terça-feira, 25 de setembro de 2018

Beatniks - Cristine Goes to Town

Em 1971 os Beatniks já tinham 6 anos de existência. A formação já não era a inicial e a sonoridade também tinha evoluído para ambientes mais progressivos, condizentes com as influências externas dominantes no início da década de 70. Num artigo com o título “a insistência fez os Beatniks” publicado no jornal “DISCO MÚSICA & MODA” de Junho de 1971 podia-se ler:
“Musicalmente os Beatniks evoluíram nestes seis anos paralelamente à música que lá fora se faz. Dentro duma linha progressiva vivendo de um baixo uma bateria e um solo o agrupamento tem, do ponto de vista instrumental, condições para criar e praticar um Pop progressivo nacional …” 

O ano de 1971 terá sido particularmente positivo para o grupo, a edição de um EP e a vitória no “Festival Pop-71 de Coimbra” assim o atestam. Neste festival para além de terem sido considerados o melhor conjunto, tiveram o melhor baterista, Mário Ceia, melhor letra, “Cristine Goes to Town” e melhor composição, novamente, “Cristine Goes to Town”.


https://www.discogs.com



Na contra-capa do EP lia-se:
“… O nome fica, mas o objectivo agora é diferente – a introdução da música progressiva em Portugal. João Ribeiro, 24 anos, viola-baixo, Mário João Ceia, 20 anos, bateria, Rui Silva, 19 anos, viola-solo e José Diogo, 21 anos, vocalista formam os «BEATNIKS». São pois eles que dão expressão à agressividade da sua música. O 1º Prémio no recente Festival de Coimbra, veio apenas confirmar o sucesso de todas as suas tentativas. A concretização das suas ideias é um facto.” 

Ainda em 1971 representam Portugal no Festival de Vigo com “Cristine Goes to Town”. Segue a dita  a confirmar a sonoridade Hard-Rock que praticavam, é também um testemunho de uma das primeiras gravações do género feitas em Portugal.




Beatnicks - Cristine Goes to Town

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