O Início do Krautrock
Formada a partir do movimento estudantil da segunda metade da década de 60, Amon Düül foi uma comuna de artistas originária da cidade de Munique. Como forma de sustentar a comuna constituíram o grupo Rock, com o mesmo nome, de qualidade duvidosa.
Do colectivo Amon Düül emergiram entretanto alguns membros com capacidades técnicas e musicais superiores que divergiram da comuna formando o grupo Amon Düül II. Chris Karrer, John Weinzierl, Peter Leopold, Falk Rogner e Renate Knaup constituíram o núcleo central dos Amon Düül II.
Os Amon Düül II são considerados um dos pioneiros do Krautrock, tendo desenvolvido uma sonoridade vanguardista baseada no Rock psicadélico e progressivo e foram a primeira grande banda a ter reconhecimento fora da Alemanha. Com uma sonoridade própria, claramente avant-garde,distinta dos seus congéneres britânicos e americanos, mais influenciados pelos Blues, tiveram logo no primeiro disco "Phallus Dei", de 1969, uma boa aceitação.
Um disco predominantemente instrumental com temas longos (a faixa "Phallus Dei" dura mais de 20 minutos e ocupa todo o lado B do LP), onde uma miscelânea de sons electrónicos inovadores fizeram deste disco uma obra avançada no tempo, é hoje uma referência dos primórdios do Krautrock.
Logo na primeira faixa "Kanaan", somos surpreendidos por uma mescla de sons, percussões africanas, cítaras, guitarras, teclados, como que iniciadores de uma dança tribal que se desenvolve em crescendo até à apoteose final.
Diríamos criadores de ambientes góticos quando tal conceito ainda não fazia parte da gramática da música Rock.
Amon Düül II - Kanaan
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