terça-feira, 30 de junho de 2015

Bob Dylan - All Along The Watchtower


"Após um ano de silêncio, nenhum outro artista conseguira usurpar-lhe o trono do rei do folk-rock."
em "bob dylan" de Jesús Ordovas.

Dezasseis meses de inactividade, devido a um acidente de moto, foi o tempo de demorou o regresso de Bob Dylan. Em finais de 1967 é editado um novo álbum de originais, era o 8º de nome "John Wesley Harding".
Num ano dominado pelas aventuras psicadélicas, Bob Dylan retorna ao formato acústico e recupera o Folk.

6 meses depois, do tão desejado regresso de Bob Dylan,  Jimi Hendrix electrifica uma empolgante versão de "All Along The Watchtower". Numa altura de proliferação de estilos e de experimentação sem limites Bob Dylan era ainda a referência.



"All Along The Watchtower" é precisamente uma das faixas que compõem "John Wesley Harding", era assim que começava, e bem, o ano de 1968.



Bob Dylan - All Along The Watchtower

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Mike Bloomfield, Al Kooper & Stephen Stills - Season Of The Witch


Mike Bloomfield (1943-1981), guitarrista de Blues norte-americano passou pelos The Paul Butterfield Blues Band entre 1965 e 1967, formou The Electric Flag de curta duração e em 1968 encontra-se com Al Kooper e Steve Stills.
Al Kooper, pianista de Blues, e não só, tocou em 1965 com Bob Dylan, em 1967 faz parte da formação inicial dos Blood, Sweat and Tears, donde sai em 1968. Neste ano encontra-se com Mike Bloomfield e Steve Stills.
Steve Stills, guitarrista Folk-Rock norte-americano pertence aos Buffalo Springfield de 1966 a 1968. Neste ano encontra-se com Mike Bloomfield e Al Kooper.

Mike Bloomfield, Al Kooper & Steve Stills gravam e editam em 1968 o álbum de Blues "Super Sessions". Na realidade "Super Sessions" é  o resultado de 2 dias de gravações tidas como "Jam Sessions" em estúdio alugado por Al Kooper, primeiro com Mike Bloomfield e no segundo dia com Stephen Stills.
A escolha vai para "Season Of The Witch" um original do músico Folk Donovan.



"Super Sessions" um disco em vinil a que retorno com regularidade, custou há longínquos anos 350$00, ou seja menos de 2 €.
"Season Of The Witch" é, em "Super Sessions", desenvolvida para 11 longos e aprazíveis minutos, aqui vai.



Mike Bloomfield, Al Kooper & Stephen Stills - Season Of The Witch

domingo, 28 de junho de 2015

Savoy Brown Blues Band - It's All My Fault

Fleetwood Mac, The Yardbirds, Bluesbreakers, Ten Years After, The Jeff Beck Group, Cream, são dos melhores exemplos de grupos britânicos que praticaram na 2ª metade da década de 60 uma sonoridade que ficou identificada como de Blues-Rock, influências fortes do Blues aliada a uma originalidade que os distanciava do Pop-Rock.
Juntamos hoje mais uma banda, esta menos conhecida, a Savoy Brown Blues Band ou simplesmente Savoy Brown como passou rapidamente a designar-se e que ainda hoje se mantem, após 50 anos do seu início. Da primeira formação sobra Kim Simmonds, guitarrista e voz do grupo.

Começamos por resgatar "Tell Mama" de 1971 num concerto de 2010.




Agora vamos directos para o primeiro álbum de 1967, "Shake Down", composto maioritariamente por standards dos Blues, entre outros, de Willie Dixon, BB King, Albert King, John Lee Hooker. A escolha recai sobre "It's All My Fault" um tema de John Lee Hooker no original.



Savoy Brown Blues Band - It's All My Fault

sábado, 27 de junho de 2015

The Jeff Beck Group - Blues Deluxe

Eric Clapton, Jeff Beck, e Jimmy Page foram os três guitarristas que passaram pelos The Yardbirds entre 1964 e 1968.
Eric Clapton saiu dos The Yardbirds para os Bluesbreakers de John Mayall e posteriormente para os Cream.
Jimmy Page formou em 1968 os Led Zeppelin.
Jeff Beck abandona os The Yardbirds para formar, em 1967, The Jeff Beck Group.
É Jeff Beck que vamos recuperar.
Em 1965 Jeff Beck é recrutado pelos The Yardbirds para suceder a Eric Clapton, em 1966 durante alguns meses Jeff Beck e Jimmy Page coexistiram no grupo. É deste período a cena do filme "Blow-Up" de Antonioni onde se pode ver The Yardbirds com os dois guitarristas.




A formação inicial The Jeff Beck Group contava, para além de Jeff Beck, o futuro conhecido Rod Stewart na voz e Ronnie Wood futuro membro dos The Rolling Stones. Gravam "Truth", o primeiro longa duração em 1968, e dele escolho "Blues Deluxe", onde se pode ouvir ainda Nick Hopkins no piano e recordar o Rod Stewart de outros tempos.



The Jeff Beck Group - Blues Deluxe

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Fleetwood Mac - Merry Go Round

Os Fleetwood Mac formaram-se em 1967.
Na origem foram um excelente grupo de Blues, antes de virarem sucesso no Pop-Rock a partir da 2ª metade da década de 70.
Peter Green, John McVie e Mick Fleetwood, todos ex-Bluebreakers de John Mayall, vão estar na génese da formação dos Fleetwood Mac e constituir, conjuntamente com Jeremy Spencer, o seu núcleo central até à saída de Peter Green em 1970.



