Neste ano de 2016 primeiro regresso à música feita no nosso Portugal nos anos 60.
A década de 60 quase que pode ser dividida em duas partes consoante as principais influências que por cá se fizeram sentir. A primeira, mais curta, até sensivelmente 1963, com o predomínio avassalador de Cliff Richard and The Shadows, e a segunda com a invasão dos The Beatles.
Por cá um grupo está na origem desta divisão. Formados em 1963 os Sheiks, donde se viriam a destacar Carlos Mendes e Paulo de Carvalho e mais tarde Fernando Tordo, revolucionaram o panorama musical nacional com a adesão a uma sonoridade mais próxima dos The Beatles. Com capacidades vocais, técnicas e de produção acima da média ficam como uma das boas memórias dos nossos anos 60. Não se confinaram exclusivamente a interpretações de temas consagrados internacionalmente ("Summertime", "Michelle", "These Boots Are Made For Walkin'" são exemplo), também fizeram uma aposta em originais, alguns dos quais de gosto inegável.
Ao vivo na RTP podemos recordar os Sheiks, em ritmo “shake”, em duas canções , respectivamente “Summertime” e “Copo” (esta é de fugir!) ambas do primeiro EP.
Em 1966, o ano de maior produção, é editado o 3º EP e o destaque ia direito para o original “Lonely Lost And Sad” que não desmereceria qualquer grupo internacional da época. Nesse mesmo ano a internacionalização esteve por um fio com destaque para o êxito alcançado em Paris onde viriam a gravar um EP.
Recordemos então “Lonely Lost And Sad” um verdadeiro “slow” como se dizia nesse tempo. Foi há 50 anos!
Sheiks - Lonely Lost and Sad
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