E vamos lá continuar com mais alguns temas da música popular portuguesa dos primeiros anos da década de 70
E o Quarteto 1111 já deu o que tinha a dar, mas a figura de José Cid vai continuar presente. É verdade!
E por mais algum tempo ainda vai manter alguma da chama que tinha animado o melhor Pop feito em Portugal.
E em 1971 vamos ter o José Cid pela primeira vez a solo com a edição de 1 LP e 2 EP.
E aparecem os primeiros “clichés”, não só vocais mas também na composição, a querer imitar descaradamente Elton John (por exemplo “Não Convém”). "Se Elton John tivesse nascido na Chamusca, não teria tido tanto êxito como eu." dizia José Cid in Pública, 2003 – fonte a Wikipédia.
E as fragilidades eram evidentes, mas mesmo assim ainda nos fazia sonhar que se mantivesses nos melhores caminhos, por exemplo, a escolha de hoje, “Olá Vampiro Bom”, encontra-se, ainda, entre o melhor que conheço de José Cid/Quarteto 1111.
E “O Dragão” também!
E “Dom Fulano” é insuportável!
E o resto do LP ouve-se.
E o José Cid toca todos os instrumentos.
E José Cid é dos músicos portugueses que mais tenho recordado!
E, vamos lá ouvir “Olá Vampiro Bom”.
José Cid - Olá Vampiro Bom
Para uns recordações, para outros descobertas. São notas passadas, musicais e não só...
domingo, 30 de setembro de 2018
sábado, 29 de setembro de 2018
Petrus Castrus - Marasmo
Em 1971 Portugal não foi imune ao domínio crescente do Rock Progressivo na cena internacional. E viu surgir um dos grupos mais interessantes, que é hoje referência do que de melhor, por cá, se fez naquela área.
Iniciadores do Rock Progressivo, em Portugal, os Petrus Castrus eram liderados pelos irmãos Pedro Castro e José Castro e dele fez parte o então desconhecido Júlio Pereira (“Fernandinho vai ao vinho” – 1976, Cavaquinho – 1981, etc, etc).
No ano de 1971 gravam o primeiro EP de nome “Marasmo” cujo tema título segue para audição.
O texto da contra-capa ditava assim:
“Era uma vez dois latinos irmãos, o Pedro e o José que desde pequenos gostavam de fazer música. Cresceram e quando já centuriões do Nostrum Impérium Musicales, resolveram gravar um acetatus. O Petrus trocou a lira pela viola, o José pôs a cítara de lado e virou-se para o piano.
Influenciados pelos Saxões Emerson Lake & Palmer, Moody Blues, Pink Floyd e Beatles eles começaram a fazer música cantada na nossa língua e tal como o Ícaro da mitologia, também querem voar, e cada vez mais alto. São o lançamento da nova era musical V. C. (Valentim de Carvalho) e serão ouvidos por muitas centúrias neste ano que começa.
O Rui no piano, o João na bateria e o Júlio na viola também deram uma ajuda.
Historiámos os Petrus Castrus.
Segundo Isidrus da Ulissipe
IV-XII-LXXI”
Gravaram ainda 2 álbuns, o prestigiadíssimo “Mestre” de 1973 e “Ascensão e Queda” em 1978.
Fica o álbum “Mestre” para próxima abordagem, para já escutemos do 1º EP o tema “Marasmo”.
Petrus Castrus - Marasmo
Iniciadores do Rock Progressivo, em Portugal, os Petrus Castrus eram liderados pelos irmãos Pedro Castro e José Castro e dele fez parte o então desconhecido Júlio Pereira (“Fernandinho vai ao vinho” – 1976, Cavaquinho – 1981, etc, etc).
No ano de 1971 gravam o primeiro EP de nome “Marasmo” cujo tema título segue para audição.
O texto da contra-capa ditava assim:
“Era uma vez dois latinos irmãos, o Pedro e o José que desde pequenos gostavam de fazer música. Cresceram e quando já centuriões do Nostrum Impérium Musicales, resolveram gravar um acetatus. O Petrus trocou a lira pela viola, o José pôs a cítara de lado e virou-se para o piano.
Influenciados pelos Saxões Emerson Lake & Palmer, Moody Blues, Pink Floyd e Beatles eles começaram a fazer música cantada na nossa língua e tal como o Ícaro da mitologia, também querem voar, e cada vez mais alto. São o lançamento da nova era musical V. C. (Valentim de Carvalho) e serão ouvidos por muitas centúrias neste ano que começa.
O Rui no piano, o João na bateria e o Júlio na viola também deram uma ajuda.
Historiámos os Petrus Castrus.
Segundo Isidrus da Ulissipe
IV-XII-LXXI”
Gravaram ainda 2 álbuns, o prestigiadíssimo “Mestre” de 1973 e “Ascensão e Queda” em 1978.
Fica o álbum “Mestre” para próxima abordagem, para já escutemos do 1º EP o tema “Marasmo”.
Petrus Castrus - Marasmo
sexta-feira, 28 de setembro de 2018
Heavy Band - Beggar Man
No início da década de 70, até ao 25 de Abril, as influências Hard-Rock dos Deep Purple, Black Sabbath, Uriah Heep, Atomic Rooster, etc, fizeram-se, por cá, sentir através de uma série de conjuntos a apresentarem uma qualidade técnica digna de nota, pese a sua música não passar, regra geral, de cópias mais ou menos evidentes daqueles grupos de êxito internacional.
Alguns exemplos: Objectivo, Psico, Pentágono, Heavy Band, Albatroz, Beatniks, Xarhanga, Kama-Sutra.
Desta vez recuperamos os Heavy Band, então formados por Fernando Girão, Filipe Mendes, Zé Nabo e João Heitor. Dos Heavy Band destaquemos Fernando Girão: brasileiro de nascença, tornou-se, por cá, conhecido em 1969 quando integrou os Turma 6 de Braga (quem se lembra? era então conhecido como o “Very Nice”), em 1970 passa para os Pentágono do Porto e em 1971 nova mudança, agora para os Heavy Band de Lisboa. Entre 1971 e 1973 tocam em Angola e Brasil. Em Angola gravam, em 1972, dois Singles dos quais escolho, do primeiro, o tema “Beggar Man”. As influências Hard-Rock são mais do que nítidas, mas o destaque vai direito para o vozeirão que Fernando Girão já evidenciava.
Um comentário na internet dizia “Beggar Man, Portugal, some things never change, do they?”.
Ok. Vamos lá ouvir “Beggar Man” (mesmo com uma qualidade sonora menor), eram os Heavy Band.
Ainda o texto da contra-capa do Single:
"Apresentação para quê?
Todos sabem tratar-se do NICE, XICO, BETO, ZE EDUARDO e do PHIL (Antigo Grupo 5).
Foram os precursores da música progressiva em Angola.
Ninguém pode negar-lhes isso !
Partiram.
No entanto não o quiseram fazer sem deixarem aos seus admiradores, algo que demonstra serem no momento presente, o melhor conjunto português, no género.
Neste Single você encontra provando a afirmação, dois trechos, compostos e gravados cá, para si !!!"
Heavy Band - Beggar Man
PS: A voz de Fernando Girão ficou famosa no anúncio dos 20 anos da Regisconta “AQUELA MÁQUINA!!!”
Alguns exemplos: Objectivo, Psico, Pentágono, Heavy Band, Albatroz, Beatniks, Xarhanga, Kama-Sutra.
Desta vez recuperamos os Heavy Band, então formados por Fernando Girão, Filipe Mendes, Zé Nabo e João Heitor. Dos Heavy Band destaquemos Fernando Girão: brasileiro de nascença, tornou-se, por cá, conhecido em 1969 quando integrou os Turma 6 de Braga (quem se lembra? era então conhecido como o “Very Nice”), em 1970 passa para os Pentágono do Porto e em 1971 nova mudança, agora para os Heavy Band de Lisboa. Entre 1971 e 1973 tocam em Angola e Brasil. Em Angola gravam, em 1972, dois Singles dos quais escolho, do primeiro, o tema “Beggar Man”. As influências Hard-Rock são mais do que nítidas, mas o destaque vai direito para o vozeirão que Fernando Girão já evidenciava.
https://www.discogs.com |
Um comentário na internet dizia “Beggar Man, Portugal, some things never change, do they?”.
Ok. Vamos lá ouvir “Beggar Man” (mesmo com uma qualidade sonora menor), eram os Heavy Band.
Ainda o texto da contra-capa do Single:
"Apresentação para quê?
Todos sabem tratar-se do NICE, XICO, BETO, ZE EDUARDO e do PHIL (Antigo Grupo 5).
Foram os precursores da música progressiva em Angola.
Ninguém pode negar-lhes isso !
Partiram.
No entanto não o quiseram fazer sem deixarem aos seus admiradores, algo que demonstra serem no momento presente, o melhor conjunto português, no género.
Neste Single você encontra provando a afirmação, dois trechos, compostos e gravados cá, para si !!!"
Heavy Band - Beggar Man
PS: A voz de Fernando Girão ficou famosa no anúncio dos 20 anos da Regisconta “AQUELA MÁQUINA!!!”
quinta-feira, 27 de setembro de 2018
Edmundo Falé - Big Brother Joe
Edmundo Falé é um cantor português nascido no Porto.
Nos anos 60 passou pelos conjuntos Ekos e Conjunto Mistério, tendo ainda em 1966 começado carreira a solo que se mantém ainda hoje. Possuidor de uma interessante voz acabou a animar casinos, hotéis e cruzeiros com um repertório marcado por recordações de êxitos antigos.
O ano que nos interessa é o de 1972, onde Edmundo Falé grava dois singles com a colaboração de José Cid (José Cid na fase “de tudo um pouco”: ele, o Quarteto 1111, os Green Windows, José Cheta, Frei Hermano da Câmara, Simone, Edmundo Falé, …) e arranjos e direcção musical do Quarteto 1111.
O primeiro Single tinha, no lado A, uma canção em inglês de nome “Big Brother Joe” e no lado B o tema “Primeiro Gesto”. O 2º Single repetia a dose, um tema em inglês “Born On The Riverside” e outro em português “Poema Verde do Espanto”. O mais interessante vai para “Big Brother Joe” a denunciar um caminho que a ser seguido nos deixaria outras recordações.
Na contra-capa Júlio Isidro assinava o seguinte texto:
"Vou falar-vos de Edmundo Falé.
Nem imaginam com que alegria me encarrego desta missão de escrever qualquer coisa para a contra-capa do 1º disco do Falé na casa Valentim de Carvalho.
Duas razões justificam o meu enorme gosto em falar do Falé""
1ª - Porque se trata de um amigo, daqueles com letra grande e desde quando «éramos pequeninos».
2ª - Porque se trata de um enorme intérprete de música popular, muito embora quase totalmente desconhecido do público.
Quais os motivos pelos quais, sendo o Edmundo Falé um cantor de possibilidades para além do comum, se tem mantido num mais que discreto anonimato?
Apenas porque ele é um brincalhão!
Vive a vida a sorrir, a brincar, comunicando a sua alegria e o seu senso de humor àqueles que com ele privam.
É despreocupado, talvez demasiado, para chamar a si a pesada responsabilidade de contribuir para o enriquecimento do nosso meio da canção tão falho de intérpretes de valor.
O Falé gosta muito de cantar.
Por ele e para o tal grupo de amigos nos quais eu gostosamente me incluo.
Mas o Falé tem a obrigação de se mostrar mais e de dar a conhecer as suas qualidades interpretativas de excepção.
Por tudo isso, ele aparece finalmente com um disco cujo êxito está de antemão assegurado. É ainda de referir a participação preciosa do Quarteto 1111 que harmonizam de forma perfeita as interpretações do Edmundo Falé.
Para terminar apenas uma linha especialmente dedicada ao intérprete.
«Meu caro se não reincides em gravar cortamos relações»!!
Escrevi com gosto"
Segue “Big Brother Joe” e a agradável voz de Edmundo Falé há 46 anos.
