Passagem por 20 álbuns ímpares da década de 60
Os King Crimson foram (são) um grupo de Rock com formação variada e intermitente no tempo. Tiveram o seu início no ano de 1968 e sob a figura tutelar de Robert Fripp constituem-se como um dos grupos mais criativos no género que se convencionou designar por Rock Progressivo. Um género com as raízes na década de 60, com a maior pujança na década seguinte e que poucos cultivaram, evoluíram e mantiveram-se tão bem como estes King Crimson.
Nesta 3ª passagem pelo grupo, o retorno ao seu disco de estreia, o seminal "In The Court Of Crimson King". Editado em Outubro de 1969, foi um dos primeiros discos que comprei e que ainda hoje merece uma audição atenta.
Dizia o meu pai que discos e livros não se emprestam, ou nunca mais se vêm ou já não regressam no mesmo estado. Pois tal aconteceu-me precisamente com este disco (e ainda com o 1º LP dos Emerson, Lake and Palmer), contrariando a recomendação do meu pai abri uma excepção que claro vim a arrepender-me. Consegui recuperá-lo(s) mas vinha(m) num estado lastimoso não tendo conseguido, apesar de todas e limpezas e lavagens, recuperar com uma sonoridade minimamente decente. Acabei por adquiri-lo(s) novamente mais tarde. Possuo assim um exemplar da edição inglesa de 1989 referência EGLP1 de "In Court Of The Crimson King".
"The group's definitive album, and one of the most daring debut albums ever recorded by anybody" assim o considera o sítio allmusic.com e com razão. Um disco histórico que revolucionou a música então praticada. Para audição o tema "Epitaph", uma canção perfeita onde Greg Lake tem a sua melhor prestação vocal e Ian McDonald está particularmente em destaque com o dominante som do Mellotron.
King Crimson - Epitaph
Para uns recordações, para outros descobertas. São notas passadas, musicais e não só...
sexta-feira, 31 de março de 2017
quinta-feira, 30 de março de 2017
Nick Drake – Five Leaves Left
Passagem por 20 álbuns ímpares da década de 60
Pese a recuperação que nos últimos anos tem sido feita da sua obra, alguns estão destinados, apesar da sua genialidade, a ficar desconhecidos da grande maioria, venerados por uma minoria. Lembro-me bem de ouvir (final dos anos 60 início de 70) Nick Drake no "Em Órbita" ou no "Página Um" ou nos dois, já não sei ao certo, mas os seus discos não me recordo de os ver à venda. Só, portanto, bastante mais tarde pude ter acesso à curta, mas fundamental, discografia que Nick Drake nos deixou.
Nick Drake (1948-1974) faleceu com 26 anos devido a uma dose excessiva de anti-depressivos e deixou-nos 3 discos de originais editados entre 1969 e 1972. Três discos essenciais do melhor Folk então interpretado, a saber: "Five Leaves Left", "Bryter Layer" e "Pink Moon", este último completamente a solo. Em "Five Leaves Left", eleito para esta curta listagem de discos importantes da década de 60, goza da companhia de músicos como o guitarrista Richard Thompson dos então Fairport Convention e o baixista Danny Thompson dos Pentangle. Grandes companhias, portanto.
"Five Leaves Left" é um surpreendente 1º álbum e continha todos os ingredientes para se tornar um artista e um disco lendários. Com a produção experiente de Joe Boyd, o acompanhamento de músicos já de excepção como os referidos Richard Thompson e Danny Thompson e ainda os arranjos inspirados do amigo Robert Kirby, "Five Leaves Left" é um monumento da música Folk difícil de igualar.
Deste disco já passámos "Time Has Told Me", ficamos hoje com mais uma pequena maravilha, uma verdadeira raridade da música Folk: "The Thoughts Of Mary Jane".
Who can know
The thoughts of Mary Jane
Why she flies
Or goes out in the rain
Where she's been
And who she's seen
In her journey to the stars.
Who can know
The reasons for her smile
What are her dreams
When they've journeyed for a mile
The way she sings
And her brightly coloured rings
Make her the princess of the sky.
Who can know
What happens in her mind
Did she come from a strange world
And leave her mind behind
Her long lost sighs
And her brightly coloured eyes
Tell her story to the wind.
Who can know
The thoughts of Mary Jane
Why she flies
Or goes out in the rain
Where she's been
And who she's seen
In her journey to the stars
Nick Drake - The Thoughts Of Mary Jane
Pese a recuperação que nos últimos anos tem sido feita da sua obra, alguns estão destinados, apesar da sua genialidade, a ficar desconhecidos da grande maioria, venerados por uma minoria. Lembro-me bem de ouvir (final dos anos 60 início de 70) Nick Drake no "Em Órbita" ou no "Página Um" ou nos dois, já não sei ao certo, mas os seus discos não me recordo de os ver à venda. Só, portanto, bastante mais tarde pude ter acesso à curta, mas fundamental, discografia que Nick Drake nos deixou.
Nick Drake (1948-1974) faleceu com 26 anos devido a uma dose excessiva de anti-depressivos e deixou-nos 3 discos de originais editados entre 1969 e 1972. Três discos essenciais do melhor Folk então interpretado, a saber: "Five Leaves Left", "Bryter Layer" e "Pink Moon", este último completamente a solo. Em "Five Leaves Left", eleito para esta curta listagem de discos importantes da década de 60, goza da companhia de músicos como o guitarrista Richard Thompson dos então Fairport Convention e o baixista Danny Thompson dos Pentangle. Grandes companhias, portanto.
"Five Leaves Left" é um surpreendente 1º álbum e continha todos os ingredientes para se tornar um artista e um disco lendários. Com a produção experiente de Joe Boyd, o acompanhamento de músicos já de excepção como os referidos Richard Thompson e Danny Thompson e ainda os arranjos inspirados do amigo Robert Kirby, "Five Leaves Left" é um monumento da música Folk difícil de igualar.
Deste disco já passámos "Time Has Told Me", ficamos hoje com mais uma pequena maravilha, uma verdadeira raridade da música Folk: "The Thoughts Of Mary Jane".
Who can know
The thoughts of Mary Jane
Why she flies
Or goes out in the rain
Where she's been
And who she's seen
In her journey to the stars.
Who can know
The reasons for her smile
What are her dreams
When they've journeyed for a mile
The way she sings
And her brightly coloured rings
Make her the princess of the sky.
Who can know
What happens in her mind
Did she come from a strange world
And leave her mind behind
Her long lost sighs
And her brightly coloured eyes
Tell her story to the wind.
Who can know
The thoughts of Mary Jane
Why she flies
Or goes out in the rain
Where she's been
And who she's seen
In her journey to the stars
Nick Drake - The Thoughts Of Mary Jane
quarta-feira, 29 de março de 2017
The Who - Tommy
Passagem por 20 álbuns ímpares da década de 60
Uma semana antes de "Crosby, Stills & Nash" ter sido editado nos Estados Unidos, The Who editavam em Inglaterra a Ópera-Rock "Tommy", mais um dos álbuns a constar nesta curta listagem. Estávamos em Maio de 1969.
"Tommy" foi um dos discos, como por exemplo "Days Of Futured Passed" também, a mostrar-me que os LP de Rock (ainda por cima "Tommy" era duplo), não eram somente um conjunto de canções onde sobressaiam um ou dois êxitos e que se esfumavam rapidamente, mas obras elaboradas de maior fôlego e menos comerciais que boa parte da música que era dada ouvir na rádio e na televisão. Permitiu, portanto, abrir novos horizontes e procurar conhecer melhor os autores desse, e outros álbuns, que então faziam a delícia da nossa juventude. Começou a ser importante tentar perceber as letras das músicas, quer pela audição, quer pela leitura na revista "mundo da canção" ou ainda quando elas vinham reproduzidas nos próprios álbuns.
"Tommy" foi então ouvido até à exaustão até meados dos anos 70 quando boa parte das bandas da década anterior entraram em declínio. Agora oportunidade de o ouvir outra vez e recordar os bons momentos que ele nos proporcionou.
Ouvi o disco na integra pela primeira vez em 1970, quando um primo meu afastado de nome Nelson (https://www.nelsonmontanamusic.com/) veio dos Estados Unidos ao casamento da tia que era a minha madrinha, e com ele trouxe vários discos entre os quais constava este "Tommy". Adquiri-o em 1973, numa das vindas ao Porto para procura de discos, na edição britânica daquele ano (Track 2657 002).
Para os mais novos, para lhes abrir o apetite pela audição completa desta singular obra, segue a faixa inicial "Overture".
The Who - Overture
Uma semana antes de "Crosby, Stills & Nash" ter sido editado nos Estados Unidos, The Who editavam em Inglaterra a Ópera-Rock "Tommy", mais um dos álbuns a constar nesta curta listagem. Estávamos em Maio de 1969.
"Tommy" foi um dos discos, como por exemplo "Days Of Futured Passed" também, a mostrar-me que os LP de Rock (ainda por cima "Tommy" era duplo), não eram somente um conjunto de canções onde sobressaiam um ou dois êxitos e que se esfumavam rapidamente, mas obras elaboradas de maior fôlego e menos comerciais que boa parte da música que era dada ouvir na rádio e na televisão. Permitiu, portanto, abrir novos horizontes e procurar conhecer melhor os autores desse, e outros álbuns, que então faziam a delícia da nossa juventude. Começou a ser importante tentar perceber as letras das músicas, quer pela audição, quer pela leitura na revista "mundo da canção" ou ainda quando elas vinham reproduzidas nos próprios álbuns.
"Tommy" foi então ouvido até à exaustão até meados dos anos 70 quando boa parte das bandas da década anterior entraram em declínio. Agora oportunidade de o ouvir outra vez e recordar os bons momentos que ele nos proporcionou.
Ouvi o disco na integra pela primeira vez em 1970, quando um primo meu afastado de nome Nelson (https://www.nelsonmontanamusic.com/) veio dos Estados Unidos ao casamento da tia que era a minha madrinha, e com ele trouxe vários discos entre os quais constava este "Tommy". Adquiri-o em 1973, numa das vindas ao Porto para procura de discos, na edição britânica daquele ano (Track 2657 002).
Para os mais novos, para lhes abrir o apetite pela audição completa desta singular obra, segue a faixa inicial "Overture".
The Who - Overture
terça-feira, 28 de março de 2017
Crosby, Stills & Nash - Crosby, Stills & Nash
Passagem por 20 álbuns ímpares da década de 60
Ontem, recordámos "On The Threshold Of A Dream" dos The Moody Blues que tinha sido editado em Inglaterra em Abril de 1969, no mês seguinte era editado nos Estados Unidos aquele que seria o melhor disco do ano, o álbum inaugural, homónimo do trio Crosby, Stills and Nash.
Um trio novo a partir de músicos já relativamente bem conhecidos. David Crosby oriundo dos importantes The Byrds, Stephen Stills oriundo dos excelentes Buffalo Springfield e Graham Nash dos populares The Hollies constituem a grande novidade do ano.
"Crosby, Stills & Nash", o ponto mais alto do Folk-Rock então em crescendo, um disco marcante da criatividade musical que caracterizou o final da década de 60. As harmonias vocais atingem níveis inauditos e um conjunto de canções bem construídas (excelente o tema de abertura "Suite: Judy Blue Eyes") catapultaram o trio para a fama que ainda hoje perdura. Uma sonoridade que, infelizmente, hoje já não se pratica o que leva a ficar-se com a sensação de um disco datado.
