a memória do elefante
É de Maio de 1971 o primeiro jornal "a memória do elefante" que adquiri, era o nº 2 e trazia na capa uma foto a preto e branco de Mick Jagger.
"a memória do elefante" (1971-1974) era um jornal contra a corrente, revolucionário na análise e na crítica, rompendo com todos os cânones existentes, quem dera que hoje existisse um equivalente para os tempos actuais. Crítica mordaz e ferindo o unanimismo corrente na escrita em geral e na crítica musical em particular. E no desenho do jornal, até a publicidade era altamente inovadora e apelativa, também a ela não se ficava indiferente, era impossível passar despercebida e dela irei dando nota à medida que nos próximos dias for folheando este nº 2.
Para começar temos The Rolling Stones. Um autocarro a afundar-se e um diálogo entre um polícia, um intelectual, um playboy e um músico.
Um polícia preocupado com a filha de 17 anos que, "vai ouvi-las quando chegar a casa", gosta dos The Rolling Stones de "Honky-Tonk Woman" que "recria o mundo proibido do bordel".
Um intelectual, para quem "Os Stones representam a liberdade física, o desejo burguês realizado na sua plenitude."
Um playboy que dá vivas aos The Rolling Stones "Que furor, que realização - a isso chamo eu mudar o mundo. E a maneira como eles iam vestidos? Fantástico."
E um músico que considera que "A força esmagadora dos recursos psicadélicos prepara os Rolling Stones para um novo rumo: a música de vanguarda".
Ou tão só uma banda de Rock que rivalizou nos anos 60 com The Beatles e que se eternizou para além do que era então pensável para um grupo de Rock'n'Roll.
The Rolling Stones - Back Street Girl
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