O primeiro álbum do grupo, conhecido por "Peter Green's Fleetwood Mac", sai em 1968 e é do melhor Blues feito por músicos brancos.
Peter Green é o principal compositor e é dele a composição agora escolhida, "Merry Go Round".


Fleetwood Mac - Merry Go Round

quinta-feira, 25 de junho de 2015

John Mayall & The Bluesbreakers - The Supernatural


"A Hard Road", "Crusade", The Blues Alone" foram os três álbuns gravados por John Mayall em 1967, os dois primeiros com a companhia dos Bluesbreakers.

Eric Clapton já tinha deixados os Bluesbreakers, outros músicos de excepção por lá passavam. Peter Green, John McVie, Mick Fleetwood (futuros Fleetwood Mac) e Aynsley Dunbar, também Paul Butterfield (mais tarde Paul Butterfield Blues Band) por lá passou.

Aos 81 anos podemos ver John Mayall a interpretar "A Hard Road" tema de abertura do álbum homónimo de 1967.



Na contra capa de "A Hard Road" pode-se ler as seguintes notas de John Mayall:

"The personal of the Bluesbreakers having changed since our last LP, this album serves as a proper introduction to two new members of the group... Peter Green on lead guitar and Aynsley Dunbar on Drums.
I think that most people will realize what a tough time lay ahead in the way of comparison and criticism for any guitarist in the country faced with replacing the acknowledged master of blues guitar, Eric Clapton, in my band. However Peter Green took over the job and managed to brave out the storm.
...
Speaking of the modern young blues guitarists that I've heard 'live' I would certainly cram Jimi Hendrix, Buddy Guy, Otis Rush, Eric Clapton and Peter Green on the some pedestral."

É de Peter Green a faixa escolhida, "The Supernatural" (a premonição de "Black Magic Woman"), do álbum "A Hard Road", a fazer jus às palavras de John Mayall.


John Mayall & The Bluesbreakers - The Supernatural

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Ten Years After - Spoonful

O manancial de novos grupos e novas sonoridades (Rock psicadélico, progressivo,...) de que o ano de 1967 foi fértil não retirou espaço aos Blues e aos grupos com raízes nos Blues. Fleetwood Mac, Ten Years After, Jeff Beck Group, Savoy Brown Blues Band, Canned Heat são disso bons exemplos e mais ainda John Mayall, e os seus Bluesbreakers, que continuava a marcar a cena musical.
É ainda em 1967 que os Ten Years After gravam o primeiro e homónimo álbum, um disco cheio de influências dos Blues onde se destacavam duas composições de Willie Dixon, "Spoonful" e "Help Me".



"Spoonful", um clássico dos Blues, que em 1966 tinha sido superiormente interpretada pelos Cream no seu primeiro álbum "Fresh Cream" é retomada em 1967 pelos Ten Years After no seu também 1º LP.
Nos Ten Years After pontificava Alvin Lee (1944-2013), exímio tocador de guitarra, um dos melhores, vocalista e principal compositor do grupo.
Para já é com "Spoonful" na versão dos Ten Years After que ficamos.



Ten Years After - Spoonful

terça-feira, 23 de junho de 2015

Accolade - Ulysses

Foram necessários 45 anos para descobrir o grupo que então ouvia na rádio, no programa "Em Órbita", e cujos sons se mantiveram durante todos estes anos na minha memória. Até agora não tinha conseguido descobrir o nome do grupo, começava a duvidar se algum dia o conseguiria, e mesmo a duvidar se daquilo que me lembrava era correcto ou não. Podia já só passar de uma fantasia minha. Recordava de um som tipo Folk, predominantemente acústico, pastoril, com uma flauta pelo meio, recordava-me de um tema longo de que desconhecia o nome e o nome do grupo era qualquer coisa que soava a Echolaide e mais nada. Todas as tentativas de os descobrir lograram em nada até que um dia, por mero acaso, descobri alguém no Blog Ié-Ié que tinha tido o mesmo problema, para ele o nome do grupo era qualquer coisa que soava a Ackloid, mas, com mais sorte do que eu, tinha conseguido chegar ao nome real do grupo, eram os Accolade.

Accolade (1969-1971) - elogio, louvor, acolada (cerimónia do abraço e toque com a espada no ombro do jovem ao ser armado cavaleiro, segundo a Infopédia) - foi um grupo inglês de Folk progressivo, de curta duração, que nos deixou 2 LP, respectivamente de 1970 e 1971: "Accolade" e "Accolade 2".



"Accolade" é um álbum suave, calmante, Folk inglês com influências de Jazz, faz lembrar aqui e acolá os Pentangle, os Amazing Bondel ou a Incredible String Band. É neste disco que vou encontrar a faixa que melhor recordava, é a longa canção que dá pelo nome de "Ulysses".



Accolade - Ulysses

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Donovan - Atlantis

Algumas canções divulgadas pelo programa de rádio "Em Órbita"

Donovan Leitch, ou simplesmente Donovan é um cantor escocês que nos encantou na década de 60 e 70. No seu período mais produtivo (1965 a 1973) gravou dezenas de canções que nos deliciou e que se mantêm bem vivas na memória.
Em 1969, 6 excelentes LP depois, grava o álbum "Barabajagal" recheado de boa música e acompanhado por músicos que iam de The Jeff Beck Group, a John Paul Jones (futuro Led Zeppelin), a Danny Thompson (à época já nos Pentangle)  ao suporte vocal de Madeline Bell e Lesley Duncan .


Neste álbum evidenciava-se "Atlantis", já editada em Single no ano anterior, e que vai mesmo ser considerada pelo programa "Em Órbita" como a melhor canção de 1969.