Edmundo Falé - Big Brother Joe
Nos anos 60 passou pelos conjuntos Ekos e Conjunto Mistério, tendo ainda em 1966 começado carreira a solo que se mantém ainda hoje. Possuidor de uma interessante voz acabou a animar casinos, hotéis e cruzeiros com um repertório marcado por recordações de êxitos antigos.
O ano que nos interessa é o de 1972, onde Edmundo Falé grava dois singles com a colaboração de José Cid (José Cid na fase “de tudo um pouco”: ele, o Quarteto 1111, os Green Windows, José Cheta, Frei Hermano da Câmara, Simone, Edmundo Falé, …) e arranjos e direcção musical do Quarteto 1111.
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O primeiro Single tinha, no lado A, uma canção em inglês de nome “Big Brother Joe” e no lado B o tema “Primeiro Gesto”. O 2º Single repetia a dose, um tema em inglês “Born On The Riverside” e outro em português “Poema Verde do Espanto”. O mais interessante vai para “Big Brother Joe” a denunciar um caminho que a ser seguido nos deixaria outras recordações.
Na contra-capa Júlio Isidro assinava o seguinte texto:
"Vou falar-vos de Edmundo Falé.
Nem imaginam com que alegria me encarrego desta missão de escrever qualquer coisa para a contra-capa do 1º disco do Falé na casa Valentim de Carvalho.
Duas razões justificam o meu enorme gosto em falar do Falé""
1ª - Porque se trata de um amigo, daqueles com letra grande e desde quando «éramos pequeninos».
2ª - Porque se trata de um enorme intérprete de música popular, muito embora quase totalmente desconhecido do público.
Quais os motivos pelos quais, sendo o Edmundo Falé um cantor de possibilidades para além do comum, se tem mantido num mais que discreto anonimato?
Apenas porque ele é um brincalhão!
Vive a vida a sorrir, a brincar, comunicando a sua alegria e o seu senso de humor àqueles que com ele privam.
É despreocupado, talvez demasiado, para chamar a si a pesada responsabilidade de contribuir para o enriquecimento do nosso meio da canção tão falho de intérpretes de valor.
O Falé gosta muito de cantar.
Por ele e para o tal grupo de amigos nos quais eu gostosamente me incluo.
Mas o Falé tem a obrigação de se mostrar mais e de dar a conhecer as suas qualidades interpretativas de excepção.
Por tudo isso, ele aparece finalmente com um disco cujo êxito está de antemão assegurado. É ainda de referir a participação preciosa do Quarteto 1111 que harmonizam de forma perfeita as interpretações do Edmundo Falé.
Para terminar apenas uma linha especialmente dedicada ao intérprete.
«Meu caro se não reincides em gravar cortamos relações»!!
Escrevi com gosto"
Segue “Big Brother Joe” e a agradável voz de Edmundo Falé há 46 anos.
Edmundo Falé - Big Brother Joe
quarta-feira, 26 de setembro de 2018
Sindicato - SINDIblues Swede CATO'S Shoes
O grupo Sindicato existiu de 1969 a 1971 e nele destacava-se o (agora) conhecido Jorge Palma.
Por lá passaram outros nomes de relevo do panorama musical português, a lembrar: Vitor Mamede (bateria), Edmundo Falé (Voz), Rui Cardoso e Rão Kyao nos metais.
As grandes influências do grupo eram os Blood, Sweat & Tears e os Chicago que no single “Smile” de 1971 são mais do que evidentes.
“«Sindicato» Nove Músicos à procura de um conjunto” era o título do artigo de duas páginas, saído no nº 6 de 15 de Abril de 1971 do jornal “DISCO MÚSICA & MODA”, onde Rui Cardoso afirmava: “Quanto a mim, interessa-me apenas o jazz e o jazz não é uma música que se venda, como diz o Jorge Palma. Quanto mais o seu nível sob, mais se vão reduzindo os auditórios mais rareiam os apreciadores”
No nº 13 de 1 de Agosto de 1971 do mesmo jornal na apresentação dos conjuntos portugueses que iriam estar presentes no Festival de Vilar de Mouros na semana seguinte dizia dos Sindicato: “Segundo as palavras de um dos elementos do grupo no campo artístico eles procuram o melhor que de bom se faz lá fora, Blood, Sweat ant Tears e Chicago. A meta para alguns dos membros do grupo será o jazz, mas como Jazz não é vendável…”
Quanto à participação dos Sindicato no Festival de Vilar de Mouros, ainda o jornal “DISCO MÚSICA & MODA” no seu nº 14 de 15 de Agosto de 1971 ao fazer o balanço do festival afirmava: “A primeira novidade fornecida pelo Sindicato foi a saída do Ricardo, o vocalista e a entrada de Edmundo Falé um veterano nestas andanças (e mudanças) dos conjuntos portugueses, que como vocalista, cantou reportório dos Blood, Sweat and Tears. Principais coordenadas da actuação do Sindicato foram o bom trabalho do baixo, e a superioridade instrumental do Jorge Palma no órgão e do Rão no sax-alto. O público, talvez porque ainda não totalmente integrado na música que se iria tocar, protestou várias vezes contra o muito tempo que demorou cada composição (o Sindicato tocou 3 composições em meia hora) e não correspondeu à boa música que foi tocada” .
Depois de já ter recordado “Smile”, agora é a vez do lado B do Single com o tema “SINDIblues Swede CATO'S Shoes” que, fiquem descansados, dura só 3 minutos, uma versão de “Blue Suede Shoes”, de Carl Perkins.
Sindicato - SINDIblues Swede CATO'S Shoes
“«Sindicato» Nove Músicos à procura de um conjunto” era o título do artigo de duas páginas, saído no nº 6 de 15 de Abril de 1971 do jornal “DISCO MÚSICA & MODA”, onde Rui Cardoso afirmava: “Quanto a mim, interessa-me apenas o jazz e o jazz não é uma música que se venda, como diz o Jorge Palma. Quanto mais o seu nível sob, mais se vão reduzindo os auditórios mais rareiam os apreciadores”
No nº 13 de 1 de Agosto de 1971 do mesmo jornal na apresentação dos conjuntos portugueses que iriam estar presentes no Festival de Vilar de Mouros na semana seguinte dizia dos Sindicato: “Segundo as palavras de um dos elementos do grupo no campo artístico eles procuram o melhor que de bom se faz lá fora, Blood, Sweat ant Tears e Chicago. A meta para alguns dos membros do grupo será o jazz, mas como Jazz não é vendável…”
Quanto à participação dos Sindicato no Festival de Vilar de Mouros, ainda o jornal “DISCO MÚSICA & MODA” no seu nº 14 de 15 de Agosto de 1971 ao fazer o balanço do festival afirmava: “A primeira novidade fornecida pelo Sindicato foi a saída do Ricardo, o vocalista e a entrada de Edmundo Falé um veterano nestas andanças (e mudanças) dos conjuntos portugueses, que como vocalista, cantou reportório dos Blood, Sweat and Tears. Principais coordenadas da actuação do Sindicato foram o bom trabalho do baixo, e a superioridade instrumental do Jorge Palma no órgão e do Rão no sax-alto. O público, talvez porque ainda não totalmente integrado na música que se iria tocar, protestou várias vezes contra o muito tempo que demorou cada composição (o Sindicato tocou 3 composições em meia hora) e não correspondeu à boa música que foi tocada” .
Depois de já ter recordado “Smile”, agora é a vez do lado B do Single com o tema “SINDIblues Swede CATO'S Shoes” que, fiquem descansados, dura só 3 minutos, uma versão de “Blue Suede Shoes”, de Carl Perkins.
Sindicato - SINDIblues Swede CATO'S Shoes
terça-feira, 25 de setembro de 2018
Beatniks - Cristine Goes to Town
Em 1971 os Beatniks já tinham 6 anos de existência. A formação já não era a inicial e a sonoridade também tinha evoluído para ambientes mais progressivos, condizentes com as influências externas dominantes no início da década de 70. Num artigo com o título “a insistência fez os Beatniks” publicado no jornal “DISCO MÚSICA & MODA” de Junho de 1971 podia-se ler:
“Musicalmente os Beatniks evoluíram nestes seis anos paralelamente à música que lá fora se faz. Dentro duma linha progressiva vivendo de um baixo uma bateria e um solo o agrupamento tem, do ponto de vista instrumental, condições para criar e praticar um Pop progressivo nacional …”
O ano de 1971 terá sido particularmente positivo para o grupo, a edição de um EP e a vitória no “Festival Pop-71 de Coimbra” assim o atestam. Neste festival para além de terem sido considerados o melhor conjunto, tiveram o melhor baterista, Mário Ceia, melhor letra, “Cristine Goes to Town” e melhor composição, novamente, “Cristine Goes to Town”.
Na contra-capa do EP lia-se:
“… O nome fica, mas o objectivo agora é diferente – a introdução da música progressiva em Portugal. João Ribeiro, 24 anos, viola-baixo, Mário João Ceia, 20 anos, bateria, Rui Silva, 19 anos, viola-solo e José Diogo, 21 anos, vocalista formam os «BEATNIKS». São pois eles que dão expressão à agressividade da sua música. O 1º Prémio no recente Festival de Coimbra, veio apenas confirmar o sucesso de todas as suas tentativas. A concretização das suas ideias é um facto.”
Ainda em 1971 representam Portugal no Festival de Vigo com “Cristine Goes to Town”. Segue a dita a confirmar a sonoridade Hard-Rock que praticavam, é também um testemunho de uma das primeiras gravações do género feitas em Portugal.
Beatnicks - Cristine Goes to Town
“Musicalmente os Beatniks evoluíram nestes seis anos paralelamente à música que lá fora se faz. Dentro duma linha progressiva vivendo de um baixo uma bateria e um solo o agrupamento tem, do ponto de vista instrumental, condições para criar e praticar um Pop progressivo nacional …”
O ano de 1971 terá sido particularmente positivo para o grupo, a edição de um EP e a vitória no “Festival Pop-71 de Coimbra” assim o atestam. Neste festival para além de terem sido considerados o melhor conjunto, tiveram o melhor baterista, Mário Ceia, melhor letra, “Cristine Goes to Town” e melhor composição, novamente, “Cristine Goes to Town”.
https://www.discogs.com |
Na contra-capa do EP lia-se:
“… O nome fica, mas o objectivo agora é diferente – a introdução da música progressiva em Portugal. João Ribeiro, 24 anos, viola-baixo, Mário João Ceia, 20 anos, bateria, Rui Silva, 19 anos, viola-solo e José Diogo, 21 anos, vocalista formam os «BEATNIKS». São pois eles que dão expressão à agressividade da sua música. O 1º Prémio no recente Festival de Coimbra, veio apenas confirmar o sucesso de todas as suas tentativas. A concretização das suas ideias é um facto.”
Ainda em 1971 representam Portugal no Festival de Vigo com “Cristine Goes to Town”. Segue a dita a confirmar a sonoridade Hard-Rock que praticavam, é também um testemunho de uma das primeiras gravações do género feitas em Portugal.
Beatnicks - Cristine Goes to Town
segunda-feira, 24 de setembro de 2018
Mini-Pop - Reflections of my Life
Vamos lá puxar por essas memórias? Alguém se lembra dos Mini-Pop?
Eram do Porto e, quando começaram em 1969, o mais velho tinha 11 anos. Percorreram quase toda a década de 70 e gravaram vários EP/Singles, tiveram razoável sucesso com aparições na RTP, nomeadamente no Festival da Canção e em 1971 foram muito bem recebidos no Festival de Vilar de Mouros.
