Na década de 60, dominada em Portugal pelo nacional-cançonetismo, com Artur Garcia, António Calvário, a Simone e a Madalena Iglésias à cabeça, eram poucos os cantores dados a outras preocupações e outras sonoridades não estandardizadas. Menos ainda os que passavam na rádio, raro era “apanhar” o José Afonso, o Adriano Correia de Oliveira, muito menos o Luís Cilia.
A juntar-se a este pequeno grupo apareceu em 1968 Manuel Freire.
Manuel Freire vivia em Ovar, minha terra Natal, onde era vê-lo na sua Renault 4L toda colorida e pintada de flores, o máximo do movimento hippie de então.
O seu primeiro disco, um EP de 4 canções passava na rádio, que outros vieram a ser censurados. Para quem se lembra, em 1969 fica célebre a sua participação no saudoso "Zip-Zip" com o estrondo que foi “A Pedra Filosofal”. No final dos anos 70 era menor a sua produção, o seu melhor tinha passado.
Perduremos então em 1968 ainda na primeira gravação, a opção vai para “Eles”, simples, muito simples e uma bonita voz de trovador.
Manuel Freire - Eles
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