Uma boa parte da música popular (em todas as suas variantes) é relativamente fraca, para não dizer mesmo má. Uma muito larga fatia de grupos ou solistas, mesmo (ou particularmente) aqueles que conheceram o topo da popularidade (leia-se top de vendas), é destituída da mais elementar qualidade. Músicas fáceis, cantaroláveis, com refrões de ficar no ouvido prolife(ra)am por todo o lado: rádio, televisão, discotecas, concertos. Consomem-se num Verão e deitam-se fora no Outono, qual pastilha elástica. Os seus autores/interpretes assim como são idolatrados, assim são rapidamente esquecidos.
A questão é que há tanta, tanta música popular editada, nas suas múltiplas matizes, que extirpando-a de tudo o que é menor, corriqueiro e passageiro... o que sobra ainda é, para nosso deleite, muito e impossível de conhecer na totalidade.
E depois há um número restrito de músicos que sem conhecerem os top da popularidade são possuidores de uma carreira absolutamente ímpar e de uma importância singular a merecerem figurar na história pelo contributo no desenvolvimento de determinado género musical. Richard Thompson é um deles.
Richard Thompson, actualmente com 65 anos, é um destacado músico britânico a merecer o reconhecimento por uma imensa minoria que o segue desde os idos anos 60.
Elemento nuclear das primeiras formações dos Fairport Convention com quem gravaria os 5 primeiros essenciais álbuns entre 1968 e 1970, partiria de seguida para uma aventura musical, primeiro com a esposa Linda Thompson (1974 a 1982) e depois a solo, que se prolonga até aos nossos dias. Eminente e distinto guitarrista, invulgar escritor de canções, possuidor de uma riqueza interpretativa consolidada ao longo dos anos, é o destaque maior do chamado Folk-Rock, do qual foi, desde os anos 60, então ainda adolescente, um dos principais criadores.
Do álbum "Fairport Convention" de 1968, ao último registo a solo "Electric" de 2013 (não considerando a revisão "Acoustic Classics" de 2014) é difícil a escolha de uma canção para este Regresso ao Passado. Assentando no critério de temas a fazerem 40 anos ficamos com "I Want to See the Bright Lights Tonight" do admirável álbum homónimo de 1974, então assinado por Richard and Linda Thompson; um álbum maior num ano menos interessante no que concerne à música popular.
A 2 de Março de 2013 João Lisboa terminava a habitual crónica na revista Actual, do jornal Expresso, assim: "Richard Thompson poderá viver até aos 100 anos, mas já esperámos tempo de mais para o ver."
Para quando Richard Thompson em Portugal?
Por enquanto ficamos com "I Want to See the Bright Lights Tonight".
Richard and Linda Thompson - I Want to See the Bright Lights Tonight
Para uns recordações, para outros descobertas. São notas passadas, musicais e não só...
quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
terça-feira, 30 de dezembro de 2014
DISCO MÚSICA & MODA, nº 5 de 1 de Abril de 1971
A 1 de Abril de 1971, Robert Wyatt merecia (a par de Ian Anderson) destaque na capa do nº 5 do jornal "DISCO MÚSICA & MODA". A chamada para a página 4 remetia para um artigo de quase 2 páginas com o título "Lamento grande parte do que fiz - confessa Robert Wyatt".
"O ano de 1970 foi fecundo para Robert Wyatt. O ano em que ascendeu a um lugar de baterista de excepção na música britânica dos nossos dias; o ano também em que experimentou agir fora do espírito dos Soft Machine, colaborando, durante algum tempo com Kevin Ayers e assumindo, depois, mais intensamente, o seu papel dentro do projecto «Keith Tippett Centipede»,onde sobressaiu de forma impressionante nos três números iniciais. E assim, neste ano de afirmação, acentuou, ainda mais a sua identidade tornando-se a primeira figura do Simbiosis, esse grupo extraordinariamente livre e impulsivo, e atingiu o seu auge, ao produzir o seu próprio álbum: «The end of an Ear», um trocadilho cheio de propriedade, no seu caso." Início do longo artigo com entrevista a Robert Wyatt, no ano que veria o fim da sua colaboração nos Soft Machine.
Robert Wyatt uma referência obrigatória na música popular dos anos 60, até hoje.
"O ano de 1970 foi fecundo para Robert Wyatt. O ano em que ascendeu a um lugar de baterista de excepção na música britânica dos nossos dias; o ano também em que experimentou agir fora do espírito dos Soft Machine, colaborando, durante algum tempo com Kevin Ayers e assumindo, depois, mais intensamente, o seu papel dentro do projecto «Keith Tippett Centipede»,onde sobressaiu de forma impressionante nos três números iniciais. E assim, neste ano de afirmação, acentuou, ainda mais a sua identidade tornando-se a primeira figura do Simbiosis, esse grupo extraordinariamente livre e impulsivo, e atingiu o seu auge, ao produzir o seu próprio álbum: «The end of an Ear», um trocadilho cheio de propriedade, no seu caso." Início do longo artigo com entrevista a Robert Wyatt, no ano que veria o fim da sua colaboração nos Soft Machine.
Robert Wyatt uma referência obrigatória na música popular dos anos 60, até hoje.
Robert Wyatt - Sea Song
Robert Wyatt é uma referência obrigatória na música popular dos anos 60 até aos nossos dias.
De 1968 a 1971, baterista, vocalista e compositor dos Soft Machine com quem grava 4 álbuns vanguardistas na fronteira do Rock e do Jazz.
1971-1972, continuação da obra iniciada nos Soft Machine, agora nos Matching Mole de curta duração.
1973, ano fatídico para Robert Wyatt. Embriagado, cai de uma janela e fica paraplégico.
1974, marca o retorno de Robert Wyatt, agora a solo, e , claro, sem bateria. Outras percussões, piano, trompete e uma panóplia de outros instrumentos (e a voz, evidente) vão determinar uma sonoridade e criatividade ímpar, sendo cada trabalho, ainda hoje, aguardado com enorme expectativa.
Mas não avancemos mais, ficamos em 1974 e nesse magnífico álbum "Rock Bottom", começamos com "Alifib",
e terminamos com "Sea Song", o melhor de 1974, foi há 40 anos.
Robert Wyatt - Sea Song
De 1968 a 1971, baterista, vocalista e compositor dos Soft Machine com quem grava 4 álbuns vanguardistas na fronteira do Rock e do Jazz.
1971-1972, continuação da obra iniciada nos Soft Machine, agora nos Matching Mole de curta duração.
1973, ano fatídico para Robert Wyatt. Embriagado, cai de uma janela e fica paraplégico.
1974, marca o retorno de Robert Wyatt, agora a solo, e , claro, sem bateria. Outras percussões, piano, trompete e uma panóplia de outros instrumentos (e a voz, evidente) vão determinar uma sonoridade e criatividade ímpar, sendo cada trabalho, ainda hoje, aguardado com enorme expectativa.
Mas não avancemos mais, ficamos em 1974 e nesse magnífico álbum "Rock Bottom", começamos com "Alifib",
e terminamos com "Sea Song", o melhor de 1974, foi há 40 anos.
Robert Wyatt - Sea Song
segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
Martha and The Vandellas - Dancing In The Street
"Dancing In The Street".
E logo nos lembramos de Mick Jagger e David Bowie e do vídeo por eles realizado em 1985 onde interpretam "Dancing In The Street".
Só que esta canção é bem mais antiga, remonta a 1964 (pois é, já lá vão quase 60 anos) e foi mais um êxito da Tamla-Motown, no original interpretado por Martha and The Vandellas. A Tamla-Motown definitivamente a impor-se nas tabelas de vendas da música Pop.
Martha and The Vandellas (mais tarde Martha Reeves and The Vandellas) formaram-se em 1960 e conheceu o seu melhor período de 1962 a 1967. Com várias canções a obter sucesso, seria, no entanto, "Dancing In The Street", nº 2 nas tabelas dos EUA a ficar como a mais popular canção do grupo. Em 2006 foi escolhida a ser preservada pela Biblioteca do Congresso no Registo Nacional de Gravações (fonte Wikipédia).
E agora toca a dançar com "Dancing In The Street".
Martha and The Vandellas - Dancing In The Street
E logo nos lembramos de Mick Jagger e David Bowie e do vídeo por eles realizado em 1985 onde interpretam "Dancing In The Street".
Só que esta canção é bem mais antiga, remonta a 1964 (pois é, já lá vão quase 60 anos) e foi mais um êxito da Tamla-Motown, no original interpretado por Martha and The Vandellas. A Tamla-Motown definitivamente a impor-se nas tabelas de vendas da música Pop.
Martha and The Vandellas (mais tarde Martha Reeves and The Vandellas) formaram-se em 1960 e conheceu o seu melhor período de 1962 a 1967. Com várias canções a obter sucesso, seria, no entanto, "Dancing In The Street", nº 2 nas tabelas dos EUA a ficar como a mais popular canção do grupo. Em 2006 foi escolhida a ser preservada pela Biblioteca do Congresso no Registo Nacional de Gravações (fonte Wikipédia).
E agora toca a dançar com "Dancing In The Street".
Martha and The Vandellas - Dancing In The Street
domingo, 28 de dezembro de 2014
Stevie Wonder - I Call It Pretty Music, But... the Old People Call It the Blues
A década de 60 na música negra norte-americana é indissociável da etiqueta Tamla-Motown. Deve-se à Tamla-Motown a conquista em definitivo do mercado branco, com crescentes hits nas tabelas Pop de muitos músicos negros. A Tamla-Motown seria responsável pela criação de um estilo identificado como o som Motown, um estilo de Soul resultante da simbiose bem conseguida do Rhythm'n'Blues, do Gospel e harmonias bem produzidas da música Pop. A lista de cantores a alcançar o estrelato é enorme, eis alguns:
Diana Ross, The Supremes, The Jackson Five, Smokey Robinson & The Miracles, Stevie Wonder, Marvin Gaye, The Temptations, etc., etc., etc.