“Acabou o Psico de tocar e apareceram no palco a maior surpresa que me foi dado ver neste festival: o Mini-Pop. Não porque tocassem nenhuma música excepcional mas sim porque demonstraram estar perfeitamente à vontade nas composições que interpretaram, com uma sobriedade e uma perfeição que espantou. Garotinhos (o mais velho tem 12 anos, os outros têm 8 e 9), muito pequeninos (a viola-baixo era maior do que o músico que a tocava) e a tocarem tão bem. Interpretaram «Friends» (Elton John), Dee Murray, que estava no palco aplaudiu-os delirantemente, «Spinning Wheel» e «Make me smile» (Chicago). O que me pareceu melhor, talvez por ser o mais velho, foi o organista; o mais fraco o «baixo», mas este tem desculpa pois eu estava ao lado dele e vi que os dedos não lhe chegavam às cordas (desculpa essa que outros «baixos» que tocaram em Vilar de Mouros não podem apresentar). Mas distinguir alguém num grupo tão unidinho, tão bem ensaiado (Até o bateria fez as suas «flores») seria quase crime. Por isso não acrescento mais nada sobre o Mini-Pop; só que gostei mesmo muito.”, assinava Hélio Sousa Dias em artigo no jornal “DISCO MÚSICA & MODA” Nº 14 de 15 de Agosto de 1971.
O primeiro EP é precisamente de 1971 e constava de 3 temas cantados em português e um quarto em inglês, nada mais que uma versão de “Reflections of My Life” dos The Marmalade.
Junto, vai a versão dos Mini-Pop, com todas as limitações que se possa imaginar, mas com bom gosto na selecção das músicas que tocavam.
Mini-Pop - Reflections of my Life
PS: 3 dos elementos dos Mini-Pop eram os irmãos Barreiros, que nos anos 80 tiveram o êxito que se sabe com os Jáfumega.
Eram do Porto e, quando começaram em 1969, o mais velho tinha 11 anos. Percorreram quase toda a década de 70 e gravaram vários EP/Singles, tiveram razoável sucesso com aparições na RTP, nomeadamente no Festival da Canção e em 1971 foram muito bem recebidos no Festival de Vilar de Mouros.
“Acabou o Psico de tocar e apareceram no palco a maior surpresa que me foi dado ver neste festival: o Mini-Pop. Não porque tocassem nenhuma música excepcional mas sim porque demonstraram estar perfeitamente à vontade nas composições que interpretaram, com uma sobriedade e uma perfeição que espantou. Garotinhos (o mais velho tem 12 anos, os outros têm 8 e 9), muito pequeninos (a viola-baixo era maior do que o músico que a tocava) e a tocarem tão bem. Interpretaram «Friends» (Elton John), Dee Murray, que estava no palco aplaudiu-os delirantemente, «Spinning Wheel» e «Make me smile» (Chicago). O que me pareceu melhor, talvez por ser o mais velho, foi o organista; o mais fraco o «baixo», mas este tem desculpa pois eu estava ao lado dele e vi que os dedos não lhe chegavam às cordas (desculpa essa que outros «baixos» que tocaram em Vilar de Mouros não podem apresentar). Mas distinguir alguém num grupo tão unidinho, tão bem ensaiado (Até o bateria fez as suas «flores») seria quase crime. Por isso não acrescento mais nada sobre o Mini-Pop; só que gostei mesmo muito.”, assinava Hélio Sousa Dias em artigo no jornal “DISCO MÚSICA & MODA” Nº 14 de 15 de Agosto de 1971.
O primeiro EP é precisamente de 1971 e constava de 3 temas cantados em português e um quarto em inglês, nada mais que uma versão de “Reflections of My Life” dos The Marmalade.
Junto, vai a versão dos Mini-Pop, com todas as limitações que se possa imaginar, mas com bom gosto na selecção das músicas que tocavam.
Mini-Pop - Reflections of my Life
PS: 3 dos elementos dos Mini-Pop eram os irmãos Barreiros, que nos anos 80 tiveram o êxito que se sabe com os Jáfumega.
domingo, 23 de setembro de 2018
Pop Five Music Incorporated - Orange
O panorama musical em Portugal no ano de 1971 era marcado, na cena Pop-Rock, por grupos com uma abordagem sonora mais progressiva, evolução nítida face ao simplismo maioritário da década anterior. Por um lado a evolução tecnológica é notória, por outro a qualidade técnica dos seus executantes também; finalmente, as influências externas conduziam os grupos portugueses a uma actualização das suas sonoridades, o Ié-Ié estava, definitivamente, muito longe.
Destacavam-se, então, os Pop Five Music Incorporated e são hoje o motivo de mais este regresso. Em 1971 os Pop Five Music Incorporated eram liderados, depois da saída de TóZé Brito e David Ferreira, pelo novo elemento do grupo Miguel Graça e Moura.
Diz a “Enciclopédia da música em Portugal no Século XX”:
“No final de 1969, D. Ferreira deixou o grupo e Miguel da Graça Moura (instrumentos de tecla) assumiu a direcção musical (arranjo e composição), privilegiando a improvisação e o uso dos mais recentes instrumentos electrónicos de tecla (órgão Hammond, mellotron, pianos eléctricos)”.
A formação clássica de Miguel Graça Moura iria fazer-se sentir nas próximas gravações do grupo. No ano de 1971 os “Pop Five…” tiveram acesso aos estúdios da Pye em Londres donde resultaram vários Singles editados entre 1971 e 1972 ano em que os “Pop Five…” deram o último suspiro.
“Com a aparelhagem que foi posta à nossa disposição, tivemos oportunidade de trabalhar com efeitos electrónicos que não poderíamos ter aqui.” dizia Miguel Graça Moura ao jornal “DISCO, MÚSICA & MODA” em Setembro de 1971.
O primeiro desses Singles foi “Orange”, opção para hoje, que teve algum sucesso (lembrar que era a primeira gravação após o êxito que “Page One” teve). Contrariando, algumas boas influências que o grupo tinha, pois interpretavam Jeff Beck, Chicago, Blood, Sweat & Tears ou ainda Emerson, Lake & Palmer, em “Orange” as influências iam directas para uns menores Wallace Collection, grupo belga que teve um êxito estrondoso com “Daydream”, lembram-se?.
De há precisamente 47 anos, segue “Orange” dos portuenses Pop Five Music Incorporated e reparem nas semelhanças com os ditos Wallace Collection.
Pop Five Music Incorporated - Orange
Destacavam-se, então, os Pop Five Music Incorporated e são hoje o motivo de mais este regresso. Em 1971 os Pop Five Music Incorporated eram liderados, depois da saída de TóZé Brito e David Ferreira, pelo novo elemento do grupo Miguel Graça e Moura.
Diz a “Enciclopédia da música em Portugal no Século XX”:
“No final de 1969, D. Ferreira deixou o grupo e Miguel da Graça Moura (instrumentos de tecla) assumiu a direcção musical (arranjo e composição), privilegiando a improvisação e o uso dos mais recentes instrumentos electrónicos de tecla (órgão Hammond, mellotron, pianos eléctricos)”.
A formação clássica de Miguel Graça Moura iria fazer-se sentir nas próximas gravações do grupo. No ano de 1971 os “Pop Five…” tiveram acesso aos estúdios da Pye em Londres donde resultaram vários Singles editados entre 1971 e 1972 ano em que os “Pop Five…” deram o último suspiro.
“Com a aparelhagem que foi posta à nossa disposição, tivemos oportunidade de trabalhar com efeitos electrónicos que não poderíamos ter aqui.” dizia Miguel Graça Moura ao jornal “DISCO, MÚSICA & MODA” em Setembro de 1971.
O primeiro desses Singles foi “Orange”, opção para hoje, que teve algum sucesso (lembrar que era a primeira gravação após o êxito que “Page One” teve). Contrariando, algumas boas influências que o grupo tinha, pois interpretavam Jeff Beck, Chicago, Blood, Sweat & Tears ou ainda Emerson, Lake & Palmer, em “Orange” as influências iam directas para uns menores Wallace Collection, grupo belga que teve um êxito estrondoso com “Daydream”, lembram-se?.
De há precisamente 47 anos, segue “Orange” dos portuenses Pop Five Music Incorporated e reparem nas semelhanças com os ditos Wallace Collection.
Pop Five Music Incorporated - Orange
sábado, 22 de setembro de 2018
Quarteto 1111 - Ode to the Beatles
1971.
The Beatles já não existiam, cada um tinha seguido o seu caminho.
George Harrison liberto da dupla Lennon/McCartney agradecia aos deuses e clamava “My Sweet Lord”, John Lennon gritava pela “Mother”, para Paul McCartney era somente “Another Day” e Ringo Starr, que a imaginação não dava para mais, ficou-se pelos “Beaucoups of Blues”.
E por cá? Por cá tínhamos o nosso José Cid e o seu Quarteto, o 1111, que começando a dar alguns sinais de menor criatividade homenageavam, quem eles julgavam que podiam vir a ser nestas terras lusitanas, The Beatles, pois claro, e gravaram “Ode to the Beatles”. Ele que ainda em 1970 dizia a propósito do fim dos The Beatles: “Os Beatles também há algum tempo brincavam com o mau gosto como por exemplo em “Ballad to John and Yoko” e “Obladi oblada””, em “mundo da música” nº 13 de Dezembro de 1970.
Se com alguma razão, no que ele próprio rapidamente se transformaria. “Ode to the Beatles” num ambiente pouco “1111” e muito na linha beatleniana (e mais uma tentativa portuguesa falhada de internacionalização), pouco inspirada e socorrendo-se de fragmentos de letras e harmonias dos homenageados. Segue então“Ode to the Beatles”.
Quarteto 1111 - Ode to the Beatles
The Beatles já não existiam, cada um tinha seguido o seu caminho.
George Harrison liberto da dupla Lennon/McCartney agradecia aos deuses e clamava “My Sweet Lord”, John Lennon gritava pela “Mother”, para Paul McCartney era somente “Another Day” e Ringo Starr, que a imaginação não dava para mais, ficou-se pelos “Beaucoups of Blues”.
E por cá? Por cá tínhamos o nosso José Cid e o seu Quarteto, o 1111, que começando a dar alguns sinais de menor criatividade homenageavam, quem eles julgavam que podiam vir a ser nestas terras lusitanas, The Beatles, pois claro, e gravaram “Ode to the Beatles”. Ele que ainda em 1970 dizia a propósito do fim dos The Beatles: “Os Beatles também há algum tempo brincavam com o mau gosto como por exemplo em “Ballad to John and Yoko” e “Obladi oblada””, em “mundo da música” nº 13 de Dezembro de 1970.
www.discogs.com |
Se com alguma razão, no que ele próprio rapidamente se transformaria. “Ode to the Beatles” num ambiente pouco “1111” e muito na linha beatleniana (e mais uma tentativa portuguesa falhada de internacionalização), pouco inspirada e socorrendo-se de fragmentos de letras e harmonias dos homenageados. Segue então“Ode to the Beatles”.
Quarteto 1111 - Ode to the Beatles
sexta-feira, 21 de setembro de 2018
Os Steamer's - I am a chancho
A proliferação de conjuntos de música moderna nos anos 60 foi, por cá, enorme. Uns mais próximos do Ié-Ié, do Twist e do Rock ‘n Roll, outros mais influenciados pela música pop vinda de França e Itália, a multiplicação de conjuntos fez-se sentir de uma forma que, em meu entender, não ficou nada a dever, antes pelo contrário, ao chamado “boom” do Rock português dos anos 80. Isto numa época em que a abertura do país ao exterior era praticamente nula e onde os sons agitados e atrevidos vindos de fora não eram bem vistos por um regime que pretendia uma juventude dócil e obediente. Daí que, pese a pouca qualidade que grande parte manifestava, não sejam de ignorar os muitos conjuntos que não tendo conseguido grande popularidade, conseguiram, no entanto, efectuar a gravação de um Single ou EP (ou pouco mais), era obra!
É neste role que vamos encontrar, por exemplo, Os Celtas, Os Telstars, Os Steamer’s, Os Vodkas, Os Blusões Negros, Os Álamos, Os Jets, alguns de relativa pouca qualidade.
Fixemo-nos, por agora em Os Steamer’s. No blog “Under Review” o som do grupo é tido como “…estranho, hipnótico, sujo, foleiro, kitch, psicadélico e ácido, tendo sido verdadeiros outsiders num Pais cinzento e triste”. E no blog “5dias.net” no post “Os “Steamer’s”: para a história do rock político português (I)”: “…“I am a Chancho”, letra explícita sobre um indivíduo falhado e miserável, ainda sobre pobreza e bairros de lata. Depois, “Mr. Pum Pum!”, uma referência à PIDE e “Será assim até morrer”, alusão à emigração.” e ainda o blog “Poeira Cósmica” fala de “I am a Chancho” como o “mais grandioso monumento do absurdo da Pop nacional”.
