Algumas memórias de 2016
Ainda o ano de 2016. Da geração de 60 já referimos os testemunhos finais de David Bowie e Leonard Cohen, ficam agora mais algumas achegas para alguns dos que nos encantaram na juventude e que de alguma forma confirmaram ou desiludiram as expectativas sempre altas que em relação a eles temos.
Marcaram presença, entre as nossas preferências, John Cale, Neil Young, Van Morrison, Paul Simon, mas também The Rolling Stones e Van der Graff Generator, a maior desilusão vai para Neil Young.
Não esteve mal com "Earth" o duplo CD ao vivo com os Promise of the Real, mas terminou o ano mal com o álbum a solo "Peace Trail", um disco feito à pressa onde as ideias musicais parecem não ter tido tempo para amadurecer, ficou um disco desenxabido, semi-acústico, semi-eléctrico, uma harmónica distorcida, resquícios electrónicos dos anos 80, vai directo para os discos menos conseguidos de Neil Young.
O destaque maior vai para Van Morrison. Com uma produção mais espaçada, o último disco de originais datava de 2012 com "Born To Sing: No Plan B" (passando por cima do álbum duetos de 2015), Van Morrison assina em "Keep Me Singing" um conjunto de 13 novas e refrescantes canções. Van Morrison já não inova, nem precisa, mas de uma forma descontraída e delicada continua a levar-nos para o seu irresistível universo onde o Rock, o Jazz, o Pop e o Blues se cruzam de forma única.
Altura para ouvir "Too Late".
Van Morrison - Too Late
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