Na divulgação deste ímpar álbum chega a vez de "Wooden Ships", a história de dois sobreviventes, graças aos "purple berries" que "Probably keep us both alive, Wooden ships on the water very free and easy", de uma guerra nuclear que ninguém ganhou, "Can you tell me please who won?".
Crosby, Still & Nash - Wooden Ships
Ontem, recordámos "On The Threshold Of A Dream" dos The Moody Blues que tinha sido editado em Inglaterra em Abril de 1969, no mês seguinte era editado nos Estados Unidos aquele que seria o melhor disco do ano, o álbum inaugural, homónimo do trio Crosby, Stills and Nash.
Um trio novo a partir de músicos já relativamente bem conhecidos. David Crosby oriundo dos importantes The Byrds, Stephen Stills oriundo dos excelentes Buffalo Springfield e Graham Nash dos populares The Hollies constituem a grande novidade do ano.
"Crosby, Stills & Nash", o ponto mais alto do Folk-Rock então em crescendo, um disco marcante da criatividade musical que caracterizou o final da década de 60. As harmonias vocais atingem níveis inauditos e um conjunto de canções bem construídas (excelente o tema de abertura "Suite: Judy Blue Eyes") catapultaram o trio para a fama que ainda hoje perdura. Uma sonoridade que, infelizmente, hoje já não se pratica o que leva a ficar-se com a sensação de um disco datado.
Na divulgação deste ímpar álbum chega a vez de "Wooden Ships", a história de dois sobreviventes, graças aos "purple berries" que "Probably keep us both alive, Wooden ships on the water very free and easy", de uma guerra nuclear que ninguém ganhou, "Can you tell me please who won?".
Crosby, Still & Nash - Wooden Ships
segunda-feira, 27 de março de 2017
The Moody Blues – On The Threshold Of A Dream
Passagem por 20 álbuns ímpares da década de 60
Chegamos ao último ano da década, mais um ano fora do comum no que diz respeito à música popular que nos deixou. A 1969 sacamos 6 álbuns a constar nesta passageira listagem de 20 álbuns ímpares da década de 60. Começamos por "On The Threshold Of A Dream" o primeiro a ser editado no mês de Abril.
Hoje foi "On The Threshold Of A Dream", outro dia poderia ter sido "In Search Of The Lost Chord" ou "Day Of Future Passed". Três trabalhos essenciais na discografia dos britânicos The Moody Blues, que não tiveram metade do reconhecimento que mereciam. Cada um à sua maneira, pontos altos deste grupo que tanto apreciávamos e que foi ponto de encontro de 3 gerações: a minha, a do meu pai e da minha filha.
Se de "Days Of Futured Passed" todo o mundo conheceu "Nights In White Satin", já do excelente "In Search Of The Lost Chord" nenhuma teve a popularidade daquela, enquanto que de "On The Threshold Of A Dream" destacar-se-ia "Never Comes The Day", mas sem grande êxito comercial. De qualquer modo, qualquer um dos trabalhos vale pelo todo o que torna mais difícil a sua popularização.
Era mais um álbum conceptual baseado em sonhos, em parte (The Voyage) inspirado em "Assim Falava Zaratrusta" de Richard Strauss.
"On The Threshold Of A Dream" um disco, no seu tempo, inovador, que se tornou, com o tempo, um verdadeiro clássico.
O início é composto pelas faixas "In The Beginning", o refutar do mundo dominado por computadores ("I'm more than that! I know I am. At least, I think I must be.") e "Lovely To See You Again" ("Lovely to see you again my friend. Walk along with me to the next bend").
The Moody Blues - In The Beginning-Lovely To See You Again
Chegamos ao último ano da década, mais um ano fora do comum no que diz respeito à música popular que nos deixou. A 1969 sacamos 6 álbuns a constar nesta passageira listagem de 20 álbuns ímpares da década de 60. Começamos por "On The Threshold Of A Dream" o primeiro a ser editado no mês de Abril.
Hoje foi "On The Threshold Of A Dream", outro dia poderia ter sido "In Search Of The Lost Chord" ou "Day Of Future Passed". Três trabalhos essenciais na discografia dos britânicos The Moody Blues, que não tiveram metade do reconhecimento que mereciam. Cada um à sua maneira, pontos altos deste grupo que tanto apreciávamos e que foi ponto de encontro de 3 gerações: a minha, a do meu pai e da minha filha.
Se de "Days Of Futured Passed" todo o mundo conheceu "Nights In White Satin", já do excelente "In Search Of The Lost Chord" nenhuma teve a popularidade daquela, enquanto que de "On The Threshold Of A Dream" destacar-se-ia "Never Comes The Day", mas sem grande êxito comercial. De qualquer modo, qualquer um dos trabalhos vale pelo todo o que torna mais difícil a sua popularização.
Era mais um álbum conceptual baseado em sonhos, em parte (The Voyage) inspirado em "Assim Falava Zaratrusta" de Richard Strauss.
"On The Threshold Of A Dream" um disco, no seu tempo, inovador, que se tornou, com o tempo, um verdadeiro clássico.
O início é composto pelas faixas "In The Beginning", o refutar do mundo dominado por computadores ("I'm more than that! I know I am. At least, I think I must be.") e "Lovely To See You Again" ("Lovely to see you again my friend. Walk along with me to the next bend").
The Moody Blues - In The Beginning-Lovely To See You Again
domingo, 26 de março de 2017
Simon and Garfunkel - Bookends
Passagem por 20 álbuns ímpares da década de 60
Nesta selecção quase impossível de 20 álbuns marcantes da década de 60, vamos ao ano de 1968 buscar mais um disco. Quantos outros não poderíamos ir buscar a mais um formidável ano, foram os primeiros que me vieram à memória, depois de "Astral Weeks" do irlandês Van Morrison e "This Was" dos britânicos Jethro Tull a vez do duo norte-americano Simon and Garfunkel e uma das suas obras-primas, "Bookends".
De Simon and Garfunkel bem que poderia ter escolhido qualquer um dos outros LP editados na década, mas este foi o primeiro que conheci na sua totalidade e portanto a ligação a ele ficou particularmente intensa.
Para os amantes da música popular dos anos 60 eis "Bookends", uma viagem pela e um retrato de uma América perdida e desencontrada com a sua juventude.
Editado em Abril de 1968, "Bookends" é o álbum de "America", "Mrs. Robinson", "A Hazy Shade Of Winter", "At The Zoo" e também de "Save The Life Of My Child" que tantas saudades nos trás.
Simon and Garfunkel - Save The Life Of My Child
Nesta selecção quase impossível de 20 álbuns marcantes da década de 60, vamos ao ano de 1968 buscar mais um disco. Quantos outros não poderíamos ir buscar a mais um formidável ano, foram os primeiros que me vieram à memória, depois de "Astral Weeks" do irlandês Van Morrison e "This Was" dos britânicos Jethro Tull a vez do duo norte-americano Simon and Garfunkel e uma das suas obras-primas, "Bookends".
De Simon and Garfunkel bem que poderia ter escolhido qualquer um dos outros LP editados na década, mas este foi o primeiro que conheci na sua totalidade e portanto a ligação a ele ficou particularmente intensa.
Para os amantes da música popular dos anos 60 eis "Bookends", uma viagem pela e um retrato de uma América perdida e desencontrada com a sua juventude.
Editado em Abril de 1968, "Bookends" é o álbum de "America", "Mrs. Robinson", "A Hazy Shade Of Winter", "At The Zoo" e também de "Save The Life Of My Child" que tantas saudades nos trás.
Simon and Garfunkel - Save The Life Of My Child
sábado, 25 de março de 2017
Jethro Tull - This Was
Passagem por 20 álbuns ímpares da década de 60
Outubro de 1968 viu nascer o primeiro disco de uma das propostas mais interessantes do Rock britânico. Um grupo e um líder que se confundiram com o passar do tempo, hoje em dia ainda no activo, Ian Anderson/Jethro Tull.
Tendo o Rock por base, o primeiro disco mistura-o com o Jazz, o Blues e o Folk criando uma sonoridade ímpar, personalizada, que no entanto não iria perdurar por muito tempo, nos anos 70, os de maior êxito do grupo, a figura de Ian Anderson era dominante e o Rock Progressivo também.
Em particular a influência do Blues provinda de Mick Abrahams, que abandonou o grupo logo após a gravação do primeiro disco, foi-se infelizmente perdendo, mantendo-se contudo um som distintivo nomeadamente pela presença da flauta de Ian Anderson.
"This Was" era o nome do primeiro registo do grupo e foi um dos que melhor resistiu ao passar dos anos, melhor que, por exemplo, o excessivo "Thick as a Brick". Da longa e boa discografia dos Jethro Tull, "This Was" constitui um testemunho de originalidade de que aquela época foi tão fecunda. "This Was" era diferente de tudo o que então se produzia e conseguiu manter até hoje toda a frescura que transmitia.
O LP, cujas capas reproduzo, é uma edição italiana de 1978, referência 6307 517 da Chrysalis e é o que faz parte da minha colecção.
Uma boa audição para "Serenade To A Cuckoo", versão do original do músico de Jazz Roland Kirk, uma das faixas que mais me impressionou.
Jethro Tull - Serenade To A Cuckoo
Outubro de 1968 viu nascer o primeiro disco de uma das propostas mais interessantes do Rock britânico. Um grupo e um líder que se confundiram com o passar do tempo, hoje em dia ainda no activo, Ian Anderson/Jethro Tull.
Tendo o Rock por base, o primeiro disco mistura-o com o Jazz, o Blues e o Folk criando uma sonoridade ímpar, personalizada, que no entanto não iria perdurar por muito tempo, nos anos 70, os de maior êxito do grupo, a figura de Ian Anderson era dominante e o Rock Progressivo também.
Em particular a influência do Blues provinda de Mick Abrahams, que abandonou o grupo logo após a gravação do primeiro disco, foi-se infelizmente perdendo, mantendo-se contudo um som distintivo nomeadamente pela presença da flauta de Ian Anderson.
"This Was" era o nome do primeiro registo do grupo e foi um dos que melhor resistiu ao passar dos anos, melhor que, por exemplo, o excessivo "Thick as a Brick". Da longa e boa discografia dos Jethro Tull, "This Was" constitui um testemunho de originalidade de que aquela época foi tão fecunda. "This Was" era diferente de tudo o que então se produzia e conseguiu manter até hoje toda a frescura que transmitia.
O LP, cujas capas reproduzo, é uma edição italiana de 1978, referência 6307 517 da Chrysalis e é o que faz parte da minha colecção.
Uma boa audição para "Serenade To A Cuckoo", versão do original do músico de Jazz Roland Kirk, uma das faixas que mais me impressionou.
Jethro Tull - Serenade To A Cuckoo
sexta-feira, 24 de março de 2017
Van Morrison - Astral Weeks
Passagem por 20 álbuns ímpares da década de 60
Van Morrison tem actualmente 36 álbuns de estúdio gravados.
O primeiro disco que dele adquiri foi no ano de 1972, era o seu 6º registo, o excelente "Saint Dominic's Preview", depois foi tomar conhecimento da sua discografia anterior, a dos Them incluída, e segui-lo até aos nossos dias.
