segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Rick Wakeman - Catherine of Aragon

O acesso às novidades musicais é hoje praticamente instantâneo, regra geral não está mais que à distância de um click. No café lê-se no Expresso as mais recentes publicações, fica-se com curiosidade, chega-se a casa e descarrega-se em MP3, ou melhor em FLAC/WAV, e logo se desfruta de um novo disco de um novo artista (ou mais rápido ainda lê-se os jornais no Tablet e faz-se de imediato o download, ou melhor ainda ouve-se on-line sem necessidade de download). Na pior das hipóteses, ele está no Youtube. Assim se conhece Sílvia Perez Cruz, Dom La Nena, Valerie June, Connan Mockasin, Bill Callahan, Yodelice, Angel Olsen, The Phanton Band, The Breeders, Arca, Sleaford Mods, Kevin Morby, British Sea Power e muitos, muitos outros.


Claro que nem sempre foi assim. Em Portugal, em particular, a divulgação da música popular anglo-americana, o Rock’n’Roll e a Pop, só se iniciou de uma forma consistente com o programa “Em Órbita” em 1965 no então Rádio Clube Português (RCP) em FM. Numa altura em que a rádio era dominada pela chamada música ligeira, o “Em Órbita” foi o responsável pela passagem do melhor que lá fora então se produzia, dos The Beatles aos The Doors, de Bob Dylan a Donovan. Diz-se que muitos dos discos que passavam, com relativo pouco atraso em relação à edição em Inglaterrra ou Estados Unidos se devia à colaboração da tripulação da TAP nos voos internacionais. Mas o mais comum era a não divulgação atempada, ou mesmo a não divulgação, pela generalidade dos programas de rádio, da nova música que ajudou a mudar o mundo. A situação foi progressivamente melhorando ao longo das décadas de 60 e 70, mas mesmo assim era normal muitos dos discos só chegarem cá longos meses após as edições originais ou simplesmente não chegarem. Não me recordo, de todo, de ver os álbuns de alguns grupos da Costa Oeste: Grateful Dead, Jefferson Airplane ou Love chegarem às nossas discotecas ou ainda, por exemplo, a discografia dos britânicos Pentangle (1968-1973). Lembro-me de procurar os primeiros álbuns dos Ten Years After (até 1969) e de não os encontrar, o mesmo para os Blodwyn Pig.
Em 1973, não esperei pela edição portuguesa (até então eram diminutas as edições nacionais, só importação) e a ida a Inglaterra de uma amiga permitiu-me ter, atempadamente, a primeira gravação a solo de Rick Wakeman, então pianista do grupo de Rock progressivo Yes. Era o álbum “The Six Wives Of Henry VIII”.



Edição do Reino Unido de 1973 com a referência AMLH 64361




Segue Rick Wakeman e toda a panóplia de teclados (Mini-Moog, Mellotron, Piano, Orgão, Cravo, etc.) na interpretação da 1ª mulher de Henry VIII, "Catherine of Aragon":.




Rick Wakeman - Catherine of Aragon

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