Algumas memórias de 2023
Há grupos que são um verdadeiro anacronismo. Os Jethro Tull são um exemplo. Muito poucos grupos de Rock dos anos 60 e 70 souberam manter-se até à actualidade a merecerem a devida reverência, a maior parte devia ter saído de cena a seu devido tempo. No caso do Jethro Tull tal devia ter acontecido no final dos anos 70 com a publicação de "Heavy Horses" um dos últimos álbuns do grupo que ouvi na totalidade. A partir daí a imaginação e a qualidade interpretativa foram diminuindo, a figura de Ian Anderson impôs-se por completo e a sonoridade do grupo passou a ser totalmente previsível e nada entusiasmante.
Talvez Ian Anderson deve-se ter seguido carreira a solo e experimentado outros caminhos, talvez no Folk, em vez de manter um grupo que da formação original só ele resta (ou talvez não, o que permitiu-me vê-los ao vivo em 2000 no Coliseu do Porto). Uma coisa é certa, actualmente são uma pálida imagem do que já foram. e aí está a comprová-lo "RökFlöte", o álbum de 2023.
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Acrescentando a evidente perda de voz de Ian Anderson, "RökFlöte" confirma o desapontamento que já há muito vinha revelando. Um álbum para esquecer.
Jethro Tull - Ginnungagap
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