Rapidamente descobri "Astral Weeks" gravado e editado em 1968 que ficou para mim como uma das propostas melhor conseguidas de Van Morrison. Era o 2º (tendo em consideração que "Blowin' Your Mind", apesar de não autorizado por ele, foi, no ano anterior, o 1º LP em nome próprio) disco e ficou como uma marca dificilmente ultrapassável na sua discografia mas também na música popular em geral. Composto por 8 canções superiormente compostas e interpretadas "Astral Weeks" é comummente considerado uma obra singular entre o melhor que a música popular nos deixou até hoje.
Para allmusic.com "Astral Weeks is a justified entry in pop music's pantheon. It is unlike any record before or since; it mixes together the very best of postwar popular music in an emotional outpouring cast in delicate, subtle, musical structures."
"Astral Weeks", um disco que amadureceu através dos tempos e que seriamos obrigados, numa escolha reduzida, a levar, para uma ilha deserta, ou seja é único e imprescindível.
Van Morrison - Cyprus Avenue
Van Morrison tem actualmente 36 álbuns de estúdio gravados.
O primeiro disco que dele adquiri foi no ano de 1972, era o seu 6º registo, o excelente "Saint Dominic's Preview", depois foi tomar conhecimento da sua discografia anterior, a dos Them incluída, e segui-lo até aos nossos dias.
Rapidamente descobri "Astral Weeks" gravado e editado em 1968 que ficou para mim como uma das propostas melhor conseguidas de Van Morrison. Era o 2º (tendo em consideração que "Blowin' Your Mind", apesar de não autorizado por ele, foi, no ano anterior, o 1º LP em nome próprio) disco e ficou como uma marca dificilmente ultrapassável na sua discografia mas também na música popular em geral. Composto por 8 canções superiormente compostas e interpretadas "Astral Weeks" é comummente considerado uma obra singular entre o melhor que a música popular nos deixou até hoje.
Para allmusic.com "Astral Weeks is a justified entry in pop music's pantheon. It is unlike any record before or since; it mixes together the very best of postwar popular music in an emotional outpouring cast in delicate, subtle, musical structures."
"Astral Weeks", um disco que amadureceu através dos tempos e que seriamos obrigados, numa escolha reduzida, a levar, para uma ilha deserta, ou seja é único e imprescindível.
Van Morrison - Cyprus Avenue
quinta-feira, 23 de março de 2017
Leonard Cohen – Songs Of Leonard Cohen
Passagem por 20 álbuns ímpares da década de 60
O magnífico ano de 1967 não iria terminar sem o aparecimento de um cantor e respectivo 1º LP que ficariam para sempre entre o mais importante de toda a música popular feita de então até aos nossos dias, o disco dava pelo nome de "Songs Of Leonard Cohen" e, claro, o seu autor o inevitável Leonard Cohen.
Miguel Esteves Cardoso escrevia, em 1980, acerca de Leonard Cohen, um dos sobreviventes da década de 70: "...é um poeta que usa a canção, ao contrário da vasta maioria dos artistas semelhantes que são cantores que usam a poesia." Leonard Cohen quando edita o 1º LP tinha já 33 anos e vários livros de poesia editados, chega, portanto tardiamente ao mundo da música tendo sido influenciado pelas cantoras Nico e Judy Collins, tendo esta última, ainda em 1966, sido a primeira a interpretar a canção "Suzanne".
Ainda Miguel Esteves Cardoso: ""Songs of Leonard Cohen", editado em 1967, é um álbum de canções de amor o mais persistentemente apaixonado de todos. "Suzanne" e "Hey That's No Way to Say Goodbye" são limpidamente belas e, embora eivadas duma saudade suavemente suportada, fundamentalmente alegres. Mas, nesse mesmo LP, notam-se já as obsessões eternas: a inveja, a traição e a atracção/repulsa da Pátria.Não há temas nem histórias nem imagens a acrescentar depois desta colecção..."
e conclui,
"...a única coisa que distingue o álbum dos outros é essa suavidade de amor, sem raiva nem cobiça, sem paixão nem fome, que pervade as duas canções acima referidas."
Das duas canções referidas já passou por este Regresso ao Passado a canção "Suzanne", é agora a vez de "Hey That's No Way to Say Goodbye" com a letra por mim transcrita sabe-se lá quando (há muitos, muitos anos) e como (donde retirei a letra?).
Leonard Cohen - Hey That's No Way to Say Goodbye
O magnífico ano de 1967 não iria terminar sem o aparecimento de um cantor e respectivo 1º LP que ficariam para sempre entre o mais importante de toda a música popular feita de então até aos nossos dias, o disco dava pelo nome de "Songs Of Leonard Cohen" e, claro, o seu autor o inevitável Leonard Cohen.
Miguel Esteves Cardoso escrevia, em 1980, acerca de Leonard Cohen, um dos sobreviventes da década de 70: "...é um poeta que usa a canção, ao contrário da vasta maioria dos artistas semelhantes que são cantores que usam a poesia." Leonard Cohen quando edita o 1º LP tinha já 33 anos e vários livros de poesia editados, chega, portanto tardiamente ao mundo da música tendo sido influenciado pelas cantoras Nico e Judy Collins, tendo esta última, ainda em 1966, sido a primeira a interpretar a canção "Suzanne".
Ainda Miguel Esteves Cardoso: ""Songs of Leonard Cohen", editado em 1967, é um álbum de canções de amor o mais persistentemente apaixonado de todos. "Suzanne" e "Hey That's No Way to Say Goodbye" são limpidamente belas e, embora eivadas duma saudade suavemente suportada, fundamentalmente alegres. Mas, nesse mesmo LP, notam-se já as obsessões eternas: a inveja, a traição e a atracção/repulsa da Pátria.Não há temas nem histórias nem imagens a acrescentar depois desta colecção..."
e conclui,
"...a única coisa que distingue o álbum dos outros é essa suavidade de amor, sem raiva nem cobiça, sem paixão nem fome, que pervade as duas canções acima referidas."
Das duas canções referidas já passou por este Regresso ao Passado a canção "Suzanne", é agora a vez de "Hey That's No Way to Say Goodbye" com a letra por mim transcrita sabe-se lá quando (há muitos, muitos anos) e como (donde retirei a letra?).
Leonard Cohen - Hey That's No Way to Say Goodbye
quarta-feira, 22 de março de 2017
Love - Forever Changes
Passagem por 20 álbuns ímpares da década de 60
Pese o pouco sucesso comercial que tiveram o conjunto californiano Love teve uma importância maior no contexto da música Rock dos anos 60.
Constituídos em 1965 em torno da figura de Arthur Lee (1945-2006) gravaram até 1967 três álbuns de inegável qualidade. É no 3º, "Forever Changes", o mais inspirado do grupo e um dos mais importantes da década, que ressaltamos para este Regresso ao Passado.
Um disco intemporal que perdura na nossa memória como uma obra-prima, um dos melhores e mais surpreendentes de um período de ouro da música popular que se encontrava no seu auge. Quando "Forever Changes" foi editado, em Novembro de 1967, não teve o reconhecimento (que mais tarde veio a ter) nem o sucesso comercial merecido. Porque a ele ficámos sempre ligados através de canções tão cativantes como "Alone Again Or" ou o tema final, que agora recordamos, "You Set The Scene".
Love - You Set The Scene
Pese o pouco sucesso comercial que tiveram o conjunto californiano Love teve uma importância maior no contexto da música Rock dos anos 60.
Constituídos em 1965 em torno da figura de Arthur Lee (1945-2006) gravaram até 1967 três álbuns de inegável qualidade. É no 3º, "Forever Changes", o mais inspirado do grupo e um dos mais importantes da década, que ressaltamos para este Regresso ao Passado.
Um disco intemporal que perdura na nossa memória como uma obra-prima, um dos melhores e mais surpreendentes de um período de ouro da música popular que se encontrava no seu auge. Quando "Forever Changes" foi editado, em Novembro de 1967, não teve o reconhecimento (que mais tarde veio a ter) nem o sucesso comercial merecido. Porque a ele ficámos sempre ligados através de canções tão cativantes como "Alone Again Or" ou o tema final, que agora recordamos, "You Set The Scene".
Love - You Set The Scene
terça-feira, 21 de março de 2017
The Kinks – Something Else By The Kinks
Passagem por 20 álbuns ímpares da década de 60
Tendo por núcleo central os irmãos Ray e Dave Davies, The Kinks constituíram um caso de longevidade pouco comum (1964-1996) atendendo aos níveis qualitativos que mantiveram.
Dos anos 60 são uma das minhas bandas preferidas rivalizando em qualidade com grupos como The Beatles ou The Rolling Stones. Da década de 60 deixaram-nos 7 álbuns de originais que julgo não são devidamente recordados. Refira-se, por exemplo, o disco seleccionado para esta lista de 20 álbuns que marcam aqueles anos e que devem ser preservados e difundidos o melhor e mais possível de forma a que novas gerações tenham noção do quão diferente, para melhor, foi, musicalmente, a década de 60 comparando com os tempos actuais. Trata-se do LP "Something Else By The Kinks" e estávamos nesse ano mágico de 1967. Depois do psicadelismo dos Pink Floyd em Agosto, em Setembro o classicismo Pop-Rock dos The Kinks.
Como é dito em allmusic.com "Something Else By The Kinks" soa como mais nada em 1967, um disco, digo eu, fascinante onde não se encontra uma única canção fraca. De "David Watts" a "Waterloo Sunset", um total de 13 verdadeiros clássicos do Pop-Rock superiormente construído pelos The Kinks.
"Death Of A Clown", uma verdadeira jóia dos irmãos Davies, é a proposta de audição.
The Kinks - Death Of A Clown
Tendo por núcleo central os irmãos Ray e Dave Davies, The Kinks constituíram um caso de longevidade pouco comum (1964-1996) atendendo aos níveis qualitativos que mantiveram.
Dos anos 60 são uma das minhas bandas preferidas rivalizando em qualidade com grupos como The Beatles ou The Rolling Stones. Da década de 60 deixaram-nos 7 álbuns de originais que julgo não são devidamente recordados. Refira-se, por exemplo, o disco seleccionado para esta lista de 20 álbuns que marcam aqueles anos e que devem ser preservados e difundidos o melhor e mais possível de forma a que novas gerações tenham noção do quão diferente, para melhor, foi, musicalmente, a década de 60 comparando com os tempos actuais. Trata-se do LP "Something Else By The Kinks" e estávamos nesse ano mágico de 1967. Depois do psicadelismo dos Pink Floyd em Agosto, em Setembro o classicismo Pop-Rock dos The Kinks.
Como é dito em allmusic.com "Something Else By The Kinks" soa como mais nada em 1967, um disco, digo eu, fascinante onde não se encontra uma única canção fraca. De "David Watts" a "Waterloo Sunset", um total de 13 verdadeiros clássicos do Pop-Rock superiormente construído pelos The Kinks.
"Death Of A Clown", uma verdadeira jóia dos irmãos Davies, é a proposta de audição.
The Kinks - Death Of A Clown
segunda-feira, 20 de março de 2017
Pink Floyd – The Piper At The Gates Of Dawn
Passagem por 20 álbuns ímpares da década de 60
Ainda no ano de 1967, mas agora no lado de cá do Atlântico, vamos para Inglaterra onde musicalmente se opera uma verdadeira revolução.
