sexta-feira, 13 de novembro de 2020

José Jorge Letria – Farsa Nupcial

Representante do que melhor se fez em termos de música de intervenção, encontra-se José Jorge Letria.

Fez parte da geração surgida no final da década de 60 que tiveram a sua importância  e deram o seu contributo na exploração de novas formas musicais de conteúdo vincadamente político de crítica social e de oposição ao regime fascista ainda vigente. Actividade intensa tiveram e de alguma forma contribuíram para a queda daquele hediondo regime.

Fernando Assis Pacheco, jornalista e escritor, assinava um pequeno texto na contra-capa de um Single de 1972 com " Tango dos Pequenos Burgueses" e "Páre, Escute e Olhe" onde se podia ler:

"Por haver uma velha música portuguesa, moribunda, assez ruim, com a qual não precisamos de gastar cera, é que há uma nova, uma outra e diferente música a fazer-se todos os dias de muitas maneiras. O José Jorge Letria está implicado no movimento desde que sacou pela primeira vez a viola e saiu para a rua."




1973, os ecos do álbum "Até ao Pescoço" ainda andavam no ar e José Jorge Letria aventura-se a gravar um disco ao vivo (inédito até então a gravação ao vivo de concertos da área da música popular) o que acontece a 12 de Novembro daquele ano.

Num disco menor face à qualidade evidenciada em "Até ao Pescoço", escolho a satírica "Farsa Nupcial" em linha com o que conhecíamos de António Macedo.



José Jorge Letria – Farsa Nupcial

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