº 74 de 1 de Abril de 1986


Recordamos mais um nº do jornal Blitz. O nº 74 de 1 de Abril de 1986.
Na capa, contrariando as habituais fotografias de algum músico ou conjunto de destaque na época, vai para um desenho a comemorar os 10 anos do movimento Punk.




- Na página 2 relevo para os músicos brasileiros. Milton Nascimento, Caetano Veloso, Chico Buarque, Maria Bethania, Gilberto Gil são notícia. Espaço ainda para Cliff Richard que aos 45 anos chega ao primeiro lugar com o single "Living Doll".
- Na página 3 anuncia-se o novo disco dos Trovante, "Sepes". Dos UHF iniciais, de 1979, só resta António Manuel Ribeiro que vai continuar com o grupo, uma nova fase para os UHF.
- Na página 4 mais pequenas notícias, entre as quais, a edição de um Mini-LP dos The Pogues, era "Poguetry in motion" e o novo disco de Joe Cocker de nome "Cocker". Rumores do fim dos Lone Justice que vieram a confirmar-se.
- A história do Punk vai ocupar as páginas 5,6,7,8,9,10 e 11. Na página 5 dedicada ao Punk nacional Zé Pedro dos Xutos e Pontapés afirma: "se punk é sentir muito o alto e o baixo e desejar muito os dois. É desejar a própria ressaca". "Londres, 1976 (de um pouco antes a um pouco depois)", na página 7, mostra a importância das Escolas de Arte britânicas. "de Sid até Piter", o artigo da página 9 interroga:"Como no «Caso do Pecado Original» não há culpado no «Assunto Punk», mas mantém-se a dúvida primordial: com é que a revolução estética proclamada subverteu algumas coisas, se revitalizou a indústria artística nunca próspera e insinuante como agora, e dez anos passados, são outra vez os padrões monótonos dos executivos editoriais a determinarem o gosto do povo?"
- A página 12, com o Busca no Sótão e a Feira da Ladra, lembra os saudosos Peter, Paul and Mary, eram as bodas de prata.
- O Cardápio da semana passa da página 12 para a 13 com Sítios, Música ao vivo, Cinema e Rádio.
- O Rondas Nocturnas da página 14 recorda o bar Brown's e a cena Punk do mesmo.
- Pregões e Declarações preenchem a página 15.
- A página 16 relata o «Lisboa Rock 86» por onde passaram os Xutos e Pontapés, GNR, Croix Sainte, e os Bans, ou seja duas bandas do Porto e duas de Lisboa.
- Página 17 com anúncios e Moda: Grown up baby.
- Vamos aos Top nas páginas 18 e 19. Em Portugal Elton John está em primeiro nos singles e nos álbuns, respectivamente "Nikita" e "Ice on Fire". Nos EUA os Heat ocupam o primeiro lugar dos singles com "These Dreams" e Whitney Houston o primeiro lugar dos LP com o disco homónimo. Já na Grã-Bretanha Diana Ross com "Chain Reaction" ocupa o primeiro lugar nos Singles e Falco o primeiro lugar nos LP com Rock Me Amadeus, mas aqui temos lista de Independentes, onde os Depeche Mode ocupavam o primeiro lugar dos Singles com "Stripped" e King Kurt com "Big Cock" o primeiro lugar dos álbuns.
- Finalmente a página 20 volta ao Punk com o 1º artigo de 4 dedicados ao Punk sob o título "ano 10 d. Punk".
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Blitz Nº 82 de 27 de Maio de 1986

Há 30 anos saía o nº 82 do jornal "Blitz" que tinha na capa Peter Gabriel, tinha acabado de ser editado o álbum "So".




- O OK! da 2ª página ocupado com pequenas notícias: é a crise no mercado discográfico nacional, Milton Nascimento que se candidata a deputado, a previsão da entrada dos Trovante nos Top, a MTV anuncia a passagem de vídeos de Rão Kyao, Trovante e Vitorino.
- Na página 2 fica-se a saber que foi lançado o livro «O Palhaço de Deus», com textos de canções de David Bowie, fazia parte da colecção Rei Lagarto da editora Assírio e Alvim. Em Breves é anunciada a edição simultâneamente em Londres e Lisboa do Maxi-Single «Bigmouth Strikes Again" dos Smiths.
- A página 3  vai para Manuel Cardoso, ex-Tantra e ex-Frodo e o regresso com um novo Maxi-Single (estava na moda os Maxi-Singles)
- A  página 4 é dedicada aos estreantes Dream Academy: "1985 não foi um ano particularmente dourado para a música pop. No entanto, foi o ano dos Dream Academy, uma das surpresas mais gratificantes desta segunda metade da década, e de «Life in a Northen Town» uma canção popular notável." Dos Dream Academy sairia uma pequena maravilha que dava pelo nome de Kate St. John.
- Página 5 para um texto intitulado "Good Morning, America", a rádio em Portugal ("uma das melhores Rádios do Mundo"), França, Inglaterra e América do Norte.
- Página 6 toda ocupada com anúncio da Dansa do Som - A Grande Discoteca do País em Venda Postal. Os LP rondavam os 850$00, 950$00 (4,25€ a 4,75€).
- O Blitz Metálico da página 8 era dedicado a um grupo desconhecido os Manilla Road, «O prazer das coisas boas» era o título.
- Página 9 entrevista com Peter Gabriel a propósito do último disco "So", em caixa recorda-se a discografia de Peter Gabriel e dos Genesis, 7 discos até ao «The Lamb Lies Down on Broadway» do ido ano de 1974.
- Páginas centrais sob o título «Uma família inglesa", para falar de grupos como Pop Group, Maximum Joy, PigBag e Rip Rig + Panic.
- Na Página 12 Busca no Sótão relembra a carreira e discografia de Jackson Browne, «A voz solitária de um compositor».
- Os habituais Pregões e Declarações na página 13, "É difícil dizer o que é impossível, pois a fantasia de ontem é a esperança de hoje e a realidade de amanhã" era o pregão da semana.
- Página 14, crítica para o programa de televisão «count down», já não me recordo bem dele.
- Página 15, «Cardápio» dá as sugestões da semana.
- Página 16 fala do filme "O Alvo" com Matt Dillon (uma fotografia deste, já anteriormente usada, ocupa quase toda a página) e Gene Hackman.
- Página 17, «Este Mundo e o Outro» analisa dois discos: «Terra Prometida» de Lena D'Água e «Circuses And Bread» dos Durutti Column, "...igual ao melhor de si, e continua a ser um dos lugares mais sólidos e ternamente acolhedores na podridão que parece ter lançado amarras à nova Música Nova."
- Os nº1 dois Topes das páginas 18 e 19 são muito fracos, salva-se o nº 1 da lista de Independentes da Grã-Bretanha, "Victorialand" dos Cocteau Twin.
- Página 20, anúncio único da edição para breve do duplo LP "Divergências" pela etiqueta Ama Romanta, uma colectânea do Rock português de então, Mler If Dada, João Peste, Pop Dell'Arte, Croix Sainte, Bye Bye Lolita Girl, Essa Entente, etc. etc..
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Blitz Nº 86 de 24 de Junho de 1986

