O Delta Blues era caracterizado por formas musicais rudimentares, ritmos irregulares e expontâneos tendo a voz, suportada pela viola e/ou harmónica, como principal instrumento. O urbanizado som de Chicago destacar-se-ia na cena musical e viria a ter forte influência em muitos futuros grupos e músicos conectados com o Rock, dos The Rolling Stones a Jimi Hendrix. A progressiva electrificação dos instrumentos, ainda na década de 40, primeiro a guitarra eléctrica, depois a bateria, o piano e o baixo, será preponderante no Blues de Chicago e na sua influência no início do Rock’n’Roll. Podemos mesmo afirmar que os Chicago Blues foram a maior influência na história do Rock, com destaque, não só no início, como, em particular, nos anos 60 e 70.
Muitos nomes então surgiram e ficaram célebres na sonoridade dos Blues de Chicago, eis alguns dos mais conhecidos: Freddy King, BB King, Muddy Waters, Buddy Guy, Willie Dixon, Bo Diddley, Mike Bloomfield.
“Muddy Waters, depressa se tornou , após a sua chegada, em 1943, o mais popular dos jovens bluesmen de Chicago. Este filho do Mississippi, discípulo de Robert Johnson, é «lançado» por B. B. Broonzy que, imediatamente, reconheceu as potencialidades deste guitarrista ácido, que utilizava como ninguém o bottleneck* na guitarra eléctrica, reforçado por um cantor com um carisma assombroso: a sua voz ardente e áspera é tão pouco «urbana» quanto possível num contexto ultra-electrificado que prefigura, a partir dos anos 40, o melhor aspecto do rock’n’roll. Em “Os Grandes Criadores deJazz” de Gérald Arnaud e Jacques Chesnel, Editora Pergaminho, 1991.
(* gargalo de garrafa ou dedo metálico que permite ao deslizar nas cordas uma sonoridade metálica prolongada)
Agora, nada melhor que The Rolling Stones em 2006 e "I Can't Be Satisfied".
Com grande êxito nos anos 50 e 60, Muddy Waters manter-se-ia em actividade até à sua morte em 1983.
Para terminar o seu “I Can't Be Satisfied".
Muddy Waters - I Can't Be Satisfied
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