quinta-feira, 29 de junho de 2017

Crosby, Stills, Nash & Young - Carry On

Ao digitalizar textos publicados pelo meu pai em jornais de Ovar, mas não incluídos nos 2 livros entretanto editados, deparei com um artigo insuficientemente intitulado “Os Jovens e os Livros” onde ele se manifestava preocupado pela falta de interesse da juventude na leitura, assim como a fácil motivação por produtos, de menor interesse e qualidade duvidosa, passados nas televisões e cinemas e ainda pela generalidade da música Rock. Mas fazia salvaguarda do seguinte modo:
“Quanto ao aspecto específico da música, eu gostaria de abrir aqui um parênteses para dizer o seguinte: não pensem que não tenho também um certo gosto pela música rock. Tenho, sim senhor, não vejo qualquer relutância em afirmá-lo, quando ela é de boa qualidade. Comprei muitos discos daqueles grandes conjuntos dos anos 60 como, por exemplo, de Os Beatles, de Os Moody Blues, de Crosby, Stills, Nash & Young, de Simon e Garfunkel, de Os Doors, dos Pink Floyd, de Santana, etc, que foi a época de oiro deste tipo de música popular e que volta a aparecer agora em força através da reedição dos seus discos e em concertos memoráveis e que ainda continua a ser do melhor que há no meio de tanta mediocridade que prolifera por aí.” 

E continuava na manifestação do seu gosto, desde muito novo, pela música clássica e em particular por Schubert…

Bem, mas o que na realidade me chamou a atenção nestas linhas foi o facto de (o artigo foi escrito em finais de 1996) ele ainda se recordar de grupos como The Moody Blues, ou os Crosby, Stills, Nash & Young ou até mesmo The Doors sem sequer me ter então consultado. Na realidade a aquisição de álbuns daqueles autores foi feita sob minha influência e estavam (estão) na minha posse, embora os tivéssemos ouvido muitas vezes juntos.
Fica também a curiosidade de pouco antes da digitalização deste artigo ter recordado precisamente o primeiro e excelente álbum dos Crosby, Stills, Nash & Young de nome “Déjà Vu” que ele me comprou em 1970, ano em que foi editado. Rodou vezes sem conta!





O álbum era, como eu já chamei a alguns outros discos, um ponto de singularidade no contexto altamente criativo da época. Quatro músicos de excepção criavam uma música bela e nova que, claro, ainda hoje se ouve, e ouvirá, com grande deleite.

Parafraseando o meu pai “Se formos insensíveis às grandes criações do espírito, acho que a vida perderá grande parte da sua beleza, da sua magia e do seu interesse.”, fiquemos então com a magia de “Carry On” o tema de abertura de “Déjà Vu”. Arrebatador!




Crosby, Stills, Nash & Young - Carry On

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