A capa do nº 86 do jornal Blitz que saiu há 30 anos tinha na capa a fotografia mais conhecida de Jim Morrison (na realidade parte da fotografia em que Jim Morrison está de tronco nu e braços abertos).





- Fofoquices de Ok! sem interesse preenchem a página 2.
- Pequenas notícias ocupam a página 3: A digressão em favor da Amnistia Internacional de que fizeram parte entre outrso, os U2, Lou Reed, Peter Gabriel Sting, Bob Dylan, Joan Baez, Brian Adams e Jackson Brown; Os Xutos e Pontapés vão assinar pela Polygram; os desconhecidos Woodentops vêm tocar ao Rock Rendez-Vous.
- Página 4 para os UHF, nova formação novo espectáculo: "UHF on the road"
- Página 5 com anúncio único da "Dansa do Som", a grande discoteca do país em venda postal. LP entre os 850$00 e 1250$00 (4,25€ e 6,25€).
- "Bonnie Tyler - rock no feminino" ó título do artigo na página 6. Elogios à carreira da cantora galesa noticiando-se o novo LP "Secret Dreams and Forbidden Fire"
- Página 7 com "Busca no Sótão" recorda a via e obra dos The Doors e do seu líder Jim Morrison, continuava bem viva a lenda de Jim Morrison.
- Página 8 tem "Doces Agressões", são as iniciativas de convívio de estudantes de várias faculdades de Lisboa, numa delas um vídeo dos Joy Division gravado em Bruxelas em 16 de Outubro de 1979.
- Na Página 9 dá-se a conhecer um desconhecido Andrew Poppy com um uci álbum editado e de passagem por Lisboa para ceder uma faixa do disco para o filme português "Uma Rapariga no Verão".
- Páginas centrais para o duplo álbum colectânea "Divergências", edição da editora Ama Romanta da música moderna portuguesa que então era feita e pouco divulgada. Mler If Dada, João Peste, Pop Dell'Arte, Croix Sainte, Bye Bye Lolita Girl, Essa Entente são alguns que fazem parte desta duplo LP.
- Página 12 dá-se a conhecer a biografia oficial de um grupo novo do País de Gales, os Kooga, tinham um LP de nome "Across the Water".
- Página 13 totalmente ocupada com os habituais "Pregões e Declarações".
- Página 14 dedicada à moda sem qualquer interesse.
- O Cardápio na página 15 anuncia Carla Bley e Egberto Gismonti para o Coliseu de Lisboa na noite de 30.
- Numa altura em que se fizeram dos melhores clip musicais, sob o título "O manifesto surrealista", na página 16, fala-se do clip de Peter Gabriel "Sledgehammer".
- Página 17, em "Este Mundo e o Outro" destaque para dois discos, de Philip Glass, "Songs From Liquid Days" e de Ryuichi Sakamoto, "Field Work".
- As listas dos Top ocupam as páginas 18 e 19, nos LP, em Portual o 1º lugar ia para "Bem Bom" de Gal Costa" nos EUA era o álbum homónimo de Whitney Houston e na Grã-Bretanha o LP "A Kind of Magic" dos Queen. O mais interessante andava na lista de Independentes, por exemplo "Victorialand" dos Cocteau Twins e "Hatefull of Hollow" dos Smiths estavam entre os dez primeiros.
- Finalmente a página 20 sob o título "Aí vai (Vroum! Vroum!) esse chiante aerodinâmico roquenrol kôr de karamelo e frutas" dá-se a conhecer Tom Wolfe jornalista americano "com um gosto especial pela cultura Pop".

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Blitz Nº 87 de 1 de Julho de 1986


Uma imagem do Clip de "Absolute Beginners" de David Bowie era a capa do nº 87 do jornal "Blitz" de 1986.