O ano vai ser extraordinariamente rico musicalmente com muitos álbuns que marcaram o ano e a contribuírem significativamente para a transformação musical que se operava, entre grupos ou cantores novos e outros já consagrados destacaram-se, oriundos de Inglaterra, discos como:
Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band - The Beatles
Are You Experienced - Jimi Hendrix
Disraeli Gears - Cream
The Piper At The Gates Of Dawn - Pink Floyd
Days Of Futured Passed - The Moody Blues
Something Else By The Kinks - The Kinks
Mr Fantasy - Traffic
Procol Harum - Procol Harum
The 5000 Spirits Or The Layers Of The Onion - The Incredible String Band
The Bee Gees' 1st - Bee Gees
A Gift From a Flower To a Garden - Donovan
Todos eles marcantes do ano, da década e da história da música popular.
Como refere Jean-Marie Leduc no livro "Pink Floyd" "...a comunidade florida de Londres não é tão numerosa e espectacular como a de São Francisco, mas não é menos activa", abrem-se lojas "onde foram abolidas todas as noções tradicionais de comércio: vai-se lá ouvir música, fazer trocas, conversar e fumar", The Beatles e Rolling Stones descobrem a cítara e a tabla em "concorrência à guitarra e à bateria", proliferam as rádio piratas, que vão ser proibidas, "que são o meio de expressão mais poderoso da jovem geração pop britânica". São criados órgãos de informação do movimento underground como o International Times (IT) que lança o slogan "Quando a música muda, as paredes da cidade tremem", surgem novos clubes como o UFO (Unidentified Flying Object) a 31 de Dezembro de 1966 ".. tendo como atracção principal um jovem conjunto desconhecido do grande público, os Pink Floyd".
Depois dos 2 Singles "Arnold Layne" e "See Emily Play", porque a música dos Pink Floyd não cabia na duração dos Singles é editado em Agosto de 1967 o citado álbum "The Piper At The Gates Of Dawn". Disco ímpar a desbravar novas fronteiras para a música popular. Nele constavam temas como "Astronomy Domine" e "Interstellar Overdrive" tão diferentes de tudo o que se ouvia até então. A revolução Pink Floyd tinha começado.
Pink Floyd - Astronomy Domine
domingo, 19 de março de 2017
Peter, Paul and Mary - Album 1700
Passagem por 20 álbuns ímpares da década de 60
Peter Yarrow, Paul Stookey e Mary Travers (1936-2009) constituíram um trio maravilhoso de música Folk com apogeu nos anos 60, os Peter, Paul and Mary. O primeiro período do trio foi de 1961-1970 onde nos deixaram 10 álbuns de belas canções, muitas delas, hoje, verdadeiros clássicos da música popular norte-americana.
São deles (algumas são versões) canções como: "Where Have All Flowers Gone", "Puff, The Magic Dragon", "Leaving On A Jet Plan", "I Dig Rock And Roll Music" para ficarmos pelas mais conhecidas.
E há um álbum que sempre que passamos pelos anos 60 nos vem à cabeça, o LP "Album 1700" editado em 1967. Saiu, portanto, no mesmo mês de "The Velvet Undergound & Nico" outro dos discos marcantes dos anos 60 e está nas antípodas deste, duas faces da melhor música então praticada. Igualmente de Nova Iorque, do Rock vanguardista para o tradicional Folk.
Foi o disco que melhor conheci dos Peter, Paul and Mary graças a um amigo que o tinha. Ajudou a ficar irresistivelmente entre os discos mais representativos da década que agora recuperamos.
Um disco intemporal e muito melhor do que maioritariamente é feito nos tempos actuais, é dele "I Dig Rock And Roll Music".
Peter, Paul and Mary - I Dig Rock And Roll Music
Peter Yarrow, Paul Stookey e Mary Travers (1936-2009) constituíram um trio maravilhoso de música Folk com apogeu nos anos 60, os Peter, Paul and Mary. O primeiro período do trio foi de 1961-1970 onde nos deixaram 10 álbuns de belas canções, muitas delas, hoje, verdadeiros clássicos da música popular norte-americana.
São deles (algumas são versões) canções como: "Where Have All Flowers Gone", "Puff, The Magic Dragon", "Leaving On A Jet Plan", "I Dig Rock And Roll Music" para ficarmos pelas mais conhecidas.
E há um álbum que sempre que passamos pelos anos 60 nos vem à cabeça, o LP "Album 1700" editado em 1967. Saiu, portanto, no mesmo mês de "The Velvet Undergound & Nico" outro dos discos marcantes dos anos 60 e está nas antípodas deste, duas faces da melhor música então praticada. Igualmente de Nova Iorque, do Rock vanguardista para o tradicional Folk.
Foi o disco que melhor conheci dos Peter, Paul and Mary graças a um amigo que o tinha. Ajudou a ficar irresistivelmente entre os discos mais representativos da década que agora recuperamos.
Um disco intemporal e muito melhor do que maioritariamente é feito nos tempos actuais, é dele "I Dig Rock And Roll Music".
Peter, Paul and Mary - I Dig Rock And Roll Music
sábado, 18 de março de 2017
The Velvet Underground - The Velvet Underground & Nico
Passagem por 20 álbuns ímpares da década de 60
"...apenas dois grupos vão na contra-corrente da tendência geral e criam um rock que veicula pessimismo e violência, e também uma certa noção de decadência que só veremos impor-se muito mais tarde. São os Doors em Los Angeles e, em Nova Iorque, um grupo de quem o primeiro disco sairá dois meses depois do deles, o Velvet Underground." em "Jim Morrison - para lá dos DOORS"
No Regresso ao Passado de ontem o álbum primeiro dos The Doors, editado em Janeiro de 1967, hoje o disco inicial dos The Velvet Underground que viu a luz do dia passados dois meses.
Os dois uma referência obrigatória da contra-cultura nos EUA, os dois marcas destacadas da década de 60. Distantes do Flower Power da West Coast, The Velvet Underground fazia parte, como o nome indicava, do movimento "underground" da época.
"O Rock "mainstream", dominante, eram os grupos ingleses e os seus epígonos americanos. A música underground era uma ruptura em relação a estes movimentos, impondo uma nova visão, uma nova forma de fazer música, uma nova abordagem, uma atitude social. Os grupos underground eram aqueles de quem a imprensa rock oficial não fala." em "Superstars/Andy Warhol e os Velvet Underground".
Ainda da mesma fonte relativamente ao primeiro disco do grupo "The Velvet Underground & Nico":
"Em 67 era o melhor disco de rock jamais produzido, a música como os textos, novos e nunca escutados. «The Velvet Underground & Nico matou os swinging-sixties»."
"o melhor disco de rock jamais produzido" não teve aquando da sua edição o reconhecimento que muitos anos mais tarde veio a ter, traduzindo-se comercialmente num fracasso.
De muito cedo que The Velvet Underground se constituíram num dos meus grupos preferidos e em particular o LP "The Velvet Underground & Nico" com a famosa capa da banana desenhada por Andy Warhol. Constava na minha lista de aquisições até que em 1980, em Londres, comprei uma edição inglesa de 1971 já sem o "peel slowly and see" original.
A última canção a ser gravada para este álbum foi "Sunday Morning" e era a faixa de abertura.
Sunday morning, praise the dawning
It's just a restless feeling by my side
Early dawning, sunday morning
It's just the wasted years so close behind
Watch out, the world's behind you
There's always someone around you who will call
It's nothing at all
Sunday morning and
I'm falling I've got a feeling I don't want to know
Early dawning, sunday morning
It's all the streets you crossed, not so long ago
The Velvet Underground - Sunday Morning
"...apenas dois grupos vão na contra-corrente da tendência geral e criam um rock que veicula pessimismo e violência, e também uma certa noção de decadência que só veremos impor-se muito mais tarde. São os Doors em Los Angeles e, em Nova Iorque, um grupo de quem o primeiro disco sairá dois meses depois do deles, o Velvet Underground." em "Jim Morrison - para lá dos DOORS"
No Regresso ao Passado de ontem o álbum primeiro dos The Doors, editado em Janeiro de 1967, hoje o disco inicial dos The Velvet Underground que viu a luz do dia passados dois meses.
Os dois uma referência obrigatória da contra-cultura nos EUA, os dois marcas destacadas da década de 60. Distantes do Flower Power da West Coast, The Velvet Underground fazia parte, como o nome indicava, do movimento "underground" da época.
"O Rock "mainstream", dominante, eram os grupos ingleses e os seus epígonos americanos. A música underground era uma ruptura em relação a estes movimentos, impondo uma nova visão, uma nova forma de fazer música, uma nova abordagem, uma atitude social. Os grupos underground eram aqueles de quem a imprensa rock oficial não fala." em "Superstars/Andy Warhol e os Velvet Underground".
Ainda da mesma fonte relativamente ao primeiro disco do grupo "The Velvet Underground & Nico":
"Em 67 era o melhor disco de rock jamais produzido, a música como os textos, novos e nunca escutados. «The Velvet Underground & Nico matou os swinging-sixties»."
"o melhor disco de rock jamais produzido" não teve aquando da sua edição o reconhecimento que muitos anos mais tarde veio a ter, traduzindo-se comercialmente num fracasso.
De muito cedo que The Velvet Underground se constituíram num dos meus grupos preferidos e em particular o LP "The Velvet Underground & Nico" com a famosa capa da banana desenhada por Andy Warhol. Constava na minha lista de aquisições até que em 1980, em Londres, comprei uma edição inglesa de 1971 já sem o "peel slowly and see" original.
A última canção a ser gravada para este álbum foi "Sunday Morning" e era a faixa de abertura.
Sunday morning, praise the dawning
It's just a restless feeling by my side
Early dawning, sunday morning
It's just the wasted years so close behind
Watch out, the world's behind you
There's always someone around you who will call
It's nothing at all
Sunday morning and
I'm falling I've got a feeling I don't want to know
Early dawning, sunday morning
It's all the streets you crossed, not so long ago
The Velvet Underground - Sunday Morning
sexta-feira, 17 de março de 2017
The Doors - The Doors
Passagem por 20 álbuns ímpares da década de 60
Para esta lista de discos marcantes dos anos 60, vamos, por agora, parar no ano de 1967 onde escolhemos 7 LP, 4 dos quais são discos de estreia dos respectivos interpretes.
O ano começa bem, muito bem, logo no mês de Janeiro é editado o primeiro álbum de um novo grupo oriundo da Califórnia que dava pelo nome The Doors. The Doors que se tornariam um dos grupos mais populares daquele tempo e simultâneamente um dos mais criativos e inovadores (destoando do som dominante da Costa Oeste) do universo Rock, destacaram-se igualmente na oposição aos valores dominantes de então.
Jim Morrison era o melhor vocalista Rock de então - e um dos melhores de sempre - Ray Manzarek tinha um som estranho nos teclados, ao tocar um piano Fender com a mão esquerda era prescindido o som de um viola-baixo, Robby Krieger, guitarra, e John Densmore, bateria, com influências do Blues e do Jazz respectivamente, deram ao grupo uma sonoridade contra-corrente da tendência geral.
