The Doors, uma muito breve história
A vida de Jim Morrison extravasava a do grupo The Doors.
Entre 1968 e 1969 publica o conjunto de poemas “The New Creatures” e “The Lords”. Em 1970 em edição de autor é publicado “An American Prayer”.
Entre 1968 e 1969 realiza vários pequenos filmes (“Feast of Friends” e “HWY- An American Pastoral”).
É no meio de toda esta actividade que The Doors gravam o 4º álbum ”Soft Parade” saído em 1969. E é o álbum que mais se afasta do som típico dos The Doors sendo por isso o disco mais criticado (em particular pelos mais puristas defensores do som dos primeiros álbuns).
Gravado com orquestra de cordas e metais, Robbie Krieger (guitarra) toma parte mais activa com alguns temas de sua autoria. Não é, no entanto, um álbum menor, pelo contrário, estamos na presença de uns The Doors em expansão das suas fronteiras (se é que elas existiam).
O tema de maior êxito foi “Touch me” (de Robbie Kriger) que podemos ver em mais um excelente vídeo numa passagem dos The Doors pela TV.
O álbum retomava mais um tema de longa duração, precisamente “Soft Parade” de nove minutos que encerra o álbum, um dos melhores de sempre.
Outra faceta determinante de Jim, na escrita e nas actuações, era o seu lado místico. O xamanismo era parte integrante da sua personalidade. No culto dos Índios da América Latina, nas cerimónias religiosas onde pontifica o Xamã em estado de transe, assim se via Jim Morrison.
Os concertos eram como que a cerimónia e ele o Xamã em viagem alucinogénica.
(“Is everybody in? The ceremony is about to begin”. Dizia Jim no início de “Celebration of the Lizard”.)
A escolha, do álbum “The Soft Parade”, vai para “Shaman’s Blues” onde, a certa altura e subtilmente, “and your mind” (o vosso espírito) se transforma em “and you’re mine” (e vocês pertencem-me), Jim Morrison no seu melhor.
The Doors – Shaman’s Blues
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