- O Ok da página 2 recorda-nos a morte de António Variações, Paul McCartney tem um novo Single "Press" (diga-se de passagem pouco interessante), e João Gilberto edita um álbum ao vivo no Festival de Jazz de Montreaux.
- A página 3 com notícias diversas, um mini-LP dos Waterboys com uma nova versão de "The Whole of the Moon", os Wham acabam, e dois discos de raridades dos The Who entretanto dados como findos.
- Mais pequenas notícias na página 4, o segundo álbum dos Katrina and the Waves e a reedição da colectânea comemorativa dos 20 anos dos The Beatles são notícia.
- Página 5 vai para Jorge Palma - "No fundo sou uma pessoa optimista", é a edição do álbum "Quarto Minguante".
- Página 6 ocupada com um novo projecto musical que se anuncia como  "a banda sonora do nosso Portugal", são os RN69 dos quais não nos lembramos nada.
- Página 7 com entrevista a Peter Walmsley, relações internacionais da editora Rough Trade que tanta importância teve nos anos 80.
- Quem se lembra dos The Firm? A página 8, na Busca do Sótão fala-nos dos The Firm, o grupo formado pelo vocalista Paul Rodgers (ex-Free, ex-Bad Company) e o guitarrista Jimmy Page (ex-Yardbirds, ex-Led Zeppelin), estiveram activos entre 1984 e 1986.
- Página 9, sob o título "Os gloriosos anos 50 e os seu debutantes" fala-se dos anos 50 e do filme de Julien Temple "Absolute Beginners". "Na opinião do New Musical Express, Absolute Beginners é a primeira alternativa à imagem estereotipada dos adolescentes dos anos 50 fornecida pelos filmes norte-americanos. Ainda segundo o jornal, ver este filme é como passar num túnel do tempo, voltando anos atrás."
- Páginas centrais "Jovens s.a.r.l." e "Se houvesse lenda e energia" são os artigos para ficarmoa a saber tudo de Absolute Beginners, o filme e a sua banda sonora.
- Na página 12 "Nada tão bom como uma Vespa", ainda os anos 50 para falar da Vespa e ainda de Absolute Beginners: "A figura central de «Absolute Beginners» não é nem Crepe Suzette nem o seu jovem apaixonado, muito menos o empresário ou a estrela: no centro de tudo está a Vespa que percorre as ruas de Londres e que é a garantia de que tudo vai sr possível."
- Adiante com os Pregões e Declarações da página 13.
- Página 14 sob o tíulo de "Como ser Au Pair", não o grupo pós-punk "Au Pairs" mas a profissão «Au Pair» e o relato de experiências de quem a praticou em Londres.
- O Cardápio na página 15 anuncia homenagem a Jim Morrison 15 anos depois da sua morte na Juke Box em Lisboa e nos cinemas lá está Absolute Beginners.
- ZZTop e o novo álbum "Afterburner" ocupam a página 16.
- Página 17, "Este mundo e o Outro" ocupa-se do terceiro álbum dos The Smiths, «The Queen Is Dead».
- Nas páginas 18 e 19, com os Top nacionais e internacionais, nada de significativamente novo. Em Portugal "Bem Bom" de Gal Costa mantém-se em primeiro lugar, em Inglaterra, "Invisible Touch" dos Genesis entra directo para nº 1 e nos EUA Whitney Wouston mantém o primeiro lugar com o álbum homónimo.
- A página 20 vai para quem quiser conhecer Hernâni Miguel, " Sócio, colaborador ou simples agitador de alguns dos mais populares locais de convívio nocturno..."

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mundo da canção nº 1 de Dezembro de 1969


No final do ano de 1969 nasce, no Porto, a revista "mundo da canção".
Seriam editados no total 67 números até ao seu términos em Junho de 1985. Ao fim de dois anos de publicação mensal o "mundo da canção" é renovado no visual, o tamanho da revista é aumentado, e o conteúdo é melhorado  com mais análise crítica e menos divulgação de letras de canções que andavam nos Top. A publicação deixa de ser tão regular e a 25 de Abril de 1974 estão editados 38 números. A edição é cada vez mais irregular, em 7 anos, ou seja em Dezembro de 1976 estão publicados 47 números. Em 1977 não há qualquer edição que é retomada em Janeiro de 1978, prolongando-se, como se disse, até Junho de 1985 de forma mais ou menos errática.
Terminou a revista mas manteve-se o projecto por outras formas, a "MC Discoteca", o "Festival Intercéltico do Porto", "Festival de Jazz do Porto" eis algumas das iniciativas mais relevantes, estas últimas com Avelino Tavares - fundador da revista - a tentar agora retomar.

Não sei como tomei conhecimento da revista, mas aos meus 14 anos comecei a adquiri-la no quiosque da Casa Reis, em Ovar, onde, provavelmente, não chegava de forma regular. Agora, que tenho a colecção completa, oportunidade de, ao longo do tempo, irmos recuperando esta revista tão significativa na divulgação da música popular.

Começamos pelo nº 1.