Vamos começar por Stevie Wonder que não precisa de apresentações. Recordar apenas que, em 1961, com apenas 11 anos assina pela Tamla-Motown e que aos 13 anos tem o seu 1º lugar nas tabelas de música norte-americanas com a gravação ao vivo de "Fingertips".
Mas a primeira gravação de Stevie Wonder, ou melhor Little Stevie Wonder, foi ainda em 1962 com o Single "I Call It Pretty Music, But... the Old People Call It the Blues" que escolhi para audição. No lado A, "I Call It Pretty Music, But... the Old People Call It the Blues" a primeira parte, no lado B, a segunda.
Stevie Wonder - I Call It Pretty Music, But... the Old People Call It the Blues Part 1
Diana Ross, The Supremes, The Jackson Five, Smokey Robinson & The Miracles, Stevie Wonder, Marvin Gaye, The Temptations, etc., etc., etc.
Vamos começar por Stevie Wonder que não precisa de apresentações. Recordar apenas que, em 1961, com apenas 11 anos assina pela Tamla-Motown e que aos 13 anos tem o seu 1º lugar nas tabelas de música norte-americanas com a gravação ao vivo de "Fingertips".
Mas a primeira gravação de Stevie Wonder, ou melhor Little Stevie Wonder, foi ainda em 1962 com o Single "I Call It Pretty Music, But... the Old People Call It the Blues" que escolhi para audição. No lado A, "I Call It Pretty Music, But... the Old People Call It the Blues" a primeira parte, no lado B, a segunda.
Stevie Wonder - I Call It Pretty Music, But... the Old People Call It the Blues Part 1
sábado, 27 de dezembro de 2014
The Righteous Brothers - You've Lost That Lovin' Feelin'
Na aproximação da música comercial branca e negra do início dos anos 60, mais um sucesso vindo do mundo branco, The Righteous Brothers. A competir no mesmo terreno dos Four Seasons, Mc Coys, The Tokens, The Righteous Brothers foram um duo formado por Bill Meddley e Bobby Hatfileld estando activos até 2003, ano da morte deste último. Os dois constituíram-se em duo em 1962 entrando nos Top logo em 1963 com "Little Latin Lupe Lu".
Dos muitos êxitos que The Righteous Brothers tiveram o maior de todos foi "You've Lost That Lovin' Feelin'", nº 1 em 1964, escrita e produzida por Phil Spector. "You've Lost That Lovin' Feelin'" é normalmente bem referenciada em qualquer abordagem da história da música popular, desde ter sido a canção mais passada na rádio e TV nos EUA no século 20, a constar em 34º lugar na lista das melhores canções de sempre da Rolling Stones. Nos anos 60 a passagem desta canção na rádio era dificultada pela voz grave, profunda e arrastada de Bill Meddley, fazendo parecer que um disco de 45 rotações estava a ser lido a 33 rpm.
Sem rotações, para ouvir: "You've Lost That Lovin' Feelin'".
The Righteous Brothers - You've Lost That Lovin' Feelin'
Dos muitos êxitos que The Righteous Brothers tiveram o maior de todos foi "You've Lost That Lovin' Feelin'", nº 1 em 1964, escrita e produzida por Phil Spector. "You've Lost That Lovin' Feelin'" é normalmente bem referenciada em qualquer abordagem da história da música popular, desde ter sido a canção mais passada na rádio e TV nos EUA no século 20, a constar em 34º lugar na lista das melhores canções de sempre da Rolling Stones. Nos anos 60 a passagem desta canção na rádio era dificultada pela voz grave, profunda e arrastada de Bill Meddley, fazendo parecer que um disco de 45 rotações estava a ser lido a 33 rpm.
Sem rotações, para ouvir: "You've Lost That Lovin' Feelin'".
The Righteous Brothers - You've Lost That Lovin' Feelin'
sexta-feira, 26 de dezembro de 2014
Four Seasons - Sherry
No início dos anos 60 a música negra estava perfeitamente integrada no circuito comercial nacional norte-americano. A perda de agressividade, o emprego de coros e de secções de cordas, para isso contribuíram, por outro lado, músicos brancos aventuraram-se por terrenos até então alheios e imitaram os grupos vocais negros.Os Four Seasons, mais tarde Frankie Valli & The Four Seasons, são disso exemplo.
Os Four Seasons formaram-se em 1960 e perduram até aos nossos dias com Frankie Valli à cabeça. A década de 60 foi de ouro para os Four Seasons com hits atrás de hits: "Sherry", "Big Girls Don't Cry", "Candy Girl", "Ain't That a Shame" ou finalmente, nos anos 70, "December, 1963 (Oh, What a Night)".
No vídeo o êxito "Big Girls Don't Cry" nº 1 em 1962, com Frankie Valli, e a sua voz de falsete, em destaque.
Ficamos ainda com a primeira canção a entrar nas tabelas e a alcançar o 1º lugar, a conhecida "Sherry", também de 1962. Para saber mais sobre os Four Seasons ver o último filme de Clint Eastwood "The Jersey Boys", a história de Frankie Valli & The Four Seasons.
Four Seasons - Sherry
Os Four Seasons formaram-se em 1960 e perduram até aos nossos dias com Frankie Valli à cabeça. A década de 60 foi de ouro para os Four Seasons com hits atrás de hits: "Sherry", "Big Girls Don't Cry", "Candy Girl", "Ain't That a Shame" ou finalmente, nos anos 70, "December, 1963 (Oh, What a Night)".
No vídeo o êxito "Big Girls Don't Cry" nº 1 em 1962, com Frankie Valli, e a sua voz de falsete, em destaque.
Ficamos ainda com a primeira canção a entrar nas tabelas e a alcançar o 1º lugar, a conhecida "Sherry", também de 1962. Para saber mais sobre os Four Seasons ver o último filme de Clint Eastwood "The Jersey Boys", a história de Frankie Valli & The Four Seasons.
Four Seasons - Sherry
quinta-feira, 25 de dezembro de 2014
The Moody Blues - December Snow
The Moody Blues fizeram nos anos 60/70 seis magníficos LP. Depois perderam-se por completo arrastando-se em gravações sem qualquer interesse, salvando-se alguns concertos onde reviviam o seu período áureo. A última gravação conhecida é o álbum "December" de 2003 com temas de Natal e o grupo reduzido a um trio.
A 2ª faixa do álbum é "December Snow", é um original, e ainda conseguem lembrar os bons velhos The Moody Blues.
Para ouvir muitas vezes neste período natalício, ficamos com memórias mais recentes dos The Moody Blues, é "December Snow".
The Moody Blues - December Snow
A 2ª faixa do álbum é "December Snow", é um original, e ainda conseguem lembrar os bons velhos The Moody Blues.
Para ouvir muitas vezes neste período natalício, ficamos com memórias mais recentes dos The Moody Blues, é "December Snow".
The Moody Blues - December Snow
quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
Simon and Garfunkel - 7 O'Clock News/Silent Night
Em mais um regresso ao baú das memórias vamos de encontro a Simon and Garfunkel, referência obrigatória na música popular dos anos 60. Em 1966 gravam o álbum "Parsley, Sage, Rosemary and Thyme", cuja faixa final é "7 O'Clock News/Silent Night".
Em 1970 o programa "Em Órbita", passou todos dias, do mês de Dezembro, este tema, e claro marcou-me para sempre.
Quando foi gravado era um protesto à guerra do Vietname, hoje mantém-se actual como protesto a todas as guerras
Ficamos pois com esta bela canção de Natal.
Simon and Garfunkel - 7 O'Clock News/Silent Night
(O texto lido é um “7 O'Clock News” ficcionado com as notícias de 3 de Agosto de 1966, ei-lo:
This is the early evening edition of the news. The recent fight in the House of Representatives was over the open housing section of the Civil Rights Bill. Brought traditional enemies together but it left the defenders of the measure without the votes of their strongest supporters. President Johnson originally proposed an outright ban covering discrimination by everyone for every type of housing, but it had no chance from the start and everyone in Congress knew it. A compromise was painfully worked out in the House Judiciary Committee.
In Los Angeles today comedian Lenny Bruce died of what was believed to be an overdose of narcotics. Bruce was 42 years old.
Dr. Martin Luther King says he does not intend to cancel plans for an open housing march sunday into the Chicago suburb of Cicero. Cook county sheriff Richard Ogleby asked King to call off the march and the police in Cicero said they would ask the National Guard to be called out if it is held. King, now in Atlanta, Georgia, plans to return to Chicago tuesday.
In Chicago, Richard Speck, accused murderer of nine student nurses, was brought before a grand jury today for indictment. The nurses were found stabbed an strangled in their Chicago apartment.
In Washington the atmosphere was tense today as a special subcommittee of the House committee on un-american activities continued its probe into anti-Vietnam war protests. Demonstrators were forcibly evicted from the hearings when they began chanting anti-war slogans.
Former vice-president Richard Nixon says that unless there is a substantial increase in the present war effort in Vietnam, the U.S. should look forward to five more years of war. In a speech before the Convention of the Veterans of Foreign Wars in New York, Nixon also said opposition to the war in this country is the greatest single weapon working against the U.S.
That's the 7 o' clock edition of the news, Good Night.)
Em 1970 o programa "Em Órbita", passou todos dias, do mês de Dezembro, este tema, e claro marcou-me para sempre.
Quando foi gravado era um protesto à guerra do Vietname, hoje mantém-se actual como protesto a todas as guerras
Ficamos pois com esta bela canção de Natal.
Simon and Garfunkel - 7 O'Clock News/Silent Night
(O texto lido é um “7 O'Clock News” ficcionado com as notícias de 3 de Agosto de 1966, ei-lo:
This is the early evening edition of the news. The recent fight in the House of Representatives was over the open housing section of the Civil Rights Bill. Brought traditional enemies together but it left the defenders of the measure without the votes of their strongest supporters. President Johnson originally proposed an outright ban covering discrimination by everyone for every type of housing, but it had no chance from the start and everyone in Congress knew it. A compromise was painfully worked out in the House Judiciary Committee.