Gravaram um só EP em 1970 de gosto, em meu entender, muito duvidoso. Desde influências psicadélicas mal assimiladas em “Será Assim Até Morrer” (mesmo assim a que se apresenta com maior potencial, “Cuidado daquele que pobre nasceu, e será assim até a gente morrer”), à desenquadrada versão de “Let the heartaches begin” de Long John Baldry (nº 1 em Inglaterra em 1968), ou ainda um horrível “Mr Pum Pum”. Sobra ainda a xaroposa “I am a Chancho” que segue para audição.
Resumindo um EP deveras fraco. A qualidade do som da gravação disponível na internet parece também não ajudar.
Os Steamer's - I am a chancho
É neste role que vamos encontrar, por exemplo, Os Celtas, Os Telstars, Os Steamer’s, Os Vodkas, Os Blusões Negros, Os Álamos, Os Jets, alguns de relativa pouca qualidade.
Fixemo-nos, por agora em Os Steamer’s. No blog “Under Review” o som do grupo é tido como “…estranho, hipnótico, sujo, foleiro, kitch, psicadélico e ácido, tendo sido verdadeiros outsiders num Pais cinzento e triste”. E no blog “5dias.net” no post “Os “Steamer’s”: para a história do rock político português (I)”: “…“I am a Chancho”, letra explícita sobre um indivíduo falhado e miserável, ainda sobre pobreza e bairros de lata. Depois, “Mr. Pum Pum!”, uma referência à PIDE e “Será assim até morrer”, alusão à emigração.” e ainda o blog “Poeira Cósmica” fala de “I am a Chancho” como o “mais grandioso monumento do absurdo da Pop nacional”.
Gravaram um só EP em 1970 de gosto, em meu entender, muito duvidoso. Desde influências psicadélicas mal assimiladas em “Será Assim Até Morrer” (mesmo assim a que se apresenta com maior potencial, “Cuidado daquele que pobre nasceu, e será assim até a gente morrer”), à desenquadrada versão de “Let the heartaches begin” de Long John Baldry (nº 1 em Inglaterra em 1968), ou ainda um horrível “Mr Pum Pum”. Sobra ainda a xaroposa “I am a Chancho” que segue para audição.
Resumindo um EP deveras fraco. A qualidade do som da gravação disponível na internet parece também não ajudar.
Os Steamer's - I am a chancho
quinta-feira, 20 de setembro de 2018
Sid Vicious - My Way
Falecidos na Década de 70
Esta é a última recordação sob o tema "Falecidos na Década de 70". O ano é o de 1979 e o desaparecido é já representante de nova geração e de novas sonoridades que então se impunham.
Sid Vicious (1957-1979), baixista e vocalista do grupo de Punk-Rock Sex Pistols faleceu a 2 de Fevereiro na sequência de overdose de heroína.
Os Sex Pistols foram uma das bandas originárias do Punk-Rock surgido na segunda metade dos anos 70. Em contra-ponto ao Rock mais elaborado que se vinha a assistir o Punk-Rock privilegiava a velocidade na execução, assim como o ruído, ou barulho se assim o entenderem, os seus intérpretes apresentavam uma atitude violenta e niilista. Os Sex Pistols foram de curta duração (1976-1978) e deixaram um único álbum de estúdio, o seminal "Never Mind the Bollocks, Here's the Sex Pistols".
Quando Sid Vicious ingressou nos Sex Pistols, em 1977 em substituição de Glen Matlock, foi ainda a tempo de tocar baixo em "Bodies" do já citado "Never Mind the Bollocks...". Mas o fim dos Sex Pistols estava para breve, desentendimentos constantes levaram à rápida ruptura. Em 1978 cada um seguiu o seu caminho, ainda neste ano é gravado o duplo LP "The Great Rock 'n' R oll Swindle" com participações diversas, que seria editado no ano seguinte, banda sonora de documentário sobre os ditos Sex Pistols. Neste trabalho Sid Vicious interpreta 3 canções: "My Way", "C'mon Everybody" e "Something Else".
A título póstumo é editado o LP "Sid Sings" com gravações ao vivo onde consta nova versão de "My Way", a única indicada como gravada em estúdio.
Sid Vicious - My Way
Esta é a última recordação sob o tema "Falecidos na Década de 70". O ano é o de 1979 e o desaparecido é já representante de nova geração e de novas sonoridades que então se impunham.
Sid Vicious (1957-1979), baixista e vocalista do grupo de Punk-Rock Sex Pistols faleceu a 2 de Fevereiro na sequência de overdose de heroína.
Os Sex Pistols foram uma das bandas originárias do Punk-Rock surgido na segunda metade dos anos 70. Em contra-ponto ao Rock mais elaborado que se vinha a assistir o Punk-Rock privilegiava a velocidade na execução, assim como o ruído, ou barulho se assim o entenderem, os seus intérpretes apresentavam uma atitude violenta e niilista. Os Sex Pistols foram de curta duração (1976-1978) e deixaram um único álbum de estúdio, o seminal "Never Mind the Bollocks, Here's the Sex Pistols".
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Quando Sid Vicious ingressou nos Sex Pistols, em 1977 em substituição de Glen Matlock, foi ainda a tempo de tocar baixo em "Bodies" do já citado "Never Mind the Bollocks...". Mas o fim dos Sex Pistols estava para breve, desentendimentos constantes levaram à rápida ruptura. Em 1978 cada um seguiu o seu caminho, ainda neste ano é gravado o duplo LP "The Great Rock 'n' R oll Swindle" com participações diversas, que seria editado no ano seguinte, banda sonora de documentário sobre os ditos Sex Pistols. Neste trabalho Sid Vicious interpreta 3 canções: "My Way", "C'mon Everybody" e "Something Else".
A título póstumo é editado o LP "Sid Sings" com gravações ao vivo onde consta nova versão de "My Way", a única indicada como gravada em estúdio.
Sid Vicious - My Way
quarta-feira, 19 de setembro de 2018
Chicago - An Hour In The Shower
Falecidos na Década de 70
Estou quase a chegar ao fim destas memórias de "Falecidos na Década de 70". Hoje vou para o ano de 1978 que viu partir um músico, de uma banda que no início da década estava claramente entre as minhas preferidas. O grupo dava pelo nome de Chicago, e o músico Terry Kath era o guitarrista e uma das vozes.
Terry Kath (1946-1978) fez parte dos famosos Chicago desde a sua formação em 1967, fazendo assim parte de um colectivo, então de 7 músicos, que se destacou pela habilidade na fusão das sonoridades Rock com o Jazz.
As contribuições dos diversos elementos fizeram-se sentir de forma diferente, mas no final obtinha-se uma unidade incrível que infelizmente se foi perdendo à medida que a influência de Peter Cetera se foi impondo, mas com Terry Kath tínhamos os Chicago no seu melhor. Foi ele que deu voz a canções como "Make Me Smile", "Colour My World", "Introduction" e muitas outras que se tornaram marcas inconfundíveis do som praticado pelos Chicago. Evidenciou-, claro, na guitarra em temas únicos do grupo como "25 or 6 to 4", ele era a marca do melhor dos Chicago.
A escolha para esta lembrança dos Chicago, e em particular de Terry Kath, vai para "An Hour In The Shower" que pertencia ao álbum "Chicago III". Composição de Terry Kath que assegura a voz e guitarra.
Terry Kath faleceu a 23 de Janeiro de 1978 quando disparou uma arma sobre si próprio pensando que estava descarregada.
Chicago - An Hour In The Shower
Estou quase a chegar ao fim destas memórias de "Falecidos na Década de 70". Hoje vou para o ano de 1978 que viu partir um músico, de uma banda que no início da década estava claramente entre as minhas preferidas. O grupo dava pelo nome de Chicago, e o músico Terry Kath era o guitarrista e uma das vozes.
https://www.guitarplayer.com |
Terry Kath (1946-1978) fez parte dos famosos Chicago desde a sua formação em 1967, fazendo assim parte de um colectivo, então de 7 músicos, que se destacou pela habilidade na fusão das sonoridades Rock com o Jazz.
As contribuições dos diversos elementos fizeram-se sentir de forma diferente, mas no final obtinha-se uma unidade incrível que infelizmente se foi perdendo à medida que a influência de Peter Cetera se foi impondo, mas com Terry Kath tínhamos os Chicago no seu melhor. Foi ele que deu voz a canções como "Make Me Smile", "Colour My World", "Introduction" e muitas outras que se tornaram marcas inconfundíveis do som praticado pelos Chicago. Evidenciou-, claro, na guitarra em temas únicos do grupo como "25 or 6 to 4", ele era a marca do melhor dos Chicago.
A escolha para esta lembrança dos Chicago, e em particular de Terry Kath, vai para "An Hour In The Shower" que pertencia ao álbum "Chicago III". Composição de Terry Kath que assegura a voz e guitarra.
Terry Kath faleceu a 23 de Janeiro de 1978 quando disparou uma arma sobre si próprio pensando que estava descarregada.
Chicago - An Hour In The Shower
terça-feira, 18 de setembro de 2018
The Who - Substitute
Falecidos na Década de 70
The Who são um grupo inglês de Rock formado em 1964 e que ainda se mantém em actividade com dois dos elementos iniciais: Roger Daltrey (Voz) e Pete Townshend (Guitarra e Voz). No seu início eram um quarteto, adicionando-se àqueles dois os nomes de John Entwistle (Baixo) (1944-2002) e Keith Moon (Bateria) (1946-1978). O seu período mais marcante foi claramente o dos anos 60 e primeira metade dos anos 70.
O seu início ficou ligado ao recrudescer do movimento "mod" (modernist), centrado na moda, no gosto pela música, nomeadamente o British Blues, e no uso de "scooters" pela juventude britânica, em rivalidade com os "rockers" virados mais para o Rock dos anos 50, cabelo à Elvis Presley, para as motas e casacos de cabedal. O tema "mod" seria retomado no último álbum dos The Who que me lembro de ouvir completo, o duplo álbum "Quadrophenia".
Tiveram, até então, um percurso marcadamente inovador, não só com a Ópera Rock "Tommy" (1969), mas já anteriormente com o conceptual álbum "The Who Sell Out" (1967) e ainda com "My Generation" (1965) e "A Quick One (1966).
Criaram uma sonoridade muito própria que era facilmente identificável como "The Who". Se Roger Daltrey se impunha com as suas vocalizações cheias de energia, Pete Townshend era o principal compositor do grupo e original tocador de guitarra, John Entwistle era um exímio e discreto baixista ficando para Keith Moon toda a exuberância na bateria.
Keith Moon faleceu a 7 de Setembro de 1978, vítima de excesso de um sedativo que ele tomava no combate à dependência do álcool, numa fase já menos interessante deste importante grupo inglês.
Um disco que sempre apreciei foi "Live at Leeds", o primeiro álbum gravado ao vivo e editado em 1970, é a ele que vou buscar "Substitute", que tinha sido editada em Single em 1966.
"There is no substitute" diz uma placa no Golders Green Crematorium onde Keith Moon foi cremado.
The Who - Substitute
The Who são um grupo inglês de Rock formado em 1964 e que ainda se mantém em actividade com dois dos elementos iniciais: Roger Daltrey (Voz) e Pete Townshend (Guitarra e Voz). No seu início eram um quarteto, adicionando-se àqueles dois os nomes de John Entwistle (Baixo) (1944-2002) e Keith Moon (Bateria) (1946-1978). O seu período mais marcante foi claramente o dos anos 60 e primeira metade dos anos 70.
The Who, da esquerda para a direita: Keith Moon, John Entwistle, Roger Daltrey e Pete Townshend. Foto incluída no álbum "Live at Leeds" |
O seu início ficou ligado ao recrudescer do movimento "mod" (modernist), centrado na moda, no gosto pela música, nomeadamente o British Blues, e no uso de "scooters" pela juventude britânica, em rivalidade com os "rockers" virados mais para o Rock dos anos 50, cabelo à Elvis Presley, para as motas e casacos de cabedal. O tema "mod" seria retomado no último álbum dos The Who que me lembro de ouvir completo, o duplo álbum "Quadrophenia".