"Donovan, sempre em momentos de envolvente beleza, uma simplicidade fora do comum,  todas as suas criações revestem-se de uma ternura quase não possível, uma viagem inesquecível, Atlantis.", assim era apresentada pelo programa.
Recordemos "Atlantis"!



Donovan - Atlantis

domingo, 21 de junho de 2015

Ike and Tina Turner - River Deep, Mountain High

Algumas canções divulgadas pelo programa de rádio "Em Órbita"

Ike and Tina Turner já não eram, em 1966, uns ilustres desconhecidos. Marido e mulher, o duo vinha praticando desde o início da década um forte sonoridade baseada nos Rhythm'n'Blues e a obter o devido reconhecimento. Mas é em 1966 com a gravação do portentoso "River Deep, Mountain High" que vão ser catapultados para novos níveis de popularidade.


Teriam até  início dos anos 70 um incrível sucesso que ficou registado em versões de canções como "I've Been Loving You Too Long", "Come Together" ou ainda a eternizada "Proud Mary". A eles, espero um dia voltar, para já é para "River Deep, Mountain High" que fica a nossa atenção e a divulgação que o programa "Em Órbita" fez deste tema:

"Uma interpretação sentida e levada ao limite para dar voz a uma excelente e elaborada produção, invulgar na actual música popular: Ike and Tina Turner, River Deep - Mountain High."



Ike and Tina Turner - River Deep, Mountain High

sábado, 20 de junho de 2015

Manfred Mann - Mighty Quinn

Algumas canções divulgadas pelo programa de rádio "Em Órbita"


Manfred Mann é um músico sul-africano, hoje com 74 anos, que abraçou diversos géneros musicais Pop, Rock, Rhythm'n'Blues com influências de Jazz. Nos anos 60 tiveram sucesso as formações Manfred Mann de 1962 a 1969, Manfred Mann Chapter Three de 1969 a 1971. A partir de 1971 tomou a designação de Manfred Mann's Hearth Band.
Para já é a primeira fase que nos interessa.

Começamos pelo Pop e o êxito que foi "Sha-La-La" um dos vários que teve no ano de 1964, Manfred Mann é o organista.


Terminamos no ano de 1968 com a interpretação de um tema de Bob Dylan que teve particular sucesso na versão dos Manfred Mann. "Em Órbita", amante de Bob Dylan, apresentava assim "Mighty Quinn" na versão Manfred Mann:

"O grupo que foi talvez o mais brilhante arauto dos temas de Bob Dylan. Uma explanação clara e linear mas prova incontestável de uma plenitude musical. Uma gravação aliciante pela justaposição de um criador de génio e recriadores inventivos."




Manfred Mann - Mighty Quinn

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Four Tops - Reach Out I'll Be There

Algumas canções divulgadas pelo programa de rádio "Em Órbita"

A propósito de "Baby I Need Your Loving" já recordámos os Four Tops, é agora a vez desse grande sucesso que foi "(Reach Out) I'll Be There".
Em 1966, após uma série de êxitos que colocavam os Four Tops entre os grupos negros mais significativos da sonoridade da Tamla-Motown, gravam aquele que foi a sua música mais popular e que mais perdurou nos tempos, precisamente  "(Reach Out) I'll Be There"


  
O programa "Em Órbita" divulgava assim "(Reach Out) I'll Be There" :

" A editora com mais responsabilidades na emancipação dos artistas e da música negra, numa sonoridade que se identifica à distância, é o bom som da Motown: Four Tops".
 


Four Tops - Reach Out I'll Be There

quinta-feira, 18 de junho de 2015

George Fame - Yeh, Yeh

Algumas canções divulgadas pelo programa de rádio "Em Órbita"

Tendo por base o programa de rádio comemorativo dos 50 anos da 1ª emissão do programa "Em Órbita" realizado a 1 de Abril de 2015 pela Antena 1, recuperamos alguns temas então divulgados por aquele programa.

Começamos com Georgie Fame.
Georgie Fame foi (é) um cantor de Blues e Jazz com particular sucesso nos anos 60.
"Yeh, Yeh" foi o primeiro êxito de Georgie Fame de que outros se seguiram como "Get Away", "Sunny" e talvez a mais conhecida "The Ballad Of Bonnie and Clyde"




"Um músico de excelência e um intérprete com possibilidades invulgares. Um ritmo e um balanço que o tornam no expoente máximo dos Blues e Rhythm'n'Blues britânicos. Seguramente o branco mais negro da actual música  inglesa: George Fame."

Assim era apresentado Georgie Fame no tema "Yeh, Yeh" de 1964.



George Fame - Yeh, Yeh

quarta-feira, 17 de junho de 2015

The Zombies - Kind Of Girl

A primeira canção divulgada pelo programa "Em Órbita"

Usando o programa de rádio, realizado a 1 de Abril de 2015, comemorativo dos 50 anos da 1ª emissão do programa "Em Órbita" , lembramos a primeira canção que o "Em Órbita" divulgou após a passagem de "Revenge" dos ingleses Kinks, o indicativo do programa. Foi um tema pouco óbvio do primeiro álbum dos The Zombies "Begin Here" de nome "Kind Of Girl", isto face à popularidade que o primeiro Single "She's Not There" de 1964 alcançou.
Agora, também aqui recuperado, The Zombies com "She's Not There" em 1965. Uma relíquia.



Voltando ao programa "Em Órbita" foi o seguinte o texto lido após a passagem de "Kind Of Girl":

"Um tema proposto num esquema de extrema simplicidade e pormenores de interesse. Um grupo versátil com uma fé sem limites na música que pratica, os Zombies a abrir esta primeira emissão de "Em Órbita"."



