A década de 70, forma musicalmente um “U” como bem observava Miguel Esteves Cardoso no seu posfácio da 2ª edição (1981) ao livro “Pop Music / Rock” de Philippe Daufouy/Jean-Pierre Sarton:
“ Por muito geométrico que pareça, e apesar da ignorância do Sr. Gauss no que toca às coisas do Rock, os pontos altos da década são 1970 e 1980. A partir de 1970 a qualidade, medida pela quantidade de lançamentos importantes, decresce progressivamente. Atinge a fossa mais profunda e pestilenta em 1975, recuperando depois nos anos seguintes, até atingir novo auge em 1980”, afirma o MEC. Ou seja, a primeira metade da década de 70 a viver, por inércia, à sombra dos anos 60 (até espremer e não dar mais) e a revolta punk da segunda metade vir reavivar a cena musical.
No entanto, um conjunto de músicos a que MEC chama “os sobreviventes” destaca-se sobressaindo com “qualidade constante e ininterrupta ao longo da década”: Joni Mitchell, Leonard Cohen, Bob Marley e David Bowie.
Sem mais delongas fiquemos com David Bowie, sobrevivente de muitas décadas, e com o álbum “The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars” de 1972. Para começar, a faixa de abertura, “Five Years” (o alienígena Ziggy Stardust, que vem para salvar a terra, anuncia que esta irá ser destruída dentro de cinco anos):
“The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars” foi o melhor álbum da década de 70 e termina com “Rock 'n' Roll Suicide” (o suicídio de Ziggy Stardust que entretanto se transformara em estrela de Rock e líder da banda ”Spiders from Mars").
De acordo com as instruções impressas na capa do LP “TO BE PLAYED AT MAXIMUM VOLUME”, aqui vai “Rock 'n' Roll Suicide”.
David Bowie - Rock 'n' Roll Suicide
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