domingo, 27 de dezembro de 2020

John Cale - Paris 1919

Tenho de o reconhecer, John Kay, J. J. Cale, John Cage, John Cale, eram nomes que no início dos anos 70, por vezes, me baralhavam. Na leitura de algum artigo ou alguma referência em programa na rádio deixavam-me na dúvida a quem, de facto, se estariam a referir. A música, essa era bem distinta e não deixava, normalmente, campo para dúvida. Para que não haja confusões:

John Kay (1944-) – Guitarrista e vocalista do grupo Steppenwolf dos anos 60. Ficaram para sempre ligados ao seu tema mais conhecido, o hino rock “Born to Be Wild” popularizado no filme “Easy Ryder”. 

J. J. Cale (1938-2013) – Cantor, compositor e guitarrista norte-americano com uma longa discografia e maneira peculiar de tocar guitarra. Dizem, fonte de inspiração para a forma de tocar de Mark Knopfler. Eric Clapton teve um grande êxito com uma canção de J. J. Cale, “Cocaine”. 

John Cage (1912-1992) – Músico norte-americano de vanguarda, experimentalista, explorador do silêncio e do ruído. Ficou célebre a peça 4’33’’, composição com 3 andamentos, sem qualquer nota. as diferentes formas do silêncio?


Edição alemã em CD de 1993 com a ref: 7599-25926-2

John Cale (1942-) – Músico galês, compositor, interprete, membro fundador conjuntamente com Lou Reed do grupo mais importante da história do rock, The Velvet Underground. No início da década de 60 chegou a colaborar com John Cage (para ajudar na minha confusão) e mais tarde com os músicos vanguardistas La Monte Young e Terry Riley. Seis décadas depois é referência obrigatória na história da música rock. A sua música ficará na história do rock e, acredito, a ser, no futuro, objecto de estudo.

Actualmente com 78 anos, continua activo com algumas passagens pelo nosso país. Tive oportunidade de o ver no já longínquo ano de 1988, no Rivoli.

Segue para audição o estado da arte do rock de John Cale em 1973. Do álbum “Paris 1919”, um dos melhores registos de John Cale.



John Cale - Paris 1919

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