quinta-feira, 4 de julho de 2019

Tonicha - Poema da Auto Estrada

Regresso à música popular portuguesa dos primeiros anos da década de 70 para recordar algumas canções praticamente esquecidas.
Opções muito variadas, começo com a Tonicha.

Entre o popularucho de “Zumba na caneca”, passando pela bem conhecida canção “Menina” vencedora do Festival da Canção de 1971, até à colaboração nessa quase esquecida obra da música popular portuguesa que foi o LP “Fala do Homem Nascido”, decorria o ano de 1972, deparamo-nos com a Tonicha.
Como é fácil constatar, evidenciou ao longo da carreira diversas matizes musicais, mas, infelizmente, ficou sempre associada a músicas menores, muitas vezes próximo do nacional - cançonetismo e fica a pena de não ter sido mais atrevida noutras abordagens explorando as potencialidades vocais que possuía (fica também a tentativa de uma abordagem mais Pop com a colaboração do Quarteto 1111 no final dos anos 60, ou ainda em 1972 a interpretação de músicas de Patxi Andion).

Exemplo duma faceta pouco cultivada é a versão de “Oh Pastor que choras”, renomeada somente “Pastor”, e já aqui abordada no original do José Almada.


  


Mas melhor ainda está na participação no projecto colectivo que deu voz à poesia de António Gedeão no referido “Fala do Homem Nascido”. Recorda-se aqui “Poema da auto-estrada” na voz da Tonicha

Afirma a "Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX":
”Enquanto intérprete saliente-se a capacidade de adaptação a vários estilos musicais, além de uma clareza e cuidado na interpretação do texto”. Ou seja do melhor ao pior, ou como se poderia ter ganho uma bela cantora.




Tonicha - Poema da Auto Estrada

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