"The Doors" é hoje consensualmente considerado um dos discos mais importantes de sempre, sendo deste disco o tema que os tornou conhecidos, "Light My Fire", um hino ao psicadelismo e à revolução sexual.
Um disco que se foi conhecendo progressivamente até à descoberta da última faixa de quase 12 minutos, a teatral e dramática "The End" posteriormente celebrizada no filme "Apocalypse Now" de Francis Ford Cappola de 1979.
Foi a edição alemã "2 Originals Of THE DOORS", com prensagem francesa dos 2 discos em vinil, de 1973, que adquiri e que me permitiu ouvir na integra "The Doors", mas também o seu sucessor "Strange days", e ficar a este disco para sempre ligado.
"The Doors" apresentava um som estranho e belo, avançado no seu tempo e notoriamente um disco marcante da década de 60.
Segue "Break On Through (To the Other Side)" a primeira faixa, do primeiro LP, foi ainda o primeiro Single do grupo editado no primeiro dia do ano de 1967. Foi há 50 anos, parece que foi ontem!
The Doors - Break On Through (To the Other Side)
Para esta lista de discos marcantes dos anos 60, vamos, por agora, parar no ano de 1967 onde escolhemos 7 LP, 4 dos quais são discos de estreia dos respectivos interpretes.
O ano começa bem, muito bem, logo no mês de Janeiro é editado o primeiro álbum de um novo grupo oriundo da Califórnia que dava pelo nome The Doors. The Doors que se tornariam um dos grupos mais populares daquele tempo e simultâneamente um dos mais criativos e inovadores (destoando do som dominante da Costa Oeste) do universo Rock, destacaram-se igualmente na oposição aos valores dominantes de então.
Jim Morrison era o melhor vocalista Rock de então - e um dos melhores de sempre - Ray Manzarek tinha um som estranho nos teclados, ao tocar um piano Fender com a mão esquerda era prescindido o som de um viola-baixo, Robby Krieger, guitarra, e John Densmore, bateria, com influências do Blues e do Jazz respectivamente, deram ao grupo uma sonoridade contra-corrente da tendência geral.
"The Doors" é hoje consensualmente considerado um dos discos mais importantes de sempre, sendo deste disco o tema que os tornou conhecidos, "Light My Fire", um hino ao psicadelismo e à revolução sexual.
Um disco que se foi conhecendo progressivamente até à descoberta da última faixa de quase 12 minutos, a teatral e dramática "The End" posteriormente celebrizada no filme "Apocalypse Now" de Francis Ford Cappola de 1979.
Foi a edição alemã "2 Originals Of THE DOORS", com prensagem francesa dos 2 discos em vinil, de 1973, que adquiri e que me permitiu ouvir na integra "The Doors", mas também o seu sucessor "Strange days", e ficar a este disco para sempre ligado.
"The Doors" apresentava um som estranho e belo, avançado no seu tempo e notoriamente um disco marcante da década de 60.
Segue "Break On Through (To the Other Side)" a primeira faixa, do primeiro LP, foi ainda o primeiro Single do grupo editado no primeiro dia do ano de 1967. Foi há 50 anos, parece que foi ontem!
The Doors - Break On Through (To the Other Side)
quinta-feira, 16 de março de 2017
Tim Buckley - Tim Buckley
Passagem por 20 álbuns ímpares da década de 60
Não teve, nem de perto nem de longe, a popularidade que o disco de ontem ("Pet Sound" dos The Beach Boys) teve, nem sequer aparece nas listagem referentes aos melhores da década ou do ano de 1966, mas é, sem dúvida, um dos mais marcantes álbuns que conheci daquela década. Trata-se do álbum inicial de Tim Buckley editado em Outubro de 1966.
Tim Buckley era um jovem de 19 anos (!!) quando gravou este magnífico álbum. Um disco que podemos considerar de Folk-Rock mas com uma sofisticação que se deve salientar, tanto mais quanto a época e a idade com que Tim Buckley o gravou. De destacar ainda a segurança que Tim Buckley evidenciava com a sua voz singular, pura e penetrante, sem dúvida incomparável.
Nada melhor que transcrever o texto da contra capa do disco que quando comprei custou-me 1€ (200$00 na moeda antiga):
"Tim Buckley an incredibly thin wire, just nineteen-years-old, is already a kind of quintessence of nouvelle, the sensitivity apparent in the very fineness of his features. The man is a study in fragile contrasts: yet everything is in key, precise.
His songs are exquisitely controlled: quiet, complex mosaics of powerful electric sound, they hold the magic of Japonese water colors. The voice-crisp, full of strength and caracter - can soar, yet remaisn tender and delicate. This is Tim Buckley."
Não conheci com certeza o disco quando ele saiu, mas no final da década já ouvia Tim Buckley na rádio no programa "Em Órbita" que o considerou a revelação do ano de 1968. A partir daí Tim Buckley fez sempre parte das minhas preferências e este disco, em particular, constituiu uma marca distintiva do melhor que se fez na década de 60 e que ficou por descobrir.
Tim Buckley faleceu em 1975 por consumo de drogas com a idade de 28 anos.
Do álbum "Tim Buckley" editado no mês de Outubro, um mês antes do nascimento do filho Jeff Buckley, também ele trágica e prematuramente desaparecido, recordamos a faixa de abertura "I Can't See You".
Tim Buckley - I Can't See You
Não teve, nem de perto nem de longe, a popularidade que o disco de ontem ("Pet Sound" dos The Beach Boys) teve, nem sequer aparece nas listagem referentes aos melhores da década ou do ano de 1966, mas é, sem dúvida, um dos mais marcantes álbuns que conheci daquela década. Trata-se do álbum inicial de Tim Buckley editado em Outubro de 1966.
Tim Buckley era um jovem de 19 anos (!!) quando gravou este magnífico álbum. Um disco que podemos considerar de Folk-Rock mas com uma sofisticação que se deve salientar, tanto mais quanto a época e a idade com que Tim Buckley o gravou. De destacar ainda a segurança que Tim Buckley evidenciava com a sua voz singular, pura e penetrante, sem dúvida incomparável.
Nada melhor que transcrever o texto da contra capa do disco que quando comprei custou-me 1€ (200$00 na moeda antiga):
"Tim Buckley an incredibly thin wire, just nineteen-years-old, is already a kind of quintessence of nouvelle, the sensitivity apparent in the very fineness of his features. The man is a study in fragile contrasts: yet everything is in key, precise.
His songs are exquisitely controlled: quiet, complex mosaics of powerful electric sound, they hold the magic of Japonese water colors. The voice-crisp, full of strength and caracter - can soar, yet remaisn tender and delicate. This is Tim Buckley."
Não conheci com certeza o disco quando ele saiu, mas no final da década já ouvia Tim Buckley na rádio no programa "Em Órbita" que o considerou a revelação do ano de 1968. A partir daí Tim Buckley fez sempre parte das minhas preferências e este disco, em particular, constituiu uma marca distintiva do melhor que se fez na década de 60 e que ficou por descobrir.
Tim Buckley faleceu em 1975 por consumo de drogas com a idade de 28 anos.
Do álbum "Tim Buckley" editado no mês de Outubro, um mês antes do nascimento do filho Jeff Buckley, também ele trágica e prematuramente desaparecido, recordamos a faixa de abertura "I Can't See You".
Tim Buckley - I Can't See You
quarta-feira, 15 de março de 2017
The Beach Boys - Pet Sounds
Passagem por 20 álbuns ímpares da década de 60
Numa escolha quase impossível de 20 álbuns mais representativos que a década de 60 nos deixou em termos de música popular, vamos ao ano de 1966 donde retiramos 2 LP que nos foram (são) particularmente queridos. São dois discos vindos do outro lado do Atlântico a mostrarem a melhor resposta à anterior "British Invasion".
O primeiro (o segundo fica para o Regresso ao Passado de amanhã) a ser editado foi "Pet Sounds" dos populares The Beach Boys e praticamente dispensa apresentação. Do génio de Brian Wilson saiu um dos discos mais influentes e acarinhados de sempre. Se é o primeiro álbum conceptual ou não pouco interessa, o importante é a riqueza instrumental (multiplicidade de instrumentos e arranjos complexos) e harmónica (harmonias vocais estranhas e inéditas) que fizeram de "Pet Sounds" algo de completamente diferente. Importante ainda é ter tido a oportunidade de 50 anos após a sua edição ter assistido à sua reprodução ao vivo por Brian Wilson no festival Primavera Sound do ano passado.
As canções que à época se ouviam eram "Wouldn't It Be Nice", "Sloop John B" e também "God Only Knows" que hoje aqui fica para audição.
Sobre "God Only Knows" também já foi tudo dito, desde ser a canção que Paul McCartney mais gosta, à melhor canção dos anos 60 ou ainda lembrar as cantatas de John Sebastian Bach. "God Only Knows" simplesmente a forma suprema da música popular dos últimos 60 anos.
The Beach Boys - God Only Knows
Numa escolha quase impossível de 20 álbuns mais representativos que a década de 60 nos deixou em termos de música popular, vamos ao ano de 1966 donde retiramos 2 LP que nos foram (são) particularmente queridos. São dois discos vindos do outro lado do Atlântico a mostrarem a melhor resposta à anterior "British Invasion".
O primeiro (o segundo fica para o Regresso ao Passado de amanhã) a ser editado foi "Pet Sounds" dos populares The Beach Boys e praticamente dispensa apresentação. Do génio de Brian Wilson saiu um dos discos mais influentes e acarinhados de sempre. Se é o primeiro álbum conceptual ou não pouco interessa, o importante é a riqueza instrumental (multiplicidade de instrumentos e arranjos complexos) e harmónica (harmonias vocais estranhas e inéditas) que fizeram de "Pet Sounds" algo de completamente diferente. Importante ainda é ter tido a oportunidade de 50 anos após a sua edição ter assistido à sua reprodução ao vivo por Brian Wilson no festival Primavera Sound do ano passado.
As canções que à época se ouviam eram "Wouldn't It Be Nice", "Sloop John B" e também "God Only Knows" que hoje aqui fica para audição.
Sobre "God Only Knows" também já foi tudo dito, desde ser a canção que Paul McCartney mais gosta, à melhor canção dos anos 60 ou ainda lembrar as cantatas de John Sebastian Bach. "God Only Knows" simplesmente a forma suprema da música popular dos últimos 60 anos.
The Beach Boys - God Only Knows
terça-feira, 14 de março de 2017
The Beatles - Rubber Soul
Passagem por 20 álbuns ímpares da década de 60
Não terminamos o ano de 1965 sem mais um álbum entre os mais marcantes da época, "Rubber Soul" dos britânicos The Beatles.
Não terá sido o melhor álbum do grupo, mas marca claramente uma mudança na carreira dos The Beatles no sentido de uma maior maturação artística que iria abrir as portas aos bem aclamados LP sucessores, "Revolver" e "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band".
Pela primeira vez The Beatles passam um período longo seguido em estúdio para a gravação do disco, e mais do que um conjunto de canções de Rock'n'Roll, "Rubber Soul" parece ter sido pensado como um todo, antecipando o conceito de álbum que posteriormente se desenvolveria. Um disco nitidamente mais maduro e simultaneamente mais soft que as publicações anteriores, um ponto de viragem no percurso do grupo.