Na capa uma fotografia do Padre Fanhais que era a capa do 1º EP, editado em 1969, onde constavam as canções, "Cantilena"/"Juventude"/"Areia da Praia"/"Canção do Vento". A capa indiciava só por si a orientação da revista que no editorial confirmava:
"Os nossos propósitos: No plano nacional divulgar o mais possível todos aqueles que estão lutando para transformar e dar novos rumos à música Portuguesa. Uma nova música Portuguesa simples mas com poesia de conteúdo dirigida a todas as pessoas, para cantar o que se passa na vida, a realidade do quotidiano. Alguém afirmou - "Importante é cantar o que acontece em cada dia, a fome, o sofrimento, os males universais. As pessoas têm que ouvir, têm que saber. Nós dizemos a cantar o que achamos que todos devem saber". A nossa posição fica tomada e tudo faremos para que este movimento de renovação se imponha. A música é a expressão mais importante da reivindicação da juventude de todo o mundo e tu, Jovem de Portugal, tens uma palavra a dizer."

Curiosidade: o primeiro número custava 3$50 (não chega a 0,02€) e o último 50$00 (0,25€).
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mundo da canção nº 2

Em Janeiro de 1970 era editado o 2º número da revista "mundo da canção". Revista que nos iria acompanhar por muitos e bons longos anos na divulgação da melhor música popular portuguesa e também brasileira, francesa, espanhola, sem esquecer o Pop-Rock de expressão anglo-saxónico então dominante.

A capa deste nº é de Joan Manoel Serrat, cantor, ainda hoje no activo e, ao tempo, proibido na TV e rádio espanhola.




Primeiro de uma forma mais regular, depois mais espaçada, mas sempre do lado dos "que se batem pelos melhores rumos da canção portuguesa", assim se fez a revista "mundo da canção", no editorial deste nº é destacado o início do poema "É preciso avisar toda a gente" do poeta, oposicionista ao regime de Salazar, João Apolinário.





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"Historial" dos 45 anos do "mundo da canção"

"Historial"  é um dossier editado pela revista "mundo da canção" na comemoração dos 45 anos de actividade, ou seja de 1969 a 2015. Dossier que me foi enviado, o que muito prezo, pelo próprio Avelino Torres, fundador e editor da revista.

Datas históricas, importação e distribuição de discos e revistas, a discoteca MC, a edição de discos e de livros, bibliografias, feiras de discos, convívios MC, concertos que tiveram o apoio e colaboração da MC, exposições, a luta pelo Coliseu do Porto, enfim tudo o que se queira saber sobre os 45 anos da revista que nasceu em Dezembro de 1969 e que, como revista, terminou a Junho de 1985, 67 nºs depois.



Para os interessados o "mundo da canção" mora na R. Duque de Saldanha, 97- 4300-464 Porto e em www.mundodacancao.pt
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Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX

Quarto e último volume "Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX" vai da letra P a Z, termina assim uma obra fundamental de consulta obrigatória para qualquer curioso sobre a música feita em Portugal no século passado.
Mesmo assim não encontramos algumas entradas que julgo fariam sentido como por exemplo:
ÁlamosFilarmónica FraudeConjunto Sousa PintoThilo’s ComboTártarosOs VodkasJaime Nascimento, Conjunto Mário Simões, Intróito, entre outros.






Esta obra termina com um interessante estudo intitulado "Do século XX ao século XXI: processos, práticas musicais e músicos emergentes".

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Jim Morrison - Uma Canção Americana e Outros Escritos

Editado, em 1981, pela Assírio & Alvim "Uma Canção Americana e Outros Escritos" contem  as letras (edição bilingue) de todas as canções de Jim Morrison, do álbum "The Doors" de 1967 a "An American Prayer" de 1978.

Contem ainda o poema "Ode to L. A. While Thinking of Brian Jones, Deceased" distribuído nos concertos dos The Doors após a morte de Brian Jones, dos The Rolling Stones, em 3 de Julho de 1969, e um texto publicado na revista "EYE".




Na introdução, de Manuel João Gomes, pode-se ler:
"Foi em 1967, quando boa parte dos movimentos juvenis viviam empenhados no culto da paz e do amor, quando São Francisco abrigava a grande fuga hippy, quando os Beatles aderiam ao orientalismo e o status que recuperava comercial e culturalmente a paz, o amor e a flor.
Jim Morrison, descendente dum marujo que não suportava terra firme, insistia, com os Doors, em apelar para a violência e para o caos, em fazer guerra às normas universais e às modas mais evidentes, em demandar praias distantes e portos por achar."

Fundamental para qualquer fã (ou curioso) de Jim Morrison, da sua música e da sua poesia.
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Jorge Lima Barreto - jazz-off e Grande Música Negra

Boa parte dos artigos de Jazz publicados pela revista "Vida Mundial" e que aqui recuperámos eram assinados por Jorge Lima Barreto.
Jorge Lima Barreto (1949-2011), licenciado em História da Arte e dois doutoramentos com as teses "Música & Mass Media" e "Estética da comunicação e música pós moderna", foi para além de professor, musicólogo, músico, crítico e escritor. Recordamos, nos primeiros anos da década de 70, os seus polémicos artigos não só na revista "Vida Mundial" como no jornal "Expresso", no "mundo da canção" e em "A Memória do Elefante".

Também nos deixou um conjunto de livros dedicados ao Jazz. Lembro dois:

1 - "jazz-off" publicado pela Livraria Paisagem, Editora, no Porto em 1973. Na contra-capa pode-se ler:
"A cultura dominante impôs mundos separados, levou as artes à exaustão e continua explorando esse limite. O jazz pode garantir a sua semiosis (processo de criação) uma rotura com este estado de coisas porque é proveniente duma cultura diferente e dominada. Conjunto de signos estético-culturais (uma arte) o jazz é síntese de várias semânticas musicais, é um folclore planetário. A crítica cabe fazer emergir esses aspectos transformadores, liberta então da ideologia capitalista. Esta crítica de jazz não é apenas uma crítica ao jazz é também uma crítica à crítica do jazz (entendida esta como  divulgação paranóica de mercadoria e espectáculo). A verdadeira crítica de jazz começa numa permanente auto-crítica e culmina na revolução da qual o jazz é uma realidade implícita." - J. L. B.