The Zombies - Kind Of Girl

terça-feira, 16 de junho de 2015

Magdalena Pinto Basto - Satisfied Mind

Mais um daqueles nomes que fizeram passagem rápida nos longínquos anos 60. Desta vez trata-se de Magdalena Pinto Basto e um EP gravado no mítico ano de 1967.
O EP é constituído por 4 temas, 2 cantados em francês onde é acompanhada pelo conjunto Os Ekos, os outros 2 são temas do “folk” americano só com viola acústica por ela tocada. Ou seja o cruzamento das influências francesas em declínio e as americanas em crescendo. As versões francesas são “J’ai Cru à Mon Rêve”, versão francesa de “I’m a Believer” (já aqui recordada na versão de Os Chinchilas e Robert Wyatt) de Neil Diamond e popularizada pelos The Monkees e “L’Oiseau de Nuit” de Michel Polnareff. A minha preferência vai para os temas acústicos, “Satisfied Mind” e “Banks of the Ohio” tradicionais norte-americanos e a escolha recai sobre “Satisfied Mind”.

“Satisfied Mind” teve versões de gente tão conceituada como Ella Fitzgerald, Joan Baez, Bob Dylan, Byrds, Jeff Buckley ou os meus eleitos The Walkabouts e é destes a versão seguinte:



De volta a Magdalena Pinto Basto para o texto da contra-capa do EP:

“MAGDALENA Pinto Basto, tem 19 anos. É estudante. Adora o «folk-music». Só por indicação da editora gravou neste seu primeiro disco duas canções «Pop» acompanhada pelo Conjunto «Os Ekos». Dois géneros de canção diferentes darão ao público a possibilidade de se pronunciar em qual deles apreciam mais esta nova intérprete da etiqueta «AQUILA». Esperemos que o próximo disco possa incluir algumas canções em língua portuguesa, pois estamos certos de que os nossos jovens compositores têm agora mais uma boa intérprete da música actual.”

Segue Magdalena Pinto Basto e a sua modesta interpretação de “Satisfied Mind”.



Magdalena Pinto Basto - Satisfied Mind

segunda-feira, 15 de junho de 2015

The Strollers - Chevrolet

Entre muita gravações interessantes e ignoradas que por cá se fizeram, um duo, de nome The Strollers, gravou nos anos de 1967 e 1968 dois EP. O duo The Strollers era formado pela Teresa Paula Brito (de quem havemos ainda de falar) e José Duarte (nem mais! o conhecido divulgador de Jazz e autor desse mítico programa “cinco minutos de jazz”). No 1º EP aparece um tema de nome “Chevrolet” que é a sugestão de audição para hoje. Achei o tema muito curioso pois naquela época não era de forma alguma o tipo de som que era esperado ver gravado em Portugal. Como não encontrava o original para esta música fica a informação que o próprio José Duarte me prestou, disse tratar-se simplesmente de “uma melodia popular negra n-americana”.

Não temos pois original, esclarecida a dúvida fiquemos também com a versão de 1971 do músico de blues Taj Mahal:



Mas, cá por mim, não supera a dos The Strollers (com a Teresa Paula Brito muito bem). Ouçam então esta agradável surpresa, música popular negra, tocada, cantada e gravada em Portugal em 1967.


The Strollers - Chevrolet

domingo, 14 de junho de 2015

Jets - Let Me Live My Life

Mais um conjunto no cenário da música Pop-Rock portuguesa no ano ido de 1967.

Na década de 60 proliferaram muitos grupos que ficaram para sempre … desconhecidos. Alguns nunca chegaram a gravar, outros enfim ficaram por um EP para prova da sua existência. Foi o caso dos Jets surgidos na primeira metade dos anos 60 e que deixariam para a posteridade “Let Me Live My Life” gravado em 1967.



Eram portugueses e ao que parece empolgaram a juventude em 1966 no Teatro Monumental onde se realizavam os Concursos de Ié-Ié, no entanto, a sua sonoridade já nada tinha a ver com essa designação apresentando um som bastante “psicadélico” (a capa a fazer jus). Há mesmo quem os considere a primeira aproximação portuguesa ao psicadelismo que entretanto explodia no cenário londrino (Pink Floyd à cabeça). Entre sons que lembram The Beatles e também Syd Barrett, num ritmo arrastado por um órgão “fuzz” (que agora parece fora de moda) assim se desenvolve “Let Me Live My Life” que segue para audição.



Jets - Let Me Live My Life

sábado, 13 de junho de 2015

Conjunto Universitário Hi-Fi - I Call Your Name

Uma boa surpresa do ano de 1967 na música Pop-Rock feita em Portugal.

Do Conjunto Universitário HI-FI, formados em Coimbra em 1966, esperar-se-ia mais um grupo de província a animar bailes de Liceu com cópias relativamente fracas dos sucessos da época. No entanto, a realidade mostra que estamos na presença de um grupo com muito bom gosto musical e capacidade interpretativa acima da média.
Um artigo do Diário Popular de 1967 (de acordo com o blog Ié-Ié) dizia:

"Trata-se de um grupo de estudantes oriundo de Coimbra que pretende atingir lugar de relevo no nosso firmamento radiofónico através da imposição de um estilo subjectivo.
Com entusiasmo, vibração e segurança, os aludidos jovens apresentam na "micro" de estreia os trechos "Back From The Shore", "Three Days Of My Life", "Words Of A Mad" (todos com a chancela de Carlos Correia) e "I Call Your Name" (adaptação da melodia lançada pelos guedelhudos The Beatles).
Um grupo moderno de futuro promissor".