Tiveram, até então, um percurso marcadamente inovador, não só com a Ópera Rock "Tommy" (1969), mas já anteriormente com o conceptual álbum "The Who Sell Out" (1967) e ainda com "My Generation" (1965) e "A Quick One (1966).
Criaram uma sonoridade muito própria que era facilmente identificável como "The Who". Se Roger Daltrey se impunha com as suas vocalizações cheias de energia, Pete Townshend era o principal compositor do grupo e original tocador de guitarra, John Entwistle era um exímio e discreto baixista ficando para Keith Moon toda a exuberância na bateria.
Keith Moon faleceu a 7 de Setembro de 1978, vítima de excesso de um sedativo que ele tomava no combate à dependência do álcool, numa fase já menos interessante deste importante grupo inglês.
Edição de 1970, referência Track 2406 001 |
Capa de papel agrafada com diversa memorabilia do início do grupo |
Um disco que sempre apreciei foi "Live at Leeds", o primeiro álbum gravado ao vivo e editado em 1970, é a ele que vou buscar "Substitute", que tinha sido editada em Single em 1966.
"There is no substitute" diz uma placa no Golders Green Crematorium onde Keith Moon foi cremado.
The Who - Substitute
segunda-feira, 17 de setembro de 2018
Sandy Denny - No End
Falecidos na Década de 70
No ano de 1978 mais dois nomes grandes de áreas bem distintas da música popular nos deixaram. Primeiro Sandy Denny, depois Keith Moon.
Sandy Denny (1947-1978) foi, entre as perdas ocorridas na década de 70 e que tenho vindo a recordar, a que eu mais senti. Sandy Denny foi, continuou a ser e ainda é a minha maior paixão em termos musicais.
Sandy Denny é única e continua a dar momentos de enorme prazer sempre que a ouço. Ficou, infelizmente, pouco conhecida, a sua música foi pouco divulgada e acabou por ficar conhecida por "meia-dúzia de privilegiados" que tiveram a "sorte" de a conhecer.
Teria eu 13, 14 anos quando ouvi pela primeira vez a sua voz naquele que muitos anos mais tarde a merecer o título de "Most Influential Folk Album of All Time" pelos ouvintes da BBC, era o álbum "Liege & Lief" dos Fairport Convention.
Em 1970 e 1971 é considerada a "Melhor Cantora Britânica" pelos leitores do jornal Melody Maker, mas nem assim a sua popularidade aumentou de forma significativa.
De então para cá a sua presença foi constante na minha vida através da aquisição da sua discografia enquanto viva mas também na descoberta de gravações inéditas que ainda vai acontecendo.
Não há necessidade de me alongar mais, aos poucos e poucos continuarei a trazer a música maravilhosa desta cantora ímpar. A sugestão vai para o trabalho mais recentemente editado em nome da Sandy Denny, a compilação "I've Always Kept A Unicorn" de 2016. Um duplo CD com versões acústicas despidas dos arranjos originais e ainda três demos inéditos do período The Bunch. Escolho "No End", trata-se de um demo datado de 1972, anterior, portanto, ao original conhecido do álbum "Like an Old Fashioned Waltz" de 1974.
Sandy Denny faleceu a 21 de Abril de 1978 com uma hemorragia cerebral na sequência de uma queda numas escadas. Não é alheia à sua morte a crescente depressão em que se encontrava, acrescida do consumo de álcool e drogas.
Sandy Denny - No End
No ano de 1978 mais dois nomes grandes de áreas bem distintas da música popular nos deixaram. Primeiro Sandy Denny, depois Keith Moon.
Sandy Denny (1947-1978) foi, entre as perdas ocorridas na década de 70 e que tenho vindo a recordar, a que eu mais senti. Sandy Denny foi, continuou a ser e ainda é a minha maior paixão em termos musicais.
Sandy Denny é única e continua a dar momentos de enorme prazer sempre que a ouço. Ficou, infelizmente, pouco conhecida, a sua música foi pouco divulgada e acabou por ficar conhecida por "meia-dúzia de privilegiados" que tiveram a "sorte" de a conhecer.
Teria eu 13, 14 anos quando ouvi pela primeira vez a sua voz naquele que muitos anos mais tarde a merecer o título de "Most Influential Folk Album of All Time" pelos ouvintes da BBC, era o álbum "Liege & Lief" dos Fairport Convention.
Em 1970 e 1971 é considerada a "Melhor Cantora Britânica" pelos leitores do jornal Melody Maker, mas nem assim a sua popularidade aumentou de forma significativa.
De então para cá a sua presença foi constante na minha vida através da aquisição da sua discografia enquanto viva mas também na descoberta de gravações inéditas que ainda vai acontecendo.
Duplo CD "I've Always Kept A Unicorn - The Acoustic Sandy Denny", edição Island, Referência 536 735-0 de 2016 |
Sandy Denny faleceu a 21 de Abril de 1978 com uma hemorragia cerebral na sequência de uma queda numas escadas. Não é alheia à sua morte a crescente depressão em que se encontrava, acrescida do consumo de álcool e drogas.
Sandy Denny - No End
domingo, 16 de setembro de 2018
T. Rex - Get It On
Falecidos na Década de 70
O ano de 1977 teria ainda mais uma morte de uma figura importante do mundo do Rock, foi Marc Bolan e ocorreu a 16 de Setembro no resultado de um acidente de automóvel.
Marc Bolan (1947-1977) ficou conhecido como o guitarrista e vocalista do grupo de Rock inglês T. Rex. Formaram-se ainda nos anos 60 como Tyrannosaurus Rex de que resultaram a edição de 4 LP, mas é a partir de 1970, quando simplificam o nome para T. Rex e mudam de género musical, do Folk predominante para um Rock glamoroso, que se tornam populares com várias canções a chegar ao Top 10 e mesmo ao primeiro lugar nas tabelas de vendas.
O álbum de maior sucesso foi "Electric Warrior" (1971) donde emergiram as canções de sucesso "Get It On" e "Jeepster" sucedâneas de "Hot Love" o tema que os projectou.
Marc Bolan, a par com David Bowie, foi um pioneiros do movimento Glam-Rock que surgiu nos primeiros anos da década de 70. Musicalmente diversificado era mais identificado pelo visual extravagante e andrógino dos seus interpretes.
A canção escolhida para hoje é "Get It On" onde podemos ouvir Rick Wakeman (ex-Strawbs ingressou nos Yes em 1971) nos teclados e Ian McDonalds (ex-King Crimson à época na formação McDonalds and Giles) no saxofone.
T. Rex - Get It On
O ano de 1977 teria ainda mais uma morte de uma figura importante do mundo do Rock, foi Marc Bolan e ocorreu a 16 de Setembro no resultado de um acidente de automóvel.
Marc Bolan (1947-1977) ficou conhecido como o guitarrista e vocalista do grupo de Rock inglês T. Rex. Formaram-se ainda nos anos 60 como Tyrannosaurus Rex de que resultaram a edição de 4 LP, mas é a partir de 1970, quando simplificam o nome para T. Rex e mudam de género musical, do Folk predominante para um Rock glamoroso, que se tornam populares com várias canções a chegar ao Top 10 e mesmo ao primeiro lugar nas tabelas de vendas.
O álbum de maior sucesso foi "Electric Warrior" (1971) donde emergiram as canções de sucesso "Get It On" e "Jeepster" sucedâneas de "Hot Love" o tema que os projectou.
https://www.planetrock.com |
Marc Bolan, a par com David Bowie, foi um pioneiros do movimento Glam-Rock que surgiu nos primeiros anos da década de 70. Musicalmente diversificado era mais identificado pelo visual extravagante e andrógino dos seus interpretes.
A canção escolhida para hoje é "Get It On" onde podemos ouvir Rick Wakeman (ex-Strawbs ingressou nos Yes em 1971) nos teclados e Ian McDonalds (ex-King Crimson à época na formação McDonalds and Giles) no saxofone.
T. Rex - Get It On
sábado, 15 de setembro de 2018
Elvis Presley - Way Down
Falecidos na Década de 70
Elvis Presley faleceu em 1977. Tinha 42 anos e era referido e ainda o é como "The King".
Quando no final dos anos 60 comecei a interessar-me pela música popular, ou seja por toda a panóplia de bons grupos e músicos que então pululavam e dos quais tenho vindo a dar conta, já o pioneiro do Rock'n'Roll nos anos 50 pouco espaço ocupava nos lugares cimeiros das tabelas de venda. A sua importância tinha diminuído significativamente face à qualidade e quantidade de música que então se publicava. Talvez por isso, eu nunca tenha ouvido devidamente a música de Elvis Presley e não tenha, naquele tempo, dado conta da importância que ele teve na definição da sonoridade Rock na década anterior.
O seu reaparecimento no final dos anos 60, talvez também por isso, ou seja estar eu virado para outras músicas, passou-me razoavelmente ao lado. Assim como a sua morte a 16 de Agosto de 1977 vítima de ataque de coração.
Recorda-se "Way Down", do último Single editado em vida.
Elvis Presley - Way Down
Elvis Presley faleceu em 1977. Tinha 42 anos e era referido e ainda o é como "The King".
Quando no final dos anos 60 comecei a interessar-me pela música popular, ou seja por toda a panóplia de bons grupos e músicos que então pululavam e dos quais tenho vindo a dar conta, já o pioneiro do Rock'n'Roll nos anos 50 pouco espaço ocupava nos lugares cimeiros das tabelas de venda. A sua importância tinha diminuído significativamente face à qualidade e quantidade de música que então se publicava. Talvez por isso, eu nunca tenha ouvido devidamente a música de Elvis Presley e não tenha, naquele tempo, dado conta da importância que ele teve na definição da sonoridade Rock na década anterior.
https://en.wikipedia.org |
O seu reaparecimento no final dos anos 60, talvez também por isso, ou seja estar eu virado para outras músicas, passou-me razoavelmente ao lado. Assim como a sua morte a 16 de Agosto de 1977 vítima de ataque de coração.
Recorda-se "Way Down", do último Single editado em vida.
Elvis Presley - Way Down
sexta-feira, 14 de setembro de 2018
Free - The Stealer
Falecidos na Década de 70
"All Right Now" foi a canção que ficou mais conhecida e que lançou, em 1970, o grupo britânico Free. Constituídos em 1968, tinham já 2 LP editados quando o sucesso lhes bateu à porta com aquele tema e consequentemente o 3º álbum de originais "Fire and Water".
Os Free eram um quarteto formado por Paul Rodgers (voz), Andy Fraser (baixo e teclados), Paul Kossoff (guitarra), e Simon Kirke (percussões), formação que se manteve constante até 1971. As composições estavam entregues sobretudo aos dois primeiros tendo Paul Rodgers uma longa carreira, desde 2004 que colabora como vocalista nos históricos Queen. Aquele que hoje me interessa particularmente é Paul Kossof falecido em 1976.
Paul Kossoff (1950-1976) foi um guitarrista de eleição que integrou nos meados dos anos 60 o movimento Blues-Rock britânico. O seu sucesso maior veio com o grupo Free onde se destacou com os seus poderosos riff de guitarra, ouça-se "All Right Now". A sua guitarra dava um som pesado ao grupo o que levou a serem considerados percursores do Hard-Rock.
Depois do sucesso daquela canção e da sua participação no famoso Festival da Ilha de Wight de 1970 veio novo álbum, menos conseguido mas aproveitando-se do sucesso do anterior. "The Stealer", assinado por Paul Rogers, Andy Fraser e Paul Kossoff era o tema que mais se ouvia e é o agora recordado.
O consumo de drogas debilitou-lhe a saúde tendo falecido a 19 de Março de 1976 de embolia pulmonar.
Free - The Stealer
"All Right Now" foi a canção que ficou mais conhecida e que lançou, em 1970, o grupo britânico Free. Constituídos em 1968, tinham já 2 LP editados quando o sucesso lhes bateu à porta com aquele tema e consequentemente o 3º álbum de originais "Fire and Water".
