Ouvi falar no Festival de Jazz de Montreux, já ele ia no seu 8º ano, 1974 portanto, quando por lá passou a cantora brasileira Flora Purim. Desse concerto saiu mais tarde o LP “500 Miles High - Flora Purim At Montreux” que me cativou por completo e que agora aqui recupero.
Depois da promissora passagem pela formação Return To Forever (1972) de Chick Corea, Joe Farrell, Stanley Clarke e o marido, o percussionista Airto Moreira , Flora Purim inicia carreira a solo destacando-se logo em 1974 na sua passagem pelo Festival de Jazz de Montreux.
Eram sons novos, mistura única e contagiante da música brasileira com o Jazz (na época destacavam-se igualmente Hermeto Pascoal e Egberto Gismonti), os que se ouviam em “500 Miles High…”, alguns a chamar-lhe de Jazz Latino.
Edição portuguesa de 1976, Ref: LP-S-56-7 com o preço de 290$00 (1,45 €) |
Gravado a 6 de Julho de 1974, há, portanto, 44 anos, a escolha de uma canção deste LP - custou-me 290$00 – de 7 faixas é tarefa ingrata. Desde o início encantador de “O Cantador”, passando pelo Jazzístico “500 Miles High” (Chick Corea), pelo inspirado “Cravo e Canela” de Milton Nascimento (com participação dele mesmo), até ao incrível “Jive Talk” (Hermeto Pascoal), venha o diabo e escolha… todas!
Tendo de optar, não resisto a “Bahia” de Ary Barroso composição de 1938, numa criadora interpretação de Flora Purim (Terá sido aqui que os Talking Head viriam a inspirar-se nos ritmos inebriantes de “Remain in Light” em 1980?).
Flora Purim - Bahia
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