domingo, 26 de abril de 2015

José Afonso - Maio Maduro Maio

O ano de 1971 foi fulcral no panorama musical português.
Aquele que mais influências/alterações introduziu no meio musical nacional. Existe um antes e um depois como em nenhum outro ano. O principal responsável dá pelo nome de José Mário Branco. E o ano fica marcado por 4 discos fora do comum, a saber:

- José Afonso – Cantigas do Maio
- Adriano Correia de Oliveira – Gente de Aqui e de Agora
- José Mário Branco – Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades
Sérgio Godinho – Sobreviventes

Só o álbum de Adriano Correia de Oliveira não tem a presença de José Mário Branco.
Fiquemos para já pelo disco de José Afonso. Gravado em França, tem as orquestrações e arranjos a cargo de José Mário Branco, e era então o melhor de José Afonso. Se este primou na qualidade das letras/músicas e nas suas capacidades vocais, José Mário Branco caprichou nos arranjos rompendo com o simplismo (muitas vezes pobreza) do que era até então vulgar, o acompanhamento único da viola. Desde a competência, pela simplicidade, dos arranjos de “Grândola, Vila Morena”, o som de pessoas a pisar sacos de saibro, até à complexidade de “Coro da Primavera”, são nove canções absolutamente inovadoras no contexto da época. O carácter verdadeiramente revolucionário, sobre todos os aspectos, palavras, voz, arranjos, melodia, continuam a colocar “Cantigas do Maio” no que melhor de sempre se fez na música popular portuguesa.


Passando para a audição aí vai “Maio Maduro Maio”, era o José Afonso, para desfrutar.



José Afonso - Maio Maduro Maio

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