A citara é incluída pela primeira vez (na canção "Norwegian Wood (This Bird Has Flown)") e os arranjos manifestam-se mais complexos notando-se algumas influências recentes de Bob Dylan e The Byrds.
A canção mais divulgada e portanto a que conheci primeiro foi "Michelle", o grande êxito do disco, mas que destoava do resto do álbum. Repleto de excelentes canções, que começavam a afastar-se dos habituais temas românticos para outras temáticas de maior preocupação social, a escolha recai sobre "Nowhere Man" escrita por John Lennon sobre ele próprio.
The Beatles - Nowhere Man
Não terminamos o ano de 1965 sem mais um álbum entre os mais marcantes da época, "Rubber Soul" dos britânicos The Beatles.
Não terá sido o melhor álbum do grupo, mas marca claramente uma mudança na carreira dos The Beatles no sentido de uma maior maturação artística que iria abrir as portas aos bem aclamados LP sucessores, "Revolver" e "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band".
Pela primeira vez The Beatles passam um período longo seguido em estúdio para a gravação do disco, e mais do que um conjunto de canções de Rock'n'Roll, "Rubber Soul" parece ter sido pensado como um todo, antecipando o conceito de álbum que posteriormente se desenvolveria. Um disco nitidamente mais maduro e simultaneamente mais soft que as publicações anteriores, um ponto de viragem no percurso do grupo.
A citara é incluída pela primeira vez (na canção "Norwegian Wood (This Bird Has Flown)") e os arranjos manifestam-se mais complexos notando-se algumas influências recentes de Bob Dylan e The Byrds.
A canção mais divulgada e portanto a que conheci primeiro foi "Michelle", o grande êxito do disco, mas que destoava do resto do álbum. Repleto de excelentes canções, que começavam a afastar-se dos habituais temas românticos para outras temáticas de maior preocupação social, a escolha recai sobre "Nowhere Man" escrita por John Lennon sobre ele próprio.
The Beatles - Nowhere Man
segunda-feira, 13 de março de 2017
Bob Dylan - Highway 61 Revisited
Passagem por 20 álbuns ímpares da década de 60
Não tinha ainda 4 anos quando a década de 60 se iniciou, daí que as minhas memórias musicais se centrem claramente no final da década. Daí também que os discos mais marcantes sejam referentes ao 2º lustro dos anos 60. Alguns não os "vivi" em tempo real, mas os últimos da década sim, apesar da minha juventude.
Esta escolha não é necessariamente uma lista dos melhores discos da década, embora qualquer deles possa figurar em qualquer eventual lista. São sim discos que de alguma forma me marcaram e que ainda hoje se ouvem como dos mais significativos da música popular dos últimos 50, 60 anos.
A fazer-se uma escolha dos melhores álbuns da década não poderíamos ignorar, nos primeiros anos onde o Jazz era dominante, discos como ""Giants Steps", "My Favorite Things" de John Coltrane, "Waltz For Debby" de Bill Evans, "The Black Saint And The Sinner Lady" de Charles Mingus ou "Monk's Dream" de Thelonious Monk. Ficamos pelo que genericamente e simplificadamente se designa por Rock e Folk e suas nuances e matizes. De notar ainda na primeira metade dos anos 60 a importância da discografia de Bob Dylan, referência maior da música popular. Procuramos ainda não repetir nenhum autor de forma a alargar o leque de influências.
Posto isto, passemos então a um conjunto de álbuns, outros ficaram de fora, que foram, para mim, determinantes na formação do meu gosto musical.
A passagem é feita por ordem cronológica sem qualquer outra relação.
O ano de 1965 é um ano de viragem na cena musical dos anos 60, com a passagem de algum simplismo da música Pop para uma sofisticação maior e crescente até ao final da década.
Bob Dylan encontra-se nessa encruzilhada e nesse ano edita 2 LP absolutamente marcantes na sua discografia e em toda a história da música dita popular: "Bringing It All Back Home" (ou como ficou por cá conhecido "Subterranean Homesick Blues" e o único e seminal "Highway 61 Revisited". O primeiro semi-eléctrico, semi-acústico e o segundo completamente eléctrico rompendo com a sonoridade acústica Folk de até então.
Na integra só conheci o LP mais tarde, mas temas como "Like a Rolling Stone" foram, desde logo, marcantes e posicionaram Bob Dylan como uma das minhas preferências de sempre.
Bob Dylan - Like A Rolling Stone
Não tinha ainda 4 anos quando a década de 60 se iniciou, daí que as minhas memórias musicais se centrem claramente no final da década. Daí também que os discos mais marcantes sejam referentes ao 2º lustro dos anos 60. Alguns não os "vivi" em tempo real, mas os últimos da década sim, apesar da minha juventude.
Esta escolha não é necessariamente uma lista dos melhores discos da década, embora qualquer deles possa figurar em qualquer eventual lista. São sim discos que de alguma forma me marcaram e que ainda hoje se ouvem como dos mais significativos da música popular dos últimos 50, 60 anos.
A fazer-se uma escolha dos melhores álbuns da década não poderíamos ignorar, nos primeiros anos onde o Jazz era dominante, discos como ""Giants Steps", "My Favorite Things" de John Coltrane, "Waltz For Debby" de Bill Evans, "The Black Saint And The Sinner Lady" de Charles Mingus ou "Monk's Dream" de Thelonious Monk. Ficamos pelo que genericamente e simplificadamente se designa por Rock e Folk e suas nuances e matizes. De notar ainda na primeira metade dos anos 60 a importância da discografia de Bob Dylan, referência maior da música popular. Procuramos ainda não repetir nenhum autor de forma a alargar o leque de influências.
Posto isto, passemos então a um conjunto de álbuns, outros ficaram de fora, que foram, para mim, determinantes na formação do meu gosto musical.
A passagem é feita por ordem cronológica sem qualquer outra relação.
O ano de 1965 é um ano de viragem na cena musical dos anos 60, com a passagem de algum simplismo da música Pop para uma sofisticação maior e crescente até ao final da década.
Bob Dylan encontra-se nessa encruzilhada e nesse ano edita 2 LP absolutamente marcantes na sua discografia e em toda a história da música dita popular: "Bringing It All Back Home" (ou como ficou por cá conhecido "Subterranean Homesick Blues" e o único e seminal "Highway 61 Revisited". O primeiro semi-eléctrico, semi-acústico e o segundo completamente eléctrico rompendo com a sonoridade acústica Folk de até então.
Na integra só conheci o LP mais tarde, mas temas como "Like a Rolling Stone" foram, desde logo, marcantes e posicionaram Bob Dylan como uma das minhas preferências de sempre.
Bob Dylan - Like A Rolling Stone
domingo, 12 de março de 2017
Shocking Blue - Venus
mundo da canção nº 3
O ecletismo da revista "mundo da canção" na divulgação musical era em termos de género uma realidade, em termos de qualidade também. Entre muitas canções de inegável bom gosto lá eram publicadas algumas letras de canções de gosto muito duvidoso, algumas grandes sucessos outras nem por isso, assim no nº 3, de Fevereiro de 1970, aparecem letras como "Make Me An Island" de Joe Dolan, "Viva Bobby Joe" dos The Equals, "Venus" dos Shocking Blue, "In The Year 2525" de Zager & Evans, "Dizzy" de Tommy Roe, "Oh! Lady Mary" de David A. Winter e "Tomorrow" de Mike Kennedy.
Para hoje escolhemos "Venus" dos holandeses Shocking Blue.
Foi um êxito tremendo, um êxito muito, muito grande este "Venus" que então se ouviu até à exaustão, volta a se-lo novamente em 1986, mas agora na interpretação das Banarama.
No ano seguinte ainda perseguem o sucesso com "Never Marry a Railroad Man", mas nunca mais atingem o nível que tiveram com "Venus".
"Venus" um exemplo de música comercial e de fácil agrado, eram os Shocking Blue, eram outros tempos, eram outras músicas.
Shocking Blue - Venus
O ecletismo da revista "mundo da canção" na divulgação musical era em termos de género uma realidade, em termos de qualidade também. Entre muitas canções de inegável bom gosto lá eram publicadas algumas letras de canções de gosto muito duvidoso, algumas grandes sucessos outras nem por isso, assim no nº 3, de Fevereiro de 1970, aparecem letras como "Make Me An Island" de Joe Dolan, "Viva Bobby Joe" dos The Equals, "Venus" dos Shocking Blue, "In The Year 2525" de Zager & Evans, "Dizzy" de Tommy Roe, "Oh! Lady Mary" de David A. Winter e "Tomorrow" de Mike Kennedy.
Para hoje escolhemos "Venus" dos holandeses Shocking Blue.
Foi um êxito tremendo, um êxito muito, muito grande este "Venus" que então se ouviu até à exaustão, volta a se-lo novamente em 1986, mas agora na interpretação das Banarama.
No ano seguinte ainda perseguem o sucesso com "Never Marry a Railroad Man", mas nunca mais atingem o nível que tiveram com "Venus".
"Venus" um exemplo de música comercial e de fácil agrado, eram os Shocking Blue, eram outros tempos, eram outras músicas.
Shocking Blue - Venus
sábado, 11 de março de 2017
The Rascals - Carry Me Back
mundo da canção nº 3
The Rascals foram um grupo americano de música Pop dos anos 60 com influências do Rhythm'n'Blues e Soul.
Até 1967 designaram-se The Young Rascals e a partir daí somente The Rascals.
Frequentaram assiduamente,no final da década, os Top 10 lembrando-nos muito bem de canções como: "Good Lovin'", "Grovin'", "How Can I Be Sure", ...
Quando foi editado o nº 3 da revista "mundo da canção" já pouco se ouvia, na nossa rádio, a música dos The Rascals vindo estes a terminar no ano de 1972.
A revista reproduzia a letra de uma canção de 1969 de nome "Carry Me Back" da qual já não nos lembrávamos, ou nunca chegámos mesmo a conhecer.
Num estilo próximo do Gospel, "Carry Me Back" seria um dos últimos sucesso deste simpático grupo que agora revivemos.
The Rascals - Carry Me Back
The Rascals foram um grupo americano de música Pop dos anos 60 com influências do Rhythm'n'Blues e Soul.
Até 1967 designaram-se The Young Rascals e a partir daí somente The Rascals.
Frequentaram assiduamente,no final da década, os Top 10 lembrando-nos muito bem de canções como: "Good Lovin'", "Grovin'", "How Can I Be Sure", ...
Quando foi editado o nº 3 da revista "mundo da canção" já pouco se ouvia, na nossa rádio, a música dos The Rascals vindo estes a terminar no ano de 1972.
A revista reproduzia a letra de uma canção de 1969 de nome "Carry Me Back" da qual já não nos lembrávamos, ou nunca chegámos mesmo a conhecer.
Num estilo próximo do Gospel, "Carry Me Back" seria um dos últimos sucesso deste simpático grupo que agora revivemos.
The Rascals - Carry Me Back
sexta-feira, 10 de março de 2017
B. J. Thomas - Raindrop Keep Fallin' On My Head
mundo da canção nº 3
"Raindrop Keep Fallin' On My Head" é uma canção Pop de grande sucesso no ano de 1969 interpretada pelo cantor norte-americano B. J. Thomas.
B. J. Thomas teve em "Raindrop Keep Fallin' On My Head" o seu maior sucesso, destacando-se ainda "I Just Can't Help Believing" (1970) e "Rock and Roll Lullaby" (1972).
