Algumas memórias de 2016
Na música popular portuguesa, o Fado continuou a dominar o ano de 2016. Se, nesta área, já não assistimos a nada de verdadeiramente inovador no novo Fado que este milénio nos trouxe, continua a ser dominador e a afirmar-se no mercado nacional.
Nesta área destacam-se:
Ricardo Ribeiro - Hoje É Assim, Amanhã Não Sei
Gisela João - Nua
Cristina Branco - Menina
Faltaram Camané e Ana Moura ainda a viver dos sucessos de 2015
Vindos do Fado, mas cada vez mais longe dele, tivemos António Zambujo com "Até Pensei que Fosse Minha" em tributo a Chico Buarque e Carminho com "Carminho Canta Tom Jobim" em tributo a Tom Jobim.
No Pop Rock destacaram-se Capitão Fausto com "Têm os Dia Contados", cada vez mais reconhecidos e para muitos o melhor disco português do ano, Samuel Úria com "Carga de Ombro", já com uma vasta discografia mas ainda não suficientemente divulgado, em sonoridades mais afastadas Rodrigo Leão em parceria com o australiano Scott Matthew continua uma sólida carreira a solo que começou com "Ave Mundi Luminar" em 1993.
Menos divulgados mas nem por isso menos importantes dois discos de 2016 que gostamos particularmente, de Old Jerusalem, o portuense Francisco Silva que foi buscar o seu nome artístico a uma canção do seu mentor Will Oldham (Bonnie Prince Billy) no tempo dos Palace Music, assina mais um álbum intimista de nome "A Rose is a Rose is a Rose is a Rose" a demonstrar uma evolução segura e consistente.
Finalmente o disco que terá sido em 2016 mais ignorado, "Pérolas d'Alma" de Nuno Rodrigues. Aos 67 anos Nuno Rodrigues (ex-Musica Novarum, ex-Banda do Casaco) assina o primeiro disco a solo musicando a poesia de Florbela Espanca. Um disco de rara beleza, cuidadosamente trabalhado a colocá-lo, claramente, entre o melhor que 2016 nos deixou.
Nuno Rodrigues - Versos
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