Os Free eram um quarteto formado por Paul Rodgers (voz), Andy Fraser (baixo e teclados), Paul Kossoff (guitarra), e Simon Kirke (percussões), formação que se manteve constante até 1971. As composições estavam entregues sobretudo aos dois primeiros tendo Paul Rodgers uma longa carreira, desde 2004 que colabora como vocalista nos históricos Queen. Aquele que hoje me interessa particularmente é Paul Kossof falecido em 1976.
Paul Kossoff (1950-1976) foi um guitarrista de eleição que integrou nos meados dos anos 60 o movimento Blues-Rock britânico. O seu sucesso maior veio com o grupo Free onde se destacou com os seus poderosos riff de guitarra, ouça-se "All Right Now". A sua guitarra dava um som pesado ao grupo o que levou a serem considerados percursores do Hard-Rock.
Depois do sucesso daquela canção e da sua participação no famoso Festival da Ilha de Wight de 1970 veio novo álbum, menos conseguido mas aproveitando-se do sucesso do anterior. "The Stealer", assinado por Paul Rogers, Andy Fraser e Paul Kossoff era o tema que mais se ouvia e é o agora recordado.
http://happybluesman.com |
O consumo de drogas debilitou-lhe a saúde tendo falecido a 19 de Março de 1976 de embolia pulmonar.
Free - The Stealer
quinta-feira, 13 de setembro de 2018
Phil Ochs - The Crucifixion
Falecidos na Década de 70
Progredimos na década e no rol de nomes do mundo musical que a mesma viu desaparecer e os quais eram do meu agrado.
Não está entre os que mais ouvi, mas de alguma forma terei conhecido alguma da sua música, Phil Ochs é a evocação de hoje.
Phil Ochs (1940-1976) foi um cantor Folk norte-americano cujas canções foram predominantemente de protesto, sendo exemplo a luta pelos direitos sociais e a guerra do Vietname. As gravações de estúdio (7 álbuns) decorreram no período de 1964 a 1970 pelo que já tardiamente terei ouvido falar dele.
Os três primeiros álbuns gravados para a etiqueta Elektra são vincadamente Folk enquanto que ao quarto LP de nome "Pleasures of the Harbour", gravado para a A&M, são utilizados arranjos orquestrais que conferiam uma complexidade não habitual na sua música. Um bom exemplo é a longa "The Crucifixion" que segue para audição.
Phil Ochs sofria de depressão e consumia álcool em excesso que o levaram ao suicídio a 9 de Abril de 1976.
Phil Ochs - The Crucifixion
Progredimos na década e no rol de nomes do mundo musical que a mesma viu desaparecer e os quais eram do meu agrado.
Não está entre os que mais ouvi, mas de alguma forma terei conhecido alguma da sua música, Phil Ochs é a evocação de hoje.
Phil Ochs (1940-1976) foi um cantor Folk norte-americano cujas canções foram predominantemente de protesto, sendo exemplo a luta pelos direitos sociais e a guerra do Vietname. As gravações de estúdio (7 álbuns) decorreram no período de 1964 a 1970 pelo que já tardiamente terei ouvido falar dele.
Os três primeiros álbuns gravados para a etiqueta Elektra são vincadamente Folk enquanto que ao quarto LP de nome "Pleasures of the Harbour", gravado para a A&M, são utilizados arranjos orquestrais que conferiam uma complexidade não habitual na sua música. Um bom exemplo é a longa "The Crucifixion" que segue para audição.
http://phil-ochs.blogspot.com |
Phil Ochs sofria de depressão e consumia álcool em excesso que o levaram ao suicídio a 9 de Abril de 1976.
Phil Ochs - The Crucifixion
quarta-feira, 12 de setembro de 2018
Tim Buckley - Dolphins
Falecidos na Década de 70
A década de 70 viu morrer alguns dos cantores, autores que eu mais admirava e que continuam na lista de eleição entre os melhores de sempre. Entre eles consta Jim Morrison e Nick Drake, já recordados, mas ainda outros iriam-nos deixar naquela década madrasta. Tim Buckley foi mais um que partir prematuramente.
A obra de Tim Buckley (1947-1975) ficou registada em 9 LP de estúdio anteriores à sua morte e diversos álbuns ao vivo para além de diversas compilações.
Socorrendo-me de uma entrevista dada a Izzy Young em Março de 1967 e disponível no folheto do CD editado em 2009 "Live at the Folklore Center, NYC - March 6, 1967" ficamos a saber que entre as suas referências constavam Fred Neil, Tim Hardin e Leonard Cohen: "As far as singing goes, I like Fred Neil and Tim Hardin. As far as writing, the most refreshing thing is Leonard Cohen".
Já no que diz respeito a nomes como Tom Paxton, Phil Ochs e Bob Dylan eis o que pensava: "I never really got interest in Paxton and Ochs. Dylan was the one who intrigued me, because he grew with each album. These other people stayed in the same thing, and that showed me that they didn't grow. At the time, I was growing, wanted to see it in others and Dylan was the only one." o que mostra bem as preferências e caminhos que ele gostaria de percorrer.
Como que uma aversão a tocar sempre o mesmo leva-o a percorrer estilos bem distintos que começaram no Folk-Rock e terminaram no Soul e Funk, passando pela fusão do Folk com o Jazz e outras manifestações mais experimentais. Da simplicidade inicial assente no Folk ao ecletismo pouco convincente no final, a evolução não foi, infelizmente e para meu gosto, no bom sentido.
Para sempre ficou a sua voz única e superiormente utilizada, "Sometimes he used it simply as a vehicle to carry the lyrics. Other times he used it as an extraordinary musical instrumental in its own right." como escreveu Lee Underwood (guitarrista que o acompanhou em quase toda a sua obra).
Do LP "Sefronia" (1973), o penúltimo, recupero "Dolphins" uma canção de Fred Neil que há muito ele interpretava e que se enquadra bem nos anos 60 da sua carreira.
Tim Buckley faleceu a 29 de Junho de 1975 de overdose de drogas, heroína incluída.
Tim Buckley - Dolphins
A década de 70 viu morrer alguns dos cantores, autores que eu mais admirava e que continuam na lista de eleição entre os melhores de sempre. Entre eles consta Jim Morrison e Nick Drake, já recordados, mas ainda outros iriam-nos deixar naquela década madrasta. Tim Buckley foi mais um que partir prematuramente.
A obra de Tim Buckley (1947-1975) ficou registada em 9 LP de estúdio anteriores à sua morte e diversos álbuns ao vivo para além de diversas compilações.
Socorrendo-me de uma entrevista dada a Izzy Young em Março de 1967 e disponível no folheto do CD editado em 2009 "Live at the Folklore Center, NYC - March 6, 1967" ficamos a saber que entre as suas referências constavam Fred Neil, Tim Hardin e Leonard Cohen: "As far as singing goes, I like Fred Neil and Tim Hardin. As far as writing, the most refreshing thing is Leonard Cohen".
Já no que diz respeito a nomes como Tom Paxton, Phil Ochs e Bob Dylan eis o que pensava: "I never really got interest in Paxton and Ochs. Dylan was the one who intrigued me, because he grew with each album. These other people stayed in the same thing, and that showed me that they didn't grow. At the time, I was growing, wanted to see it in others and Dylan was the only one." o que mostra bem as preferências e caminhos que ele gostaria de percorrer.
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Como que uma aversão a tocar sempre o mesmo leva-o a percorrer estilos bem distintos que começaram no Folk-Rock e terminaram no Soul e Funk, passando pela fusão do Folk com o Jazz e outras manifestações mais experimentais. Da simplicidade inicial assente no Folk ao ecletismo pouco convincente no final, a evolução não foi, infelizmente e para meu gosto, no bom sentido.
Para sempre ficou a sua voz única e superiormente utilizada, "Sometimes he used it simply as a vehicle to carry the lyrics. Other times he used it as an extraordinary musical instrumental in its own right." como escreveu Lee Underwood (guitarrista que o acompanhou em quase toda a sua obra).
Do LP "Sefronia" (1973), o penúltimo, recupero "Dolphins" uma canção de Fred Neil que há muito ele interpretava e que se enquadra bem nos anos 60 da sua carreira.
Tim Buckley faleceu a 29 de Junho de 1975 de overdose de drogas, heroína incluída.
Tim Buckley - Dolphins
terça-feira, 11 de setembro de 2018
Nick Drake - Tow the Line
Falecidos na Década de 70
O nome de Nick Drake está, no mundo da música popular, entre os meus preferidos. Algures, no início da década de 70 ouvi a sua música e foi um nome que nunca mais esqueci. Tive que esperar até aos finais dos anos 80, início de 90 para que, com a edição em CD da sua curta produção discográfica, a pudesse adquirir e desfrutar desde então, na totalidade, da magia da sua música.
Nick Drake está na galeria muito reduzida das minhas preferências de sempre e ainda hoje, em tempos em que o seu nome começa a ter alguma notoriedade, nomeadamente na utilização da sua música em bandas sonoras de filmes, a sua audição é uma satisfação incrível. Será sempre.
Nick Drake (1948-1974), nasceu em Myanmar, antiga Birmânia, onde o pai fazia o serviço militar. É já em Inglaterra enquanto estudante de literatura em Cambridge que toma conhecimento da música de Van Morrison e Tim Buckley, interpreta Bob Dylan, Bert Jansch e Jackson C. Frank, desenvolvendo entretanto o seu próprio estilo.
Em 1968, Ashley Hutchings, baixista dos Fairport Convention, descobre-o e dá-lo a conhecer ao produtor Joe Boyd. Será ele o produtor dos 2 primeiros LP, respectivamente "Five Leaves Left" (1969) e "Bryter Layter" (1971). Atravessando períodos de depressão e com vendas desanimadoras Nick Drake grava um 3º LP despido de arranjos e músicos convidados, a obra de arte que é "Pink Moon" viu a luz no dia no ano de 1972 e foi o seu último trabalho editado enquanto vivo.
A recordação de hoje vai para a compilação "Made To Love Magic" surgida em 2004 que contem a canção inédita "Tow the Line" tida como a última por ele gravada em Julho de 1974.
Nick Drake faleceu a 25 de Novembro de 1974, Foi encontrado morto pela sua mãe e a causa da morte foi atribuída a overdose de um anti-depressivo que ele tomava para dormir. No gira-discos encontrava-se o Concerto de Brandenburg de Johann Sebastian Bach, na mesinha de cabeceira o livro de Albert Camus "O Mito de Sísifo", sobre o absurdo da vida e o suicídio.
(Texto com base nos folhetos do referido CD "Made To Love Magic" e de "Tanworth-in-Arden 1967/68" uma colecção de 18 gravações raras efectuadas em casa)
Nick Drake - Tow the Line
O nome de Nick Drake está, no mundo da música popular, entre os meus preferidos. Algures, no início da década de 70 ouvi a sua música e foi um nome que nunca mais esqueci. Tive que esperar até aos finais dos anos 80, início de 90 para que, com a edição em CD da sua curta produção discográfica, a pudesse adquirir e desfrutar desde então, na totalidade, da magia da sua música.
Nick Drake está na galeria muito reduzida das minhas preferências de sempre e ainda hoje, em tempos em que o seu nome começa a ter alguma notoriedade, nomeadamente na utilização da sua música em bandas sonoras de filmes, a sua audição é uma satisfação incrível. Será sempre.
Nick Drake (1948-1974), nasceu em Myanmar, antiga Birmânia, onde o pai fazia o serviço militar. É já em Inglaterra enquanto estudante de literatura em Cambridge que toma conhecimento da música de Van Morrison e Tim Buckley, interpreta Bob Dylan, Bert Jansch e Jackson C. Frank, desenvolvendo entretanto o seu próprio estilo.
