"Enquanto Frank Zappa trabalha dentro de um sistema de selecção artificial, unindo os diversos fragmentos, a música do conjunto londrino Pink Floyd desenvolve-se de forma mais orgânica. Este conjunto produz os seus efeitos sonoros directamente e não no estúdio, para os quais utilizam instrumentos técnicos especiais" lê-se em "O Mundo da Música Pop", a propósito da crescente complexidade nas gravações de alguns conjuntos Rock, tendo então o jornal Melody Maker questionado se "Estão a matar a música Pop?".
Na realidade os primeiros álbuns dos Pink Floyd manifestam uma saudável criatividade que nos levava de canções de uma simplicidade extrema a composições de uma complexidade até então desconhecida no meio Pop-Rock.
"Nós tocamos a música que nos agrada e aquilo que tocamos é inédito. Creio que nos podíamos chamar a orquestra da nova direcção. Se tivéssemos que nos caracterizar a nós próprios, diríamos que os Pink Floyd são a luz e o som. Ambos os meios se completam mutuamente e nós utilizamo-los não só como espectáculo", citação de Roger Waters na mesma fonte.
E ainda a propósito do segundo álbum:
"O seu segundo LP A saucerful of secret, é qualificado pela revista «Sound» como «mágica expedição misteriosa ao reino dos sons inauditos».
A gravação do 2º LP do grupo vai coincidir com a saída de Syd Barrett e a entrada de David Gilmour, sendo portanto o único disco dos Pink Floyd onde se pode ouvir os cinco músicos.
"Set the Controls for the Heart of the Sun", composto por Roger Waters,
é mesmo o único tema dos Pink Floyd onde aparecem os cinco músicos, a saber:
Roger Waters - voz, baixo
e gongo; Richard Wright - teclados;
Nick Mason - bateria;
Syd Barrett - guitarra;
David Gilmour - guitarra.
"Set the Controls for the Heart of the Sun", uma bela amostra da música electrónica experimental que os Pink Floyd então tão bem exploravam.
Pink Floyd - Set the Controls for the Heart of the Sun
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