sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Shirley Collins - Barbara Allen

 Algumas memórias de 2020

Se em 1970 me dissessem que passados 50 anos os meu discos preferidos desse ano  iriam ser de artistas que eram então já com carreiras firmadas dificilmente iria acreditar, mas o que é certo é que esta suposição é bem verdadeira. Dois discos houve em 2020 que ficaram no topo das minhas escolhas. A primeira das quais vai para uma senhora com a provecta idade de 85 anos, é ela Shirley Collins, o disco chama-se "Heart's Ease" e foi genericamente bem recebido pela crítica.

Em 1970 ela já tinha 35 anos e eu ainda não a conhecia mas começava a apreciar o Folk-Rock britânico com Sandy Denny à cabeça. Não foi pois difícil de gostar de Shirley Collins quando mais tarde tomei conhecimento com a sua música, desde o seminal "Folk Roots, New Routes" (1964) com Davy Graham  até à sua maior aproximação ao Rock em "No Roses" (1971) com The Albion Country Band. Em 2016 regressou às gravações, com  o magnífico Lodestar", após um retiro de 38 anos devido a um distúrbio vocal nunca bem entendido.


Edição em CD de 2020 da editora Domino com a ref:
WIGCD454


Deste novo álbum escolhi a canção "Barbara Allen", uma balada escocesa do século XVII e que Shirley Collins já tinha gravado por duas vezes (em "Sweet England" (1959) e "The Power of the True Love Knot" (1968)). Desta vez, segundo ela própria, terá decidido gravá-la depois de ter revisto o filme "Scrooge" (1951), segundo o livro "A Christmas Carol" de Charles Dickens, onde a canção pode ser ouvida, da maneira que ela aprendeu na escola, no final do filme na cena em que o arrependido Scrooge visita o sobrinho.

 Outras versões desta canção vão para Joan Baez, Emmylou Harris e Simon and Garfunkel mas a de Shirley Collins tem um encanto especial a que eu não resisto. Ei-la.



Shirley Collins - Barbara Allen

Sem comentários:

Enviar um comentário