Das cinzas dos Pop Five Music Incorporated iria surgir um novo grupo em Portugal no ano de 1972, Smoog assim se chamavam.
Influências do Hard-Rock e do Rock Progressivo eram as que mais se faziam sentir naquela época nos grupos de Rock nacionais. O Ié-Ié e o Pop-Rock dos anos 60 estavam definitivamente afastados e as novas formações de Rock absorviam o que ouviam de grupos estrangeiros que exploravam novas sonoridades e que se aventuravam na utilização de novos instrumentos como o Moog (instrumento electrónico que tomou o nome do seu inventor e que teve particular importância em grupos de Rock como os Yes e os Emerson, Lake and Palmer).
Em Portugal, Miguel Graça e Moura, teclista dos citados Pop Five Music Incorporated, foi um dos primeiros, senão o primeiro, a usá-lo por cá e a designação da sua nova formação após o fim dos Pop Five... contém mesmo a palavra Moog, foram os Smoog.
De duração curta (1972-1974), experimentando diferentes formações, os Smoog tinham em Miguel Graça Moura, nos teclados o seu líder.
Gravaram um único Single onde se procurava evidenciar as potencialidades que o Moog disponibilizava. Dois temas, "Smoogin'" e "What's Going On", compunham o disco onde na contra-capa Miguel Graça Moura manifestava, um tanto pretenciosamente, as razões dos Smoog:
"Smoog - Os objectivos: um novo som (a electrónica e os teclados), um estilo original, a criação própria; intencionalidade na concepção formal, no tratamento sonoro, na exploração (jazzística) dos temas.
Smoog - As fontes: o aproveitamento do virtuosismo técnico ao serviço da imaginação criadora; a utilização de temas e processos de composição clássicos; a pesquisa de novos timbres.
Smoog - As intenções: a emoção estética na vivência da ambiência sonora; a música pela música."
"Smoogin'" a ocupar o lado A, a lembrar-me por vezes os Santana, segue para
recordação.
Smoog - Smoogin'
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