2 - "Grande Música Negra" publicado por edições RÉS limitada, no Porto em 1975.

Começava Jorge Lima Barreto com "ANUNCIAÇÃO":
"Esta pequena antologia representa uma selecção de textos/retratos por mim editados antes de 1974 em revistas elitárias (como Vida Mundial), populares (como Mundo da Canção) ou «underground» (como Memória do Elefante e & Etc), sujeitos a revisões e actualizações mínimas.
Publicações essas que se perdiam na dispersão caótica que caracteriza toda a literatura de revistas e que podem assim ser unitariamente recuperadas pelos amadores de jazz em Portugal.
Como tal cada ensaio, crónica ou história é independente e sem qualquer relação.
Um acaso: uma crítica. Um achado: uma biografia. Uma sedução: um disco. Uma aventura: um tópico literário. Uma galeria de retratos. Textos, todos eles, marginais: cortados pela censura pidesca; ocultados pelos divulgadores fascistas e/ou burgueses; perdidos na imensidão da escrita de combate.
Reveladores, na totalidade, duma música de escravos; grandes figuras do jazz são os seus heróis."



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Entrevistas MC - Volume 1

"Entrevistas MC - Volume 1" é uma publicação  da revista "mundo da canção", cujo director Avelino Tavares teve  gentileza de me oferecer aquando do meu 60º aniversário no ano de 2016.

Trata-se uma compilação de entrevistas efectuadas pela pioneira revista de divulgação musical "mundo da canção" que na nossa juventude seguíamos com toda a atenção. As entrevistas são as seguintes:
Filarmónica Fraude
Manuel Freire
Rui Mingas
Joan Manuel Serrat
Adriano Correia de Oliveira
Fernando Tordo
Carlos Puebla
Daniel Viglietti
Sérgio Godinho
Angel Parra
Vitorino
Carlos do Carmo
Carlos Paredes
Luís Cília
Manuel Gerena
José Mário Branco
Chico Buarque
UHF
Fausto





No prefácio, assinado por Viriato Teles, começava assim:
"A aventura começou no último ano da década de 60. Viviam-se então em Portugal os tempos cinzentos de uma ditadura em fim de carreira mas nem por isso menos amena. Um ano antes, Salazar caíra da cadeira e fora substituído no poder por Marcelo Caetano, cujos tímidos sinais de abertura cedo se revelaram uma encenação destinada a domesticar os mais crédulos: a PIDE foi rebaptizada como Direcção-Geral de Segurança, mas permaneceu intacta nos seus propósitos repressivos de tudo quanto pusesse em causa a ordem estabelecida; a Censura travestiu-se de Exame Prévio, mas nunca deixou de estar ferozmente atenta contra qualquer veleidade libertária; e Portugal continuou cantando e rindo, do Minho a Timor, indiferente às aspirações do seu próprio povo, que continuava a emigrar em massa, procurando em terra de França o sustento e a liberdade que lhe eram negados por aqui."
Era o enquadramento da situação política quando a revista teve o seu início em Dezembro de 1969.
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mundo da canção nº 3

Na linha dos 2 nºs anteriores é editado a Fevereiro de 1970, ao custo de 3$50 (menos de 2 cêntimos) o número 3 da revista "mundo da canção". A capa ia para uma fotografia de Joan Baez, na época ainda bastante popular.




No interior, para além das letras de canções da música popular, do Rock e do Pop, bem como alguns artigos de particular interesse (por exemplo: entrevistas à Filarmónica Fraude e a Vieira da Silva), destaque para um anúncio do "1º Convívio mc" com Manuel Freire e  a rúbrica "conselho mc" onde numa lista de canções, estas eram classificadas de uma estrela (ouça já) a 5 estrelas (não ouça). Com uma estrela estava "Canto" de Patxi Andión. Ainda de notar o "Top mc" com os discos mais vendidos nas discotecas do Porto, nos LP estava "Suzie Q" dos Creedence Clearwater Revival (estranho! seria uma colectânea que nos passou ao lado?) e nos Singles "Baby, I Coudn't See" dos The Foundations.



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pão com manteiga


Foi programa de rádio nos anos 80 e depois teve edição em livro, aliás 2 livros com textos nele lidos, era o "pão com manteiga". Os seus autores eram Carlos Cruz, José Duarte, Mário Zambujal, Bernardo Brito e Cunha Eduarda Ferreira e Orlando Neves. Com textos únicos de um humor nunca visto (ouvido) na rádio de então, vamos recordar, com as respectivas músicas, os trechos referentes à rubrica "O Roque e a Amiga".




Parte dos textos foram mais tarde publicados em livro sendo o primeiro atrevo-me a adiantar uma edição de 1987 (contrariamente ao que se encontra na net que refere o ano de 1980 - este foi o ano em que o programa começou), fazendo fé no final do Prefácio assinado por Carlos Cruz : "No ar, quinta, Feira de Março de 1987". Custou 200$00 ou seja 1€.

