É sabido que Pedro Osório (1939-2012) não morria propriamente de amores pelo seu passado musical dos anos 60:
“Andava a tentar descobrir como é que se fazia, e os resultados finais não me enchiam propriamente de prazer”- Visão nº 975 de 2011.
Genericamente era o que quase todos andavam a fazer, andavam a descobrir, copiando, recriando temas populares com a sonoridade importada da Pop britânica. Os resultados eram quase sempre sofríveis com algumas excepções honrosas: Quarteto 1111, Sheiks e mais tarde a Filarmónica Fraude.
Pedro Osório e o seu Conjunto faz a primeira aparição publica no Verão de 1957, em 1960 têm início as primeiras gravações em EP; em 1961 sob o título “O CONJUNTO DE PEDRO OSÓRIO em LISBOA” a revista Plateia de 20 de Dezembro escrevia:
“Esteve recentemente em Lisboa, onde actuou no Cinema Restelo, num espectáculo de variedades organizado pelo «Passatempo para Jovens", o popular conjunto portuense de Pedro Osório.
Todos jovens (e solteiros!), irradiando descontracção e alegria comunicativa, Francisco Pereira da Silva, Pedro Nuno, José Couceiro e Pedro Osório souberam conquistar imediatamente a admiração e o aplauso do público, de todas as idades.
Como nasceu a ideia de formarem um conjunto, explica-a o reservado Pedro Osório em poucas palavras: — «Juntar o útil ao agradável».
Em 1958, veio o dia da estreia e, mais tarde,, a oportunidade de gravarem comercialmente.
— Quantos discos têm gravados, Pedro Osório?
— Quatro e vamos gravar brevemente um outro para a marca «Orpheu», com quatro canções, uma das quais se intitula «Pull-over».
— É a primeira vez que vêm actuar em Lisboa, não é verdade?
— Em espectáculos é. Fora deste género porém, já cá viemos actuar em quatro bailes.
— E conseguem conciliar as exigências dos estudos com a vida artística?
— Conseguimos; em vez de gastarmos o tempo com outros meios de distracção, tocamos e cantamos.
Algumas jovens de caderninho na mão, vêm ao encontro do nosso entrevistado, deixando-nos apenas livres alguns segundos para desejarmos aos jovens artistas uma longa vida e a continuação dos melhores êxitos.”
Já recordámos “Era um biquini piquinino às bolinhas amarelas” e “Las Clases De Cha Cha Cha”, ambos de 1960, agora vamos para o ano de 1961 e ficamos com “Let's Twist Again”, Pedro Osório a tentar descobrir como é que se fazia.
Pedro Osório e o Seu Conjunto - Let's Twist Again
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