Algumas memórias de 2016
O ano de 2016 vai ficar marcado pelo desaparecimento de David Bowie e Leonard Cohen, duas figuras maiores da música popular dos últimos 50 anos. Mas também, para além de Prince e George Michael, e ignorados pelos media, pela morte de Paul Kantner (dos Jefferson Airplane de boa memória), de Alan Vega (pioneiro nos Suicide do movimento Punk nos Estados Unidos), de Glenn Frey (elemento dos conhecidos The Eagles), Leon Russel (“A Song For You” de 1970, uma pequena maravilha), Keith Emerson e Greg Lake (respetivamente dos The Nice e King Crimson e juntos nos Emerson, Lake and Palmer), George Martin (produtor dos The Beatles, ou melhor o 5º Beatle), Toots Thielemans (o belga que levou a harmónica ao Jazz), Gato Barbieri (saxofonista argentino de Jazz), Paul Bley (pianista de Jazz com particular destaque nos anos 60 e 70) e noutras músicas Pierre Boulez (compositor de vanguarda).
David Bowie e Leonard Cohen, deixaram-nos respectivamente “Blackstar” e “You Want It Darker” a facilmente figurarem entre os melhores do ano. Também os Tindersticks com “The Waiting Room” assinaram excelente disco a colocá-lo entre os melhores de Rock alternativo.
No entanto, o meu destaque vai para o álbum “Lodestar” de Shirley Collins, a obra do ano de 2016.
Shirley Collins foi uma das mais importantes cantoras Folk dos anos 60 e 70, co-responsável pelo revivalismo da música tradicional que então se verificou.
Para além de discografia a solo, destacam-se as gravações com a irmã (Shirley and Dolly Collins), com The Albion Band e ainda com Davy Graham.
Era de 1978 a sua última gravação, altura em que na sequência da separação de Ashley Hutchings (Fairport Convention, Steeleye Span, The Albion Band) e de acordo com afirmação dela: “My voice got damaged, my ego got damaged, and my heart and everything, and I stopped being able to sing” (www.theguardian.com).
Foram necessários 38 anos para voltar às gravações e, agora, aos 81 anos prenda-nos com “Lodestar”.
É da música Folk que nos chegam as melhores propostas, depois das irmãs Unthanks em 2015, o ano de 2016 é de Shirley Collins. Como amostra segue “Death and the Lady”.
Shirley Collins - Death and the Lady
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