sábado, 4 de outubro de 2014

Quarteto 1111 - A Lenda de el-rei D. Sebastião


Nesta viagem pelos anos 60 é inevitável passar pelo Quarteto 1111.
Em 1967 gravam “A Lenda de el-rei D. Sebastião” uma verdadeira lufada de ar fresco na cena musical daquela altura. É a primeira canção portuguesa a passar no então excelente programa de rádio “Em Órbita” (esse mesmo a quem a PT patrocinava os concertos de música barroca).
Ficou para a  história. Para os curiosos aqui fica o início e o fim do texto lido antes da passagem de “A Lenda de el-rei D. Sebastião”
Início do texto lido pelo “Em Órbita”:

“Em Órbita vai proceder hoje à transmissão de um trecho de música popular portuguesa. Porque se trata de uma medida sem precedentes neste programa, e por termos o maior respeito pela nossa própria coerência e por todos quantos nos acompanham com a sua adesão consciente e construtiva, tem pleno cabimento algumas palavras introdutórias ao trecho que vamos apresentar."

Fim do texto lido pelo “Em Órbita”:

“Depois, é um tema eterno, de criação nacional e de validade perene e universal. É um Sebastianismo colectivo que na lenda se retrata É a ideologia negativista dos que têm uma crença irracional em coisas, em valores e em poderes que não existem, dos que se deixam enganar pelos falsos Messias do oportunismo e da mistificação. A lenda del Rey D. Sebastião, escreveu José Cid, é o Quarteto 1111.”

Começaram bem (“Lenda de el-rei D. Sebastião” e “Balada para D. Inês”), estiveram muito bem até 1970 com a edição do excelente álbum “Quarteto 1111” proibido pela censura do regime. Acabaram menos bem, esgotados e pouco inspirados (Rock Sinfónico, imitação clara dos Genesis com “Onde, Quando, Como, Porquê, Cantamos Pessoas Vivas” em 1974).

Porque merecem, a eles havemos de voltar.

Para já a “A lenda de El-Rei D. Sebastião”


Quarteto 1111 - A lenda de El-Rei D. Sebastião

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