Algumas memórias de 2023
Provavelmente daqui a um ano estarei a desmentir-me mas, para já, a sensação que me fica de 2023 é que os anos 60 terminam aqui, e senão vejamos.
Alguns dos melhores músicos daquela década persistem, já com uma idade bem avançada, na edição de novos álbuns e alguns continuam mesmo com uma agenda de concertos intensa. Assim, entre os sobreviventes encontramos aqueles que, de alguma forma, revisitaram o seu passado e os que continuam na senda de novas descobertas.
Entre os primeiros encontramos, com resultados diferentes, nomes como: Van Morrison, Neil Young, Roger Waters, Bob Dylan, Joni Mitchell enquanto no segundo lote aparecem, por exemplo: John Cale, Iggy Pop, Peter Gabriel, Jethro Tull, Yes, Shirley Collins, Cat Stevens, Graham Nash, Strawbs, The Rolling Stones, Paul Simon também estes com resultados bem diferenciados. Genericamente, fico com a impressão de estarmos num fim de ciclo, que aliás, nunca se esperou que durasse tanto tempo, afinal, estamos já na 7ª década.
E para começar esta revisão de 2023, e como que a justificar a ideia do fim dos anos 60, nada como lembrar aquela que foi a canção do ano: "Now and Then" e o grupo, claro, The Beatles.
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| Single em vinil, edição alemã, com a ref:4814586 |
Não que "Now and Then" vá ficar entre as melhores que o grupo criou, também não ficará entre as menos conseguidas, mas por tudo o que ela encerra. A sonoridade The Beatles está lá, e será, tudo indica, a última gravação do grupo de Liverpool que revolucionou a música, e, não só mas também, pela polémica gerada na sua criação, com muita desinformação pelo meio. Remeto para o texto incluído no folheto que acompanha o Single.
Quer se goste, quer não, "Now and Then" pelos The Beatles é a canção que mais ouvi em 2023 e põe um ponto final nos anos 60. Os anos 60 terminam aqui,
The Beatles - Now and Then
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