In Los Angeles today comedian Lenny Bruce died of what was believed to be an overdose of narcotics. Bruce was 42 years old.
Dr. Martin Luther King says he does not intend to cancel plans for an open housing march sunday into the Chicago suburb of Cicero. Cook county sheriff Richard Ogleby asked King to call off the march and the police in Cicero said they would ask the National Guard to be called out if it is held. King, now in Atlanta, Georgia, plans to return to Chicago tuesday.
In Chicago, Richard Speck, accused murderer of nine student nurses, was brought before a grand jury today for indictment. The nurses were found stabbed an strangled in their Chicago apartment.
In Washington the atmosphere was tense today as a special subcommittee of the House committee on un-american activities continued its probe into anti-Vietnam war protests. Demonstrators were forcibly evicted from the hearings when they began chanting anti-war slogans.
Former vice-president Richard Nixon says that unless there is a substantial increase in the present war effort in Vietnam, the U.S. should look forward to five more years of war. In a speech before the Convention of the Veterans of Foreign Wars in New York, Nixon also said opposition to the war in this country is the greatest single weapon working against the U.S.
That's the 7 o' clock edition of the news, Good Night.)
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
John Lennon - Give Peace a Chance
Há 45 anos, The Beatles aproximavam-se a passos largos do fim. No Verão de 1969 gravaram o último álbum, por sinal o excelente "Abbey Road". A influência de Yoko Ono sobre John Lennon acentuava-se, torna-se presença assídua nos estúdios de gravação, muitos acusam-na de ser a principal causa do fim dos The Beatles.
Depois das experiências vanguardistas:
"Unfinished Music Nº1: Two Virgin" (1968),
"Unfinished Music Nº2 - Life With Lions" (1969),
"Wedding Album" (1969)
Lennon e Yoko formam em 1969 a Plastic Ono Band e aparecem ao vivo no Rock'n'Roll Revival Festival de Toronto. Estão presentes os heróis da juventude de John Lennon: Bo Diddley, Jerry Lee Lewis, Chuck Berry e Little Richard. Yoko Ono é apresentada ao mundo da música.
A primeira gravação do grupo é a conhecida "Give Peace a Chance" que interpretaram no referido Festival a 13 de Setembro de 1969.
(reconhecer Eric Clapton, nesta altura, também nos amigos da Plastic Ono Band)
"Give Peace a Chance" seria o primeiro "Single" gravado por um dos elementos dos The Beatles, com a banda ainda no activo. A ideia surgiu no "Bed-In" de lua-de-mel de Lennon e Yoko quando à pergunta de um jornalista sobre o que é que ele pretendia com aquela representação, ele respondeu: "All we are saying is give peace a chance". Assim seja!
A gravação de "Give Peace a Chance" foi efectuada num quarto de Montreal na presença de dezenas de jornalistas e personalidade do movimento hippie de então (Timothy Leary e Allen Ginsberg entre eles).
John Lennon - Give Peace a Chance
Depois das experiências vanguardistas:
"Unfinished Music Nº1: Two Virgin" (1968),
"Unfinished Music Nº2 - Life With Lions" (1969),
"Wedding Album" (1969)
Lennon e Yoko formam em 1969 a Plastic Ono Band e aparecem ao vivo no Rock'n'Roll Revival Festival de Toronto. Estão presentes os heróis da juventude de John Lennon: Bo Diddley, Jerry Lee Lewis, Chuck Berry e Little Richard. Yoko Ono é apresentada ao mundo da música.
A primeira gravação do grupo é a conhecida "Give Peace a Chance" que interpretaram no referido Festival a 13 de Setembro de 1969.
(reconhecer Eric Clapton, nesta altura, também nos amigos da Plastic Ono Band)
"Give Peace a Chance" seria o primeiro "Single" gravado por um dos elementos dos The Beatles, com a banda ainda no activo. A ideia surgiu no "Bed-In" de lua-de-mel de Lennon e Yoko quando à pergunta de um jornalista sobre o que é que ele pretendia com aquela representação, ele respondeu: "All we are saying is give peace a chance". Assim seja!
A gravação de "Give Peace a Chance" foi efectuada num quarto de Montreal na presença de dezenas de jornalistas e personalidade do movimento hippie de então (Timothy Leary e Allen Ginsberg entre eles).
John Lennon - Give Peace a Chance
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
Quarteto 1111 - Nas Terras Do Fim Do Mundo
Ainda o ano de 1969 com um novo regresso ao Quarteto 1111.
Depois de um início (1967/8) muito Pop/Balada com A Lenda de El-Rei D. Sebastião" e "Balada para D. Inês", o Quarteto 1111 evolui para sonoridades mais Pop-Rock Psicadélico mais consentâneo com as influências que chegavam de Inglaterra e da Costa Oeste dos Estados Unidos. Assim a anteceder esse álbum histórico: "Quarteto 1111" de 1970, gravam ainda 2 singles, o segundo dos quais é o que agora recordamos no tema "Nas Terras Do Fim Do Mundo".
No lado B podia-se ouvir "Bissaide", tema instrumental que esteve na origem do genérico do programa Zip-Zip.
"Nas Terras Do Fim Do Mundo" é mais um tema de cariz histórico que o Quarteto 1111 tão bem desenvolvia: "...balança de guerra e paz, aos homens do fim do mundo vida ou morte tanto faz".
A música lembra os Pink Floyd com retornos a uma sonoridade já típica do Quarteto. O melhor do Quarteto 1111 ainda estava para vir (e o pior também), por enquanto, contentemo-nos em reviver "Nas Terras Do Fim Do Mundo".
Quarteto 1111 - Nas Terras Do Fim Do Mundo
Depois de um início (1967/8) muito Pop/Balada com A Lenda de El-Rei D. Sebastião" e "Balada para D. Inês", o Quarteto 1111 evolui para sonoridades mais Pop-Rock Psicadélico mais consentâneo com as influências que chegavam de Inglaterra e da Costa Oeste dos Estados Unidos. Assim a anteceder esse álbum histórico: "Quarteto 1111" de 1970, gravam ainda 2 singles, o segundo dos quais é o que agora recordamos no tema "Nas Terras Do Fim Do Mundo".
No lado B podia-se ouvir "Bissaide", tema instrumental que esteve na origem do genérico do programa Zip-Zip.
"Nas Terras Do Fim Do Mundo" é mais um tema de cariz histórico que o Quarteto 1111 tão bem desenvolvia: "...balança de guerra e paz, aos homens do fim do mundo vida ou morte tanto faz".
A música lembra os Pink Floyd com retornos a uma sonoridade já típica do Quarteto. O melhor do Quarteto 1111 ainda estava para vir (e o pior também), por enquanto, contentemo-nos em reviver "Nas Terras Do Fim Do Mundo".
Quarteto 1111 - Nas Terras Do Fim Do Mundo
domingo, 21 de dezembro de 2014
Pop Five Music Incorporated - Overture /Jesus, Alegria dos Homens
O ano de 1969 veria o aparecimento do primeiro álbum gravado por um grupo Pop/Rock da cidade do Porto. Foi em Novembro de 1969, fez agora 45 anos. Foram os Pop Five Music Incorporated que por aqui já passaram a propósito de "Page One".
O álbum de nome "A Peça" aparece, ilusoriamente, dividido em actos:
Prelúdio
Acto I (Soft)
Acto II (Crescendo)
Acto III (Climax)
Finale (Histerial)
O LP não contém qualquer original sendo uma amálgama interessante de composições: Traffic, The Beatles, Jimi Hendrix, Creedence Clearwater Revival, Bee Gees e até Bach, estão presentes.
Numa altura em que a influência da música clássica/barroca se fazia sentir em grandes grupos como The Nice, The Moody Blues, Procol Harum, cá também não ficámos imunes.
O LP começa com "Overture" seguido de "Jesus, Alegria dos homens", arranjo de uma cantata de Bach.
Luís Vareta, baixo e voz do grupo, afirmava à revista "mundo da canção":
"O nosso repertório é o mais progressivo que conheço (quem toca King Crimson, Jeff Beck, Chicago, Keef Hartley, Blood Sweat and Tears, Renaissance, etc., no nosso país?). Sempre evitámos a música bubblegum e agora, mais do que nunca, preocupamo-nos em satisfazer o nosso interesse na heavy music, nas correntes mais adiantadas da música pop mundial."
Em período natalício e passados 45 anos da edição de "A Peça" é com a "Overture" e "Jesus, Alegria dos Homens" que terminamos.
Pop Five Music Incorporated - Overture /Jesus, Alegria dos Homens
O álbum de nome "A Peça" aparece, ilusoriamente, dividido em actos:
Prelúdio
Acto I (Soft)
Acto II (Crescendo)
Acto III (Climax)
Finale (Histerial)
O LP não contém qualquer original sendo uma amálgama interessante de composições: Traffic, The Beatles, Jimi Hendrix, Creedence Clearwater Revival, Bee Gees e até Bach, estão presentes.
Numa altura em que a influência da música clássica/barroca se fazia sentir em grandes grupos como The Nice, The Moody Blues, Procol Harum, cá também não ficámos imunes.
O LP começa com "Overture" seguido de "Jesus, Alegria dos homens", arranjo de uma cantata de Bach.
Luís Vareta, baixo e voz do grupo, afirmava à revista "mundo da canção":
"O nosso repertório é o mais progressivo que conheço (quem toca King Crimson, Jeff Beck, Chicago, Keef Hartley, Blood Sweat and Tears, Renaissance, etc., no nosso país?). Sempre evitámos a música bubblegum e agora, mais do que nunca, preocupamo-nos em satisfazer o nosso interesse na heavy music, nas correntes mais adiantadas da música pop mundial."
