Algumas memórias de 2020
As edições de Shirley Collins com 85 anos e Bob Dylan com 79 são as minhas preferências do ano de 2020.
Bob Dylan é, como nos anos 60, um caso à parte na música popular. A virtude não está com o facto de com 79 anos de idade continuar no activo, há muitos que o fazem, é a qualidade única que ele ainda continua a demonstrar passados quase 60 anos das suas primeiras gravações. É dos poucos da geração de 60, quem mais?, que continua a colocar os seus discos no Top Ten de boa parte das listas elaboradas com os melhores do ano. Não é todos os dias que nasce um talento como Bob Dylan,
"Rough and Rowdy Ways" aí está para atestar o que disse. Depois de 8 anos sem gravações originais, em "Shadows in the Night" (2015), "Fallen Angels" (2016) e "Triplicate" (2017) revisitou clássicos, em 2020 voltou em grande aos originais num disco muito, muito bom. Para mim o melhor do ano.
A dar continuidade às minhas preferências dos anos anteriores que foram:
2015 - The Unthanks - Mount the Air2016 - Shirley Collins - Lodestar
2017 - Quercus - Nightfall
2018 - Richard Thompson - 13 Rivers
Edição em duplo CD de 2020 pela Columbia com a ref: 19439780982 |
Não é difícil colocar "Rough and Rowdy Ways" entre os melhores que Bob Dylan gravou nos anos 60 e 70 tornando-se rapidamente um dos seus clássicos. O álbum é composto por 9 canções no primeiro CD e um segundo CD com "Murder Most Foul", a canção mais longa que Bob Dylan escreveu, mais de 16 minutos, uma fotografia do declínio da América pós assassinato de John Kennedy. Uma das minhas preferidas é "I've Made Up My Mind To Give Myself To You" uma bela balada de amor para se ouvir de seguida.
Listening to the sounds of the sad guitars
Been thinking it all over and I've thought it all through
Bob Dylan - I've Made Up My Mind To Give Myself To You
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