domingo, 5 de abril de 2015

Quarteto 1111 - Todo o Mundo e Ninguém

Não é que nutra um gosto exacerbado pelo Quarteto 1111, mas tenho que reconhecer a importância e a singularidade que eles constituíram no panorama da música Pop nos anos 60, início de 70. É assim que recupero mais uma vez (e não vai ficar por aqui) a música do quarteto liderado pelo José Cid. Ainda no ano de 1970, após o muito bom primeiro álbum, editam um Single com mais 2 canções inéditas. Ou seja o Quarteto no auge da sua criatividade. O Single marca também o início da colaboração de Tó Zé Brito vindo dos Pop Five Music Incorporated. As duas canções são “Todo o mundo e ninguém” e “É tempo de pensar em termos de futuro” e mais uma vez o arrojo nos temas abordados.



Não me recordo se estas canções foram ou não censuradas, mas foram sem dúvida o grupo Pop com mais problemas com a censura.

“O carácter inovador no estilo musical, a exploração de temáticas históricas e a sua relação tácita com a vida social e política do momento conferiu uma faceta interventiva à música do grupo, socialmente valorizada, facto inédito no âmbito do pop-rock em Portugal” in Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX.

Exemplo desta faceta é “Todo o mundo e ninguém” que hoje ouvimos. “Todo o mundo e ninguém” tem por base o texto “Auto da Lusitânia” de Gil Vicente, onde “Todo o mundo”, um rico mercador, conversa com “Ninguém”, um pobre homem, sobre o que desejam do mundo. Século XVI ou XX, 1970 ou 2015, a actualidade dos textos e da música do Quarteto 1111.



Quarteto 1111 - Todo o Mundo e Ninguém

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