Em período natalício e passados 45 anos da edição de "A Peça" é com a "Overture" e "Jesus, Alegria dos Homens" que terminamos.
Pop Five Music Incorporated - Overture /Jesus, Alegria dos Homens
sábado, 20 de dezembro de 2014
Rebekah del Rio - Llorando
Mais uma vez Roy Orbison, mais uma vez David Lynch, mais um filme deste, agora Mulholland Drive de 2001. A música é "Crying" quarenta anos depois.
"Crying" é de 1961 e é uma das grandes canções que Roy Orbison nos deixou. Comecemos por recordá-lo em concerto em 1965.
Para passarmos, para 2001, onde David Lynch recupera a música de Roy Orbison no filme Mulholland Drive. Agora numa versão em espanhol, numa marcante cena, no surreal "Club Silencio". Rebekah del Rio, ela própria, na interpretação a cappela de "Crying", aqui "Llorando", numa enigmática cena do não menos enigmático "Mulholland Drive", muito bom!
Somente áudio, aqui fica Rebekah del Rio e "Lhorando".
Rebekah del Rio - Llorando
"Crying" é de 1961 e é uma das grandes canções que Roy Orbison nos deixou. Comecemos por recordá-lo em concerto em 1965.
Para passarmos, para 2001, onde David Lynch recupera a música de Roy Orbison no filme Mulholland Drive. Agora numa versão em espanhol, numa marcante cena, no surreal "Club Silencio". Rebekah del Rio, ela própria, na interpretação a cappela de "Crying", aqui "Llorando", numa enigmática cena do não menos enigmático "Mulholland Drive", muito bom!
Somente áudio, aqui fica Rebekah del Rio e "Lhorando".
Rebekah del Rio - Llorando
sexta-feira, 19 de dezembro de 2014
Julee Cruise - Mysteries of Love
Ainda Blue Velvet, o filme e a música.
Do excelente naipe de actores de Blue Velvet destacam-se para além de Dennis Hooper e Isabella Rossellina, as magníficas interpretações dos actores principais, então em início de carreira, Laura Dern e Kyle MacLachlan.
Em termos musicais, realce para mais outro tema: "Mysteries of Love", de autoria do próprio David Lynch e Angelo Badalamenti, na voz de Julee Cruise. Julee Cruise, descoberta por Balamenti, dá aqui início a uma colaboração com a dupla Lynch/Badalamenti que se prolongaria para além de Twin Peaks.
Lograda a tentativa de utilizar "Song to a Siren", de Tim Buckley na versão dos This Mortal Coil, a dupla Lynch/Badalamenti escreveram no mesmo estilo "Mysteries of Love". Valeu a descoberta da voz etérea de Julee Cruise.
"Mysteries of Love" seria editado no primeiro álbum de Julee Cruise, "Floating into the Night", de 1990, entre outros temas de Blue Velvet e da série Twin Peaks. A voz angelical de Julee Cruise e "Mysteries Of Love" para ouvir na integra.
Julee Cruise - Mysteries of Love
Do excelente naipe de actores de Blue Velvet destacam-se para além de Dennis Hooper e Isabella Rossellina, as magníficas interpretações dos actores principais, então em início de carreira, Laura Dern e Kyle MacLachlan.
Em termos musicais, realce para mais outro tema: "Mysteries of Love", de autoria do próprio David Lynch e Angelo Badalamenti, na voz de Julee Cruise. Julee Cruise, descoberta por Balamenti, dá aqui início a uma colaboração com a dupla Lynch/Badalamenti que se prolongaria para além de Twin Peaks.
Lograda a tentativa de utilizar "Song to a Siren", de Tim Buckley na versão dos This Mortal Coil, a dupla Lynch/Badalamenti escreveram no mesmo estilo "Mysteries of Love". Valeu a descoberta da voz etérea de Julee Cruise.
"Mysteries of Love" seria editado no primeiro álbum de Julee Cruise, "Floating into the Night", de 1990, entre outros temas de Blue Velvet e da série Twin Peaks. A voz angelical de Julee Cruise e "Mysteries Of Love" para ouvir na integra.
Julee Cruise - Mysteries of Love
quinta-feira, 18 de dezembro de 2014
Blitz nº 7 de 18 de Dezembro de 1984
Jornal "Blitz"
No nº7, de Dezembro de 1984, há precisamente 30 anos, o jornal Blitz fazia capa com Lou Reed., com chamadas para This Mortal Coil e Dream Syndicate.
- Nas pequenas notícias das páginas 2 e 3, uma referência a Michael Jackson acusado de plágio em "Please Love Me Now", ficava-se ainda a saber que os que gostam de música «antiga», Beatles, Doors, Yes, Pink Floyd, Rolling Stones eram os «amigos de Alex» e anunciava-se o primeiro single a solo de Ian McCulloch, líder dos Echo and the Bunnymen.
- Na página 4 o RRV (Rock Rendez-Vous) fazia notícia pela passagem do 10º aniversário e a página 5 era toda ocupada com um artigo do António Sérgio sobre os This Mortal Coil sob o título "Ilusão e Enigma".
- Na página 5 num anúncio do "mundo da canção" (mc/discoteca) ficamos a saber que o preço de um álbum em 1984 variava entre 560$00 e 64$00 (2,8 e 3,2 €)
- Dream Syndicate - O Sonho Americano, ocupa toda a página 6. Era o melhor Rock que então se praticava com esta banda de Los Angeles.
- As páginas centrais, 8 e 9 vão para Lou Reed, o concerto de Barcelona e o novo disco "New Sensations".
- As páginas 10 e 11, perdem-se com cartas dos leitores e a 12 com electrónica e computadores.
- A página 13 é fundamental, recorda-nos "Os melhores de 1967 segundo Em Órbita".
- Na página 14 o destaque vai para os discos editados na semana em Portugal e a Escolha Blitz vai, entre outros, para Paul McCartney com "Give My Regards To Broadstreet", "Unforgettable Fire" dos U2 e "Cádoi" de Júlio Pereira.
- A página 15 era ocupada com as habituais listas de vendas. Em Portugal, nos Singles o 1º lugar era ocupado por "I Just Called TO Say I Love You" de Stevie Wonder, o mesmo ocupava o 1º lugar nos álbuns com "The Woman In Red".
- Última página dedicada a Simone, não a nossa, mas a brasileira a propósito do último disco "Desejos".
No nº7, de Dezembro de 1984, há precisamente 30 anos, o jornal Blitz fazia capa com Lou Reed., com chamadas para This Mortal Coil e Dream Syndicate.
- Nas pequenas notícias das páginas 2 e 3, uma referência a Michael Jackson acusado de plágio em "Please Love Me Now", ficava-se ainda a saber que os que gostam de música «antiga», Beatles, Doors, Yes, Pink Floyd, Rolling Stones eram os «amigos de Alex» e anunciava-se o primeiro single a solo de Ian McCulloch, líder dos Echo and the Bunnymen.
- Na página 4 o RRV (Rock Rendez-Vous) fazia notícia pela passagem do 10º aniversário e a página 5 era toda ocupada com um artigo do António Sérgio sobre os This Mortal Coil sob o título "Ilusão e Enigma".
- Na página 5 num anúncio do "mundo da canção" (mc/discoteca) ficamos a saber que o preço de um álbum em 1984 variava entre 560$00 e 64$00 (2,8 e 3,2 €)
- Dream Syndicate - O Sonho Americano, ocupa toda a página 6. Era o melhor Rock que então se praticava com esta banda de Los Angeles.
- As páginas centrais, 8 e 9 vão para Lou Reed, o concerto de Barcelona e o novo disco "New Sensations".
- As páginas 10 e 11, perdem-se com cartas dos leitores e a 12 com electrónica e computadores.
- A página 13 é fundamental, recorda-nos "Os melhores de 1967 segundo Em Órbita".
- Na página 14 o destaque vai para os discos editados na semana em Portugal e a Escolha Blitz vai, entre outros, para Paul McCartney com "Give My Regards To Broadstreet", "Unforgettable Fire" dos U2 e "Cádoi" de Júlio Pereira.
- A página 15 era ocupada com as habituais listas de vendas. Em Portugal, nos Singles o 1º lugar era ocupado por "I Just Called TO Say I Love You" de Stevie Wonder, o mesmo ocupava o 1º lugar nos álbuns com "The Woman In Red".
- Última página dedicada a Simone, não a nossa, mas a brasileira a propósito do último disco "Desejos".
Roy Orbison - In Dreams
Grande realização, grandes actores e grande música... É a segunda passagem pelo filme Blue Velvet do realizador David Lynch. "It´s a strange world" frase repetida ao longo do filme, bem podia ser um subtítulo para Blue Velvet. Do mundo simples de uma qualquer longínqua cidade americana para o submundo de droga e violência. "In Dreams" (1963), de Roy Orbison, funciona aqui perfeitamente, veja-se a montagem de algumas cenas, tendo como fundo "In Dreams", com um Dennis Hooper soberbo (You know what love letter is? It´s a bullet from a fucking gun, fucker! You receive a love letter from me, and you're fucked forever!).
Insuperável é o que ocorre dizer deste "In Dreams": "In dreams I walk with you, in dreams I talk to you" na voz irresistível de Roy Orbison. Ouça-se.
Roy Orbison - In Dreams
Insuperável é o que ocorre dizer deste "In Dreams": "In dreams I walk with you, in dreams I talk to you" na voz irresistível de Roy Orbison. Ouça-se.
Roy Orbison - In Dreams
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
Isabella Rossellina - Blue Velvet/Blue Star
De Twin Peaks para Blue Velvet. Na mesma David Lynch. Filme e música. Mistério e simbolismo atravessam este filme de 1986, com Angelo Badalamenti a assinar aqui a sua primeira banda sonora e o início de uma longa colaboração com David Lynch. A banda sonora densa e dramática é interrompida pela beleza de duas canções pop de 1963: "Blue Velvet" de Bobby Vinton, interpretada por Isabella Rossellina, e "In dreams" de Roy Orbison.
