quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Angel Olsen - Lark

Algumas memórias de 2019

Não sou capaz de fazer uma listagem dos melhores discos de Rock e ou suas variantes do ano de 2019. Cada vez se edita mais e cada vez ouço menos as novidades que vão surgindo. Uma ou outra ouço, é evidente, mas não o suficiente para me abalançar em tal tarefa. E, provavelmente é da idade, diga-se em abono da verdade, mas confesso que tenho alguma dificuldade em me identificar com alguma, alguma é generoso, da música que nos chega nos tempos de hoje. Cada vez assiste-se a lançamentos de jovens, cada vez mais jovens, que das duas uma ou são génios ou então são produto de marketing pelo qual não estou interessado, inclino-me mais para este último caso. Veja-se o caso de Billie Eilish, a aclamada adolescente de 2019. Comecei a ouvir o tão falado disco de estreia, "When We All Fall Asleep, Where Do We Go?", o melhor álbum de 2019 para o New York Times,  e não passei da faixa inicial "Bad Guy".
Outro exemplo: FKA Twigs surge em 2019 com o 2º trabalho "Magdalene" e no final da primeira faixa arrepiava de frio, como se estivesse no Pólo Norte, e não tive forças para continuar tão gélida é a sua música, melhor álbum do ano em diversas publicações, o 2º melhor para as consideradas classificações da Pitchfork.


Segue listagem de álbuns que de alguma forma fui ouvindo ao longo ano e que devem ser destacados:
Sharon Van Etten - Remind me Tomorrow
William Tyler - Goes West
Better Oblivion Community Center - Better Oblivion Community Center
The Unthanks - Lines; Part Three: Emily Brontë
Robert Forster - Inferno
Deerhunter - Why Hasn't Everything Already Disappeared?
King Gizzard & the Lizard Wizard - Fishing for Fishies
Big Thief - U.F.O.F.
The Divine Comedy - Office Politics
Bill Callahan - Shepherd in a Sheepskin Vest
Aldous Harding - Designer
Edwyn Collins - Badbea
Thom Yorke - Anima
Devendra Banhart - Ma
Angel Olsen - All Mirrors
Bonnie 'Prince' Billy - When We Are Inhuman

A questão é que ouço estes discos, posso até gostar, mas, na verdade, não me trazem nada de realmente novo, na generalidade é o rever de sonoridades há muito conhecidas e assim sendo geralmente opto pelos sons originais.
Alguns são bem "Noise", electrónicos e experimentais mas muito distantes e pouco cativantes, os mais próximos do Folk e do Folk-Rock nutrem a minha preferência pese a pouca inovação que introduzem.


https://genius.com/


Depois das escolhas de PJ Harvey, Laura Marling e Lucy Dacus nos anos anteriores, destaco para 2019 Angel Olsen com o álbum "All Mirrors". Trabalho que se encontra na intercepção do tradicional e do vanguardismo Pop, entre sonoridades que nos são já familiares e a busca de algo novo que nos prende a atenção e os sentimentos. Para continuar a seguir esta cantora, autora americana que já vai no seu 4º álbum. Será que sou só eu, ao fazer estas escolhas, ou as mulheres estão a dominar o panorama musical ano após ano?




Angel Olsen - Lark

Sem comentários:

Enviar um comentário