Algumas frases demonstrativas do humor  utilizado:

"Cem papas na língua é peso demais para a língua"

"Se, diariamente, lavar as mãos em ácido sulfúrico depressa perde o vício de roer as unhas"

"Depois de muitas diligências, inventou-se o comboio"

"A ginástica é óptima para as crianças. Cansa-as"

"Grave é uma palavra grave. Esdrúxula é uma palavra esdrúxula. Já o que é grave é que aguda é uma palavra grave!"

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pão com manteiga 2

Do programa radiofónico dos anos 80 "pão com manteiga" foram editados 2 livros. Este é o segundo,
Bernardo Brito e Cunha, Carlos Cruz, Eduarda Ferreira, Joaquim Furtado, José Duarte, José Fanha e Mário Zambujal foram os seus autores.







Textos deliciosos que nos deram (dão) horas de prazer do melhor humor que então se fazia em Portugal. Como por exemplo:
"- Se a gasolina vai subir para mais de cinquenta escudos o litro, como é que se pode andar de automóvel?
- Eu posso.
- Podes como?
- Nas descidas."

"- Se a gasolina vai subir para mais de cinquenta escudos o litro, como é que se pode andar de automóvel?
- Eu posso.
- Podes? Mas como?
- À boleia"

"- Se a gasolina vai subir para mais de cinquenta escudos o litro, como é que se pode andar de automóvel?
- Eu posso.
- Podes? Mas como?
- Aí é que está: não como."

É deste livro que vamos buscar mais alguns textos, e respectivas músicas, de "O Roque e a Amiga" que vão preencher os próximos Regresso ao Passado.
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Opúsculos (1) - Fernando Lopes-Graça

Sob o título "Opúsculos (1), é editado em 1984, pela Editorial Caminho, com o patrocínio do Ministério da Cultura, Direcção-Geral da Acção Cultural, Divisão de Música, o livro de Fernando Lopes-Graça.
O livro contempla 3 trechos "Bases teóricas da música" (2ª edição - original de 1944), "Breve ensaio sobre a evolução das formas musicais" (3ª edição - original de 1940) e "Pequena história da música de piano" (2ª edição - original de 1945).




Diz o próprio Fernando Lopes-Graça em nota preliminar:
"A finalidade deste livrinho não é propriamente ensinar música, mas sim explicar, de uma for tanto quanto possível clara, lógica e sistemática  as suas noções teóricas fundamentais, de maneira a habilitar os que se interessam pelos problemas da música a poder abordá-los e compreendê-los com menos esforço do que aquele que, em geral, resulta quando se desconhecem completamente as suas bases e a sua complexa terminologia." 

Adquirido em 31 de Outubro de 1984 pelo preço de 300$00 ou seja 1,5€.
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Sobre a Evolução das Formas Musicais - Fernando Lopes-Graça

Publicado nos Cadernos Culturais «Inquérito» dirigidos por Eduardo Salgueiro com o nº 48, "Sobre a Evolução das Formas Musicais" é a 2ª edição do trabalho de Fernando Lopes Graça sobre, como o nome indica, a evolução das formas musicais ao longo do tempo. Não confundir com "progresso", conceito que Fernando Lopes Graça deixa para as "conquistas sociais" e para as "relações sociais". No que diz respeito às artes e à música em particular Fernando Lopes Graça rejeita a ideia de "progresso musical" que a própria expressão "evolução das formas musicais" pode induzir, defendendo:
"O que se trata, antes de mais nada, é de rejeitar a ideia de progresso em arte. E muito justamente. Cada época tem a sua sensibilidade e os seus ideais próprios ..." pelo que "... não podemos afirmar que tal ou tal época artística realiza um progresso sobre a antecedente ou as antecedentes, nem, logicamente, postular juízos de valor absoluto a respeito das obras de arte representativas da sua época em referência à de outras épocas."




"Sobre a Evolução das Formas Musicais" aparece  em 3ª edição em Opúsculos (1) com o nome "Breve ensaio sobre a evolução das formas musicais" e aqui ontem referenciada.

A 2ª edição, que agora lembramos, é de 1959 e custou, ao meu pai, 10$00, cerca de 5 cêntimos.

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mundo da canção nº 4


Vamos para mais um nº da revista "mundo da canção", é o nº 4 publicado no mês de Março de 1970. A capa vai para os holandeses Shocking Blue então no auge de popularidade devido ao sucesso que foi a canção "Venus". 





A revista consta essencialmente da publicação de letras de músicas de canções de diversos estilos, do Pop-Rock à canção de intervenção nacional, mas também de entrevistas como as que constam neste nº, Rui Mingas e Manuel Freire e pequenas rubricas como "MC Notícia", "MC Conselho", "TOP-MC (Porto)" e os "Prémios de Imprensa".


 


De referir ainda o editorial feito com extractos de uma entrevista do cantor Toni de Matos.



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Jim Morrison - Daqui Ninguém Sai Vivo


"Daqui Ninguém Sai Vivo" escrito por JerryHopkins e Daniel Dugerman  é um livro com a biografia do cantor Jim Morrison, a minha preferência maior durante a minha adolescência.
O exemplar que possuo é uma edição "assírio e alvim"de 1982 com uma tiragem de 5000 exemplares, custou 360$00 ou seja não chega a 2 €.