A versão que em 1967 fizeram de “I Call Your Name”, tema relativamente pouco conhecido dos (guedelhudos) The Beatles saído em Single em 1964 mas não editado nos álbuns originais, é prova das qualidades do conjunto e, como tal, é a escolha de hoje.
A memória do original dos The Beatles pode ser agora refrescada.



A versão do Conjunto Universitário HI-FI, gravada em 1967 no primeiro de 2 EP, faz lembrar muito The Mamas and Papas, e o destaque maior vai para uma bonita voz feminina de uma tal Ana Maria então com 17 anos, e cá por mim conseguem mesmo superar o original. Fechem os olhos e deixem-se embalar por “I Call Your Name”, uma delícia! Claramente superior à mediania dos grupos então existentes.



Conjunto Académico Hi-Fi - I Call Your Name

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Adriano Correia de Oliveira - Exílio

A canção de protesto em 1967 ainda não tinha atingido a sua expressão maior. Mas, pouco a pouco, ganhava a sua notoriedade. Um dos pioneiros foi sem dúvida Adriano Correia de Oliveira que naquele ano tinha já diversos EP gravados dando uma nova sonoridade ao fado de Coimbra e cantando textos (nomeadamente de Manuel Alegre) que ficariam ligados à resistência ao regime fascista de então.
Em mais um EP gravado em 1967 surge "Exílio" um original de Manuel Alegre (letra) e música de Luís Cília que já a tinha gravado no seu primeiro álbum de 1964 "Portugal Angola - Chants de Lutte".

Comecemos pelo original, na época praticamente desconhecida pois os discos de Luís Cília estavam proibidos.



Agora a versão, que ganhou alguma notoriedade, de Adriano Correia de Oliveira, "Exílio" era a 4ª faixa do EP "Para que Quero Eu Olhos", aqui vai.



Adriano Correia de Oliveira - Exílio

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Ornette Coleman (1930-2015)

Ornette Coleman, uma lenda norte-americana da história do jazz, morreu esta quinta-feira em Nova Iorque, aos 85 anos
A 7 de Novembro de 2008 assisti, com a minha filha Ana, ao concerto de Ornette Coleman no Coliseu do Porto.
Ficou para sempre na memória, excelente…
 
 

Ornette Coleman - Invisible

Faleceu, hoje, aos 85 anos Ornette Coleman um músico ímpar na história do Jazz.
À memória de Ornette Coleman fica esta recordação: Ornette Coleman nas páginas da revista "Vértice" em 1965.



A literatura musical no Portugal dos anos 50 e 60 do século passado era muito rara para não dizer nula. Revista ou outra qualquer publicação com edição regular dedicada à crítica e divulgação musical era, ao que julgo saber, praticamente inexistente ( a excepção terá sido a “Gazeta Musical” editada em 1951 pelo Fernando Lopes Graça) ou de divulgação muito reduzida. A crítica e análise musical circunscrevia-se pois a artigos esporádicos na imprensa escrita.

Mesmo revistas como a “Vértice”, com publicação iniciada em 1942, que reclamava ser uma «revista de cultura e arte» só a espaços aparecia algum texto sobre a actualidade musical, normalmente em artigo assinado por Fernando Lopes Graça.

Daí a satisfação, como encontrar um oásis no deserto, de descobrir um artigo de Jazz no Nº 267 da revista “Vértice” de Dezembro de 1965. O artigo intitulado “Tentativa de um diálogo impossível com Ornette Coleman” resulta de uma entrevista feita por Júlio C. Acerete a Ornette Coleman (1930-2015) de passagem por Barcelona.

Começa o artigo por afirmar:

“Ornette Coleman é o homem do jazz atonal. O homem que levou esta música às suas últimas experiências, ou que , pelo menos, parece ser o músico mais característico do que é hoje o jazz de vanguarda. Os críticos sentem-se desconcertados perante as suas audácias e as opiniões dividem-se de forma maniqueista tanto a favor como contra. Um disco seu, intitulado «FREE JAZZ», levantou as mais desencontradas polémicas. Porém, não é só isto que nele há de excepcional, pois existem outros pormenores, tais como a originalidade do facto de utilizar um saxofone de plástico, além de não ter quaisquer dúvidas em empregar também, com o maior à-vontade, instrumentos tão dispares como a trompete e o violino.”

E continuava num tom mais crítico

“Afectação, sinceridade e talento musical combinam-se numa estranha amálgama que explica bastante bem, a meu ver, o desconcerto de certos sectores da critica perante as «genialidades» deste músico, sem dúvida fora de série, mas discutível sob todas as perspectivas musicais.”

Quanto à entrevista esta é, como o reconhece o entrevistador, desconcertante com Ornette Coleman a não dar as respostas que ele concerteza gostaria de ouvir, por exemplo:

“— Que pensa pessoalmente da música atonal?
— Nada. Não creio que haja géneros musicais. Há bons músicos e maus músicos. Mais nada.
— A atonalidade e a improvisação, qualidades inerentes à sua música e ao jazz, respectivamente, parecem, sob uma base teórica, rechaçarem-se mutuamente. Acha que é assim?
— Não. Só é impossível o que nunca foi tentado.
— Crê que a sua música está de algum modo enraizada nos princípios do folclore afro-americano?
— Toda a música é folclore.
— Que razões teve para adoptar um instrumento de plástico? Espectacularidade? Questões técnicas? Factores psicológicos?
— Não, não... simples razões de economia. Os instrumentos de plástico são mais baratos.”

