Deambolando por terras de França várias memórias musicais ocorreram, de José Mário Branco (“vou andando por terras de França”) a Alan Stivell (o Bretão da música Celta).
Em Honfleur, pequena e imperdível vila piscatória da Normandia é incontornável a passagem pela casa de Erik Satie.
Erik Satie compositor e pianista dos finais do século XIX, início do século XX. Contemporâneo de Debussy e Ravel. Excêntrico (nas suas actuações achava que as pessoas deviam “mexer-se” e não estar “paradas a escutar”) e é hoje considerado precursor de quase tudo, da “música ambiente”, do “minimalismo”, do “Ragtime”.
E também de outros movimentos artísticos: impressionismo, dadaísmo, cubismo, surrealismo. Amigo de Picasso e Jean Cocteau. Numa parede na entrada da casa está escrito “… Les Critiques me représentent comme etant drôle… ce n’est pas vrais… Je ne suis pas drôle,… ni ne désire l’être…”.
Quanto à música, essa é simplesmente bela como se comprova no tema que segue no final. Trata-se da “Première Gymnopédie” numa interpretação do pianista Daniel Varsano (1953-1988) de 1979.
Para quem se lembra do 2º álbum, de 1968, dos excelentes Blood, Sweat & Tears, Erik Satie não será totalmente desconhecido, a faixa de abertura era exactamente “Variations On a Theme by Erik Satie (1st and 2nd Movement)” para agora também recordar.
Blood, Sweat & Tears - Variations On a Theme by Erik Satie (1st and 2nd Movement)
Erik Satie - Première Gymnopédie
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