segunda-feira, 11 de abril de 2016

Os Blusões Negros - Tango dos Barbudos

A música Pop-Rock portuguesa na revista de cinema "Celulóide" nos anos 60

Aproveitemos então as apreciações aos discos editados que a revista de cinema "Celulóide" passou a incluir na segunda metade dos anos 60, para lembrar mais alguns conjuntos e canções da música Pop-Rock feita em Portugal.

No nº 98 de Fevereiro de 1966 entre os discos de folclore aparecia o EP de Os Blusões Negros que já anteriormente recuperámos e a apreciação era a seguinte:

"REFERÊNCIA: 45 R. P. M. / EPF 5290 Rapsódia
QUALIDADE TÉCNICA: Boa
TEMAS INTERPRETADOS: Arranjos em ritmo Ié-Ié  de Jorge Melo de «Tequilla», «Coimbra Menina e Moça», «Toada Beirã» e «Tango dos Barbudos».
O QUE PENSO: Os «Blusões Negros» são 4 jovens que constituíram um agrupamento de guitarras há 4 anos, sendo este o seu primeiro disco. Merecem o carinho do público. Revivem em ritmos modernos êxitos como «Tequilla»."






Do Shake "Tequilla" já demos conta, vamos agora para um Tango, o "Tango dos Barbudos".

O tango era uma dança muito popular em qualquer baile daquela época e os conjuntos começaram a incluir versões dos tangos mais populares em versões Pop aprazíveis aos ouvidos quer dos mais novos quer dos mais velhos.

O tango que recordamos foi extremamente popular e preenche com certeza a memória de todos os que viveram aquela época.

No blog “Anomalias” alguém a propósito do “Tango dos Barbudos” recorda os bailes na aldeia, assim:
“Era um ritual muito interessante: com o indicador apontavam para ela, depois para ele (o próprio) e depois giravam o indicador como se estivesse a rodopiar. A menina ou fazia que não com a cabeça, ou levantava-se e ia ter com o par, ensaiando já alguns passos de dança. A mãe vigiava quantas vezes a filha dançava com o mesmo, se era de boas famílias ou não e se andaria com boas intenções... E advertia a filha: cuidado com os avanços, olhó respeito, filha, olhó respeito.”

Quanto à versão de Os Blusões Negros,  dá para nos transportarmos umas boas décadas atrás e, com ou sem respeito, aproveitar e dar um passo de dança. Ora vamos lá.



Os Blusões Negros - Tango dos Barbudos

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