Composta por Hal David e Burt Bacharach fazia parte da banda sonora do filme "Butch Cassidy and the Sundance Kid", em Portugal com o nome "Dois Homens e Um Destino", com Robert Redford e Paul Newman nos principais papéis, e ganhou o Óscar para melhor canção original.
A letra de "Raindrop Keep Fallin' On My Head" foi publicada no nº 3 da revista "mundo da canção" de Fevereiro de 1970 e é o motivo para recordação neste Regresso ao Passado.
B. J. Thomas - Raindrop Keep Fallin' On My Head
"Raindrop Keep Fallin' On My Head" é uma canção Pop de grande sucesso no ano de 1969 interpretada pelo cantor norte-americano B. J. Thomas.
B. J. Thomas teve em "Raindrop Keep Fallin' On My Head" o seu maior sucesso, destacando-se ainda "I Just Can't Help Believing" (1970) e "Rock and Roll Lullaby" (1972).
Composta por Hal David e Burt Bacharach fazia parte da banda sonora do filme "Butch Cassidy and the Sundance Kid", em Portugal com o nome "Dois Homens e Um Destino", com Robert Redford e Paul Newman nos principais papéis, e ganhou o Óscar para melhor canção original.
A letra de "Raindrop Keep Fallin' On My Head" foi publicada no nº 3 da revista "mundo da canção" de Fevereiro de 1970 e é o motivo para recordação neste Regresso ao Passado.
B. J. Thomas - Raindrop Keep Fallin' On My Head
quinta-feira, 9 de março de 2017
Leonard Cohen - Suzanne
mundo da canção nº 3
Leonard Cohen (1934-2016) acompanha-me desde sempre.
É ao 3º álbum "Songs of Love and Hate" de 1971 que vou ficar rendido ao cantor canadiano Leonard Cohen, mas já antes o ouvia nas passagens pelo programa de rádio "Em Órbita" e pela audição do 1º LP "Songs of Leonard Cohen" emprestado por um amigo mais velho.
1967 marca a estreia tardia de Leonard Cohen nas gravações, tinha já 33 anos, apresentando-se assim como um dos mais velhos entre os cantores da geração de 60. Para trás tinha já iniciado uma carreira de poeta com vários livros publicados.
"Songs Of Leonard Cohen" é um disco marcante da década de 60, é o disco de canções inesquecíveis como "Suzanne", "So Long, Marianne", "Hey, That's No Way To Say Goodbye" e "Sister Of Mercy", difíceis de igualar, mesmo pelo próprio ao longo da sua longa produtiva carreira.
O nº 3 da revista "mundo da canção" em Fevereiro de 1970 recupera "Suzanne" e publica a respectiva letra, provavelmente a primeira vez que li o poema pela primeira vez. Pretexto para mais uma passagem por "Suzanne".
Leonard Cohen - Suzanne
Leonard Cohen (1934-2016) acompanha-me desde sempre.
É ao 3º álbum "Songs of Love and Hate" de 1971 que vou ficar rendido ao cantor canadiano Leonard Cohen, mas já antes o ouvia nas passagens pelo programa de rádio "Em Órbita" e pela audição do 1º LP "Songs of Leonard Cohen" emprestado por um amigo mais velho.
1967 marca a estreia tardia de Leonard Cohen nas gravações, tinha já 33 anos, apresentando-se assim como um dos mais velhos entre os cantores da geração de 60. Para trás tinha já iniciado uma carreira de poeta com vários livros publicados.
"Songs Of Leonard Cohen" é um disco marcante da década de 60, é o disco de canções inesquecíveis como "Suzanne", "So Long, Marianne", "Hey, That's No Way To Say Goodbye" e "Sister Of Mercy", difíceis de igualar, mesmo pelo próprio ao longo da sua longa produtiva carreira.
O nº 3 da revista "mundo da canção" em Fevereiro de 1970 recupera "Suzanne" e publica a respectiva letra, provavelmente a primeira vez que li o poema pela primeira vez. Pretexto para mais uma passagem por "Suzanne".
Leonard Cohen - Suzanne
quarta-feira, 8 de março de 2017
Tom Jones - Without Love
mundo da canção nº 3
Tom Jones era no final da década de 60 um cantor bem conhecido em Portugal (e não só, claro, que o seu sucesso foi bem evidente um pouco por todo o lado, em particular na Europa).
Canções como "Green, Green Grass Of Home", "I'll Never Fall In Love Again", "I'm Coming Home", "Delilah", deram-nos a conhecer uma voz com características fora do comum no mundo da música Pop. Terminava a década de 60 (foi editada em Dezembro de 1969) com mais uma canção que teve em Tom Jones a sua melhor versão, tratava-se de "Without Love".
A canção "Without Love", um original de 1957 na voz do cantor Soul americano Clyde McPhatter, ficará para sempre ligada à versão que Tom Jones nos deixou.
É logo em Fevereiro de 1970 que a revista "mundo da canção" nº 3 publica a letra de "Without Love", por sinal incompleta e com erros, a atestar que a música já seria então, por cá, bem conhecida.
Para os fãs de Tom Jones recordamos esta canção com grande sucesso em 1970.
Tom Jones - Without Love
Tom Jones era no final da década de 60 um cantor bem conhecido em Portugal (e não só, claro, que o seu sucesso foi bem evidente um pouco por todo o lado, em particular na Europa).
Canções como "Green, Green Grass Of Home", "I'll Never Fall In Love Again", "I'm Coming Home", "Delilah", deram-nos a conhecer uma voz com características fora do comum no mundo da música Pop. Terminava a década de 60 (foi editada em Dezembro de 1969) com mais uma canção que teve em Tom Jones a sua melhor versão, tratava-se de "Without Love".
A canção "Without Love", um original de 1957 na voz do cantor Soul americano Clyde McPhatter, ficará para sempre ligada à versão que Tom Jones nos deixou.
É logo em Fevereiro de 1970 que a revista "mundo da canção" nº 3 publica a letra de "Without Love", por sinal incompleta e com erros, a atestar que a música já seria então, por cá, bem conhecida.
Para os fãs de Tom Jones recordamos esta canção com grande sucesso em 1970.
Tom Jones - Without Love
terça-feira, 7 de março de 2017
Otis Redding - (Sittin' On) The Dock Of The Bay
mundo da canção nº 3
Numa coluna dedicada aos "Êxitos de Ontem", a revista "mundo da canção" nº 3 de Fevereiro de 1970 publicava a letra do que foi o maior sucesso de Otis Redding, "(Sittin' On) The Dock Of The Bay".
Otis Redding, expressão maior da música Soul, tem em "(Sittin' On) The Dock Of The Bay", gravada dias antes da sua trágica morte, uma das canções mais representativas do melhor período (anos 60 e 70) da música Soul norte-americana.
Otis Redding, falecido em desastre de avião a 10 de Dezembro de 1967, não chegou a conhecer o êxito que a sua canção viria a ter. "(Sittin' On) The Dock Of The Bay" foi editada logo no início de Janeiro de 1968 e tornou-se rapidamente na canção mais conhecida de Otis Redding.
Em particular para as gerações mais novas que não tiveram o privilégio de viver esta época tão rica musicalmente aqui vai "(Sittin' On) The Dock Of The Bay". Êxitos de ontem para sempre.
Otis Redding - (Sittin' On) The Dock Of The Bay
Numa coluna dedicada aos "Êxitos de Ontem", a revista "mundo da canção" nº 3 de Fevereiro de 1970 publicava a letra do que foi o maior sucesso de Otis Redding, "(Sittin' On) The Dock Of The Bay".
Otis Redding, expressão maior da música Soul, tem em "(Sittin' On) The Dock Of The Bay", gravada dias antes da sua trágica morte, uma das canções mais representativas do melhor período (anos 60 e 70) da música Soul norte-americana.
Otis Redding, falecido em desastre de avião a 10 de Dezembro de 1967, não chegou a conhecer o êxito que a sua canção viria a ter. "(Sittin' On) The Dock Of The Bay" foi editada logo no início de Janeiro de 1968 e tornou-se rapidamente na canção mais conhecida de Otis Redding.
Em particular para as gerações mais novas que não tiveram o privilégio de viver esta época tão rica musicalmente aqui vai "(Sittin' On) The Dock Of The Bay". Êxitos de ontem para sempre.
Otis Redding - (Sittin' On) The Dock Of The Bay
segunda-feira, 6 de março de 2017
Marmalade - Reflections Of My Life
mundo da canção nº 3
Começaram em 1966 e a fazer fé na Wikipédia mantêm-se como grupo até hoje, embora nenhum elemento da formação original se manter.
Oriundos de Glasgow os Marmalade eram um simpático conjunto de música Pop do género a facilmente encantar qualquer adolescente com as suas canções melodiosas e facilmente seguidas. O êxito centrou-se principalmente no final dos anos 60, vivendo desde então do revivalismo do sucesso alcançado.
Já os recordámos em "I See The Rain" e "Ob-La-Di, Ob-La-Da" (grande sucesso do original dos The Beatles), desta vez recuperamos o original "Reflections Of My Life" de que nos lembramos tão bem e que nos faz voltar aos nossos 13 anos.
Em Fevereiro de 1970, a revista "mundo da canção" nº 3 publica precisamente a letra de "Reflections Of My Life" que tinha sido editada no Reino Unido no final do ano anterior.
É com "Reflections Of My Life" que hoje vos deixo.
Marmalade - Reflections Of My Life
Começaram em 1966 e a fazer fé na Wikipédia mantêm-se como grupo até hoje, embora nenhum elemento da formação original se manter.
Oriundos de Glasgow os Marmalade eram um simpático conjunto de música Pop do género a facilmente encantar qualquer adolescente com as suas canções melodiosas e facilmente seguidas. O êxito centrou-se principalmente no final dos anos 60, vivendo desde então do revivalismo do sucesso alcançado.
Já os recordámos em "I See The Rain" e "Ob-La-Di, Ob-La-Da" (grande sucesso do original dos The Beatles), desta vez recuperamos o original "Reflections Of My Life" de que nos lembramos tão bem e que nos faz voltar aos nossos 13 anos.
Em Fevereiro de 1970, a revista "mundo da canção" nº 3 publica precisamente a letra de "Reflections Of My Life" que tinha sido editada no Reino Unido no final do ano anterior.
É com "Reflections Of My Life" que hoje vos deixo.
Marmalade - Reflections Of My Life
domingo, 5 de março de 2017
The Beatles - Oh! Darling
mundo da canção nº 3
Eram duas as letras que a revista "mundo da canção" trazia no seu nº 3 de Fevereiro de 1970 do conjunto então mais famoso do mundo, The Beatles. Eram, primeiro "Oh! Darling" e depois "The Ballad of John & Yoko". Por sinal duas das menos interessantes da face final da carreira dos The Beatles.
Cá, "Oh! Darling" teve bastante aceitação chegando a ser editada em Single (contrariamente ao Reino Unido e Estados Unidos) e foi talvez a mais divulgada do álbum "Abbey Road". Quanto a "The Ballad of John & Yoko" foi somente editada em Single não fazendo parte de nenhum álbum original dos The Beatles e também foi, por cá, tanto quanto me lembro, bem divulgada.
