Tendo sido aluno de História de José Afonso, dele recebe influências na interpretação de baladas (de Coimbra), passa pelo programa televisivo "Zip-Zp" e vê o seu primeiro EP proibido pela PIDE.
Francisco Naia não é novo neste blogue, "Barco Novo" e "Amigo João", respectivamente do 1º EP (1969) e 2º EP (1970) podem ser ouvidos neste Regresso ao Passado.
Recordê-mo-lo mais um pouco nas palavras recolhidas de "Canto de Intervenção 1960-1974":
"Nos últimos anos do Estado Novo recorda-se dos inúmeros espectáculos realizados de parceria com José Afonso, Adriano, Fanhais, Manuel Freire, José Jorge Letria, António Pedro Braga, Vieira da Silva, Mário Viegas ou José Fanha.
Recorda os inúmeros recitais organizados por pessoas que, na sombra, tanto nas associações culturais e recreativas, como nas universidades, no «Técnico» nomeadamente, quase sempre ligadas ao Partido Comunista, ou a outros grupos políticos de esquerda, tiveram grande importância para esta frente de luta contra o fascismo. Recorda a divulgação dos grandes poetas pelos cantores de intervenção, e diz ter influências do José Afonso, do Adriano e do Luís Cília,de quem refere a importância e o papel decisivo que este compositor teve para a música de intervenção, injustamente esquecido."
O ano de 1971 trás mais 1 EP com 4 composições originais desta vez com a orquestração de Pedro Osório.
Este 3º EP intitulado "Canto Suão" era composto pelas seguintes quatro canções: "Por Trinta Dinheiros", "Lá em Casa Somos Três", "Oh Moças Façam Arquinho" e ""Quem Bate à Porta", todas de sua autoria.
Para ouvir fica "Por Trinta Dinheiros"
Francisco Naia - Por Trinta Dinheiros
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