Isabella Rossellina, aqui praticamente no início da sua carreira como actriz, desempenha o papel de uma muito perturbada cantora de bar, é magnífica na representação (filha de peixe sabe nadar), mas também na interpretação de "Blue Velvet".
Numa pequena e tocante versão de "Blue Velvet", com passagem a "Blue Star", eis a interpretação de Isabella Rossellina, decorria o ano de 1986.
Isabella Rossellina - Blue Velvet
Isabella Rossellina, aqui praticamente no início da sua carreira como actriz, desempenha o papel de uma muito perturbada cantora de bar, é magnífica na representação (filha de peixe sabe nadar), mas também na interpretação de "Blue Velvet".
Numa pequena e tocante versão de "Blue Velvet", com passagem a "Blue Star", eis a interpretação de Isabella Rossellina, decorria o ano de 1986.
Isabella Rossellina - Blue Velvet
terça-feira, 16 de dezembro de 2014
Julee Cruise - Falling
Twin Peaks
Numa altura em que é anunciado para 2016 o regresso da série Twin Peaks (25 anos depois!), agora que os canais por cabo estão superlotados de séries, a maior parte de sofrível qualidade, é bom recordar aquela que foi, talvez, a melhor série de sempre.
No início da década de 90 a RTP transmitiu a série Twin Peaks que rapidamente virou série de culto tal era a inovação/qualidade dos episódios: enredo, interpretações e a música também. A série, que começa com a misteriosa morte de Laura Palmer, viria a ser complementada, posteriormente, pelo filme "Os últimos sete dias de Laura Palmer" (ou seja o que se passou antes da série). O mundo bizarro de David Linch (então já realizador consagrado com Blue Velvet e Dune) está presente com um intrincado enredo a que se ficava preso de episódio em episódio.
Para quem viu, e para quem não viu e não sabe o que perdeu, aqui fica o genérico da série Twin Peaks e o lindíssimo tema de abertura.
A música, minimalista, densa e extraordinariamente bela, deu a conhecer a cantora Julee Cruise onde interpreta, entre outros, o tema "Falling", do qual matamos, agora, saudades.
Julee Cruise - Falling
Numa altura em que é anunciado para 2016 o regresso da série Twin Peaks (25 anos depois!), agora que os canais por cabo estão superlotados de séries, a maior parte de sofrível qualidade, é bom recordar aquela que foi, talvez, a melhor série de sempre.
No início da década de 90 a RTP transmitiu a série Twin Peaks que rapidamente virou série de culto tal era a inovação/qualidade dos episódios: enredo, interpretações e a música também. A série, que começa com a misteriosa morte de Laura Palmer, viria a ser complementada, posteriormente, pelo filme "Os últimos sete dias de Laura Palmer" (ou seja o que se passou antes da série). O mundo bizarro de David Linch (então já realizador consagrado com Blue Velvet e Dune) está presente com um intrincado enredo a que se ficava preso de episódio em episódio.
Para quem viu, e para quem não viu e não sabe o que perdeu, aqui fica o genérico da série Twin Peaks e o lindíssimo tema de abertura.
A música, minimalista, densa e extraordinariamente bela, deu a conhecer a cantora Julee Cruise onde interpreta, entre outros, o tema "Falling", do qual matamos, agora, saudades.
Julee Cruise - Falling
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
The Marvelettes - Please Mr. Postman
Por entre os muitos grupos vocais negros femininos com sucesso na década de 60, desta vez a escolha vai para The Marvelettes cujo sucesso se limitou a essa década. Formadas em 1960, tiveram particular êxito nos anos iniciais, diminuindo ao longo da década até à separação em 1970.
The Marvelettes foram o primeiro grupo vocal feminino da famosa editora Tamla-Motown a alcançar o primeiro lugar nas tabelas de música Pop e Rhythm'n'Blues, facto alcançado logo com a primeira gravação do grupo, em 1961, com a conhecida canção "Please Mr. Postman".
Do lado de cá do Atlântico "Please Mr. Postman" não passaria despercebida e The Beatles, que nos 2 primeiros álbuns gravaram diversas composições de origem negra (de Chuck Berry a Smokey Robinson), fizeram a sua versão no álbum "With The Beatles" de 1963.
Muitas foram as canções das The Marvelettes durante a década nos Top de música Pop dos EUA mas nenhuma alcançou o sucesso de "Please Mr. Postman". Outros grupos da Tamla-Motown as suplantaram em popularidade, a começar pelas suas rivais The Supremes ou ainda Martha Reeves and The Vandellas.
É hora para ouvir "Please Mr. Postman" das The Marvelettes, estávamos no ano de 1961.
The Marvelettes - Please Mr. Postman
The Marvelettes foram o primeiro grupo vocal feminino da famosa editora Tamla-Motown a alcançar o primeiro lugar nas tabelas de música Pop e Rhythm'n'Blues, facto alcançado logo com a primeira gravação do grupo, em 1961, com a conhecida canção "Please Mr. Postman".
Do lado de cá do Atlântico "Please Mr. Postman" não passaria despercebida e The Beatles, que nos 2 primeiros álbuns gravaram diversas composições de origem negra (de Chuck Berry a Smokey Robinson), fizeram a sua versão no álbum "With The Beatles" de 1963.
Muitas foram as canções das The Marvelettes durante a década nos Top de música Pop dos EUA mas nenhuma alcançou o sucesso de "Please Mr. Postman". Outros grupos da Tamla-Motown as suplantaram em popularidade, a começar pelas suas rivais The Supremes ou ainda Martha Reeves and The Vandellas.
É hora para ouvir "Please Mr. Postman" das The Marvelettes, estávamos no ano de 1961.
The Marvelettes - Please Mr. Postman
domingo, 14 de dezembro de 2014
The Chiffons - He's So Fine
Nesta passagem pelos grupo vocais negros femininos dos EUA, do final dos anos 50 início dos anos 60, a escolha, desta vez, vai para um grupo que, pese a sua longevidade, não teve um grande reconhecimento fora das fronteiras dos EUA.
The Chiffons é o nome de um grupo que emergiu na cena musical Pop negra no início dos anos 60 tendo efectuado gravações no período que vai de 1963 a 1967. Várias foram as edições que conheceram o sucesso e que chegaram aos primeiros lugares das tabela.
A primeira foi uma versão de "Tonight's the Night", ainda em 1960, logo após a gravação do original pelas The Shirelles. Só em 1963 aparece o primeiro grande êxito, com a canção seleccionada para hoje "He's So Fine". "He's So Fine" foi nº 1 nas tabelas de Pop Music e Rhythm'n'Blues, outros se seguiram como "Will You Love Me Tomorrow" da dupla Gerry Goffin/Carole King, também anteriormente gravado pelas The Shirelles, "One Fine Day", "I Have a Boyfriend" e "Sweet Talkin' Guy".
Mas agora o interesse vai para "He's So Fine", primeiro ainda o convite para lembrar George Harrison e o seu "My Sweet Lord".
Pois é! "My Sweet Lord é um plágio de "He's So Fine" êxito das The Chiffons em 1963 e embora George Harrison defendesse que não foi intencional não se livrou do pagamento de pesada multa. Em 1975, aproveitando a onda, as próprias The Chiffons gravam a sua versão de "My Sweet Lord", mas o seu sucesso já estava longe.
Altura para voltar a "He's So Fine" e acompanhar The Chiffons com "doo-lang, doo-lang" e fingir que estamos em 1963.
The Chiffons - He's So Fine
The Chiffons é o nome de um grupo que emergiu na cena musical Pop negra no início dos anos 60 tendo efectuado gravações no período que vai de 1963 a 1967. Várias foram as edições que conheceram o sucesso e que chegaram aos primeiros lugares das tabela.
A primeira foi uma versão de "Tonight's the Night", ainda em 1960, logo após a gravação do original pelas The Shirelles. Só em 1963 aparece o primeiro grande êxito, com a canção seleccionada para hoje "He's So Fine". "He's So Fine" foi nº 1 nas tabelas de Pop Music e Rhythm'n'Blues, outros se seguiram como "Will You Love Me Tomorrow" da dupla Gerry Goffin/Carole King, também anteriormente gravado pelas The Shirelles, "One Fine Day", "I Have a Boyfriend" e "Sweet Talkin' Guy".
Mas agora o interesse vai para "He's So Fine", primeiro ainda o convite para lembrar George Harrison e o seu "My Sweet Lord".
Pois é! "My Sweet Lord é um plágio de "He's So Fine" êxito das The Chiffons em 1963 e embora George Harrison defendesse que não foi intencional não se livrou do pagamento de pesada multa. Em 1975, aproveitando a onda, as próprias The Chiffons gravam a sua versão de "My Sweet Lord", mas o seu sucesso já estava longe.
Altura para voltar a "He's So Fine" e acompanhar The Chiffons com "doo-lang, doo-lang" e fingir que estamos em 1963.
The Chiffons - He's So Fine
sábado, 13 de dezembro de 2014
The Crystals - And Then He Kissed Me
Phil Spector (1931-2021) foi um famoso produtor musical, onde se destaca o último álbum dos The Beatles, "Let It Be", e de Leonard Cohen, "Death of a Ladies' Man". No entanto a sua fama vem de muito mais longe, primeiro como músico nos The Teddy Bears nos anos 50, depois como produtor: Ben E. King,The Shirelles, The Crystals, The Ronettes...
Dos vários êxitos por ele produzidos, o enfoque, hoje, vai para as The Crystals e a canção "And Then He Kissed Me".
Depois do sucesso das The Shirelles, mais um grupo vocal negro feminino vai conhecer, pela mão de Phil Spector o êxito, foram as The Crystal com actividade de 1960 a 1967.