E ainda:

“— Pode dar-me a sua opinião sobre colaboradores seus de outros tempos, como, por exemplo, Don Cherry (trompete)...
— Excelente.
— Freddy Hubbard (trompete)...
— Excelente.
— Eric Dolphy (clarinete)...
— Excelente...
— Scott La Faro (contrabaixo)...
— Óptimo.
— Ed Blackwel (bateria)...
— Excelente.
A loquacidade de Ornette é desconcertante, como posso comprovar uma vez mais. Mas insisto, pois é meu dever:
— Qual é a sua opinião sobre Miles Davis?
— Excelente.
— E sobre John Coltrane?
— Excelente...
— E sobre Charlie Mingus?
— Excelente.”

Desistindo da entrevista acaba o artigo acusando-o de “complexo racial” e que “…é evidente que Ornette Coleman não possui uma grande inteligência, e não creio tão pouco que seja o pioneiro do jazz atonal, apesar de ser negro e de ser pródigo em emitir notas tritonais com um som áspero e sujo. É simplesmente um músico com uma grande imaginação intuitiva, que descobriu a oportunidade de ludibriar os brancos.”

Tudo isto fica de pretexto para recuarmos a 1958 e à primeira gravação de Ornette Coleman, o álbum “Something Else!!!!”.
Para ouvir “Invisible”, o tema de abertura.
Excelente!
Ornette Coleman para ouvir sempre!


Ornette Coleman - Invisible

Vida Mundial Nº 1563 de 23 de Maio de 1969

É à revista Vida Mundial de 23 de Maio de 1969,  que vamos buscar este pequeno artigo inserido na rubrica "O Tempo do Leitor".


Com diversas pequenas secções "O Tempo do Leitor" destacava, na secção "Discos", 2 LP: "Bookends" de Simon and Garfunkel, "Prémio Grammy para o melhor disco de 1968" e "Poesia Portuguesa de Hoje e de Sempre" de Luís Cília, podia-se ler:
"Luís Cília canta poemas de José Saramago, Orlanso Costa, José Gomes Ferreira, João Apolinário, Almeida Garrett, Filinto Elísio e Camões. A Luís Cília chamaram a voz da verdade. Assim é! Luís Cília é também o autor da música «O Salto». Nada tem que ver com os «calvários» e as «madalenas»."





Não se podia dizer muito, mas lá se ia conseguindo dizer alguma coisa, o disco era classificado com 4 estrelas, o máximo atribuído ou seja "Muito Bom".

Luís Cilia - Dia Não

Continuemos mais alguns dias no ano de 1967, mas agora viremo-nos para a música popular portuguesa e ver (ouvir) o que de mais interessante por cá se fazia.
Por cá ou por lá, pois alguma da melhor música que então se produzia era feita por quem cá não podia viver e lá fora cantava o protesto que cá não podia fazer.
Estou a lembrar Luís Cília cantor dito de intervenção que então estava exilado em França.

Do pouco lembrado Luís Cília já aqui fiz eco com "Cântico de um mundo novo" e "D. Sancho", mas nunca é de mais voltar a Luís Cília, do melhor e mais ignorado que tivemos desde os anos 60. A discografia desta década é por cá praticamente desconhecida pois os discos originais só foram editados em França e Espanha. Recuamos então a 1967 ano da gravação do primeiro da trilogia: " La Poésie Portugaise de Nos Jours et de Toujours". Neste álbum Luís Cília canta José Saramago, Orlando Costa, José Gomes Ferreira, João Apolinário, Almeida Garrett, Filinto Elísio e Camões. Deste disco resgato primeiro o tema “Epigrama” interpretado num encontro com emigrantes portugueses em França em 1966.




A revista “Vida Mundial” (Excelente à época!) noticiava, a 23 de Maio de 1969, num pequeno texto, a edição deste disco e dizia: “A Luís Cília chamaram a voz da verdade. Assim é! Luís Cília é também o autor da música de «O Salto». Nada tem a ver com os «calvários» e as «madalenas».”

Ora bem! Assim é que é. E tinha 4 estrelas, o máximo atribuído, ou seja, muito bom.
Para ouvir segue “Dia não”, o poema é de José Saramago, quanto mais se ouve mais se gosta.


Luís Cília - Dia não

quarta-feira, 10 de junho de 2015

The Beatles - Sgt. Pepper´s Lonely Hearts Club Band

Os 10 melhores álbuns de 1967 segundo o programa de rádio "Em Órbita"


E chegamos ao melhor álbum de 1967 de acordo com o programa de rádio "Em Órbita" e de quase todo o mundo, The Beatles e um dos melhores registos por eles criado, "Sgt Pepper's Lonely Hearts Club Band".


Um álbum de que, curiosamente, "Em Órbita" não retira nenhuma canção para as 30 melhores do ano, era, no entanto,o melhor do ano! "Sgt Pepper's Lonely Hearts Club Band", a elevação da música Pop a um nível superior, um marco na história da música popular.

"Em 1º lugar da lista a obra máxima de 67, 80 pontos para «Sgt Pepper's Lonely Hearts Club Band»."

Para recordar a faixa de abertura, precisamente "Sgt Pepper's Lonely Hearts Club Band".



The Beatles - Sgt. Pepper´s Lonely Hearts Club Band

terça-feira, 9 de junho de 2015

Simon and Garfunkel - Parsley, Sage, Rosemery and Thyme

Os 10 melhores álbuns de 1967 segundo o programa de rádio "Em Órbita"


O álbum é de finais de 1966, mas o "Em Órbita" vai classificá-lo nas listas de 1967 e vai directo para o 2º lugar, era a 3ª obra de Simon and Garfunkel e dava pelo nome de "Parsley, Sage, Rosemery and Thyme". Era mais uma obra prima do duo que nos encantou nos anos 60.