São 342 páginas de uma leitura fácil e cativante a que se volta regularmente para efeitos de consulta

No início do prefácio lê-se:
"Jim Morrison estava no bom caminho para se tornar um herói mítico ainda em vida - ele era, poucos o contestarão, uma lenda viva. A sua morte, envolta em mistério e numa especulação contínua, completou a consagração, assegurando-lhe um lugar no panteão dos artistas dilacerados e talentosos, que sentiram demasiadamente a vida para conseguirem vivê-la: Arthur Rimbaud, Charles Baudelaire, Lenny Bruce, Dylan Thomas, James Dean, Jimi Hendrix e outros."






Citação anterior ao prefácio:
"Digamos que estava a pôr à prova
os limites da realidade.
Estava curioso
em ver o que aconteceria.

Era tudo: apenas curiosidade." 
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mundo da canção nº 5

Volto à revista "mundo da canção", agora para o seu nº 5 de Abril de 1971.
Na capa fotografia do músico basco Patxi Andión, provavelmente tirada no bar Pinacoteca, onde foi entrevistado por Viale Moutinho e cuja entrevista é reproduzida no interior.
Mais um nº feito em grande parte com a transcrição de letras de músicas então recentes, de "Travellin' Band" dos Creedence Clearwater Revival a "Canção do Mar" de José Afonso.
Também espaço para um texto sobre Carlos Portugal e ainda notícias sobre Paulo de Carvalho.




Uma curiosidade: o "mundo da canção" trazia uma ficha que podia ser preenchida e enviada com "As letras que gostaria ver publicadas" e que eu cheguei a fazer, só que nesse caso tinha-se que cortar a ficha para a enviar o que, logicamente, danificava a revista.


Destaque ainda para dois artigos a ocupar cada um duas páginas, primeiro "Rimanços em Foco", critica dos leitores e respectiva resposta de Jorge Cordeiro a artigo por este publicado no nº 3 à cerca das letras das música Pop. segundo  artigo da Maria Teresa Horta sob o título "«Tempo Zip» - Novo programa da rádio portuguesa" referente ao primeiro programa "Tempo Zip" estreado a 29 de Março com os convidados a darem uma verdadeira volta de avião.








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mundo da canção nº 6 de Maio de 1970

Mais um nº da revista "mundo da canção", é o sexto e teve edição em Maio de 1970.
O destaque para esta edição ia para o VII Festival da Canção da RTP realizado a 22 de Maio daquele ano.

Na capa, Paulo de Carvalho, um dos concorrentes do Festival com a canção "Corre 'Nina" e considerado o melhor intérprete, mas ficando classificado em 4º lugar.




O editorial era dedicado ao Festival com críticas abertas ao certame.



Para além da publicação das letras das canções classificadas nos primeiros 4 lugares ainda uma reportagem do Festival assinada pelo "enviado especial MC" Viale Moutinho.





De resto mantinham-se as habituais rubricas "mc Notícias", "mc ficha", entrevistas a José Barata Moura e Deniz Cintra, e letras de canções de língua portuguesa, espanhola, francesa e inglesa.
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mundo da canção nº 6 de Maio de 1970

A música feita em Portugal tinha particular relevo neste nº da revista "mundo da canção", não só na reportagem do VII Festival da RTP da Canção, como nas letras publicadas de canções dos melhores cantores de então, como ainda em entrevistas e nas notícias dos convívios do "mundo da canção".
Eis a entrevista a José Barata Moura.




Eis os Dois Convívios do "mundo da canção", respectivamente com Manuel Freire e  Vieira da Silva.


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Jim Morrison - Abismos (escritos inéditos)


Abismos (escritos inéditos), no original "Wilderness", é um livro de poesia de Jim Morrison publicado pela primeira vez em Portugal pela Assírio e Alvim em Maio de 1991, era o nº 20 da colecção Rei Lagarto. O meu exemplar corresponde à 2ª edição de Abril de 1994.

Possibilidade de se conhecer a faceta de Jim Morrison para além de músico, a de poeta:
"Oiçam, a verdadeira poesia não diz nada, apenas destaca as possibilidades. Abre todas as portas. As pessoas podem atravessar aquela que se lhes ajusta.
...e é por isso que sinto pela poesia este apelo tão forte - porque é eterna. Enquanto houver pessoas, elas podem lembrar-se de palavras de combinações de palavras. Mas nada pode sobreviver ao holocausto a não ser a poesia e as canções. Ninguém se consegue lembrar  de um romance inteiro. Ninguém consegue descrever um filme, uma escultura, uma pintura, mas enquanto houver seres humanos, as canções e a poesia sobreviverão.
Se a minha poesia pretende atingir alguma coisa, é libertar as pessoas dos limites em que se encontram e que sentem." em AUTO-ENTREVISTA, tradução de Ana Paula Sousa e António Costa.





O livro termina com a seguinte nota final:
"James Douglas Morrison, aliás Jim Morrison, ou simplesmente Jim, para amigos, discípulos e fãs. Nasceu em Melbourne, Flórida, em 8 de Dezembro de 1943 e morreu em Paris, França, em 3 de Julho de 1971. Uma morte prematura e misteriosa, uma vida à beira do abismo ou ultrapassando os limites, tornaram-no mito, lenda viva do rock & Roll, já lá vão mais de duas décadas.
Publicou em vida quatro livros de poemas e gravou várias horas de poesia em estúdio. Em finais de 1989 é editado o primeiro volume de Wilderness, um conjunto de inéditos de Morrison, dispersos em papéis e cadernos. É esse volume que aqui se apresenta."


"cada dia é uma viagem pela história", Jim Morrison no poema LATITUDES DO CAVALO.