Rapidamente chegam aos Top com canções como "There's No Other (Like My Baby)", "He's a Rebel", "Da Doo Ron Ron", "Then He Kissed Me", "I Wonder", ...
Fixemo-nos em "And Then He Kissed Me", co-escrita e produzida por Phil Spector, a canção estaria em 1963 nos Top dos EUA e do Reino Unido na interpretação original das The Crystals. No entanto a versão que viria a ter maior êxito, e ainda hoje a mais lembrada, é a efectuada pelos The Beach Boys em 1965 e que foi renomeada para "Then I Kiss Her".
O original, menos conhecido, "Then He Kiss Me" pelas The Crystal aparece normalmente nas listas das melhores canções de sempre e com ela ficamos.
The Crystals - And Then He Kissed Me
Dos vários êxitos por ele produzidos, o enfoque, hoje, vai para as The Crystals e a canção "And Then He Kissed Me".
Depois do sucesso das The Shirelles, mais um grupo vocal negro feminino vai conhecer, pela mão de Phil Spector o êxito, foram as The Crystal com actividade de 1960 a 1967.
Rapidamente chegam aos Top com canções como "There's No Other (Like My Baby)", "He's a Rebel", "Da Doo Ron Ron", "Then He Kissed Me", "I Wonder", ...
Fixemo-nos em "And Then He Kissed Me", co-escrita e produzida por Phil Spector, a canção estaria em 1963 nos Top dos EUA e do Reino Unido na interpretação original das The Crystals. No entanto a versão que viria a ter maior êxito, e ainda hoje a mais lembrada, é a efectuada pelos The Beach Boys em 1965 e que foi renomeada para "Then I Kiss Her".
O original, menos conhecido, "Then He Kiss Me" pelas The Crystal aparece normalmente nas listas das melhores canções de sempre e com ela ficamos.
The Crystals - And Then He Kissed Me
sexta-feira, 12 de dezembro de 2014
The Shirelles - Dedicated To The One I Love
Como já dei nota, na segunda metade da década de 50 verificou-se uma aproximação das sonoridades brancas da Pop Music e a negra do Rhythm'n'Blues. Por um lado, músicos brancos a apropriarem-se de ritmos negros, Elvis Presley talvez o melhor exemplo, por outro, uma verdadeira invasão de cantores e grupos vocais negros a utilizarem harmonizações e orquestrações, por exemplo a introdução de violinos, a "ocidentalizarem" a sua música.
Já passei por Nat King Cole, The Platters, The Drifters, The Coasters, chegou a vez das cantoras e grupos vocais negros femininos. The Shirelles, The Crystals, The Ronettes, The Chiffons, Diana Ross & The Supremes, Gladys Knight and The Pips ou finalmente Dionne Warwick, já a meio da década de 60, são bons exemplos de sucesso no mercado branco.
The Shirelles é, normalmente, considerado o primeiro grupo vocal negro feminino e tiveram os seus momentos de glória nos anos 50 e 60 terminando nos anos 80. O nome ficou inscrito no Rock and Roll Hall of Fame em 1996.
De entre as gravações efectuadas no início de carreira referência para "Dedicated To The One I Love" (mais tarde êxito na versão dos The Mamas and The Papas), "Will You Love MeTomorrow" nº 1 dos Top dos EUA (de Carole King, mais tarde êxito na versão da própria), “Sha La La" (mais tarde êxito na versão dos Manfred Mann), “Boys” (mais tarde interpretado pelos The Beatles).
"Dedicated To The One I Love" foi gravado pelas The Shirelles em 1959, mas o êxito maior foi para a versão dos The Mamas and The Papas em 1967, bela recordação!
Agora, ocasião para The Shirelles e o retorno a 1959, "Dedicated To The One I Love".
The Shirelles - Dedicated To The One I Love
Já passei por Nat King Cole, The Platters, The Drifters, The Coasters, chegou a vez das cantoras e grupos vocais negros femininos. The Shirelles, The Crystals, The Ronettes, The Chiffons, Diana Ross & The Supremes, Gladys Knight and The Pips ou finalmente Dionne Warwick, já a meio da década de 60, são bons exemplos de sucesso no mercado branco.
The Shirelles é, normalmente, considerado o primeiro grupo vocal negro feminino e tiveram os seus momentos de glória nos anos 50 e 60 terminando nos anos 80. O nome ficou inscrito no Rock and Roll Hall of Fame em 1996.
De entre as gravações efectuadas no início de carreira referência para "Dedicated To The One I Love" (mais tarde êxito na versão dos The Mamas and The Papas), "Will You Love MeTomorrow" nº 1 dos Top dos EUA (de Carole King, mais tarde êxito na versão da própria), “Sha La La" (mais tarde êxito na versão dos Manfred Mann), “Boys” (mais tarde interpretado pelos The Beatles).
"Dedicated To The One I Love" foi gravado pelas The Shirelles em 1959, mas o êxito maior foi para a versão dos The Mamas and The Papas em 1967, bela recordação!
Agora, ocasião para The Shirelles e o retorno a 1959, "Dedicated To The One I Love".
The Shirelles - Dedicated To The One I Love
quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
Conjunto João Paulo - La Mamma
O Conjunto Académico João Paulo, formado na Madeira, foi um dos mais populares nos já distantes anos 60. A possante voz de Sérgio Borges era um dos pontos fortes do conjunto tendo ele próprio concorrido mais de uma vez ao Festival da Canção (chegou mesmo a vencê-lo em 1970 com "Onde Vais Rio que Eu Canto").
Fizeram um verdadeiro manancial de versões de êxitos internacionais com Sérgio Borges (1943-2011) a demonstrar grande versatilidade e facilidade de cantar em diversas línguas, português, inglês e ainda francês e italiano tão em voga na primeira metade dos anos 60.
Recuperamos "La Mamma" um original de Charles Aznavour.
Sérgio Borges não era propriamente o Charles Aznavour, mas que tinha uma bonita voz e que se sai bem nesta versão é de justeza sublinhar.
Na contra capa do EP, num longo texto de apresentação assinado pelo Henrique Mendes pode-se ler:
"A timidez encobre a emoção que assaltou estes rapazes simples, educados, cativantes, que não fazem da música profissão. Têm lugares marcados no Liceu do Funchal.
Quero fazer uma referência especial ao Sérgio Borges - além da voz, ele tem cara e expressão de cantor. Ouçam-no com atenção."
Do primeiro EP do Conjunto João Paulo (ainda não tinha a designação Académico), do ano de 1964, aqui fica a interpretação de "La Mamma".
Conjunto João Paulo - La Mamma
Fizeram um verdadeiro manancial de versões de êxitos internacionais com Sérgio Borges (1943-2011) a demonstrar grande versatilidade e facilidade de cantar em diversas línguas, português, inglês e ainda francês e italiano tão em voga na primeira metade dos anos 60.
Recuperamos "La Mamma" um original de Charles Aznavour.
Sérgio Borges não era propriamente o Charles Aznavour, mas que tinha uma bonita voz e que se sai bem nesta versão é de justeza sublinhar.
Na contra capa do EP, num longo texto de apresentação assinado pelo Henrique Mendes pode-se ler:
"A timidez encobre a emoção que assaltou estes rapazes simples, educados, cativantes, que não fazem da música profissão. Têm lugares marcados no Liceu do Funchal.
Quero fazer uma referência especial ao Sérgio Borges - além da voz, ele tem cara e expressão de cantor. Ouçam-no com atenção."
Do primeiro EP do Conjunto João Paulo (ainda não tinha a designação Académico), do ano de 1964, aqui fica a interpretação de "La Mamma".
Conjunto João Paulo - La Mamma
quarta-feira, 10 de dezembro de 2014
José Almada - Vento Irado
É indispensável. Aqui fica mais uma passagem por José Almada.
A simplicidade dos acordes, a riqueza e austeridade dos arranjos de Pedro Osório, as belas poesias escolhidas, aliadas a uma superior interpretação fazem do LP "Homenagem" de 1972 um disco absolutamente essencial na historiografia da música popular portuguesa.
Antes, tinham sido editados 2 EP, sendo ao 2º, também de 1972, que recuperamos "Vento Irado". Nesse tempo, mesmo não se considerando um cantor de intervenção, José Almada vê este seu "Vento Irado" ser censurado pelo regime. Disse José Almada:
"Alguém me chamou como o "trovador dos mendigos" e isso não agradou a muita gente pois não convinha alertar muito a ideia, na altura, de haver tanta pobreza." Em 2009 dizia-me José Almada: "Já o segundo disco que eu gravei antes do Homenagem, o Vento Irado, não teve a mesma sorte e foi mesmo cortado, foi um grande prejuízo, não se vendeu e não o passavam na rádio"
De "Vento Irado":
"Sacodem-me o pensamento
os silvos do vento irado
que à porta está batendo
é como um cedro roído
quando parte em silêncio
Minha alma está sofrendo"
"Homenagem" e restante discografia de José Almada a merecer urgente reedição!
José Almada - Vento Irado
A simplicidade dos acordes, a riqueza e austeridade dos arranjos de Pedro Osório, as belas poesias escolhidas, aliadas a uma superior interpretação fazem do LP "Homenagem" de 1972 um disco absolutamente essencial na historiografia da música popular portuguesa.
Antes, tinham sido editados 2 EP, sendo ao 2º, também de 1972, que recuperamos "Vento Irado". Nesse tempo, mesmo não se considerando um cantor de intervenção, José Almada vê este seu "Vento Irado" ser censurado pelo regime. Disse José Almada:
"Alguém me chamou como o "trovador dos mendigos" e isso não agradou a muita gente pois não convinha alertar muito a ideia, na altura, de haver tanta pobreza." Em 2009 dizia-me José Almada: "Já o segundo disco que eu gravei antes do Homenagem, o Vento Irado, não teve a mesma sorte e foi mesmo cortado, foi um grande prejuízo, não se vendeu e não o passavam na rádio"
De "Vento Irado":
"Sacodem-me o pensamento
os silvos do vento irado
que à porta está batendo
é como um cedro roído
quando parte em silêncio
Minha alma está sofrendo"
"Homenagem" e restante discografia de José Almada a merecer urgente reedição!