"O 2º lugar dos 10 melhores álbuns de 67, segundo 'Em Órbita', foi para a dupla Simon and Garfunkel. «Parsley, Sage, Rosemary and Thyme» é o triunfo de um poeta de antologia que se chama Paul Simon. É também um dos mais maravilhosos discos que aqui se têm transmitidos. 69 pontos para o álbum «Parsley, Sage, Rosemary and Thyme»."

A escolha fica no tema de abertura "Scarborough Fair/Canticle". "Scarborough Fair" é um tradicional que Paul Simon aprendeu em Inglaterra no ano anterior, em contraponto aparece "Canticle" a partir de uma canção de Paul Simon de 1963.


Simon and Garfunkel - Scarborough Fair/Canticle

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Peter, Paul and Mary - 1700

Os 10 melhores álbuns de 1967 segundo o programa de rádio "Em Órbita"

A melhor expressão da música folk da década de 60 era assegurada por um trio impar na cena musical de então, Peter, Paul and Mary. Já aqui referenciados por diversas vezes é sempre com enorme prazer que a eles se volta. Desta vez a propósito dos melhores álbuns do ano de 1967, de acordo com o programa de rádio "Em Órbita", "Album 1700", o 7º na discografia do trio ia obter o 3º lugar (a par com o álbum inicial de Janis Ian). Um disco memorável a que é necessário o retorno regular, diria indispensável em qualquer coleção básica de discos.



"O 3º lugar ex aequo com Peter, Paul and Mary e Janis Ian,...
Peter, Paul and Mary continuaram a ser em 1967 o expoente mais alto da música popular de expressão folclórica. «1700» é o nome de um álbum que é a síntese do que de melhor têm feito até aqui Peter, Paul and Mary. 3º lugar também com 47 pontos para o álbum «1700»."

Qualquer faixa servia para ilustrar este excelente álbum, não resisto, no entanto, ao popular "Leaving On A Jet Plane".



Peter, Paul and Mary - Leaving On A Jet Plane

domingo, 7 de junho de 2015

Patti Smith - Free Money

Tinha pensado ir ver a Patti Smith, afinal não fui.
Quando, há alguns meses foi anunciada a vinda de Patti Smith ao "Primavera Sound" logo pensei que era desta que ia a este interessante festival. Eu que não sou muito dado a este tipo de festivais.

Patti Smith e o histórico álbum de estreia "Horses" eram motivo de sobra para me seduzir. No entanto o entusiasmo foi diminuindo, pese os nomes que iam sendo revelados, alguns deles para o mesmo dia da Patti Smith: Antony and the Jonhsons (depois de ter visto em Coimbra, no Jardim da Sereia, a acompanhar Lou Reed, na Casa da Música e no Coliseu, será que este tipo de espaço é para ele?), Belle & Sebastian e Giant Sand eram as principais atrações.

Esta história de haver vários palcos em simultâneo num espaço relativamente curto não interfere uns com os outros?  Mais, os horários anunciados para os citados ia levar a sobreposição, ou seja, às 19h tinha de deixar de ouvir Giant Sand para ir ouvir a Patti Smith, depois da meia-noite provavelmente Belle & Sebastian ainda estão a actuar quando noutro palco subirem Antony and the Johnsons.

O jornal Público de hoje confirma algumas das minhas suspeitas, dizia em relação a Antony:

"Resultado: um espectáculo com demasiado ruído de fundo. Num recinto onde os estímulos à volta são muitos já se sabia que seria muito difícil manter a atenção de todos, mas fica o sabor da frustração, porque ficou a ideia que teria sido um acontecimento especial se o silêncio tivesse reinado do início ao fim."

Quanto às sobreposições, "Não era um dia de escolhas fáceis, existindo muitas sobreposições de concertos a que apetecia assistir."

Conclusão: (Já) não sou para este tipo de festivais, será da idade?



Agora, vou lavar o velhinho LP "Horses" e de seguida ouvi-lo sem nenhuma perturbação. Para abrir o apetite aqui fica "Free Money".



Patti Smith - Free Money

Janis Ian - Janis

Os 10 melhores álbuns de 1967 segundo o programa de rádio "Em Órbita"

Somente com 16 anos Janis Ian via ombrear o 3º lugar nos melhores álbuns de 1967 com os Peter, Paul and Mary.



"O 3º lugar ex aequo com Peter, Paul and Mary e Janis Ian, nascida na década de 50 para espanto da década de 60. 47 pontos para o álbum «Janis»."

O tema escolhido é "Society's Child", escrito por Janis Ian aos 15 anos sobre os problemas inter raciais nos jovens. Janis Ian mantem-se ainda no activo. Uma pequena maravilha de uma grande cantora.



Janis Ian - Society's Child

sábado, 6 de junho de 2015

Jefferson Airplane - Surrealistic Pillow

Os 10 melhores álbuns de 1967 segundo o programa de rádio "Em Órbita"


Na contagem decrescente na lista dos melhores álbuns de 1967 para o programa de rádio "Em Órbita" chegamos ao 5º lugar. Lugar ocupado pelos Jefferson Airplane, o conjunto revelação para o "Em Órbita", e o seu 2º álbum, "Surrealistic Pillow".




"5ª posição com 45 pontos para um grupo extraordinariamente proeminente. Um álbum plenamente demonstrativo: «Surrealistic Pillow» dos Jefferson Airplane de Marty Balin."
de Marty Balin, de Jorma Kaukanen, de Paul Kantner, de Jack Casady e claro Grace Slick!

