A revista "Vida Mundial" e a música popular
Louis Armstrong faleceu a 6 de Julho de 1971. A 16 de Julho do mesmo ano, no nº 1675 da revista "Vida Mundial", tinha direito a capa e a desenvolvido artigo (3 páginas) assinado por Fernando Dil.
O Jazz é uma música que não se define e Louis Armstrong sabia-o bem ao dizer que o Jazz "É a maneira como eu acho que se deve tocar uma melodia."
Sob o título "Armstrong: A Linguagem" a "Vida Mundial" dava a conhecer a figura de Louis Armstrong, um virtuoso do trompete, cuja história se confunde com a do próprio Jazz. «Satchmo» (satchel-mouth - boca em forma de saco), como era conhecido, foi um mestre do trompete. A sua paixão pelo trompete era assim relatada:
"Com esse instrumento Louis manteve um duelo carinhoso por toda a vida. «Nenhuma mulher - disse certa vez sua mãe - foi ou será tão importante para ele como a trompeta.»"
Fernando Dil, parecia não apreciar particularmente, a fase final de Louis Armstrong que chegou a interpretar e gravar versões de canções de, por exemplo, The Beatles, "...Em Armstrong ficam melhores as imagens das docas de Nova Orleães, a lembrança de um grande lenço branco na mão esquerda, a enxugar o suor do rosto largo; os seus gemidos sensuais e nostálgicos, a boca eternamente húmida, o seu sorriso empolgante e livre, a beleza da sua rude cultura e as quatro primeiras notas, lentas, de «Sleepy Time Down South»."
Miles Davis dele disse: "A partir do momento em que se sopra para um instrumento, sabemos que não se lhe pode tirar som nenhum que Louis não tenha já tirado" (em "Os Grandes Criadores de Jazz).
Com uma versão de 1941 recordamos "When It's Sleepy Time Down South".
Louis Armstrong - When It's Sleepy Time Down South
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