José Almada - Vento Irado
terça-feira, 9 de dezembro de 2014
Filarmónica Fraude - Flor de Laranjeira
Mais uma passagem pela Filarmónica Fraude.
Sem dúvidas um dos mais interessantes conjuntos nos idos anos 60. A qualidade da Filarmónica Fraude foi inversamente proporcional à sua duração (cerca de 1 ano), tempo suficiente para gravarem o LP "Epopeia", 2 EP e ficarem para a história.
Já lá vão mais de 45 anos que saiu no 1º EP da Filarmónica Fraude a canção "Flor de Laranjeira".
É a audição das recolhas de música tradicional portuguesa feitas por Michel Giacometti e Fernando Lopes Graça que vai motivar, conforme é relatado em "E Tudo Acabou em 69", a "construção de canções de cariz pop inspiradas na genuína música tradicional portuguesa."
"Flor de Laranjeira", crítica mordaz da sociedade da época, inspira-se "nas raízes da tradição musical portuguesa, vestindo-as com uma linguagem musical mais moderna e universal".
Quando o EP fez 40 anos António Pinho disse:
"A retratada noiva existiu mesmo, de uma família muito bem - dizia-se assim, quando referindo gente rica - o casório foi de espavento e estadão, mas a menina já ia grávida e as línguas desataram-se em bocas pequenas como calhandras, levantando poeira no adro da igreja. Hoje, não seria assunto para letra, mas nesse tempo foi para o que me deu.” em http://visao.sapo.pt.
Com música de Luís Linhares sobre motivo popular e letra de António Pinho ficamos com a saudosa "Flor de Laranjeira".
Filarmónica Fraude - Flor de Laranjeira
Sem dúvidas um dos mais interessantes conjuntos nos idos anos 60. A qualidade da Filarmónica Fraude foi inversamente proporcional à sua duração (cerca de 1 ano), tempo suficiente para gravarem o LP "Epopeia", 2 EP e ficarem para a história.
Já lá vão mais de 45 anos que saiu no 1º EP da Filarmónica Fraude a canção "Flor de Laranjeira".
É a audição das recolhas de música tradicional portuguesa feitas por Michel Giacometti e Fernando Lopes Graça que vai motivar, conforme é relatado em "E Tudo Acabou em 69", a "construção de canções de cariz pop inspiradas na genuína música tradicional portuguesa."
"Flor de Laranjeira", crítica mordaz da sociedade da época, inspira-se "nas raízes da tradição musical portuguesa, vestindo-as com uma linguagem musical mais moderna e universal".
Quando o EP fez 40 anos António Pinho disse:
"A retratada noiva existiu mesmo, de uma família muito bem - dizia-se assim, quando referindo gente rica - o casório foi de espavento e estadão, mas a menina já ia grávida e as línguas desataram-se em bocas pequenas como calhandras, levantando poeira no adro da igreja. Hoje, não seria assunto para letra, mas nesse tempo foi para o que me deu.” em http://visao.sapo.pt.
Com música de Luís Linhares sobre motivo popular e letra de António Pinho ficamos com a saudosa "Flor de Laranjeira".
Filarmónica Fraude - Flor de Laranjeira
segunda-feira, 8 de dezembro de 2014
The Walkabouts - Concerto no Hard Club em 1999
Já temos saudades de Chris Eckman, Carla Torgerson, aguardemos o regresso.
The Walkabouts - Hard Winds Blowin'
Tindersticks, The Walkabouts, Portugal.
Tindersticks nome de banda inglesa formada no início dos anos 90.
The Walkabouts nome de banda americana formada nos anos 80.
Portugal o nosso pequeno país perdido no cantinho mais ocidental da Europa.
Do outro lado do atlântico The Walkabouts apresentam uma sonoridade na linha dos Tindersticks (nem sempre), neles pontificam Chris Eckman e Carla Torgerson (também com carreiras a solo e em duo Chris & Carla). Foi frequente a colaboração dos The Walkabouts, em particular Carla, com os Tindersticks.
Chris Eckman, amigo de Portugal, viveu vários anos no Bairro Alto em Lisboa, o seu 1º disco a solo chama-se mesmo "A Janela" e o álbum "Trail of Stars" (1999) dos The Walkabouts é a "Calçada da Estrela". Ou ainda o álbum "Train Leaves at Eight" (2000) só com música europeia e lá está "Hard Winds Blowin'" que é "Sopram Ventos Adversos" do José Mário Branco.
The Walkabouts são mais reconhecidos no velho continente (e em particular cá) do que propriamente na América.
Ficou na memória o simpático e muito informal concerto no antigo Hard Club em 1999.
The Walkabouts com "Hard Winds Blowin'" e o reconhecimento da boa música portuguesa.
The Walkabouts - Hard Winds Blowin'
Tindersticks nome de banda inglesa formada no início dos anos 90.
The Walkabouts nome de banda americana formada nos anos 80.
Portugal o nosso pequeno país perdido no cantinho mais ocidental da Europa.
Do outro lado do atlântico The Walkabouts apresentam uma sonoridade na linha dos Tindersticks (nem sempre), neles pontificam Chris Eckman e Carla Torgerson (também com carreiras a solo e em duo Chris & Carla). Foi frequente a colaboração dos The Walkabouts, em particular Carla, com os Tindersticks.
Chris Eckman, amigo de Portugal, viveu vários anos no Bairro Alto em Lisboa, o seu 1º disco a solo chama-se mesmo "A Janela" e o álbum "Trail of Stars" (1999) dos The Walkabouts é a "Calçada da Estrela". Ou ainda o álbum "Train Leaves at Eight" (2000) só com música europeia e lá está "Hard Winds Blowin'" que é "Sopram Ventos Adversos" do José Mário Branco.
The Walkabouts são mais reconhecidos no velho continente (e em particular cá) do que propriamente na América.
Ficou na memória o simpático e muito informal concerto no antigo Hard Club em 1999.
The Walkabouts com "Hard Winds Blowin'" e o reconhecimento da boa música portuguesa.
The Walkabouts - Hard Winds Blowin'
domingo, 7 de dezembro de 2014
Tindersticks - Concerto Coliseu do Porto de 1997
Primeiro de vários concertos que os Tindersticks têm dado na região do Porto. Foi em 1997, num Coliseu completamente cheio que os Tindersticks deram um concerto memorável, daqueles concertos que é raro ter a oportunidade de ver. Então com 3 álbuns editados, a surpresa do primeiro, o surpreendente segundo e o magnífico terceiro e um concerto fora de série.
Aguardamos a próxima visita!
Aguardamos a próxima visita!
Tindersticks - My Oblivion
Tindersticks, The Walkabouts, Portugal.
Tindersticks nome de banda inglesa formada no início dos anos 90.
The Walkabouts nome de banda americana formada nos anos 80.
Portugal o nosso pequeno país perdido no cantinho mais ocidental da Europa.
Os Tindersticks caracterizaram-se desde o início por bonitas canções com sumptuosos, melancólicos e delicados arranjos orquestrais donde sobressai a bela voz barítono de Stuart Staples. Uma particular referência para os regulares duetos com vozes femininas: Carla Torgerson (The Walkabouts), Isabella Rosselina (actriz), Lhasa de Sela (cantora falecida em 2010), Mary Margaret O'Hara (actriz/cantora).
A presença deles em Portugal é assídua, a música muito apreciada, talvez pela sua nostalgia, como o nosso fado. Stuart Staples colaborou no álbum "A Mãe" de Rodrigo Leão.
Ficou na memória o primeiro concerto no Coliseu do Porto em 1997.
São mais reconhecidos no continente (e em particular cá) do que nas Ilhas Britânicas.
"My Oblivion" de 2003 é uma prova do seu melhor (grande canção do género "pensava que já não se faziam canções assim").
"My Oblivion", os Tindersticks no topo da música popular neste século.
Tindersticks - My Oblivion
Tindersticks nome de banda inglesa formada no início dos anos 90.
The Walkabouts nome de banda americana formada nos anos 80.
Portugal o nosso pequeno país perdido no cantinho mais ocidental da Europa.
Os Tindersticks caracterizaram-se desde o início por bonitas canções com sumptuosos, melancólicos e delicados arranjos orquestrais donde sobressai a bela voz barítono de Stuart Staples. Uma particular referência para os regulares duetos com vozes femininas: Carla Torgerson (The Walkabouts), Isabella Rosselina (actriz), Lhasa de Sela (cantora falecida em 2010), Mary Margaret O'Hara (actriz/cantora).
A presença deles em Portugal é assídua, a música muito apreciada, talvez pela sua nostalgia, como o nosso fado. Stuart Staples colaborou no álbum "A Mãe" de Rodrigo Leão.
Ficou na memória o primeiro concerto no Coliseu do Porto em 1997.
São mais reconhecidos no continente (e em particular cá) do que nas Ilhas Britânicas.
"My Oblivion" de 2003 é uma prova do seu melhor (grande canção do género "pensava que já não se faziam canções assim").
"My Oblivion", os Tindersticks no topo da música popular neste século.
Tindersticks - My Oblivion
sábado, 6 de dezembro de 2014
Mary Travers - Children One and All
Mary Travers (1936-2009) não é, infelizmente, um dos nomes mais conhecidos da história do século XX da música popular. Para muitos o nome Mary Travers pouco ou nada dirá. Mas se dissermos que Mary Travers era a voz feminina dos Peter, Paul and Mary já o caso muda de figura e muitas boas recordações virão à memória de tão distinto trio.