A primeira foi escrita por Paul McCartney a segunda por John Lennon, mas, como era habitual, ambas foram atribuídas à dupla Lennon-McCartney.
"Oh! Darling" uma canção banal, salva pela interpretação dos The Beatles em particular por Paul McCartney.
The Beatles - Oh! Darling
Cá, "Oh! Darling" teve bastante aceitação chegando a ser editada em Single (contrariamente ao Reino Unido e Estados Unidos) e foi talvez a mais divulgada do álbum "Abbey Road". Quanto a "The Ballad of John & Yoko" foi somente editada em Single não fazendo parte de nenhum álbum original dos The Beatles e também foi, por cá, tanto quanto me lembro, bem divulgada.
A primeira foi escrita por Paul McCartney a segunda por John Lennon, mas, como era habitual, ambas foram atribuídas à dupla Lennon-McCartney.
"Oh! Darling" uma canção banal, salva pela interpretação dos The Beatles em particular por Paul McCartney.
The Beatles - Oh! Darling
sábado, 4 de março de 2017
Creedence Clearwater Revival - Bad Moon Rising
mundo da canção nº 3
Continuamos com a revista nº 3 do "mundo da canção", publicada em Fevereiro de 1970, recordando, agora as canções de origem britânica e norte-americana.
Depois dos The Kinks, nova passagem pelos Creedence Clearwater Revival dos quais a revista divulgava a letra de duas canções, "Proud Mary" e "Bad Moon Rising", ambas compostas pelo seu líder John Fogerty.
Em contra ciclo com o Rock Progressivo então em crescendo, os Creedence Clearwater Revival, ou simplesmente CCR, adoptaram por um estilo de Rock, baseado nas raízes, simples, forte e de tremendo efeito no ouvinte, ao qual não se conseguia estar indiferente. Comercial e eficaz, com um ritmo contagiante produziram êxitos atrás de êxitos no período de 1968 a 1971. Entre eles estava "Proud Mary" do 2º LP, já aqui recordado, e "Bad Moon Rising" do 3º LP ambos editados no ano de 1969 que agora podemos ouvir.
Creedence Clearwater Revival - Bad Moon Rising
Continuamos com a revista nº 3 do "mundo da canção", publicada em Fevereiro de 1970, recordando, agora as canções de origem britânica e norte-americana.
Depois dos The Kinks, nova passagem pelos Creedence Clearwater Revival dos quais a revista divulgava a letra de duas canções, "Proud Mary" e "Bad Moon Rising", ambas compostas pelo seu líder John Fogerty.
Em contra ciclo com o Rock Progressivo então em crescendo, os Creedence Clearwater Revival, ou simplesmente CCR, adoptaram por um estilo de Rock, baseado nas raízes, simples, forte e de tremendo efeito no ouvinte, ao qual não se conseguia estar indiferente. Comercial e eficaz, com um ritmo contagiante produziram êxitos atrás de êxitos no período de 1968 a 1971. Entre eles estava "Proud Mary" do 2º LP, já aqui recordado, e "Bad Moon Rising" do 3º LP ambos editados no ano de 1969 que agora podemos ouvir.
Creedence Clearwater Revival - Bad Moon Rising
sexta-feira, 3 de março de 2017
The Kinks - Victoria
mundo da canção nº 3
Um dos grupos de Rock da nossa preferência nos idos anos 60 e 70 eram os ingleses The Kinks. Entre o Rock e o Pop, possuidores de uma sonoridade distintiva (seria a voz de Ray Davies?) revelavam uma qualidade muito superior a muitos dos grupos Pop-Rock que polulavam nesses tempos. Podemos mesmo colocá-los ao nível de uns The Beatles sem, no entanto, o sucesso e reconhecimento daqueles. Com uma regularidade de gravação impressionante deixaram-nos só naquelas décadas 18 álbuns de originais com alguns sucessos inesquecíveis como "You Really Got Me", "Tired Of Waiting For You", "Till The End Of The Day", "Sunny Afternoon" ou ainda o super êxito que foi "Lola" em 1970.
Caso ímpar de qualidade e originalidade, The Kinks publicam, em 1969, um dos seus LP de maior interesse, o conceptual "Arthur (Or The Decline And Fall Of The British Empire)", era o 7º registo do grupo que pese as boas críticas recebidas esteve longe do êxito comercial.
Em "mc notícia" do nº 3 da revista "mundo da canção" editada em Fevereiro de 1970 informava-se:
"O LP «Arthur», dos «Kinks», foi considerado o álbum do ano pela revista «Rolling Stones», dos Estados Unidos."
A letra da canção "Victoria", composta pelo génio de Ray Davies, é a escolha da revista e é a faixa de abertura do LP. É uma espécie de paródia à vida social à época vitoriana do século XIX.
The Kinks - Victoria
Um dos grupos de Rock da nossa preferência nos idos anos 60 e 70 eram os ingleses The Kinks. Entre o Rock e o Pop, possuidores de uma sonoridade distintiva (seria a voz de Ray Davies?) revelavam uma qualidade muito superior a muitos dos grupos Pop-Rock que polulavam nesses tempos. Podemos mesmo colocá-los ao nível de uns The Beatles sem, no entanto, o sucesso e reconhecimento daqueles. Com uma regularidade de gravação impressionante deixaram-nos só naquelas décadas 18 álbuns de originais com alguns sucessos inesquecíveis como "You Really Got Me", "Tired Of Waiting For You", "Till The End Of The Day", "Sunny Afternoon" ou ainda o super êxito que foi "Lola" em 1970.
Caso ímpar de qualidade e originalidade, The Kinks publicam, em 1969, um dos seus LP de maior interesse, o conceptual "Arthur (Or The Decline And Fall Of The British Empire)", era o 7º registo do grupo que pese as boas críticas recebidas esteve longe do êxito comercial.
Em "mc notícia" do nº 3 da revista "mundo da canção" editada em Fevereiro de 1970 informava-se:
"O LP «Arthur», dos «Kinks», foi considerado o álbum do ano pela revista «Rolling Stones», dos Estados Unidos."
A letra da canção "Victoria", composta pelo génio de Ray Davies, é a escolha da revista e é a faixa de abertura do LP. É uma espécie de paródia à vida social à época vitoriana do século XIX.
The Kinks - Victoria
quinta-feira, 2 de março de 2017
Bob Dylan - Tonight I'll Be Staying Here With You
mundo da canção nº 3
Recuperar canções a partir da revista "mundo da canção" tem, entre outras vantagens, a de lembrar canções que há muito, muito tempo já não se ouviam e estavam mesmo quase esquecidas, acontece aqui e acolá.
Aconteceu ao folhear o nº 3 da revista editada em Fevereiro de 1970 quando nos deparámos com a letra de uma canção de Bob Dylan. Chama-se "Tonight I'll Be Staying Here With You", pertencia ao álbum "Nashville Skyline" editado em 1969 e estava na lista das músicas quase esquecidas.
Seguindo a linha do anterior "John Wesley Harding", em "Nashsville Skyline" Bob Dylan continua com uma sonoridade Country-Rock que se prolongaria até meados da década seguinte. O destaque neste álbum ia para "Lay Lady Lay" que monopolizou as atenções das rádios, "Tonight I'll Be Staying Here With You" foi o 3º Single saído do álbum que ficou "esquecida" no tempo, pelo próprio Bob Dylan que pouco a interpretou ao vivo.
Tão bom recuperar "Tonight I'll Be Staying Here With You" de um dos nossos cantautores preferidos de sempre, Bob Dylan.
Bob Dylan - Tonight I'll Be Staying Here With You
Recuperar canções a partir da revista "mundo da canção" tem, entre outras vantagens, a de lembrar canções que há muito, muito tempo já não se ouviam e estavam mesmo quase esquecidas, acontece aqui e acolá.
Aconteceu ao folhear o nº 3 da revista editada em Fevereiro de 1970 quando nos deparámos com a letra de uma canção de Bob Dylan. Chama-se "Tonight I'll Be Staying Here With You", pertencia ao álbum "Nashville Skyline" editado em 1969 e estava na lista das músicas quase esquecidas.
Seguindo a linha do anterior "John Wesley Harding", em "Nashsville Skyline" Bob Dylan continua com uma sonoridade Country-Rock que se prolongaria até meados da década seguinte. O destaque neste álbum ia para "Lay Lady Lay" que monopolizou as atenções das rádios, "Tonight I'll Be Staying Here With You" foi o 3º Single saído do álbum que ficou "esquecida" no tempo, pelo próprio Bob Dylan que pouco a interpretou ao vivo.
Tão bom recuperar "Tonight I'll Be Staying Here With You" de um dos nossos cantautores preferidos de sempre, Bob Dylan.
Bob Dylan - Tonight I'll Be Staying Here With You
quarta-feira, 1 de março de 2017
Aphrodite's Child - I Want To Live
mundo da canção nº 3
Já por aqui passaram naqueles que terão sido os temas mais populares do grupo, "Rain and Tears" e "Spring, Summer, Winter & Fall", são os gregos Aphrodite's Child.
Activos no período de 1967 a 1972 os Aphrodite's Child foram o grupo grego de Pop-Rock mais conhecidos fora de portas. Por cá também, que aqueles temas foram bem divulgados, lembramo-nos ainda de "End Of The World" e "It's Five O'Clock". No grupo destacavam-se Demis Roussos, que com a sua potente voz enveredou posteriormente por uma carreira a solo deveras comercial, e Evangelos Odysseas Papathanassiou, mais tarde conhecido somente por Vangelis, que teve particular sucesso quer a solo, com os seus álbuns de música ambiente e bandas sonoras, quer ainda a duo com Jon Anderson do grupo britânico Yes.
A revista "mundo da canção" nº 3 de Fevereiro de 1970 reproduz a letra de uma canção dos Aphrodite's Child que no ano anterior tinha tido algum sucesso em particular em Itália, era "I Want To Live".
"I Want To Live" tem por base uma antiga canção francesa de nome "Plaisir d'Amour" que teve inúmeras versões nomeadamente da também grega Nana Mouskouri.
Aphrodite's Child - I Want To Live
Já por aqui passaram naqueles que terão sido os temas mais populares do grupo, "Rain and Tears" e "Spring, Summer, Winter & Fall", são os gregos Aphrodite's Child.
Activos no período de 1967 a 1972 os Aphrodite's Child foram o grupo grego de Pop-Rock mais conhecidos fora de portas. Por cá também, que aqueles temas foram bem divulgados, lembramo-nos ainda de "End Of The World" e "It's Five O'Clock". No grupo destacavam-se Demis Roussos, que com a sua potente voz enveredou posteriormente por uma carreira a solo deveras comercial, e Evangelos Odysseas Papathanassiou, mais tarde conhecido somente por Vangelis, que teve particular sucesso quer a solo, com os seus álbuns de música ambiente e bandas sonoras, quer ainda a duo com Jon Anderson do grupo britânico Yes.
A revista "mundo da canção" nº 3 de Fevereiro de 1970 reproduz a letra de uma canção dos Aphrodite's Child que no ano anterior tinha tido algum sucesso em particular em Itália, era "I Want To Live".
"I Want To Live" tem por base uma antiga canção francesa de nome "Plaisir d'Amour" que teve inúmeras versões nomeadamente da também grega Nana Mouskouri.
Aphrodite's Child - I Want To Live
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