Em 1968, Ashley Hutchings, baixista dos Fairport Convention, descobre-o e dá-lo a conhecer ao produtor Joe Boyd. Será ele o produtor dos 2 primeiros LP, respectivamente "Five Leaves Left" (1969) e "Bryter Layter" (1971). Atravessando períodos de depressão e com vendas desanimadoras Nick Drake grava um 3º LP despido de arranjos e músicos convidados, a obra de arte que é "Pink Moon" viu a luz no dia no ano de 1972 e foi o seu último trabalho editado enquanto vivo.
Edição Island de 2004 com as referências: CID 8141 / 986 631-8 |
A recordação de hoje vai para a compilação "Made To Love Magic" surgida em 2004 que contem a canção inédita "Tow the Line" tida como a última por ele gravada em Julho de 1974.
Nick Drake faleceu a 25 de Novembro de 1974, Foi encontrado morto pela sua mãe e a causa da morte foi atribuída a overdose de um anti-depressivo que ele tomava para dormir. No gira-discos encontrava-se o Concerto de Brandenburg de Johann Sebastian Bach, na mesinha de cabeceira o livro de Albert Camus "O Mito de Sísifo", sobre o absurdo da vida e o suicídio.
(Texto com base nos folhetos do referido CD "Made To Love Magic" e de "Tanworth-in-Arden 1967/68" uma colecção de 18 gravações raras efectuadas em casa)
Nick Drake - Tow the Line
segunda-feira, 10 de setembro de 2018
Mama Cass Elliot - He's a Runner
Falecidos na Década de 70
The Mamas & The Papas foi um grupo Pop, predominantemente vocal, bastante popular na 2ª metade da década de 60. Deixaram-nos canções que foram grandes êxitos na época e que ainda hoje se ouvem com particular gosto, são exemplos: "California Dreaming" e "Monday, Monday". Constituíam o quarteto John Philips (1935-2001) líder do grupo, Denny Doherty (1940-2007), Michelle Phillips (1944-) e Cass Elliot (1941-1974).
O foco, hoje, vai para Cass Elliot ou como também ficou conhecida Mama Cass falecida prematuramente com apenas 32 anos.
Quando The Mamas & The Papas terminaram oficialmente (1969) já Mama Cass tinha iniciado carreira a solo com a edição do bem recebido "Dream a Little Dream", continuando a gravar e a dar espectáculos até à sua morte.
Ataque de coração foi o diagnóstico para a sua morte ocorrida a 29 de Julho de 1974 enquanto dormia num apartamento em Londres onde então se encontrava.
Da discografia que nos deixou escolho para hoje um tema do 2º LP a solo "Bubblegum, Lemonade and… Something for Mama" editado em 1969. Trata-se da faixa "He's a Runner", um original da Laura Nyro e tornada mais conhecida na versão dos Blood, Sweat & Tears no ano de 1970.
Mama Cass Elliot - He's a Runner
The Mamas & The Papas foi um grupo Pop, predominantemente vocal, bastante popular na 2ª metade da década de 60. Deixaram-nos canções que foram grandes êxitos na época e que ainda hoje se ouvem com particular gosto, são exemplos: "California Dreaming" e "Monday, Monday". Constituíam o quarteto John Philips (1935-2001) líder do grupo, Denny Doherty (1940-2007), Michelle Phillips (1944-) e Cass Elliot (1941-1974).
O foco, hoje, vai para Cass Elliot ou como também ficou conhecida Mama Cass falecida prematuramente com apenas 32 anos.
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Quando The Mamas & The Papas terminaram oficialmente (1969) já Mama Cass tinha iniciado carreira a solo com a edição do bem recebido "Dream a Little Dream", continuando a gravar e a dar espectáculos até à sua morte.
Ataque de coração foi o diagnóstico para a sua morte ocorrida a 29 de Julho de 1974 enquanto dormia num apartamento em Londres onde então se encontrava.
Da discografia que nos deixou escolho para hoje um tema do 2º LP a solo "Bubblegum, Lemonade and… Something for Mama" editado em 1969. Trata-se da faixa "He's a Runner", um original da Laura Nyro e tornada mais conhecida na versão dos Blood, Sweat & Tears no ano de 1970.
Mama Cass Elliot - He's a Runner
domingo, 9 de setembro de 2018
Jim Croce - Bad Bad Leroy Brown
Falecidos na Década de 70
O ano de 1973 conheceu a morte de três importantes músicos norte-americanos. Primeiro Clarence White, depois Gram Parsons (já recordados) e ainda Jim Croce.
Jim Croce (1943-1973) foi um cantor e compositor de Folk-Rock. Faleceu no dia a seguir a Gram Parsons ou seja 20 de Setembro, ambos após a realização de um concerto, este atropelado, aquele em acidente de avião. Deixou 5 álbuns gravados entre 1966 e 1973, o suficiente para ser lembrado e colocado na galeria dos melhores compositores Folk norte-americanos.
Lembro-me bem da música de Jim Croce, mas muito provavelmente só a ouvi após a sua morte. Pelo menos a canção que melhor eu recordava era "I Got A Name" e essa só foi publicada postumamente. Fica esta para uma próxima recordação, para hoje escolho "Bad Bad Leroy Brown" que foi nº 1 nos Estados Unidos e pertencia ao álbum "Life and Times" de 1973.
Jim Croce - Bad Bad Leroy Brown
O ano de 1973 conheceu a morte de três importantes músicos norte-americanos. Primeiro Clarence White, depois Gram Parsons (já recordados) e ainda Jim Croce.
Jim Croce (1943-1973) foi um cantor e compositor de Folk-Rock. Faleceu no dia a seguir a Gram Parsons ou seja 20 de Setembro, ambos após a realização de um concerto, este atropelado, aquele em acidente de avião. Deixou 5 álbuns gravados entre 1966 e 1973, o suficiente para ser lembrado e colocado na galeria dos melhores compositores Folk norte-americanos.
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Lembro-me bem da música de Jim Croce, mas muito provavelmente só a ouvi após a sua morte. Pelo menos a canção que melhor eu recordava era "I Got A Name" e essa só foi publicada postumamente. Fica esta para uma próxima recordação, para hoje escolho "Bad Bad Leroy Brown" que foi nº 1 nos Estados Unidos e pertencia ao álbum "Life and Times" de 1973.
Jim Croce - Bad Bad Leroy Brown
sábado, 8 de setembro de 2018
Gram Parsons - Return of the Grievous Angel
Falecidos na Década de 70
Clarence White dos The Byrds tinha falecido a 15 de Julho de 1973, passavam-se 2 meses e era a vez do ex-The Byrds Gram Parsons que aquele tinha ido substituir.
Gram Parsons (1946-1973) foi um nome grande da música Folk-Rock e Country-Rock norte-americana, é mesmo apontado como um dos pioneiros na fusão do Rock com a música Country norte-americana.
É na sequência da saída de David Crosby e de Michael Clark, da formação original dos The Byrds, que Gram Parsons ingressa na grupo no ano de 1968. Nesse mesmo ano é editado o álbum "Sweetheart of the Rodeo", seminal do Country-Rock a que Gram Parsons não é alheio. Curta foi a sua estadia no grupo saindo no mesmo ano, para formar, com Chris Hillman da formação original dos The Byrds, um dos mais importantes e interessantes grupos de Country-Rock, The Flying Burrito Brothers. Como resultado e edição de dois influentes discos daquele género musical então em consolidação, são eles "The Gilded Palace of Sin" e "Burrito Deluxe". Dois discos imprescindíveis para os amantes do Country-Rock.
A partir de 1970 até à sua morte inicia carreia a solo e deixa um álbum, "GP" de 1973. Já em 1974 é editado postumamente "Grievous Angel". Possuo estes dois trabalhos que foram editados num único CD em 1990 pela Reprise com a referência 7599-26108-2.
É do segundo álbum que retiro ""Return of the Grievous Angel", onde se pode ouvir Emmylou Harris de quem se tornou amigo e com quem actuou ao vivo.
Gram Parsons faleceu a 19 de Setembro de 1973 tendo sido diagnosticada overdose de morfina e álcool.
Gram Parsons - Return of the Grievous Angel
Clarence White dos The Byrds tinha falecido a 15 de Julho de 1973, passavam-se 2 meses e era a vez do ex-The Byrds Gram Parsons que aquele tinha ido substituir.
Gram Parsons (1946-1973) foi um nome grande da música Folk-Rock e Country-Rock norte-americana, é mesmo apontado como um dos pioneiros na fusão do Rock com a música Country norte-americana.
É na sequência da saída de David Crosby e de Michael Clark, da formação original dos The Byrds, que Gram Parsons ingressa na grupo no ano de 1968. Nesse mesmo ano é editado o álbum "Sweetheart of the Rodeo", seminal do Country-Rock a que Gram Parsons não é alheio. Curta foi a sua estadia no grupo saindo no mesmo ano, para formar, com Chris Hillman da formação original dos The Byrds, um dos mais importantes e interessantes grupos de Country-Rock, The Flying Burrito Brothers. Como resultado e edição de dois influentes discos daquele género musical então em consolidação, são eles "The Gilded Palace of Sin" e "Burrito Deluxe". Dois discos imprescindíveis para os amantes do Country-Rock.
A partir de 1970 até à sua morte inicia carreia a solo e deixa um álbum, "GP" de 1973. Já em 1974 é editado postumamente "Grievous Angel". Possuo estes dois trabalhos que foram editados num único CD em 1990 pela Reprise com a referência 7599-26108-2.
É do segundo álbum que retiro ""Return of the Grievous Angel", onde se pode ouvir Emmylou Harris de quem se tornou amigo e com quem actuou ao vivo.
Gram Parsons faleceu a 19 de Setembro de 1973 tendo sido diagnosticada overdose de morfina e álcool.
Gram Parsons - Return of the Grievous Angel
sexta-feira, 7 de setembro de 2018
The Byrds - Nashville West
Falecidos na Década de 70
Nem todos os músicos de Rock falecidos na década de 70 eram, na altura, meus conhecidos. Nem sequer me recordo de ser noticiada, a alguns deles, a sua morte. É o caso de hoje, Clarence White falecido a 15 de Julho de 1971. Não vem, no entanto, a despropósito nesta lista que elaborei, pois pertencia então a um dos grupos que eu mais admirava, The Byrds.
The Byrds formados durante a década de 60 terminaram em 1973 quando Roger McGuinn, líder e elemento permanente na formação pôs fim ao grupo. Clarence White foi, de seguida ,o elemento que mais tempo permaneceu no grupo, entre 1968 e 1973. Guitarrista e vocalista, tal como Roger McGuinn, ingressou no grupo em substituição do grande Gram Parsons, o próximo a recordar na lista dos desaparecidos na década de 70, e a tempo de gravar "Dr. Byrds & Mr. Hyde", o 7º álbum do grupo.
Neste álbum consta um tema instrumental de nome "Nashville West", que foi trazido por Clarence White para o grupo pois já anteriormente tinha sido gravado por ele no grupo com a mesma designação, Nashville West, e que é uma marca do que chamar-se-ia Country-Rock. O destaque vai para a prestação de Clarence White na sua guitarra Fender adaptada de forma a soar como uma "pedal
steel guitar".
Clarence White faleceu atropelado por um condutor embriagado enquanto guardava o equipamento após um concerto.
The Byrds - Nashville West
Nem todos os músicos de Rock falecidos na década de 70 eram, na altura, meus conhecidos. Nem sequer me recordo de ser noticiada, a alguns deles, a sua morte. É o caso de hoje, Clarence White falecido a 15 de Julho de 1971. Não vem, no entanto, a despropósito nesta lista que elaborei, pois pertencia então a um dos grupos que eu mais admirava, The Byrds.
The Byrds formados durante a década de 60 terminaram em 1973 quando Roger McGuinn, líder e elemento permanente na formação pôs fim ao grupo. Clarence White foi, de seguida ,o elemento que mais tempo permaneceu no grupo, entre 1968 e 1973. Guitarrista e vocalista, tal como Roger McGuinn, ingressou no grupo em substituição do grande Gram Parsons, o próximo a recordar na lista dos desaparecidos na década de 70, e a tempo de gravar "Dr. Byrds & Mr. Hyde", o 7º álbum do grupo.
https://www.rollingstone.com |
Neste álbum consta um tema instrumental de nome "Nashville West", que foi trazido por Clarence White para o grupo pois já anteriormente tinha sido gravado por ele no grupo com a mesma designação, Nashville West, e que é uma marca do que chamar-se-ia Country-Rock. O destaque vai para a prestação de Clarence White na sua guitarra Fender adaptada de forma a soar como uma "pedal
steel guitar".
