segunda-feira, 1 de abril de 2019

Paulo de Carvalho – Ana

Em 1971 Paulo de Carvalho atravessava um dos períodos mais interessantes da sua carreira.
Tinha abandonado os Sheiks em 1968, seguiram-se as experiências com os grupos de Pop-Rock Banda 4 e Fluido, depois foi o início da carreira a solo e as respectivas primeiras gravações. Começa com "Corre Nina" com a qual concorreu ao Festival RTP da Canção em 1970, seguindo-se, ainda no mesmo ano, as "Canções de Manolo Diaz". Em 1971 nova participação no Festival RTP da Canção, desta vez com "Flor Sem Tempo", o ano que não termina sem a gravação do 1º LP "Eu, Paulo de Carvalho". Aliás foram publicados dois LP, o referido pela Movieplay e "Paulo de Carvalho" pela Polydor (este publicado julgo que à revelia do autor, gravações do tempo dos Fluido e ainda duas versões instrumentais dos Sindicato).

Quanto a "Eu, Paulo de Carvalho", gravado entre Madrid e Lisboa, conta com 10 canções e é totalmente cantado em inglês ou seja a apostar na internacionalização de Paulo de Carvalho o que de facto nunca verdadeiramente aconteceu.

No texto da contracapa, escrito pelo José Nuno Martins, intitulado "O Meu (Desinteressado) Entusiasmo", lia-se:
"Agora que o disco já é seu, sempre lhe digo que você é pessoa de bom gosto musical.
A aposta que acaba de fazer, ao decidir-se, logo após tão breve audição, por um disco de Paulo de Carvalho, é bastante significativa: representa o crédito que este nome - e esta equipa - lhe merecem.
À sua frente tem agora muito tempo, quer para compreender a razão do meu (desinteressado) entusiasmo, quer para confirmar, em melhores condições, o êxito da tal aposta...
Parece-me que este trabalho de longa duração é sobretudo a imagem da maturidade interpretativa atingida por um artista perfeitamente actualizado e alinhado com os mais consagrados padrões da canção internacional.
(E o confronto ainda nos é, por enquanto, inevitável, mas isto há-de passar...).
Para quem não o conheça (?!) esta é, efectivamente, a melhor maneira de apresentar Paulo de Carvalho: hábil, seguro, imaginativo ou vigoroso, mas mas sempre personalizado e já ele próprio em cada um dos dez temas do «long playing».
O ecletismo do álbum, resulta, afinal, da versatilidade do Paulo: é portanto, muito agradável que o disco seja verdadeiro.
Tão verdadeiro que dá conta da mais recente da nmais recente trajectória do intérprete (-músico), entre «Walk on the grass» e «It's been a lon time»...
Tão verdadeiro que além de consagrar Paulo de Carvalho, consegue, inclusivamente, confirmar valores individuais na equipa que construiu «EU, PAULO DE CARVALHO».

P. S. - Este disco é mesmo (positivo!)"





Também editada em Single segue "Ana".




Paulo de Carvalho – Ana

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