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Música Popular Portuguesa - Um Ponto de Partida - Mário Correia


Edição "Centelha" - "MC/mundo da canção", o livro "Música Popular - Um ponto de Partida" de Mário Correia é uma obra fundamental para quem queira conhecer alguma da história da nossa Música Popular nas décadas de 60, 70 e início de 80 (até 1983).

"Alinharam-se ao longo destas páginas toda uma série de informações básicas em torno de ideias mestras unanimemente aceites (o que de modo algum se deve entender como verdades eternas e imutáveis), de modo a permitir aos leitores uma correcta abordagem de todo o fenómeno, sem se pretender, com tal sistematização, criar compartimentos estanques entre as diferentes fases da música popular (que, em determinadas alturas, coexistiram e coexistem, como aliás sucede em qualquer expressão cultural dinâmica e actuante)." escreve o autor no prefácio da edição de Abril de 1984.





"informações básicas" de que me socorro neste blog quando a dúvida se instala e a memória não ajuda a esclarecer. Trata-se pois de um trabalho imprescindível para qualquer amante da nossa riquíssima música popular. Daí que bem gostaria que este trabalho tivesse continuidade  e que um dia fosse surpreendido por uma edição mais alargada no tempo e eventualmente mais aprofundada nas diversas temáticas que um trabalho desta natureza necessariamente aborda.

Quem sabe, fico a aguardar!
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mundo da canção nº 8 de Julho de 1970

Estamos em 1970, no mês de Julho, e mais um nº da revista "mundo da canção" é publicado, é o oitavo e a capa vai para uma fotografia de Manuel Freire, alguns nomes são a ainda realçados no lado esquerdo, a negro alguns dos nomes da música popular portuguesa, de alguma forma tratados no interior, Denis Cintra, José Afonso, Rita Olivaes, Ernesto César, Objectivo e alguns nomes da música Pop-Rock internacional de então, Leonard Cohen, Donovan, Arrival, The Beatles, Jethro Tull, The Moody Blues, Joni Mitchell, Bee Gees, Robin Gibb e Family Dogg.

Mais um nº onde um pouco de tudo se pode ler no seu interior, do muito bom ao menos bom. O editorial intitulado "a engrenagem e o resto" explica:
" Os nossos artistas, vamos falar principalmente deles, encontram-se divididos por um profundo vale. De um lado aqueles muitos, ditos comerciais, alienados à «priori» ou apanhados pela engrenagem das concessões, das dificuldades, de «de certo modo» vencíveis, do profissionalismo; do outro, em nº crescente, mesmo assim, os «amadores», aqueles que lutam contra a engrenagem das concessões, que se debatem com as depressões, pressões e opressões (pausa para respirar...), que querem dizer alguma coisa com esta e aquela canção, e não deixam que o editor lhes dite sistematicamente a «receita de vencer». E, no meio, o vale. Ao longo do vale, o rio de toda a gente, devorador de palavras, fabricador de mitos com o barro do leito, destruidor de hipóteses, construtor de hipérboles..."




Muitas letras, alguns artigos, assim se preenchem as 40 páginas deste nº que hoje começo a lembrar.
Mantêm-se algumas rubricas ("mc ficha", "curiosidades") e aparece "Tiro pela direita", ou seja aquilo de que não se gosta.
De algumas letras não consegui obter a respectiva canção, por exemplo "Trova do Emigrante" de José Manuel Osório e "Se Há Barcos, Se Há Velas" de Ernesto César. Vamos ao restante.
Ainda espaço para "Fotos e Notícias" onde surgia Luís Rego, Pedro Barroso e os Mungo Jerry.



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Leonard Cohen, Redescoberta da Vida e Uma Alegoria a Eros

Data de Dezembro de 1975 e é considerado raro o livro "Leonard Cohen, Redescoberta da Vida e Uma Alegoria a Eros" de Manuel Cadafaz de Matos.





Manuel Casdafaz de Matos é, segundo https://www.goodreads.com, "Mestre em Literatura e Culturas Portuguesas - Época Moderna (1990) e Doutor em Estudos Portugueses - especialidade História do Livro (1998), pela Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Nova de Lisboa". Fez parte da redacção inicial do jornal "Blitz" com início de publicação em 1984.

Quanto ao livro é um estudo do trabalho literário e da carreira musical de Leonard Cohen até 1974. Inclui uma entrevista com Leonard Cohen realizada em Paris a 8 de Setembro de 1974 no dia a seguir a ter actuado na festa anual do jornal "L'Humanité" e ainda as letras, em inglês e português, das canções até então editados.


Trata-se uma edição da Livros E(CO)LOGIAR A TERRA.

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mundo da canção nº 9 de Agosto de 1970

Agosto de 1970, mais um nº da revista "mundo da canção" que tenho vindo a recordar regularmente. Na capa The Beatles, numa aproximação do que era a capa do último LP daquele grupo britânico. "Let It Be", era o nome e seria mesmo a despedida do grupo. Um trabalho não tão bem conseguido como o anterior "Abbey Road", na realidade este é que foi a última gravação do conjunto, mas as edições foram temporalmente trocadas.

Um nº, na continuação dos anteriores, com muitas letras de canções publicadas havendo algumas repetições, e alguns textos, que era o que mais me motivava, quer sobre a música nacional quer do Pop-Rock internacional, com destaque para The Kinks e Jethro Tull.




Na música nacional destaco os dois artigos sobre os Festivais então em voga, respectivamente assinados pela Maria Teresa Horta e pelo Tito Lívio.











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