Clarence White faleceu atropelado por um condutor embriagado enquanto guardava o equipamento após um concerto.
The Byrds - Nashville West
quinta-feira, 6 de setembro de 2018
Jim Morrison - Abismos (escritos inéditos)
Abismos (escritos inéditos), no original "Wilderness", é um livro de poesia de Jim Morrison publicado pela primeira vez em Portugal pela Assírio e Alvim em Maio de 1991, era o nº 20 da colecção Rei Lagarto. O meu exemplar corresponde à 2ª edição de Abril de 1994.
Possibilidade de se conhecer a faceta de Jim Morrison para além de músico, a de poeta:
"Oiçam, a verdadeira poesia não diz nada, apenas destaca as possibilidades. Abre todas as portas. As pessoas podem atravessar aquela que se lhes ajusta.
...e é por isso que sinto pela poesia este apelo tão forte - porque é eterna. Enquanto houver pessoas, elas podem lembrar-se de palavras de combinações de palavras. Mas nada pode sobreviver ao holocausto a não ser a poesia e as canções. Ninguém se consegue lembrar de um romance inteiro. Ninguém consegue descrever um filme, uma escultura, uma pintura, mas enquanto houver seres humanos, as canções e a poesia sobreviverão.
Se a minha poesia pretende atingir alguma coisa, é libertar as pessoas dos limites em que se encontram e que sentem." em AUTO-ENTREVISTA, tradução de Ana Paula Sousa e António Costa.
O livro termina com a seguinte nota final:
"James Douglas Morrison, aliás Jim Morrison, ou simplesmente Jim, para amigos, discípulos e fãs. Nasceu em Melbourne, Flórida, em 8 de Dezembro de 1943 e morreu em Paris, França, em 3 de Julho de 1971. Uma morte prematura e misteriosa, uma vida à beira do abismo ou ultrapassando os limites, tornaram-no mito, lenda viva do rock & Roll, já lá vão mais de duas décadas.
Publicou em vida quatro livros de poemas e gravou várias horas de poesia em estúdio. Em finais de 1989 é editado o primeiro volume de Wilderness, um conjunto de inéditos de Morrison, dispersos em papéis e cadernos. É esse volume que aqui se apresenta."
"cada dia é uma viagem pela história", Jim Morrison no poema LATITUDES DO CAVALO.
Possibilidade de se conhecer a faceta de Jim Morrison para além de músico, a de poeta:
"Oiçam, a verdadeira poesia não diz nada, apenas destaca as possibilidades. Abre todas as portas. As pessoas podem atravessar aquela que se lhes ajusta.
...e é por isso que sinto pela poesia este apelo tão forte - porque é eterna. Enquanto houver pessoas, elas podem lembrar-se de palavras de combinações de palavras. Mas nada pode sobreviver ao holocausto a não ser a poesia e as canções. Ninguém se consegue lembrar de um romance inteiro. Ninguém consegue descrever um filme, uma escultura, uma pintura, mas enquanto houver seres humanos, as canções e a poesia sobreviverão.
Se a minha poesia pretende atingir alguma coisa, é libertar as pessoas dos limites em que se encontram e que sentem." em AUTO-ENTREVISTA, tradução de Ana Paula Sousa e António Costa.
O livro termina com a seguinte nota final:
"James Douglas Morrison, aliás Jim Morrison, ou simplesmente Jim, para amigos, discípulos e fãs. Nasceu em Melbourne, Flórida, em 8 de Dezembro de 1943 e morreu em Paris, França, em 3 de Julho de 1971. Uma morte prematura e misteriosa, uma vida à beira do abismo ou ultrapassando os limites, tornaram-no mito, lenda viva do rock & Roll, já lá vão mais de duas décadas.
Publicou em vida quatro livros de poemas e gravou várias horas de poesia em estúdio. Em finais de 1989 é editado o primeiro volume de Wilderness, um conjunto de inéditos de Morrison, dispersos em papéis e cadernos. É esse volume que aqui se apresenta."
"cada dia é uma viagem pela história", Jim Morrison no poema LATITUDES DO CAVALO.
The Doors - Riders On The Storm
Falecidos na Década de 70
Vamos para 1971 e mais uma morte ensombra a música Rock. Nove meses após a morte de Jimi Hendrix e Janis Joplin os fãs do grupo norte-americano The Doors são surpreendidos com a notícia da morte do seu líder, Jim Morrison.
À semelhança daqueles faleceu com 27 anos, estava então em Paris quando foi encontrado morto na banheira, a 3 de Julho em Paris, pela sua namorada Pamela Courson. Excesso de álcool e drogas estarão nas causas mais prováveis da sua morte.
Dos três referidos, Jim Morrison era o que eu melhor conhecia e mais apreciava, era, para mim, o melhor vocalista da música Rock e conhecia razoavelmente bem a sua música. Em particular o duplo LP ao vivo "Absolutely Live" e o recém editado "L.A. Woman". Da obra anterior eram vários os temas que já tinha ouvido, nomeadamente o "antigo" "Light My Fire" e o "mais recente" "Peace Frog". Foi, portanto a morte que eu mais senti.
Não sei, ao certo, quando soube da morte de Jim Morrison. Naquele tempo a informação era parca quer nos meios audiovisuais quer na imprensa escrita. Mas o artigo, do meu conhecimento, onde primeiro era referido o seu desaparecimento era assinado por Octávio A. F. Silva que assinava um artigo de duas páginas, sobre The Doors e Jim Morrison, no nº 6 de Novembro-Dezembro de 1971, do jornal "memória do elefante". Terminava o artigo assim:
"Já em 1971 editou-se um LP retrospectivo, «Doors 13», e pouco antes do desaparecimento de Jim Morrison apareceu o seu último trabalho: «L. A. Woman». Neste álbum, ainda uma última criação de génio em RIDERS ON THE STORM. Apelo prolongado e desesperado, envolve-nos na sua densidade ultra-sólida para nos prostar atentos num encanto pós orgástico. RIDERS ON THE STORM é ainda uma sequência do anteriormente exposto. Porém os «Doors» chegaram também a algo de muito incaracterístico, que com o desaparecimento de Morrison talvez nunca cheguemos a compreender se fosse possível compreender.
Esperemos o futuro dum grupo que foi um dos maiores de toda a música popular dos anos 60, asseverando, no entanto que as excelentes qualidades dos seus músicos não chegarão com certeza para suprir a falta dum dos génios primeiros dessa mesma música popular."
The Doors - Riders On The Storm
Vamos para 1971 e mais uma morte ensombra a música Rock. Nove meses após a morte de Jimi Hendrix e Janis Joplin os fãs do grupo norte-americano The Doors são surpreendidos com a notícia da morte do seu líder, Jim Morrison.
À semelhança daqueles faleceu com 27 anos, estava então em Paris quando foi encontrado morto na banheira, a 3 de Julho em Paris, pela sua namorada Pamela Courson. Excesso de álcool e drogas estarão nas causas mais prováveis da sua morte.
Dos três referidos, Jim Morrison era o que eu melhor conhecia e mais apreciava, era, para mim, o melhor vocalista da música Rock e conhecia razoavelmente bem a sua música. Em particular o duplo LP ao vivo "Absolutely Live" e o recém editado "L.A. Woman". Da obra anterior eram vários os temas que já tinha ouvido, nomeadamente o "antigo" "Light My Fire" e o "mais recente" "Peace Frog". Foi, portanto a morte que eu mais senti.
Da edição comemorativa dos 40 anos dos The Doors (1967-2007), edição em CD de "L. A. Woman" |
Não sei, ao certo, quando soube da morte de Jim Morrison. Naquele tempo a informação era parca quer nos meios audiovisuais quer na imprensa escrita. Mas o artigo, do meu conhecimento, onde primeiro era referido o seu desaparecimento era assinado por Octávio A. F. Silva que assinava um artigo de duas páginas, sobre The Doors e Jim Morrison, no nº 6 de Novembro-Dezembro de 1971, do jornal "memória do elefante". Terminava o artigo assim:
"Já em 1971 editou-se um LP retrospectivo, «Doors 13», e pouco antes do desaparecimento de Jim Morrison apareceu o seu último trabalho: «L. A. Woman». Neste álbum, ainda uma última criação de génio em RIDERS ON THE STORM. Apelo prolongado e desesperado, envolve-nos na sua densidade ultra-sólida para nos prostar atentos num encanto pós orgástico. RIDERS ON THE STORM é ainda uma sequência do anteriormente exposto. Porém os «Doors» chegaram também a algo de muito incaracterístico, que com o desaparecimento de Morrison talvez nunca cheguemos a compreender se fosse possível compreender.
Esperemos o futuro dum grupo que foi um dos maiores de toda a música popular dos anos 60, asseverando, no entanto que as excelentes qualidades dos seus músicos não chegarão com certeza para suprir a falta dum dos génios primeiros dessa mesma música popular."
The Doors - Riders On The Storm
quarta-feira, 5 de setembro de 2018
Janis Joplin - Me and Bobby McGee
Falecidos na Década de 70
Jimi Hendrix tinha falecido a 18 de Setembro de 1970 e ontem recordei-o. Passava pouco mais de 15 dias e nova morte assombrava o mundo do Rock, Janis Joplin falecia a 4 de Outubro.
Janis Joplin (1943-1970) juntava-se ao que mais tarde ficou conhecido como o "Clube dos 27" ou seja figuras proeminentes do universo Rock a falecerem com 27 anos. Tinha sido Brian Jones, depois Jimi Hendrix, agora Janis Joplin.
Figura invulgar na música popular, Janis Joplin abraçou o Blues-Rock como a trave mestra do seu curto mas enorme percurso musical. Faleceu de overdose de heroína quando preparava o 4º álbum (2º a solo) que viria a ser editado postumamente no ano seguinte.
"Pearl" foi a designação do LP e teve à época um sucesso e divulgação consentânea. Talvez por isso me lembre muito melhor da sua morte do que a de Jimi Hendrix.
Na rádio eram vários os temas que se podiam ouvir, "Mercedes Benz", "Me and Bobby McGee" e "Cry Baby" foram os mais divulgados. Recordo-me de os ouvir no programa "Página Um" que recorrentemente aqui refiro pois ouvia-o quase todos os dias ao final da tarde.
A escolha para hoje recai em "Me and Bobby McGee" que também foi um êxito no seu original de Kris Kristofferson.
Janis Joplin - Me and Bobby McGee
Jimi Hendrix tinha falecido a 18 de Setembro de 1970 e ontem recordei-o. Passava pouco mais de 15 dias e nova morte assombrava o mundo do Rock, Janis Joplin falecia a 4 de Outubro.
Janis Joplin (1943-1970) juntava-se ao que mais tarde ficou conhecido como o "Clube dos 27" ou seja figuras proeminentes do universo Rock a falecerem com 27 anos. Tinha sido Brian Jones, depois Jimi Hendrix, agora Janis Joplin.
Figura invulgar na música popular, Janis Joplin abraçou o Blues-Rock como a trave mestra do seu curto mas enorme percurso musical. Faleceu de overdose de heroína quando preparava o 4º álbum (2º a solo) que viria a ser editado postumamente no ano seguinte.
"Pearl" foi a designação do LP e teve à época um sucesso e divulgação consentânea. Talvez por isso me lembre muito melhor da sua morte do que a de Jimi Hendrix.
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Na rádio eram vários os temas que se podiam ouvir, "Mercedes Benz", "Me and Bobby McGee" e "Cry Baby" foram os mais divulgados. Recordo-me de os ouvir no programa "Página Um" que recorrentemente aqui refiro pois ouvia-o quase todos os dias ao final da tarde.
A escolha para hoje recai em "Me and Bobby McGee" que também foi um êxito no seu original de Kris Kristofferson.
Janis Joplin - Me and Bobby McGee
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