sábado, 25 de abril de 2015

Quarteto 1111- As Trovas Do Vento Que Passa

Adriano Correia de Oliveira faz parte de um conjunto reduzido de nomes que tiveram uma influência maior na renovação musical do fado de Coimbra.
A par de José Afonso transformam, cada um à sua maneira, o vazio e alguma lamechice do fado de Coimbra na nova canção de Coimbra, na canção da resistência. O fado de Coimbra renova-se musicalmente mas também ao nível das letras com destaque para a poesia de Manuel Alegre. Adriano Correia de Oliveira é a verdadeira síntese dos então tempos de mudança: quer na forma, quer na substância, mas também na ética e na estética, estamos na presença de algo radicalmente novo. “Trova do vento que passa” gravado em 1963 vem-no confirmar, transformando-se num hino do movimento estudantil e da resistência à ditadura. Recordemos então “Trova do vento que passa”, com o timbre inconfundível de Adriano Correia de Oliveira.




“Trova do vento que passa”, poema de Manuel Alegre, manter-se-ia até ao 25 de Abril como uma das canções mais populares da resistência.
Nos conjuntos Pop/Rock da época quase só no Quarteto 1111 de José Cid era notória a oposição ao regime. O álbum de 1970 marcado pela temática da emigração e da guerra colonial chega mesmo a ser retirado do mercado. É neste primeiro álbum, de grande preocupação musical e também literária, que se encontra o melhor do Quarteto 1111. E é neste álbum que nos deparamos com “As trovas do vento que passa” versão muito bem alcançada.




José Cid, no seu melhor, nesta merecida, mais uma, recordação do Quarteto 1111.

"Há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz NÃO"



Quarteto 1111- As Trovas Do Vento Que Passa

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