quarta-feira, 18 de novembro de 2020

José Afonso - Maria Faia

  mundo da canção nº 12 de Novembro de 1970

Não há duas sem três. Aqui vai terceira passagem consecutiva por José Afonso.

Vou então percorrer a revista nº 12 do "mundo da canção" de Novembro de 1970. Começo com a música portuguesa. Na capa, já vimos ontem aparecia José Afonso e recordei "Canção do Desterro" cujo letra aparecia algures, desenquadrada, no interior da revista. Mas não se ficava por aqui a abordagem que a revista fazia a José Afonso, mais duas letras eram transcritas e um texto de Bernardo Santareno eram publicados a propósito da recente edição do LP " Traz Outro Amigo Também".

O texto de Bernardo Santareno, escritor oposicionista ao regime de Salazar, encontrava-se no interior da capa dupla do álbum e começava assim:

"A arte de José Afonso é um jorro de água clara, puríssima, portuguesa sem mácula. Realmente é a “pureza” a nota maior desta arte: Pureza de voz, pureza no poema, pureza na música. Neste disco, um dos mais ricos quanto a valores poéticos, é ela que domina: Trova antiga purificada, folclore limpo de excrescências, balada de combate em que a justiça vai de bandeira. E o ouvinte fica tonificado, «limpo», cheio de graça, com mais vigor para a luta."



As duas letras publicadas eram respectivamente "Canto Moço" (já em tempos aqui disponibilizada) e "Maria Faia", pelo que é esta última que fica para recordação.




"Maria Faia" é um tradicional da Beira-Baixa, aqui no voz única e inconfundível de José Afonso, para recordar sempre!



José Afonso - Maria Faia

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