quarta-feira, 17 de julho de 2019

Quincy Jones - Bridge Over Troubled Water

DISCO MÚSICA & MODA, nº 2 de Fevereiro de 1971


No livro "Os Grandes Criadores de Jazz" o nome de Quincy Jones é por várias vezes referido: como orquestrador de Frank Sinatra no texto "Dos Crooners aos virtuosos" e de Aretha Franklin em "As vozes sagradas", no texto "Do funk ao rap" a certa altura ele é mencionado a propósito dos sucessos mundiais de Michael Jackson "Off The Wall" e "Thriller" que "...popularizam o funk sob uma forma muito sofisticada pelas orquestrações nervosas e coloridas de Quincy Jones, verdadeiro demiurgo de um jazz-funk que ele prefigurou dez anos mais cedo."
É ainda referido no texto sobre Toots Thielemans quando este "...começa a colaborar com Quincy Jones, de quem se torna o solista favorito...", e em "Big bands bop...", onde ficamos a saber que "sob a direcção musical de Quincy Jones" a orquestra de Dizzy Gillespie efectuou digressão em 1956, 1957 ao Médio Oriente e América do Sul. Finalmente na caixa no final do texto ""Quando se compõe, tudo se arranja..." Quincy Jones é indicado como um dos grandes «criadores» como produtor e é a seguinte a descrição:
"Quincy Jones (1933), trompetista, é, seguramente, o mais mais célebre dos arranjadores e dos produtores provenientes do Jazz. Começou nas big bands de Hampton e de Gillespie, antes de se instalar em Paris no final dos anos 50. Aluno de Nadia Boulanger, arranjador principal da Barclay, orquestrou o primeiro disco dos «Double Six» de Mimi Perrin (1959). Director musical dos discos Mercury, escreveu para Sarah Vaughan, Billy Eckstine, Sinatra, Basie, Ray Charles. Amigo íntimo deste último, desliza progressivamente, tal como ele, do jazz para a soul music: o seu nome torna-se uma garantia de sucesso nas capas dos discos, logo abaixo dos de Roberta Flack, Aretha Franklin, Al Jarreau e, sobretudo de Michael Jackson, de quem se torna mentor. O seu nome depressa simboliza essa revolução tranquila que muda profundamente o destino da música popular: a electrónica submete o acústico, o estúdio adquire primazia sobre a orquestra e o trabalho do arranjador confunde-se cada vez mais com o do produtor - confusão que faz aliás toda a originalidade dos seus próprios álbuns, obras de gastrónomo amorosamente preparadas à base de ingredientes que vão do gospel mais puro às «violinadas» mais ornamentadas..."


Agora sim o artigo que vinha no nº 2 do jornal "DISCO MÚSICA & MODA" em Fevereiro de 1971, na página dedicada ao Jazz, "Para Quincy Jones o Jazz é um estilo de vida"






À data, o álbum mais recente de Quincy Jones era "Gula Matari", do ano anterior, que começava com esta versão de "Bridge Over Troubled Water".




Quincy Jones - Bridge Over Troubled Water

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