terça-feira, 16 de junho de 2020

Tonicha – Puedo Inventar

Mais uma voz feminina no panorama da música popular portuguesa no ano de 1972, Tonicha.

Não se encontrando entre as minhas preferências, gostava muito mais de uma Daphne praticamente desconhecida, tenho procurado trazer aqui a Tonicha numa vertente para mim muito mais agradável do que a faceta mais popular, diria popularucha, pela qual ficou mais conhecida.

Bem conhecida do grande público com êxitos muito comerciais e de gosto fácil, teve paralelamente um conjunto de gravações que não tiveram a divulgação merecida. Recorde-se, por exemplo, a colaboração, nos anos 60 com José Cid ou em 1972 a participação no trabalho de José Niza "Fala do Homem Nascido". 





Também do ano de 1972 é o EP com quatro canções do cantor espanhol Patxi Andión que Ary dos Santos tratou de adaptar para português. É dele o texto que consta na contra-capa do disco:
"Pax Andion (?) é - e já muitos o têm dito - um «caso» musical. Mas, quanto a mim, a grandeza desse «caso» reside no impacto de uma força profundamente humana que quase se sente e se aprende fisicamente em todas as suas canções. Ao ouvi-las é impossível dissociarmo-nos da imagem do homem novo ibérico que, com os pés assentes na terra e os olhos virados à esperança, canta, sem dó nem piedade, o seu próprio destino.
Em boa hora decidiu Tonicha interpretar algumas das suas canções, de cuja versão portuguesa tive o prazer de me ocupar. Também ela à sua maneira, personifica mais do que nenhuma outra, entre nós, o canto da nova mulher portuguesa. Cano de amor do povo e de amor pelo povo. Canto personalizado num talento de facto ímpar mas, por força da sinceridade e do poder de comunicação humana, tornado colectivo e geral."


"Puedo Inventar" é uma canção do álbum "Palabra por Palabra" que Patxi Andión publicou em 1972, no mesmo ano Tonicha cantava-a assim:



Tonicha – Puedo Inventar

Sem comentários:

Enviar um comentário