1974 Algumas escolhas de Miguel Esteves Cardoso
Bob Dylan é um caso à parte em toda a história da música popular. Quase 60 anos de gravações e cerca de 40 álbuns de estúdio editados e Bob Dylan continua a ser uma referência para sucessivas gerações encontrando nele uma fonte de inspiração certa. É também certo que nem toda a sua discografia é, digamos, indispensável, mas também é verdade que não se consegue, desde os anos 60, atravessar uma década sem a ele nos referirmos, a de 70 não é excepção.
Para Miguel Esteves Cardoso "Bob Dylan entrou mal na década, com o terrível "Self-portrait" (70), o medíocre "New Morning" (70) e uma banda sonora muito insonsa em "Pat Garrett" (73)." Considerava mesmo que "Chegaria ao fim da década sem um único grande álbum, embora "Blood on the Tracks", "Desire" e "Slow Train Coming", tenham momentos de grande inspiração."
Em 1974 publica "Planet Waves" e, atribuindo-lhe três estrelas, a ele se refere assim: ""Planet Waves", embora contenha duas ou três cancões decentes, não satisfaz. ("Forever Young" será a única com a estrutura das suas composições de 60)."
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"Fovere Young" é na realidade uma grande canção na senda do melhor que Bob Dylan criou, existindo em "Planet Waves" duas versões, uma a fechar o lado A e outra a abrir o lado B. Manifestamente é a primeira que ficou nos nossos ouvidos.
Bob Dylan, ainda hoje, "Forever Young"
Bob Dylan - Forever Young
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