O trio Peter, Paul and Mary encantou, durante a década de 60, toda uma geração. As canções de uma simplicidade e beleza fora do vulgar ficarão para sempre na história da música popular. Quem não se lembra de "Leaving, on a Jet Plane", "Where Have All The Flowers Gone?", "Puff (The Magic Dragon)" e tantas, tantas outras? Peter, Paul and Mary terminaram com o fim da década, ocorrendo a partir daí reuniões ocasionais.
Mary Travers grava na década de 70 cinco álbuns, o primeiro, de 1971, de nome simplesmente "Mary" (como no trio) é uma pequena maravilha que está simplesmente esquecido.
Desse mesmo álbum "Children one and all" é uma canção cheia de emoção e de requintado bom gosto, que não perdeu absolutamente nada com o passar dos anos. É o que acontece com as grandes canções e com cantoras como Mary Travers, é para ouvir sempre.
Um belo momento da música popular americana, "Children one and all" é uma canção de fino recorte, claramente um exercício de muito bom gosto.
Mary Travers - Children one and all
O trio Peter, Paul and Mary encantou, durante a década de 60, toda uma geração. As canções de uma simplicidade e beleza fora do vulgar ficarão para sempre na história da música popular. Quem não se lembra de "Leaving, on a Jet Plane", "Where Have All The Flowers Gone?", "Puff (The Magic Dragon)" e tantas, tantas outras? Peter, Paul and Mary terminaram com o fim da década, ocorrendo a partir daí reuniões ocasionais.
Mary Travers grava na década de 70 cinco álbuns, o primeiro, de 1971, de nome simplesmente "Mary" (como no trio) é uma pequena maravilha que está simplesmente esquecido.
Desse mesmo álbum "Children one and all" é uma canção cheia de emoção e de requintado bom gosto, que não perdeu absolutamente nada com o passar dos anos. É o que acontece com as grandes canções e com cantoras como Mary Travers, é para ouvir sempre.
Um belo momento da música popular americana, "Children one and all" é uma canção de fino recorte, claramente um exercício de muito bom gosto.
Mary Travers - Children one and all
sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
Al Kooper – Easy Does It
Um dos primeiros álbuns que adquiri foi o
duplo “Easy Does It” de Al Kooper de 1970, uma edição CBS importada do Reino Unido. A
faixa que eu melhor conhecia era a canção título “Easy Does IT” que passava no
programa de rádio “Página um”. Mas as que melhor me ficaram na memória foram a
versão de “I Got A Woman” de Ray Charles e os mais de 12 minutos de “Baby
Please Don’t Go” um original, de 1935, de Big Joe Williams, guitarrista de Blues do Delta
de Mississipi.
Comprei-o, salvo erro, numa discoteca na Rua 31 de Janeiro do Porto, numa pequena cave do lado direito quem sobe a rua de nome “Casa Figueiredo” (na capa de plástico exterior pode ainda ler-se a letras douradas SECÇÃO DE DISCOS DA Casa FIGUEIREDO RUA DE STº ANTÓNIO 74 PORTO).
Nesse tempo, nesta rua, havia, que me lembre, pelo menos 4 discotecas. Outros tempos!
Comprei-o, salvo erro, numa discoteca na Rua 31 de Janeiro do Porto, numa pequena cave do lado direito quem sobe a rua de nome “Casa Figueiredo” (na capa de plástico exterior pode ainda ler-se a letras douradas SECÇÃO DE DISCOS DA Casa FIGUEIREDO RUA DE STº ANTÓNIO 74 PORTO).
Nesse tempo, nesta rua, havia, que me lembre, pelo menos 4 discotecas. Outros tempos!
Ray Charles – I Got A Woman
Ray Charles foi, dos cantores negros surgidos na
década de 50, o que alcançou maior consenso no diversificado mundo musical, quem
alguma vez não ouviu e não ficou rendido a uma interpretação de Ray Charles?
“I Got A Woman”, "Hallelujah! I Love Her So”, “Talkin’ About You”, “What’d I Say”, “Hit
The Road Jack”, “I Can’t Stop Lovin’ You”, “Georgia On My Mind”, estão entre os
êxitos perante os quais qualquer amante de música de certeza já ficou cativo.
"Poucos artistas conseguiram como ele entusiasmar um público composto por pessoas tão diferentes (como no Olympia, que esteve cheio oito dias seguidos em 1963). Durante um concerto deste feiticeiro da soul music, ninguém (fan de rock, apaixonado do blues, «iluminado» do gospel, obcecado do boogie, admirador da country ou afeiçoado da romanza) consegue resistir àquela voz raivosa ou acariciante, rouca ou brilhante, por vezes arranhada, quase dilacerada, sempre perturbadora, vibrante, quente.” em Os Grandes Criadores de Jazz.
"Poucos artistas conseguiram como ele entusiasmar um público composto por pessoas tão diferentes (como no Olympia, que esteve cheio oito dias seguidos em 1963). Durante um concerto deste feiticeiro da soul music, ninguém (fan de rock, apaixonado do blues, «iluminado» do gospel, obcecado do boogie, admirador da country ou afeiçoado da romanza) consegue resistir àquela voz raivosa ou acariciante, rouca ou brilhante, por vezes arranhada, quase dilacerada, sempre perturbadora, vibrante, quente.” em Os Grandes Criadores de Jazz.
Ray Charles (1930-2004) efectuou as primeiras
gravações ainda no final da década de 40, mas terá que esperar por 1955 para
alcançar, pela primeira vez, o 1º lugar das tabelas de Rhythm’n’Blues com a
canção “I Got A Woman”.
“I Got A Woman” é uma canção que conheceu dezenas
de versões, sendo a melhor, entre as que conheço, mas distante do original,
a efectuada por Al Kooper, em 1970, para o álbum “Easy Does It”. Al Kooper
músico de estúdio que acompanhou Bob Dylan, foi um dos músicos da formação
original dos Blood, Sweat & Tears tendo em 1969 iniciado carreia a solo.
A versão de “I Got A Woman” é simplesmente espantosa e é a não perder (solo de
piano incluído), uauh!
Numa mistura de Gospel, Jazz e Blues o original de Ray Charles, gravado no final do ano de 1954, “I Got A Woman” tinha todos os ingredientes que estiveram na origem do Rock’n’Roll.
Ray Charles – I Got A Woman
Numa mistura de Gospel, Jazz e Blues o original de Ray Charles, gravado no final do ano de 1954, “I Got A Woman” tinha todos os ingredientes que estiveram na origem do Rock’n’Roll.
Ray Charles – I Got A Woman
quinta-feira, 4 de dezembro de 2014
B.B. King – Three O’Clock Blues
B.B. King foi a par de T-Bone Walker dos
primeiros a utilizar a guitarra eléctrica no Blues.
Segundo o próprio B.B. King "Num sábado à noite ouvi uma guitarra elétrica que não estava a tocar espirituais negros. Era T-Bone interpretando "Stormy Monday" e foi o som mais belo que alguma vez ouvi na minha vida. Foi o que realmente me levou a querer tocar Blues" em http://palcoprincipal.sapo.pt.
B.B. King (1925-2015) torna-se popular aos 20 anos como disc-jockey, em Memphis sob o nome BB (Blues Boy).
“A partir dos anos 50, percorre os Estados Unidos com um grupo inspirado no de T-Bone Walker e o seu sucesso não pára de aumentar, assinalado por êxitos como Three O’Clock Blues e Sweet Black Angel” em Os Grandes Criadores de Jazz.
Eric Clapton, Johnny Winter, Jimi Hendrix, MikeBloomfield contam-se entre os guitarristas mais conhecidos que foram influenciados por B.B. King.Agora, oportunidade para nos deliciarmos com EricClapton e B.B. King em 1999, “The Thrill is Gone”.
Segundo o próprio B.B. King "Num sábado à noite ouvi uma guitarra elétrica que não estava a tocar espirituais negros. Era T-Bone interpretando "Stormy Monday" e foi o som mais belo que alguma vez ouvi na minha vida. Foi o que realmente me levou a querer tocar Blues" em http://palcoprincipal.sapo.pt.
B.B. King (1925-2015) torna-se popular aos 20 anos como disc-jockey, em Memphis sob o nome BB (Blues Boy).
“A partir dos anos 50, percorre os Estados Unidos com um grupo inspirado no de T-Bone Walker e o seu sucesso não pára de aumentar, assinalado por êxitos como Three O’Clock Blues e Sweet Black Angel” em Os Grandes Criadores de Jazz.
Eric Clapton, Johnny Winter, Jimi Hendrix, MikeBloomfield contam-se entre os guitarristas mais conhecidos que foram influenciados por B.B. King.Agora, oportunidade para nos deliciarmos com EricClapton e B.B. King em 1999, “The Thrill is Gone”.
Em 1951, B.B. King grava “Three O’Clock Blues” que será o seu primeiro grande êxito e nº 1 nas tabelas de Rhythm’n’Blues, é o que segue para nossa fruição.
B.B. King – Three O’Clock Blues
quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
O Jazz – Morley Jones
Há um certo desacordo acerca de o jazz ser ou não um género de música folclórica. Mas o jazz é, sem dúvida, algo de tipicamente norte-americano – é espontâneo, acessível e animado de um certo espírito de aventura. Além disso, o jazz é tradicional: tradicional no sentido de ter usos estabelecidos, roupagens estilísticas definidas e uma gíria, tanto verbal como musical, que são transmitidos nas culturas e entre as culturas por meios não verbais.
Lê-se na introdução do livro “O Jazz” de Morley Jones ,
edição das Publicações D. Quixote, 1ª edição, Janeiro de 1984.
Livro de leitura e consulta fáceis retrata “A vida e a obra de mais de cinquenta nomes
do jazz – de King Oliver e Louis Amstrong, passando por Parker, Coltrane e
Miles Davis até aos «novíssimos» como John McLaughlin e Keith Jarrett.”, conforme
texto da contra-capa. Dispõe ainda de uma discografia seleccionada de mais de
trezentos títulos sempre útil para os amantes deste género de música.
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