Recordamos "Surrealistic Pillow" com o tema mais forte do álbum, "White Rabbit", tema escrito por Grace Slick antes do ingresso nos Jefferson Airplane.



Jefferson Airplane - White Rabbit

sexta-feira, 5 de junho de 2015

The Byrds - Younger Than Yesterday

Os 10 melhores álbuns de 1967 segundo o programa de rádio "Em Órbita"

The Byrds publicam em 1967 o seu 4º álbum de nome "Younger Than Yesterday" e continuavam a encantar com a originalidade dos seu Folk-Rock.
The Byrds aqui ainda formados por Roger McGuinn, David Crosby, Michael Clarke e Chris Hillman (já sem Gene Clark).



"A sexta posição foi para os norte-americanos Byrds que realizaram com «Younger Than Yesterday» um conjunto quase perfeito de temas, melodias, arranjos e interpretações. 43 pontos para este álbum."

A faixa de início era "So You Want To Be A Rock'n'Roll Star", uma paródia à formação, produto de uma série de TV, do grupo Pop The Monkees e é a que fica para recordação.


The Byrds - So You Want To Be A Rock'n'Roll Star

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Procol Harum - Procol Harum

Os 10 melhores álbuns de 1967 segundo o programa de rádio "Em Órbita"


O 7º lugar era ocupado pelos álbuns de estreia de 2 excelentes grupos, dos Cream e o homónimo LP dos Procol Harum. Num ano em que quase todos eram conotados com o Pop ou Rock Psicadélico, os Procol Harum foram mais uns. É no entanto redentora esta classificação, pois as suas influências iam do Blues à música Clássica e Barroca, criaram uma sonoridade inconfundível e foram percursores do Rock Sinfónico.


O ano de 1967 marca as primeiras gravações, primeiro o Single com o super êxito "A Whiter Shade Of Pale" e depois o álbum "Procol Harum".

"Em 7º, ex aequo com 22 pontos, dois álbuns, dois grupos importantíssimos no contexto da música popular inglesa contemporânea: os Cream do notável Eric Clapton e os Procol Harum, de Gary Brooker. Com 22 pontos «Fresh Cream» e «Procol Harum»."

Do primeiro álbum "Procol Harum" segue "She Wandered Through the Garden Fence".



Procol Harum - She Wandered Through the Garden Fence

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Cream - Fresh Cream

Os 10 melhores álbuns de 1967 segundo o programa de rádio "Em Órbita"


Saltamos do 8º para o 7º lugar onde o programa "Em Órbita" coloca dois álbuns com a mesma pontuação. Comecemos por "Fresh Cream" desse trio magnífico de nome Cream. Os Cream composto por três excelentes músicos, Ginger Baker - Bateria, Jack Bruce - Baixo e Eric Clapton - Guitarra editaram no final de 1966 o primeiro álbum, "Fresh Cream". Um álbum entre o Blues Rock e o Pop Psicadélico, um disco cheio de frescura que o programa "Em Órbita" classifica em 7º lugar.




"Em 7º, ex aequo com 22 pontos, dois álbuns, dois grupos importantíssimos no contexto da música popular inglesa contemporânea: os Cream do notável Eric Clapton e os Procol Harum, de Gary Brooker. Com 22 pontos «Fresh Cream» e «Procol Harum»."

A escolha vai para "I Feel Free" que em álbum só apareceu na edição americana.



Cream - I Feel Free

terça-feira, 2 de junho de 2015

Joan Baez - Joan

Os 10 melhores álbuns de 1967 segundo o programa de rádio "Em Órbita"

Surgida no início da década, ocupava em 1967, a par com Bob Dylan, um lugar cimeiro na música popular oriunda dos EUA, era um dos seus nomes maiores, era Joan Baez.
Em discos de estúdio era o 6º álbum aquele que Joan Baez editava em 1967 e dava simplesmente pelo nome "Joan".




"Em 9º, com 19 pontos, um álbum de uma intérprete e autora excepcional: Joan Baez, «Joan»."

Um álbum com interpretações de canções, entre outras, para além da própria, de Donovan, Tim Hardin e Paul Simon.
A escolha vai para a faixa de abertura, uma bela canção de Donovan de nome "Be Not Too Hard".



Joan Baez - Be Not Too Hard

segunda-feira, 1 de junho de 2015

The Doors - Strange Days

Os 10 melhores álbuns de 1967 segundo o programa de rádio "Em Órbita"

Se por cá ainda dominava o Single e o EP, a música anglo-saxónica começava a impor os cerca de 40 minutos do LP como obra a ser admirada e consumida por uma juventude mais esclarecida e mais exigente.
O programa "Em Órbita" atento a esta realidade nas suas classificações de melhores do ano vai identificar os 10 melhores álbuns do ano de 1967 e são estes discos que vamos agora recuperar.
Começando pelo 10º lugar temos o grupo californiano The Doors que no ano de 1967 nos presenteiam com os 2 primeiros LP, é o 2º LP "Strange Days" que "Em Órbita" classifica.



"Totalizando 14 pontos «Strange Days» dos Doors classificou-se em 10º lugar nos 10 melhores álbuns de 1967. Um grupo de expressão fundamental no panorama de música popular americana de hoje."

The Doors a merecerem, um dia, uma passagem mais cuidada dada a importância que acabaram por ocupar na música popular dos anos 60 e 70 do século passado. Para já ficamos com o tema longo do LP, "When The Music's Over".



The Doors - When The Music's Over