sábado, 17 de dezembro de 2016

The Rolling Stones - Love In Vain

Mais uma passagem para os sempre bem vindos The Rolling Stones.
Esclareçamos, The Rolling Stones nunca estiveram no topo das nossas preferências. E cada vez menos, ou melhor, o nosso interesse é inversamente proporcional à sua longevidade. Longevidade essa, que se por um lado é de admirar, por outro é de desconfiar. Vamos lá ver, há quantos anos (décadas?) é que não fazem um álbum a colocar entre os melhores? Não serei tão radical quanto um artigo surgido em 1972 no jornal “a memória do elefante” que punha de rastos The Rolling Stones pós “Beggar’s Banquet” (1968) parodiando num dos títulos:
 “Rolling Stones: ritmo «porreiro», voz «bestial» e depois aquele som todo pá um gajo não resiste percebes!”
 e assim os descrevia:
 “DEFINIÇÃO ACTUAL – Stones: a podridão hipócrita de um condicionalismo acústico de feira, chinfrim paranóico que afinal não passa de uma nova forma de marcha bélica, desportiva, musicata de romaria, etc., destinada (pois esta expressão «musical» tem um OBJECTIVO!) a polarizar o psiquismo de massas incultas (ou anti-cultas).”

 ou ainda,
 “Caro leitor: se julga que «Wild Horses» é a suprema beleza experimente Cohen; se quer à força música para dar saltos de raiva existencial, ouça os Doors. Com os Stones perde (pelo menos!) tempo. E tem muita sorte de não perder ainda outras coisas mais importantes. Stones: para escatófagos.”




Concedemos-lhes, no entanto, o benefício da dúvida até, pelo menos, 1971 e o álbum “Sticky Fingers” (precisamente o de “Wild Horses”, ui! e a magnífica capa de Andy Warhol). A escolha de hoje vai para “Love in Vain”, de 1969, claramente dentro da janela de validade dos The Rolling Stones.
“Love in Vain” pertencia ao muito bom álbum “Let It Bleed” com que The Rolling Stones fechavam a década, uma década que não repetiriam.



Rolling Stones - Love In Vain

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