domingo, 7 de julho de 2019

Tino Flores - Viva a Liberdade

Em 1973 encontrava-me em Coimbra na Faculdade de Ciências e as evidências de
perseguição e censura eram bem maiores do que na minha terra natal, Ovar. De facto no nosso país não só na política mas em todas as áreas de actividade, o cinema e a música não eram excepção, a repressão fazia-se sentir.
Muitos filmes eram censurados com cortes ou então simplesmente por cá não passavam. Foi, por exemplo, o caso de “O Couraçado de Potenkim” do cineasta Serguei Einsenstein, o qual tive oportunidade de ver em sessões clandestinas organizadas, em Coimbra, pelo José Lamego (ex-deputado do PS, então militante do MRPP).
Na música são múltiplos os exemplos que se podem dar da censura praticada a múltiplos músicos proibidos de exercer a sua actividade de forma totalmente livre. Mas, genericamente, lá se ia conseguindo ouvir, entre outros, José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Sérgio Godinho ou José Mário Branco; Tino Flores era de todo impossível de ouvir na rádio.






Os EP “Viva a Revolução” (1971) (encontrava-se a 50€ na internet), “Organizado o Povo é Invencível” (1972) e "O Povo em Armas Esmagará a Burguesia" circulavam secretamente, em Coimbra, de mão em mão. Tudo isto foi há mais de 45 anos. Para recordação aqui vai, de 1973, “Viva a Liberdade” que consegui recuperar algures na net.




Tino Flores - Viva a Liberdade

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